Rede Federal

Em meio a desafios, Institutos Federais chegam aos 14 anos de existência

O IFG é uma das instituições da Rede Federal que comemoram nesta quinta-feira, 29 de dezembro, mais um ano de existência

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  • Publicado: Quinta, 29 de Dezembro de 2022, 14h25
  • Última atualização em Terça, 28 de Fevereiro de 2023, 15h00
Os Institutos são reconhecidos pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades de ensino
Os Institutos são reconhecidos pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades de ensino

A história da criação da configuração da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica como conhecemos atualmente completa, nesta quinta-feira (29/12), 14 anos. Os Institutos Federais se tornaram uma das mais robustas e importantes políticas de Estado de inclusão e acesso à educação pública, gratuita e de qualidade a partir de um modelo de ensino único, que atrai olhares do mundo todo, alçando as instituições a um patamar de protagonismo e vanguarda.

Concretizada pela Lei nº 11.892/2008, tais instituições são reconhecidas pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino. O modelo verticalizado é um diferencial de excelência, como avalia o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Claudio Alex Jorge da Rocha.

“Os Institutos Federais são socialmente referendados pela população devido ao legado construído ao longo dos anos. As pessoas conhecem o trabalho que é desenvolvido nas instituições. Essa base sólida, com gestões sérias e competentes, é que nos ajuda a superar as crises que vivenciamos nos últimos anos”, destaca o presidente do Conif.

Claudio Alex também chama atenção para os ataques frontais que as instituições vêm recebendo nos últimos anos, sobretudo no último quadriênio, quando os desinvestimentos se acentuaram e voltaram a patamares de custeio semelhantes aos que foram vistos em 2015, sem levar em consideração a inflação, por exemplo. Desde 2019 houve tentativas de interferência na autonomia das instituições e na escolha de dirigentes, bem como uma investida em um reordenamento, sem levar em consideração os desafios que o país enfrentava.  

Atento a essa movimentação, o pleno do Conif manteve-se ativo na defesa de interesse das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A futura presidente do Conselho, Maria Leopoldina Veras Camelo, acredita que nos próximos anos o cenário deverá mudar e a Educação deve voltar ao protagonismo do país com mais investimentos, abrindo uma possibilidade de expansão e consolidação dos Institutos Federais. “Há que se protagonizar a Educação pois o crescimento do país depende diretamente da formação de profissionais qualificados para o mundo do trabalho, e a Rede Federal sabe fazer isso muito bem”, diz.

 

Modelo de excelência

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram criados no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cumprem o compromisso social de oferecer educação profissional a jovens e adultos trabalhadores do campo e da cidade. Além da educação profissional e tecnológica, as instituições ofertam cursos de licenciaturas, bacharelados e pós-graduação stricto e lato sensu.

Uma das características centrais das instituições é o trabalho pela formação humana abrangendo ensino, pesquisa, extensão, internacionalização e empreendedorismo. A interiorização também é um traço primordial dos IFs. O modelo e toda a proposta têm uma ampla repercussão no mundo. Estima-se que mais de 30 países possuem parceria com as instituições brasileiras, abrindo oportunidades de intercâmbios e novas experiências a estudantes e servidores.

Em 2022, a Rede Federal ultrapassou a marca de 1.5 milhão de matrículas, que estão distribuídas pelos 633 câmpus espalhados por todo o Brasil. Dentro desse universo são desenvolvidos pelo menos 11 mil projetos de pesquisa aplicada e outros sete mil projetos de extensão, de acordo com dados da Plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação (MEC).

 

Instituto Federal de Goiás (IFG)

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás foi criado com este nome por meio da Lei nº 11.892, em 29 de dezembro de 2008, atendendo a uma proposta do governo federal, que desde 2003 editava novas medidas para a educação profissional e tecnológica. Contudo, a história da instituição possui uma longa trajetória, com origem no início do século passado, no dia 23 de setembro de 1909, quando, por meio do Decreto nº 7.566, o então presidente Nilo Peçanha criou 19 Escolas de Aprendizes Artífices, uma em cada Estado do País.

Em Goiás, a Escola foi criada na antiga capital do Estado, Vila Boa, atualmente cidade de Goiás. Em 1942, com a construção de Goiânia, a escola foi transferida para a nova capital, se transformando em palco do primeiro batismo cultural da cidade. A instituição recebeu, então, o nome de Escola Técnica de Goiânia, com a criação de cursos técnicos na área industrial, integrados ao ensino médio. 

Com a Lei n.º 3.552, em 1959, a instituição alcançou a condição de autarquia federal, adquirindo autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, recebendo a denominação de Escola Técnica Federal de Goiás (ETFG), em agosto de 1965.  Já no final dos anos 80, mais precisamente em 1988, a Escola Técnica Federal de Goiás amplia sua presença no Estado com a criação da Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) de Jataí, hoje denominada Câmpus Jataí.

Por meio do decreto sem número, de 22 de março de 1999, a Escola Técnica Federal de Goiás foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (CEFET-GO), uma instituição de ensino superior pública e gratuita, especializada na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com prioridade na área tecnológica. A partir daí a Instituição recebeu autorização para ofertar cursos superiores.

 

Hoje, o IFG é uma instituição que oferece desde educação técnica integrada ao ensino médio à pós-graduação. Na educação superior, conta com os cursos de tecnologia, especialmente na área industrial, e os de bacharelado e licenciatura. Na educação profissional técnica de nível médio, o IFG atua, na forma integrada, atendendo também ao público de jovens e adultos, por meio do EJA. Atualmente, são ofertados ainda cursos de mestrado profissional, especialização lato sensu e doutorado, além dos cursos de extensão, de formação profissional de trabalhadores e da comunidade, de Formação Inicial e Continuada (FIC), que são cursos de menor duração, e os cursos de educação a distância.

Em 2022,  foram registradas mais de 19 mil matrículas ativas, de acordo com o IFG em Dados, nos 14 câmpus em funcionamento: Anápolis, Formosa, Goiânia, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Uruaçu, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Águas Lindas, Goiânia Oeste, Senador Canedo e Valparaíso. Saiba mais sobre o IFG aqui.

 

Conif

Criado em 24 de março de 2009, o Conselho reúne os dirigentes máximos dos 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II e tem dentre os objetivos a valorização, o fortalecimento e a consolidação da Rede Federal. O Conif atua no debate e na defesa da educação pública, gratuita e de excelência.

 

 

Assessoria de Comunicação do Conif – com informações de Diretoria de Comunicação Social/ Reitoria