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Tecnologia

Novos RPAS auxiliarão em pesquisas e avaliação do Cerrado

As aeronaves realizarão voos experimentais no próximo sábado, dia 9, às 9 horas, no Aeroclube Santa Rosa, em Goiânia

Professor do Câmpus Goiânia, João Côrtes, e o técnico Leomar Rufino Júnior, foram capacitados para pilotar os novos RPAS do IFG.

Os dois novos modelos de RPAS (Sistema de Aeronave Remotamente Pilotado) Echar 20C e o Arator 5A, adquiridos pelo Câmpus Goiânia, irão contribuir com os pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Geomática (GEO) do IFG. As aeronaves colaborarão nos estudos de georreferenciamento de divisas, avaliação de relevos e análise e monitoramento do Cerrado goiano próximo a cidade de Goiás. Os voos experimentais com os veículos aéreos ocorrerão no próximo sábado, 9 de setembro, às 9 horas, no Aeroclube Santa Rosa, na zona rural de Goiânia.

Sobre os estudos com os RPAS, o professor João Côrtes explica as vantagens no uso das aeronaves, para obtenção de dados: “Esses equipamentos são de fácil manuseio. Por voarem mais próximo ao solo, permitem a tomada de fotografias aéreas com alta resolução espacial e temporal (repetibilidade do voo) e baixo custo operacional, conferindo ao produto final precisão compatível com a topografia convencional”.

Os RPAS, conforme classificação conferida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), também são vulgarmente chamados de drones. Para o manuseio dos novos equipamentos, servidores do Câmpus Goiânia integrantes do grupo de pesquisa foram à fábrica das aeronaves, em São Carlos (SP), e receberam capacitação para pilotagem desses veículos no período de 21 a 25 de agosto.Um dos pilotos capacitados foi o professor do Câmpus Goiânia, João Côrtes.

Segundo o docente, os RPAS serão utilizados para verificar a distribuição e o número de pontos de apoio para a confecção de ortomosaicos (mapa feito pela junção de fotografias), além de analisar a influência da linha de voo na determinação do modelo digital de terreno. Os veículos aéreos também colaborarão na agricultura de precisão, para monitoramento ambiental e análises de perda de solo, índice de vegetação, desenvolvimento da cultura, previsão de colheita, identificação de doenças, de plantas invasoras e locais de ataque de pragas, dentre outros projetos que poderão surgir no IFG.

Os trabalhos científicos com os RPAS no IFG estão sendo desenvolvidos pelos pesquisadores do Câmpus Goiânia: João Côrtes, Leomar Rufino Júnior, Max Well Rabelo, Fábio Macedo, Avilmar Rodrigues, Halan Lima. A pesquisa sobre monitoramento do cerrado tem a parceria do professor Manuel Ferreira do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Aplicabilidade científica

O Echar 20C e Arator 5A servirão para coleta de dados sobre a geomorfologia e as condições da vegetação nativa do Cerrado na bacia do alto e médio Rio Vermelho, numa parceria entre pesquisadores do IFG – Câmpus Goiânia e do laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da UFG. Esse projeto está sendo desenvolvido em uma área de 25 km2, situada nos municípios de Goiás e Itapirapuã. Na área, já foi realizado um aerolevantamento com varredura de laser scan, e os estudos na região serão continuados utilizando-se os novos RPAS do IFG e também os da UFG.

A aquisição dos novos equipamentos beneficiarão ainda dois atuais projetos de pesquisa ligados ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do IFG. Um desses projetos investigará a precisão dos produtos realizados com as fotografias aéreas tomadas com câmara acoplada aos RPAS. Orientado pelo professor Fábio Macedo, o projeto de pesquisa visa validar ou não o uso de RPAS para o georreferenciamento de imóveis rurais, buscando referendar em que condições é viável a utilização das aeronaves.

O segundo projeto de pesquisa, coordenado pelo professor Max Well Rabelo, utilizará o RPAS para orientar as linhas de plantio de cana de açúcar e descrever o relevo das áreas cultivadas, com o objetivo de analisar variações existentes no terreno, determinar a direção e o fluxo de escoamento da água pluvial. Além de analisar a estimativa de perda de solo, verificar a cobertura vegetal e a existência de solo exposto. No estudo, almeja-se monitorar as condições de produção da cultura agrícola e aplicar os conhecimentos sobre sistemas agrícolas conservacionistas.

Tecnologia avançada

O Echar 20C e o Arator 5A se parecem com modelos conhecidos de aviões. São batizados com nomes indígenas: em tupi-guarani, Echar significa “aquele que avista” e Arator, “aquele que ara a terra”. Dispensam o uso de controle remoto em suas operações, bem como não necessitam de pista para decolar ou pousar. Possuem voo autônomo, ou seja, seguem uma rota previamente estabelecida. São construídos de kevlar (mesmo material do colete a prova de bala), podem atingir a altura máxima de voo de 3000 metros e são equipados com uma câmera de alta resolução.

O Arator 5A foi desenvolvido para auxiliar na coleta de dados e tomada de decisões na agricultura de precisão. Possui motor elétrico, autonomia de voo de uma hora, velocidade de 58 km/h, alcance de até 10km, decolagem por lançamento manual, pouso por meio de paraquedas, peso máximo de decolagem de 3,3 kg, resolução espacial máxima de 1,5 cm, sistema inercial e receptor GPS, podendo mapear uma área de 780 hectares por voo.

O Echar 20C vem equipado com sistema inercial, receptor GNSS (GPS + GLONASS + Galileo), que determina vinte vezes sua posição em um segundo, com erro de três centímetros. Visão em primeira pessoa em alta resolução, dando a sensação ao operador de estar na cabine do avião. Possui motor elétrico, autonomia de voo de duas horas, velocidade de 75 km/h, alcance de até 36km. A decolagem é por catapulta, pouso por meio de paraquedas, peso máximo de decolagem de 7,5 kg, resolução máxima de dois centímetros e área mapeada por voo de 3550 hectares.

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

 

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