Goiânia, 20 de setembro de 2019

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Publicado: Sexta, 20 de Setembro de 2019, 11h33 | Última atualização em Sexta, 20 de Setembro de 2019, 11h44

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Empresas juniores de universidades terão papel de destaque no Future-se

Preparação para o Enem mobiliza quase 400 mil pessoas

Sem desistências, número de graduados poderia dobrar no Brasil

Avaliação da qualidade da educação na América Latina ocorre em novembro no Brasil

CORREIO BRAZILIENSE

Conselho de reitores de São Paulo defende reajuste salarial da Unicamp

Weintraub critica proposta de ampliação de recursos da União no Fundeb

GLOBO.COM

Uso excessivo de tecnologia pode afetar capacidade das crianças de escrever, avaliam professores

Bolsonaro defende 'impor' escolas cívico-militares para cidadão não depender de programas sociais

Ensino superior a distância ofertou mais vagas que o presencial em 2018, aponta Censo da Educação Superio

FOLHA.COM

Folha lança ferramenta online para ajudar pais a comparar colégios e optar

Governo pedirá ao Congresso a liberação de R$ 250 milhões para bolsas de estudo, diz secretário

Moraes homologa acordo para uso de recursos de multas da Lava Jato em educação e Amazônia

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Empresas juniores de universidades terão papel de destaque no Future-se

MEC pretende incluir três propostas para as EJs no programa: contar como estágio, dispensa de licitação e criação de rede social especializada

Dyelle Menezes, do Portal MEC

As empresas juniores, instaladas dentro das universidades, terão prioridade no Future-se, programa do Ministério da Educação (MEC) para instituições federais de ensino superior. O secretário de Ensino Superior do MEC, Arnaldo Lima, afirma que a proposta é incentivar alunos que participam das empresas para que obtenham o apoio na promoção da vivência empresarial como universitários.

De acordo com Lima, o MEC pretende inserir três propostas para as empresas juniores no texto do Future-se:

o trabalho em uma empresa júnior deve contar como estágio;

a administração pública (União, estados e municípios) poderá dispensar licitação para contratar empresas juniores;

criação de uma rede social para aproximar empresários e os projetos que são tocados pelas empresas juniores.

A gente vai ter e-commerce, assim como crowdfunding na angariação de recursos para mais projetos”, afirmou o secretário. Lima também destacou que serão realizados eventos nas universidades para fomentar o empreendedorismo nas universidades.

A aproximação do MEC com as empresas juniores já começou. No dia 15 de agosto, o secretário recebeu membros da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a Brasil Júnior, que impulsiona a vivência empresarial nas universidades. A entidade representa mais de 900 empresas juniores nas 27 unidades da Federação.

Lima destacou que quer a contribuição da Brasil Júnior com sugestões de aperfeiçoamento para o Future-se, idealizado também com o intuito de promover experiências para formação empreendedora. “Quero que eles [Brasil Júnior] se vejam mais dentro do projeto”, disse.

Para Renan Nishimoto, presidente da Brasil Júnior, o primeiro diálogo com o secretário foi positivo. Ele acredita na construção de um país empreendedor e com diálogo para a educação avançar.

Future-se - Lançado em 17 de julho, o Future-se é o principal programa desta gestão do MEC para a educação superior pública federal. O objetivo é dar maior autonomia na gestão financeira das universidades e institutos e incentivar o empreendedorismo.

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ENEM 2019

Preparação para o Enem mobiliza quase 400 mil pessoas

A 45 dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, cerca de 400 mil pessoas trabalham na preparação para as datas da prova — 3 e 10 de novembro. São mais de 5 milhões de inscritos, 10.134 locais de aplicação em 1.727 municípios espalhados pelas 27 unidades da Federação.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, aproveitou a coletiva de imprensa sobre Censo da Educação Superior nesta quinta-feira, 19 de setembro, para assegurar que o processo corre sem problemas. “Faltam 45 dias para o Enem [...] Tudo está correndo absolutamente normal”, disse.

O Enem mobiliza e articula mais de 100 grandes parceiros em todo o Brasil para garantir que os participantes prestem o exame, em 147 mil salas de aula de norte a sul do país. A aplicação envolve 385 mil colaboradores, apenas nos dias de provas. Atuam em cada sala um chefe e um fiscal, sem contar fiscais de corredor, coordenadores e assistentes de coordenação de prova.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, destacou o trabalho das forças de segurança. “Nós temos a presença do Exército brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros de todos os estados e do Distrito Federal. Tudo para garantir a segurança na aplicação da prova”, explicou. Serão movimentados cerca de 17 mil veículos no dia de entrega das provas.

A complexidade dessa logística é para que todos os malotes com provas cheguem corretamente aos locais de aplicação, garantindo as condições de sigilo e segurança do material. “Nós vamos imprimir este ano cerca de 10 milhões de provas. Serão mais de 300 milhões de páginas impressas, que têm que ser levadas até cada pessoa. Cada prova tem um nome de um candidato. É uma prova individualizada. E a gente tem que fazer essa prova chegar”, ressaltou o presidente do Inep.

Enem 2019 – O Inep recomenda que o participante imprima o Cartão de Confirmação da Inscrição e a Declaração de Comparecimento (caso precise de comprovante) e leve ambos para a sala do exame. Os portões do local de prova abrirão ao meio-dia (12h), horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h. Para realizar o exame, é necessário levar caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, a única permitida.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Sem desistências, número de graduados poderia dobrar no Brasil

Diminuir a taxa de desistência e a permanência prolongada de alunos nas instituições de ensino superior são desafios da educação brasileira. Dados do Censo da Educação Superior 2018 apontam que, dos estudantes ingressos em 2010, 56,8% desistiram do curso – só 37,9% concluíram os estudos. Outros 5,3% continuavam na graduação após 6 anos. O recorte vai até 2016.

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 19 de setembro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou que a melhoria na educação não necessariamente passa por destinar ainda mais dinheiro para universidades e institutos.

"Se a gente reduzisse significativamente essa ineficiência, a gente conseguiria dobrar o número de pessoas com ensino superior completo no Brasil, utilizando os mesmos recursos atualmente disponíveis", ressaltou. “Qualquer atividade econômica – e o estudo é uma atividade econômica – precisa ter eficiência. E o Brasil é muito ineficiente”, disse.

Bolsistas e alunos que contratam financiamentos tendem a concluir os estudos mais do que os outros. Em 2016, 53,3% dos alunos da rede privada com Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concluíram a graduação – sem Fies, só 35,1%. Com e sem ProUni, os percentuais são 56% e 34,8%, respectivamente. “Esse jovem que está vendendo o almoço para pagar o jantar faz mais”, disse Weintraub.

Total de estudantes – O Brasil tem 8,4 milhões de estudantes de graduação matriculados em instituições de ensino superior, 24,6% deles em instituições públicas.

Um total de 3,4 milhões de estudantes ingressou em cursos de graduação em 2018. No mesmo ano, 1,2 milhão de estudantes concluíram a educação superior. As informações do censo foram coletadas em 2.537 instituições, 2.238 delas privadas. Neste grupo, estão matriculados 75% dos estudantes, cerca de 6,3 milhões de alunos.

Além destes dados, o Censo oferta informações sobre:

vagas e cursos oferecidos;

financiamento estudantil;

perfil dos docentes;

cursos presenciais e a distância;

recursos de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência, entre outras.

Todos os dados do Censo da Educação Superior 2018 estão disponíveis no portal do Inep.

Censo da Educação Superior – O objetivo do levantamento é oferecer informações detalhadas sobre a situação e as tendências do setor, bem como guiar as políticas públicas de educação. Após a divulgação, os dados passam a figurar como estatísticas oficiais da educação superior.

O Censo subsidia a formulação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas do setor, além de contribuir no cálculo de indicadores de qualidade como o Cálculo Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC).

A atuação do Inep se concentra na apuração, produção e tratamento das estatísticas.

Com informações do Inep

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ERCE

Avaliação da qualidade da educação na América Latina ocorre em novembro no Brasil

Avaliar a qualidade da educação no Brasil e na América Latina é o objetivo da quarta edição do Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Erce), que será aplicado no Brasil na primeira quinzena de novembro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A avaliação internacional, feita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), contará com a participação de estudantes do 4º e 7º ano do ensino fundamental, professores, diretores e famílias.

Neste ano, 18 países participam do Erce: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

"O Inep participou da aplicação das provas e questionários nas três edições anteriores do Erce. É uma parceria com Unesco. Nós colaboramos com o fornecimento de insumos, com as análises curriculares, a elaboração de itens para as provas e também com o planejamento logístico e a capacitação de quem aplica as provas no Brasil", explicou Carlos Roberto Pinto de Souza, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep.

No Erce, são aplicadas provas de Leitura, Escrita, Matemática e, para o 7º ano, Ciências da Natureza. Há ainda questionários para professores, diretores e famílias responsáveis pelos estudantes.

De acordo com Clara Machado, pesquisadora tecnológica do Inep, apesar de existirem outras avaliações do tipo, o Erce abrange países que não necessariamente participam do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “O Erce contempla países diferentes que compartilham de um contexto mais próximo do nosso. É também uma etapa diferente. Enquanto o Pisa avalia estudantes de 15 anos, o Erce é focado em séries escolares, no caso, 4º e 7º anos", explicou.

As provas são aplicadas sempre no final do ano letivo de cada país. A análise final dos dados é feita pela Unesco. “O objetivo do Erce é retroalimentar políticas públicas de educação. Com o resultado do Erce, você tem todo o contexto escolar do aluno, da família, dos professores. Os dados fornecidos ajudam a entender todo esse contexto", afirmou Clara Machado.

Contatos - Nesta semana, começaram os contatos com as escolas para confirmar a participação. A adesão das instituições selecionadas para compor a amostra é fundamental para a consolidação de informações de qualidade sobre a educação.

Erce - O Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Erce) é uma importante avaliação internacional que a Unesco aplica regularmente, em parceria com o Inep, estudantes da região da América Latina e Caribe desde 1997. O Erce fornece informações sobre o que os estudantes aprendem nos países dessa região.

Realizações do Erce na América Latina:

1997 - 11 países

2006 - 16 países

2013 - 15 países

2019 - 18 países

Saiba mais sobre o Erce no portal do Inep

Com informações do Inep

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Instituições têm até 4 de outubro para atualizar cadastro do ProUni

Está aberto até as 23h59 de 4 de outubro o prazo para as instituições de ensino superior privadas atualizarem o cadastro do Programa Universidade para Todos (ProUni). A medida é necessária para que estudantes não percam o benefício.

Para isso, as instituições deverão acessar o Sistema Informatizado do ProUni (SisProUni) e inserir a Certificação Digital. O procedimento é todo online. Esse tipo de atualização é obrigatório para os casos de matriculados no semestre em curso. Portanto, não vale para situações de alunos que ingressaram no processo seletivo atual, pois seus dados foram recentemente registrados.

Cabe à instituição confirmar a matrícula do beneficiado no semestre em curso e do rendimento acadêmico obtido no último período letivo. O procedimento é concluído com a emissão do Termo de Atualização do Usufruto de Bolsa. Neste documento, é registrada a autorização para a continuidade da bolsa, caso o bolsista tenha alcançado o rendimento acadêmico mínimo exigido.

É muito importante que o estudante compareça à coordenação do ProUni na própria instituição, pois a atualização da bolsa é o procedimento que garante a continuidade do benefício”, reforça o coordenador-geral de Políticas de Educação Superior, Thiago Leitão.

Caso o coordenador não atualize a bolsa, a suspensão por ausência de renovação é automática.

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CORREIO BRAZILIENSE

UNICAMP

Conselho de reitores de São Paulo defende reajuste salarial da Unicamp

O Ministério Público de Contas (MPC) do Estado de São Paulo protocolou, nesta terça-feira (17), representação junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) paulista em que põe em cheque o reajuste salarial de 2,2% concedido aos servidores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O MPC defende que o aumento da remuneração só poderia ser concedido por meio de lei específica, a ser apresentada na Assembleia Legislativa de SP (Alesp). A representação se estende à Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

Em nota, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) defendeu a universidade e a constitucionalidade da ação. Para o conselho, o procedimento é comum às três universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp), e "é o mesmo realizado há trinta anos e segue o preceito da autonomia universitária, previsto em âmbito federal no artigo 207 da Constituição de 1988."

O Cruesp destaca, ainda, que "a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho e do próprio Supremo Tribunal Federal não apontam qualquer inconstitucionalidade praticada pelas Universidades Estaduais Paulistas, no que diz respeito à concessão de reajustes salariais por resoluções do CRUESP."

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OPINIÃO

Weintraub critica proposta de ampliação de recursos da União no Fundeb

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, retirou o apoio, nesta quinta-feira (19/09), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Professora Dorinha Rezende (DEM-TO). A PEC, cuja prévia foi apresentada ontem (18) em comissão especial da Câmara dos Deputados, busca aumentar de 10% para 40% a participação da União no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Em vigor desde 2007, o Fundeb trata-se de um conjunto de 27 fundos (26 estaduais e 1 do Distrito Federal) que redistribui recursos destinados à educação básica. Conforme prevê a legislação, o fundo será extinto em dezembro de 2020, mas a PEC da deputada também busca torná-lo permanente. Em relação à extensão do Fundeb para além do ano que vem, Weintraub garantiu que o governo permanece favorável.

Na definição do ministro, a proposta da deputada "fere o equilíbrio fiscal", "não é solvente a longo prazo e apresenta erros técnicos". Ele defendeu ainda que, em pouco menos de um ano e meio, o governo deve apresentar solução para ampliar a participação da União para até 15%. "Não concordamos com a proposta que a professora apresentou. Conversamos com ela durante alguns meses, na expectativa de construir um entendimento, mas estamos retirando nosso apoio à PEC 15. Temos pouco menos de um ano e meio para buscar uma solução para o problema, mas o diálogo tem que ser baseado em responsasbilidade fiscal e solvência", alegou Weintraub.

O chefe da pasta alega ter sido surpreendido pela proposta, que gera, segundo ele, instabilidade para o desempenho econômico do país. "Não tem fundamentação, do ponto de vista técnico, que justifique tal valor", disse o ministro a respeito dos 40% propostos pela deputada. "Tem uma série de estudos que dizem que o valor mínimo que você precisa para garantir uma educação básica é R$ 4.500. Esse valor a gente consegue atingir com a nossa proposta", afirmou.

"Quando a deputada faz um movimento que eleva para 40%, ela traz mais impostos para o Fundeb, inclusive receitas esporádicas de petróleo", avaliou o ministro. Segundo ele, a questão do petróleo é muito volátil e, por isso, geraria mais instabilidade para a educação básica. Weintraub teve, ainda nesta quinta-feira (19), uma reunião com o ministro de Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Nós vamos buscar uma solução para isso, mas vai ser, provavelmente, em linha com o que já apresentamos", informou.

Carga tributária

O MEC confirmou a possibilidade do Executivo enviar uma PEC própria sobre o fundo ao Congresso Nacional, mas garantiu que não tem a intenção de aumentar a carga tributária com a ampliação do Fundeb. "Toda e qualquer proposta que fizermos não pode ferir o ajuste e o equilíbrio fiscal. Não adianta prometer o vento, tem gente que prometeu até estocar o vento", disse Weintraub. "Como não queremos aumentar a carga tributária, precisamos gastar melhor nosso dinheiro. A proposta de subir para 15% não prevê aumento na carga tributária".

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GLOBO.COM

TECNOLOGIA

Uso excessivo de tecnologia pode afetar capacidade das crianças de escrever, avaliam professores

Cada vez mais alunos apresentam dificuldades para escrever à mão. A constatação parece ser unânime entre professores e pais, seja na França ou no Brasil. O principal motivo: o uso excessivo de novas tecnologias, como tablets e smartphones, que acostumaram crianças e adolescentes à escrita digital. Em entrevista à RFI, especialistas alertam para os perigos deste fenômeno que tem graves consequências na capacidade da escrita.

Ele não consegue segurar um lápis direito”, diz Luana, mãe de um menino de 6 anos que enfrenta dificuldades para aprender a escrever na escola.

À RFI, a brasileira radicada na França contou que a criança se acostumou desde pequena a manipular o tablet e controles de videogames, o que acabou afetando sua coordenação motora. Segundo Luana, o garoto reconhece as letras, tem forte habilidade para cálculo, mas sua interação manual é inteiramente voltada para suportes digitais, cuja utilização domina com destreza.

Para ele, é mais fácil digitar algo do que segurar uma caneta. Afinal, essas tecnologias facilitam tudo. Utilizando apenas um dedo você pode escrever. Até pintar fica mais fácil”, observa.

A dificuldade que Luana enfrenta com o filho, e que tem tentado solucionar com a ajuda de pedagogos e psicólogos, não é uma exceção. O fenômeno parece estar se tornando uma regra nas salas de aula, como contou à RFI a professora francesa Roxanne, que leciona para turmas do 5° ao 9° ano.

Percebo que os alunos não apenas estão mais lentos para escrever, mas que a prática os incomoda muito. Por exemplo, quando eles têm que copiar lições curtas, com cerca de dez linhas, frequentemente vários reclamam e me perguntam se ainda precisarão escrever muito mais”, relata a professora.

Para piorar a situação, a professora percebe que há uma diminuição da prática da escrita durante as aulas. “Responsabilizo o sistema escolar francês por isso. Diante de programas cada vez mais densos, classes sobrecarregadas, a alunos com perfis diversos e com diferentes problemas de aprendizagem, os educadores têm menos tempo para treinar a escrita”, lamenta.

Exercícios de caligrafia para o 4° ano do ensino básico

Nas escolas do Brasil, o panorama não é muito diferente. Flávia Machado é professora do 4° ano do ensino básico em Tubarão (SC). Percebendo a dificuldade dos alunos para escrever, ela diz que se viu obrigada a passar exercícios de caligrafia – uma técnica que antigamente era empregada para crianças no início da alfabetização.

Eles simplesmente não sabem escrever as letras corretamente. Nós sabemos, por exemplo, que quando queremos escrever à mão, começamos de baixo para cima, da esquerda para a direita. Mas tenho alunos que não obedecem essa sequência linear para escrever. Eles desenham as letras de forma incoerente”, afirma.

Flávia diz que exige a escrita à mão em trabalhos em sala de aula e em deveres, mas as próprias famílias são resistentes à estratégia. “Se envio uma pesquisa para as crianças fazerem em casa, os pais começam a me mandar mensagens perguntando: ‘eles podem digitar, porque assim terminam mais rápido?’”, conta.

Proibição de smartphones nas escolas francesas

Desde o início do ano escolar de 2018, a França proibiu o uso de smartphones pessoais nas escolas, para o alívio dos professores. Além disso, após vários alertas a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas famílias também tiveram a iniciativa de limitar o uso de novas tecnologias por crianças e adolescentes em casa. É o caso de Patricia, brasileira radicada na França, mãe de duas meninas, de 11 e 14 anos.

Minhas filhas não têm dificuldade ou resistência para escrever porque elas foram acostumadas desde cedo a não utilizar novas tecnologias. Elas também sempre foram incentivadas a se ocuparem com livros, com desenhos à mão, com jogos não eletrônicos, como dominó e quebra-cabeça. Para mim, sempre foi óbvio que quanto mais tarde elas tivessem contato com telas portáteis, melhor”, diz.

Engenheira especializada em Ciência da Educação, Patricia é professora em um liceu particular profissional no sul da França, onde leciona para alunos de 13 a 21 anos. Para ela, o importante é saber utilizar as novas tecnologias, mas sem proibi-las.

Eu transmito isso para minhas filhas e meus alunos: existem outras maneiras de a gente passar nosso tempo que não seja diante de telas portáteis e virtuais. Mas não sou a favor de proibir as novas tecnologias. Elas são um aliado de peso na escolaridade para pessoas com deficiência, por exemplo. O importante é saber tornar as novas tecnologias em algo positivo na sua vida”, aconselha.

Nem demonizar, nem idealizar

Especialistas ouvidas pela RFI estão de acordo com a postura de Patricia. “Acho que não devemos nem demonizar, nem idealizar. Para mim, é realmente importante utilizar as duas alternativas no aprendizado. É preciso saber equilibrar”, avalia a grafoterapeuta Agnès Daubricourt.

Autora do livro “Jeux d’Éveil à l’Écriture” (“Jogos Para Despertar para a Escrita”), a especialista elabora e aplica técnicas personalizadas para ensinar crianças a aprender e a melhorar a escrita. Segundo ela, a dificuldade para escrever faz cada vez mais parte do cotidiano de professores e pais. “É comum hoje vermos crianças que não conseguem segurar um lápis de forma ergonômica, que têm dificuldade para escrever”, observa.

Segundo Daubricourt, além das novas tecnologias, outros fatores podem contribuir para dificultar o processo de aprendizagem da escrita, como a falta de estímulos ou exercícios físicos.

As crianças não usam suficientemente as mãos quando brincam, não manipulam suficientemente: são os efeitos da modernidade. Antes deixávamos os bebês brincando no chão, eles engatinhavam, escalavam… Mas hoje temos medo de micróbios, de sujeira, então os bebês ficam estáticos nos carrinhos. O que acontece é que os reflexos arcaicos não são ativados, os músculos não se tonificam e isso vai influenciar no aprendizado da escrita no futuro”, avalia.

Por que é importante saber escrever à mão

A psicopedagoga Larissa Fonseca, especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e adolescente, defende a evolução da educação em paralelo com as inovações e as características das novas gerações. Entretanto, lembra que a escrita à mão não deve ser deixada de lado porque implica na aprendizagem de habilidades psicomotoras fundamentais para o desenvolvimento saudável e completo da criança. “A prática e o exercício da escrita não trazem apenas o aprendizado da grafia. São habilidades que vão muito além do decodificar as letras e as palavras”, salienta.

De acordo com a especialista, diversas capacidades são desenvolvidas através da escrita no papel, como a memorização, a compreensão e a psicomotricidade. “Quando uma criança escreve à mão, ela registra melhor, ela pensa melhor, ela elabora as ideias de forma mais organizada. Então, a aprendizagem se torna mais significativa e efetiva”, reitera.

Por isso, Fonseca aconselha a professores resgatarem o recurso dos livros físicos, da leitura, do exercício da escrita e da significação deste exercício. “A importância da escrita se perdeu hoje. Muita gente pensa que como se comunica através de e-mails ou WhatsApp, não faz mais sentido saber escrever à mão. Por isso é essencial retomar o significado da escrita como algo prazeroso e significativo”, considera.

Para as famílias, a psicopedagoga sugere que pais e mães incentivem os filhos à escrever com mais frequência de forma lúdica e sem que esse exercício tenha o peso de uma obrigação. “Redijam em cartões postais, cartões de aniversário, façam listas de supermercado, bilhetes. A resinificação da escrita à mão como uma atividade prazerosa ajuda a auxiliar a familiaridade e a conexão com essa prática”, conclui.

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MUNDO

Bolsonaro defende 'impor' escolas cívico-militares para cidadão não depender de programas sociais

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (5) a imposição das escolas cívico-militares para as pessoas não dependerem de programas sociais "até morrer".

Ele não detalhou, porém, qual seria a relação que ele vê entre o atual modelo de escolas e a "dependência" de pessoas de programas sociais.

Bolsonaro participou nesta quinta de uma cerimônia no Palácio do Planalto na qual lançou um programa que visa incentivar a criação de escolas cívico-militares.

O Distrito Federal já adota a militarização em algumas unidades de ensino, e o governador Ibaneis Rocha (MDB) participou do evento no Planalto. Bolsonaro, então, se dirigiu a Ibaneis e declarou:

"Temos aqui a presença física do nosso governador do DF, Ibaneis. Parabéns, governador, com essa proposta. Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar, não. Tem que impor."

No mês passado, o governo do Distrito Federal chegou a fazer eleições em algumas escolas para a população votar a favor ou contra a militarização nessas unidades de ensino. Nos locais onde a maioria foi contra, Ibaneis chegou a dizer que implementaria a medida "de qualquer jeito". Depois, voltou atrás.

"Se aquela garotada está na quinta série, está na nona série e na prova do Pisa não sabe uma regra de três simples, não sabe interpretar um texto, não responde a uma pergunta básica de ciência, me desculpa, não tem que perguntar para o pai, irresponsável nesta questão, se ele quer ou não uma escola, de certa forma, com militarização. Tem que impor, tem que mudar", declarou Bolsonaro nesta quinta-feira.

Em seguida, o presidente concluiu: "Nós não queremos que essa garotada cresça e, no futuro, seja um dependente até morrer de programas sociais do governo".

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), mencionado por Bolsonaro, é realizado a cada três anos e avalia o desempenho escolar de diversos países em três quesitos principais: matemática, ciências e leitura.

Modelo de adesão

Em entrevista coletiva após o lançamento do programa, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi questionado se a adesão ao modelo cívico-militar será voluntária ou imposta, como declarou Bolsonaro.

"O que está combinado é que é voluntário. Mas a demanda é tão grande dos pais, dos prefeitos, deputados, governadores, todos eles querem", disse o ministro.

Segundo Weintraub, a palavra do presidente é a "última" dentro do governo. "Palavra do presidente é a última palavra do executivo, então, está falando. Tem muito mais demanda do que capacidade de atender no curto prazo", declarou.

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CENSO

Ensino superior a distância ofertou mais vagas que o presencial em 2018, aponta Censo da Educação Superio

O número de vagas ofertadas pelo ensino superior a distância (EAD) superou em 2018, pela primeira vez, o número de oportunidades em cursos presenciais. No ano passado, foram 7.170.567 vagas remotas contra 6.358.534 vagas locais, respectivamente.

O dado é do Censo do Ensino Superior, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O resultado das vagas em EAD é reflexo direto do aumento dos cursos de graduação a distância, constatado em edições anteriores. Em 2018, por exemplo, o Censo do Ensino Superior mostrou uma alta de 17,6% no número de alunos nesta modalidar.

É a primeira vez que você tem um maior ensino a distância do que presencial. Acho que é uma tendência nacional e mundial, só tende a se consolidar e ampliar”, declarou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Matrículas presenciais lideram

Apesar disso, a rede presencial ainda recebeu mais alunos novos, em 2018, que a rede a distância. Segundo o censo, foram 2.072.614 matrículas em vagas presenciais (28,9% do total ofertado), e 1.373.321 nas vagas à distância (21,5% do total ofertado).

Das vagas preenchidas em todas essas redes de ensino, 58% dos alunos se inscreveram em cursos de bacharelado. Outros 21% iniciaram cursos de licenciatura (formação de professores), e os demais 21%, em cursos tecnológicos.

Ao todo, 8,4 milhões de alunos estavam matriculados em alguma modalidade de ensino superior em 2018. Desse total, 20% estudavam em instituições públicas, e o restante, na rede privada.

Alta desistência

Weintraub criticou, ao apresentar os dados, o elevado grau de desistência dos jovens que entram no ensino superior. Dados dos últimos anos apontam que, em média, só um terço dos alunos termina o curso “na época certa”, ou seja, no número de semestres previsto. Metade dos matriculados abandona a faculdade sem concluir o curso.

Qualquer atividade econômica, e o ensino, mesmo público, é uma atividade econômica, tem que ter critérios de eficiência. A gente é muito ineficiente no Brasil, sendo que há um elevado grau também de pessoas que ficam muito mais tempo que o previsto”, declarou.

A conclusão óbvia é que, se a gente reduzisse significativamente essa ineficiência, a gente conseguiria dobrar o número de pessoas com ensino superior completo no Brasil utilizando os mesmos recursos disponíveis. Antes de investir mais, temos que olhar para eficiência. Não adianta jogar mais dinheiro em lugar onde a gente tem tanto desperdício, público ou privado.”

Assim como nas últimas apresentações à imprensa, o ministro deixou o local do anúncio sem responder às perguntas de jornalistas. O MEC não informou como pretende atuar para reverter esse cenário.

Sem crise

Na apresentação, Weintraub também voltou a criticar o que chamou de “terrorismo da imprensa” sobre a crise financeira no ministério. Segundo ele, tanto a coleta de dados do Censo, quanto a realização das provas sob tutela do Inep (incluindo Enem e Encceja) vêm sendo concluídos sem problemas.

A primeira conclusão que eu gostaria de chamar atenção, mais importante de todas, é que a despeito de ilações que saíram em alguns veículos sobre risco de paralisia do Inep, a gente não vê nenhum problema na prática”, disse.

Censo da Educação Superior

O Censo da Educação Superior é feito todos os anos pelo Inep para levantar dados sobre as instituições de ensino, alunos e professores dos cursos de graduação e sequencias de formação específica. A ideia é fornecer informações sobre o setor e as tendências desenhadas.

Os dados abrangem também o número de vagas oferecidas, inscrições, matrículas, ingressantes e concluintes e informações sobre os professores.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Folha lança ferramenta online para ajudar pais a comparar colégios e optar

Só quem precisou escolher escola sabe a dificuldade. Pública ou particular? Conteudista ou construtivista? Para ajudar nesse processo, a Folha lança a ferramenta online Buscador Escolha a Escola.

São 135 mil colégios de ensino fundamental e médio, de todo o país, públicos e particulares. Para cada um há até 14 indicadores de qualidade ou de infraestrutura.

O buscador traz informações como presença ou não de laboratório de ciências, se há acessibilidade no prédio, notas no Enem e média de alunos por turma. São dados do Inep, órgão do Ministério da Educação responsável por estatísticas. As bases são Censo Escolar, Enem e Saeb (avaliação de escolas públicas).

A ideia é mostrar, num lugar só, o máximo de informações objetivas e atualizadas.

É uma forma de ajudar na análise da situação dos colégios, que tem sido centrada no resultado do Enem.

O resultado do exame dos formandos no ensino médio tem a vantagem de ser um indicador objetivo. Mas é insuficiente, segundo educadores.

Primeiramente, porque o teste avalia apenas os estudantes ao fim do ensino médio. Como é o único em que há grande participação de colégios particulares, muitas famílias passam a usar esse parâmetro para avaliar até o ensino infantil de uma instituição.

Não há consenso sobre a confiança nos dados do Enem para avaliação de escolas.

O economista Eduardo Andrade e o professor da ESPM Ivan Soida mostraram que médias de escolas pequenas no Enem tendem a flutuar muito entre as edições.

Por outro lado, um grupo de pesquisadores da Escola de Economia da FGV-SP revelou que a divulgação das médias faz com que escolas particulares melhorem suas notas ao longo dos anos.

Discute-se até a pertinência de uma prova como avaliação. O aluno ir bem num exame significa que a instituição é boa? Não pode ser considerada boa a escola que tem notas inferiores às vizinhas, mas recebe bem alunos com deficiência e valoriza a diversidade?

E não pode ser interessante um colégio que também não tem as notas lá em cima, mas cujas turmas são menores (e os estudantes recebem mais atenção dos professores)?

Dar um panorama mais completo de cada escola é justamente o objetivo da ferramenta lançada pela Folha.

Um exercício rápido: se compararmos os 50 colégios com maiores médias nas provas objetivas do Enem e os mesmos 50 primeiros colocados, mas considerando só instituições que tenham laboratório de ciências, quase um terço da lista é alterado.

Dito de outra forma, 15 dos 50 colégios com maiores notas informam não ter laboratório de ciências.

O buscador permite ao usuário procurar indicadores que mais lhe interessam na hora de optar por um colégio, conforme seus critérios e valores. 

Seja quais forem os dados considerados, há algo indispensável na escolha de uma escola: visita atenta e conversas com quem a conhece.

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ORÇAMENTO

Governo pedirá ao Congresso a liberação de R$ 250 milhões para bolsas de estudo, diz secretário

O governo pedirá autorização ao Congresso para liberar R$ 250 milhões que serão destinados ao pagamento de bolsas de estudos, informou nesta quarta-feira (18) o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.

De acordo com o secretário, o governo enviará ao Congresso nos próximos dias um pedido de suplementação orçamentária nesse montante.

O valor, segundo a pasta, será suficiente para o pagamento das bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) até o final do ano.

No mês passado, o aperto nas contas levou o CNPq a anunciar a suspensão de aproximadamente 4,5 mil bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado que seriam distribuídas às universidades.

O órgão afirmava ainda que as 84 mil bolsas ativas só poderiam ser pagas até setembro, quando os recursos do órgão para essa finalidade se esgotariam.

No início deste mês, foram liberados R$ 82 milhões. Agora, com a suplementação de R$ 250 milhões, o governo atinge os R$ 330 milhões que eram necessários para garantir os pagamentos.

“Nossa estimativa é a de que vamos ter os recursos necessários para que o CNPq tenha a recomposição orçamentária até o final do ano, garantindo que todos tenham suas bolsas”, disse o secretário em comissão na Câmara.

Para 2020, a previsão do governo é de um orçamento de R$ 1,025 bilhão para o pagamento de pesquisadores.

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ORÇAMENTO

Moraes homologa acordo para uso de recursos de multas da Lava Jato em educação e Amazônia

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou nesta terça-feira (17) o acordo para destinar à Amazônia e a investimentos em educação recursos oriundos do fundo da Lava Jato.

O volume de dinheiro é proveniente de multas acertadas pela Petrobras nos Estados Unidos. Do total, será R$ 1,6 bilhão para educação. A Amazônia Legal vai receber R$ 1 bilhão.

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba queriam criar uma fundação privada para gerir R$ 2,6 bilhões.

A medida foi questionada pela procuradora-geral Raquel Dodge no STF (Supremo Tribunal Federal). A ação ficou sob relatoria de Moraes.

A 13ª Vara de Curitiba havia homologado acordo para a gestão privada desses recursos. Além da PGR, a Mesa da Câmara também questionou o acordo de Curitiba.

O ministro escreveu na decisão que o órgão não tinha competência para fechar um acordo para a destinação do dinheiro. Afirmou ainda faltar aos procuradores da Lava Jato no Paraná as atribuições para essa gestão.

"Nesse sentido, como bem destacado pela Presidência da Câmara dos Deputados, o depósito dos valores pagos pela Petrobras deveria ter ocorrido em favor do Tesouro Nacional", escreveu Moraes. Segundo ele, cabe à União decidir a destinação dos recursos.

Do montante para o Ministério da Educação, R$ 1 bilhão vai para a educação infantil.

Ainda haverá R$ 250 milhões para o Ministério da Saúde e R$ 250 milhões para o Ministério de Ciência e Tecnologia. O Ministério de Direitos Humanos fica com R$ 100 milhões.

O dinheiro será usado também para ajudar no combate às queimadas na Amazônia. A União vai ficar R$ 630 milhões para implementar GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Outros R$ 430 milhões serão descentralizados para os estados da região amazônica.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.