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SEMLIC

Professor Jadir Pessoa profere conferência de abertura da Semana de Licenciatura

Publicado: Quarta, 02 de Outubro de 2019, 19h34 | Última atualização em Quinta, 03 de Outubro de 2019, 10h10
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A XVI Semana de Licenciatura (Semlic) e VII Seminário da Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática (PPGECM) do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Jataí começou na noite desta terça-feira, 1. O evento tem como tema “Políticas Educacionais para a Promoção da Igualdade” e foi aberto com a conferência do professor Jadir de Morais Pessoa.

A professora Mara Rúbia de Souza, diretora-geral do Câmpus Jataí falou a escolha da temática da Semlic “é preciso colocar o entendimento de que os direitos humanos devem estar na base de todo o projeto educacional em que estejamos comprometidos”, sentenciou.

O professor Vinicius Souza Ferreira, coordenador de Ensino superior do IFG representou a professora Oneida Cristina Irigon, pró-reitora de Ensino, destacou o pioneirismo do Câmpus Jataí com o ensino desde 1997, com a oferta do curso de licenciatura em Ciências, até agora em que temos a Licenciatura em Física e o Mestrado em Educação para Ciências e Matemática.

“O Câmpus Jataí atende a essa demanda por formação de professores e mostra o compromisso de nossa instituição com a educação púbica.”, festejou. Além disso, Vinicius relembrou o aniversário de 110 anos da Rede Federal, desde a criação da escola de aprendizes e artífices até a transformação em IFs.

Já o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática, professor Paulo Henrique de Souza, relembrou o histórico da Semana de Licenciatura e a importância do evento como espaço de reflexão sobre a produção acadêmica e científica em Educação na região do sudoeste goiano e, especialmente, em Jataí.

A abertura da Semlic contou com a participação da comunidade do IFG, da UFJ e de profissionais das redes municipal e estadual de educação. Para os estudantes do mestrado em Educação da UFJ, a conferência foi a aula inaugural da turma 2019.

A professora Cátia Regina Assis Almeida Leal, coordenadora do PPGE da UFJ, ressaltou a importância da atividade conjunta. “Nesse contexto de ataques contra a educação pública, atuarmos UFJ e IFG, PPGE e PPGECM é uma estratégia de sobrevivência, um meio para que possamos resistir.

CONFERÊNCIA

O professor Jadir de Morais Pessoa abriu sua exposição fazendo referência ao assassinato de Agatha Félix, por agentes do Estado. Para o professor é fundamental que entendamos o contexto produzido pela sociedade brasileira para que então possamos falar em igualdade e  nas políticas educacionais para redução das desigualdades.

Ele fez um levantamento de como entende igualdade, a partir do legado da revolução francesa e, citando Paulo Freire, apontou que o brasileiro não reivindica democracias, por não saber o que é a democracia. “os ataques que enfrentamos afetam o legado do professor Paulo Freire. Como podemos esquecê-lo, como podemos abandoná-lo, se Freire é o intelectual brasileiro mais citado no mundo? Se a sua obra orienta o pensamento educacional de forma incontestável?”, questionou.

Jadir apontou a construção do Brasil a partir de três marcos: a colonização, a escravidão e a grande fazenda. Provocativo, ele pôs em cheque a possibilidade de uma outra construção social, caso a colonização brasileira tivesse sido feita pelos franceses ao invés dos portugueses. “Perguntem aos argelinos, ou aos congoleses, estudem sobre o período colonial nesses países para saber se a forma com que foram tratadas foi muito diferente dos ataques que sofriam os constituintes da sociedade brasileira? Colonização é sempre colonização”, ironizou.

O conferencista elencou dois caminhos que acredita serem fundamentais para a elaboração de uma agenda educacional que possa, minimamente, superar as desigualdades. Uma batalha por uma nova ordem econômica e o envolvimento da escola pelas artes e pela cultura. A primeira delas, para Jadir, é uma batalha árdua e muito difícil de ser superada, já a segunda está ao alcance de nossas mãos.

CENSURA CALADA

O grupo Corp’Afronte, dirigido pelo professor Jackson Douglas Silva abriu as atividades da Semlic com o espetáculo Censura Calada. Na performance, que contou com músicas, dança, teatro e poesia o grupo refletiu  sobre o empoderamento feminino e a autonomia sobre o corpo.

O elenco do espetáculo Censura Calada é unicamente feminino e composto por estudantes dos cursos de Edificações, Eletrotécnica e Manutenção e Suporte em Informática, dos três anos.

O conferencista da noite, professor Jadir, saudou as jovens artistas. “é assim, a partir desse tipo de reflexão pela arte que podemos superar as desigualdades”, celebrou. A subchefe da Unidade de Ciências Humanas e Letras da UFJ, Tatiana Zanirato,  que na ocasião representou o chefe da Unidade, também congratulou as estudantes. “para superarmos as desigualdades e alcançar a equidade, precisamos pensar nas questões abordadas pelo Corp’Afronte”, finalizou.

PROGRAMAÇÃO

A Semlic segue até sexta-feira, quatro de outubro. Nesta quarta serão realizados minicursos e oficinas, além da apresentação de pôsteres e comunicações orais. Já na quinta-feira, os participantes da Semana de Licenciatura poderão receber autógrafos da professora e escritora Elika Takimoto, que também palestrará no período noturno. Por fim, na sexta-feira, a professora Elika e a professora Anna Benite farão parte de uma mesa redonda que discutirá a temática do evento.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Jataí

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