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Goiânia, 23 de fevereiro de 2017

Publicado: Quinta, 23 de Fevereiro de 2017, 11h28 | Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 11h28

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Integração com programas federais garante fortalecimento

Ministério credencia Academia Nacional de Polícia para oferta de cursos de pós-graduação

Mulheres em situação de vulnerabilidade contam com 100 mil vagas em programa de capacitação

UOL EDUCAÇÃO

TCU bloqueia bens de servidores e quer explicações de ex-reitor da UFPR

Edital do Enem 2017 não deve sair em fevereiro

CORREIO BRAZILIENSE

Estados e municípios recebem nesta quarta-feira recursos do Fundeb

Convênio poderá permitir que estudante de direito atue como conciliador

GLOBO.COM

Bolsistas do Prouni têm nota mais alta no Enade que seus colegas de classe, diz estudo

O fenômeno do desaparecimento de idiomas e suas explicações

Professor do ES é único brasileiro entre 10 finalistas de prêmio mundial

FOLHA.COM

'Perdi a vergonha', diz catadora de lixo de 42 anos que começou a ler com filho

Em crise, USP quer impor teto de gasto com salário de funcionário

 

 

 

N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 23/02/2017

 

 

MULHERES MIL

Integração com programas federais garante fortalecimento

O Ministério da Educação realizou reunião técnica em Brasília nesta quarta-feira, 22, para definir as ações que serão adotadas a partir de agora para incrementar e ampliar o programa Mulheres Mil. O objetivo é garantir que mulheres em situação de vulnerabilidade participantes do programa se fortaleçam de forma permanente, o que exige o engajamento de instituições responsáveis.

A coordenadora do programa na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Jussara Maysa Silva Campos, explica que “o programa deve atuar para a inserção socioprofissional dessas participantes, levando em consideração que a geração de renda é muito importante para as mulheres”. Com a integração a outros programas federais, o Mulheres Mil será fortalecido dentro das instituições, por meio de ações voltadas para a inserção das mulheres no mundo do trabalho.

Como exemplo, Jussara cita a parceria com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), uma das alternativas estudadas pela Setec. Ao fazer um curso na área de alimentação, essa mulher se torna uma potencial fornecedora do programa, que por lei deve adquirir da agricultura familiar 30% dos alimentos que serão servidos nas escolas.

As estratégias estão em debate entre gestoras dos institutos federais do Amapá (Ifap), Paraíba (IFPB), Fluminense (IFF), Rio Grande do Sul (IFRS), Norte de Minas Gerais (IFNMG), Alagoas (Ifal), Goiás (IFG), Amazonas (Ifam), Santa Catarina (IFSC), Rio Grande do Norte (IFRN) e da Escola Agrícola de Jundiaí da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Programa – Formalizado em 2011, com a publicação da Portaria do MEC nº 1.015, de 21 de julho, o programa nacional Mulheres Mil é fruto de um projeto piloto realizado por meio de uma cooperação internacional entre o Brasil e o Canadá desde 2008. Seu objetivo é promover a formação profissional e tecnológica articulada à elevação de escolaridade de mulheres entre 16 e 70 anos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

Estruturado nos eixos educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, tem como principais diretrizes: possibilitar o acesso à educação; contribuir para a redução de desigualdades sociais e econômicas de mulheres; promover a inclusão social; defender a igualdade de gênero; e combater a violência contra a mulher.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Ministério credencia Academia Nacional de Polícia para oferta de cursos de pós-graduação

O Ministério da Educação credenciou a Academia Nacional de Polícia (ANP), vinculada à Polícia Federal, para a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu – modalidades presencial e a distância – e validou os que já foram concluídos. O ato foi assinado pelo ministro Mendonça Filho, nesta quarta-feira, 22, em cerimônia na sede da ANP, em Brasília.

Durante a solenidade também foi assinado um instrumento de cooperação técnica entre a Polícia Federal e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com o objetivo de organizar atividades acadêmicas para o desenvolvimento e profissionalização de agentes. Inicialmente, 25 alunos servidores da PF serão enviados a Recife para cursar o mestrado em engenharia da produção, com ênfase em gestão e análise de risco em segurança pública.

O ministro Mendonça Filho destacou a importância de iniciativas que visam a contribuir para a consolidação e o fortalecimento da Polícia Federal. “Trata-se de uma instituição de grande credibilidade, que tem cumprido o seu trabalho com eficiência e eficácia”, disse. “A PF não tem partido. O seu partido é o Brasil. É o que ocorre em qualquer nação decente em um regime democrático de direito.”

Para o diretor-geral do Departamento de Polícia Federal (DPF), Leandro Daiello, parcerias como as firmadas com o MEC e a UFPE são essenciais à formação dos agentes para os desafios de hoje e de amanhã, para o enfrentamento estratégico do crime organizado. “A nossa instituição é formada por pessoas. Podemos investir em tecnologia, mas de nada adianta sem policiais devidamente preparados.”

Segundo Daiello, o objetivo da instituição é expandir as cooperações técnicas com outras universidades federais. Elas já estão sendo negociadas, por exemplo, com as universidades de Brasília (UnB) e de Santa Catarina (UFSC). O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, também defende a participação de todas as 63 universidades federais em acordos como o firmado com a PF, que resultam “em um aprendizado mútuo e desse intercâmbio o Brasil só se fortalece”.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO

 

Mulheres em situação de vulnerabilidade contam com 100 mil vagas em programa de capacitação

Mais de 100 mil vagas para mulheres brasileiras em situação de vulnerabilidade econômica e social já foram ofertadas pelos cursos de formação inicial e continuada do programa Mulheres Mil em todo o país. Os dados são da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. Somente entre 2014 e 2016, quando a execução do programa passou a ocorrer por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foram 61,8 mil vagas ofertadas.

Nesta terça, 21, e quarta-feira, 22, a Setec reúne, em Brasília, gestoras do programa para discutir as estatísticas educacionais e o perfil sociodemográfico das mulheres atendidas. A coordenadora do programa na secretaria, Jussara Maysa Silva Campos, explica que o objetivo é “debater estratégias para a institucionalização da oferta de educação profissional de qualidade e com recorte de gênero, a qual se propõe o programa, e identificar quais são as perspectivas e possibilidades de atendimento das instituições executoras”.

“É um debate aprofundado do contexto e da abrangência do programa”, diz. “Além disso, queremos enxergar quais são as demandas relacionadas à inserção socioprofissional e, também, das possibilidades de itinerário formativo dessas mulheres.” Participam do encontro gestoras dos Institutos Federais do Amapá (Ifap), Paraíba (IFPB), Fluminense (IFF), Rio Grande do Sul (IFRS), Norte de Minas Gerais (IFNMG), Alagoas (Ifal), Goiás (IFG), Amazonas (Ifam), Santa Catarina (IFSC), Rio Grande do Note (IFRN) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A titular da Setec, Eline Nascimento, disse que a expectativa é de que o grupo de trabalho auxilie com indicações para que o programa Mulheres Mil dê um salto. “Espero que possamos aprimorar a análise situacional com o levantamento dos perfis das mulheres e das instituições ofertantes, fomentando a verticalidade da educação.” O evento se estenderá ao longo de toda esta quarta-feira, 22.

Números – Outra perspectiva da Setec com o encontro é formalizar a realização de um censo educacional no programa Mulheres Mil. Atualmente, não há nenhuma estatística oficial padronizada sobre sua execução. O pesquisador Gustavo Moraes, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelos censos educacionais, explica que a realização dessas estatísticas é fundamental para a aplicação das políticas públicas.

“A gente precisa ter a garantia de um processo de coleta, um processo censitário confiável do ponto de vista estatístico. E isso a gente só consegue com um órgão especialista nesse tipo de censo, que, nesse caso, é o Inep”, disse. Gustavo continuou. “Um dos efeitos da análise estatística é a gente conseguir saber, no caso do Mulheres Mil, quantas são, como estão divididas e quem são essas pessoas, para que se tenha maior efetividade; para que a gente possa provar o sucesso do programa e entender como melhorá-lo e, inclusive, conseguir angariar mais recursos para o programa.”

Segundo levantamento realizado pela Setec, a execução do Mulheres Mil se deu mais fortemente a partir da associação ao Pronatec, em 2013. Os dados da secretaria mostram que o projeto piloto, aplicado entre os anos de 2008 e 2010, teve 348 matrículas. De 2011 a 2013, o programa nacional, como proposto na portaria, teve cerca de 38,4 mil matrículas. Com o Pronatec, de 2014 a 2016 foram atingidas mais de 61,8 mil ofertas, totalizando 100.718 vagas ofertadas.

Resultados – As representantes do programa Mulheres Mil de Alagoas e da Paraíba aproveitaram o encontro para trazer uma pequena mostra do resultado dos cursos naqueles estados. Em Alagoas, maior ofertante do programa, já foram capacitadas seis mil mulheres em 21 municípios. Entre os produtos gerados, estão exemplos de inserção do tema Segurança Alimentar e Nutricional como um componente curricular específico na matriz curricular, e a produção do livro de receitas Doçuras de Santa Efigênia, referente a um pequeno povoado do município de Capela.

Da Paraíba, as representantes do programa trouxeram livros sobre a Rede Rizoma e a experiência de dois grupos de mulheres acompanhadas pela Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários do IFPB, além de peças de artesanato e biojoias.

Programa – Formalizado em 2011, com a publicação da Portaria do MEC nº 1.015, de 21 de julho, o programa nacional Mulheres Mil é fruto de um projeto piloto realizado por meio de uma cooperação internacional entre o Brasil e o Canadá desde 2008. Seu objetivo é promover a formação profissional e tecnológica articulada à elevação de escolaridade de mulheres entre 16 e 70 anos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

Um dos criadores do projeto no Brasil, o professor do IFRN Sérgio França destaca que o Mulheres Mil tem uma metodologia própria, muito complexa, “porque ele tem a sensibilidade de perceber verdadeiramente o que essas mulheres desejam, sonham e querem realizar”. Além disso, o programa enfrenta, na visão dele, um contexto difícil de alcançar. “Ele tem algo especial, que é fazer com que quem não existia, quem não era, comece a ser, comece a pensar ‘eu sou alguém’, ‘eu estou sendo vista, ouvida’. O programa vai aonde ninguém chega”.

Estruturado nos eixos educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, tem como principais diretrizes: possibilitar o acesso à educação; contribuir para a redução de desigualdades sociais e econômicas de mulheres; promover a inclusão social; defender a igualdade de gênero; e combater a violência contra a mulher.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 23/02/2017

 

 

 

EDUCAÇÃO

TCU bloqueia bens de servidores e quer explicações de ex-reitor da UFPR

O plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu na tarde desta quarta-feira (22) convocar o ex-reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Zaki Akel Sobrinho, para dar explicações sobre omissão no acompanhamento de concessões de bolsas de estudos e pesquisas, alvo de operação da PF que investiga o desvio de R$ 7,5 milhões da universidade.

Também foram convocados os ex-pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, Edilson Sérgio Silveira, e de Planejamento, Orçamento e Finanças, Lúcia Regina Assumpção Montanhini. Os três exerceram seus cargos durante os anos em que as possíveis fraudes ocorreram, de 2013 a 2016.

Além disso, o TCU tornou indisponíveis, por um ano, os bens de nove servidores da UFPR, entre eles Silveira, Lúcia Regina e a atual vice-reitora Graciela Inês Bolzon de Muniz, que, à época, era coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia e chegou a ser substituta do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

"Causam espécie a fragilidade dos processos de concessão e a completa ausência de elementos que legitimem despesas que ultrapassaram R$ 7 milhões na UFPR, em pagamentos realizados durante quase quatro anos. Os processos que deveriam instruir cada uma das concessões não foram localizados e, ao que indicam as avaliações iniciais, nem mesmo existiam", anotou a ministra relatora do caso, Ana Arraes, que teve seu voto acolhido pelo plenário.

O acórdão do TCU determina que sejam abertos "27 processos de tomada de contas especial, individualizados por beneficiário das bolsas e auxílios irregulares". Além disso, manda que os servidores responsáveis pela liquidação e pagamento dos débitos apresentem em 15 dias as suas defesas, ou que recolham aos cofres da UFPR "as quantias discriminadas em cada caso, atualizadas monetariamente a partir das respectivas datas até o efetivo recolhimento".

A reportagem procurou a assessoria da UFPR para que comentasse o acórdão do TCU, mas foi informada de que a universidade não vai se manifestar nesta quarta-feira.

TCU no PR quer "pente-fino"

" Todos os que receberam e não têm vínculo [com a UFPR] e os [servidores] que assinaram pagamentos serão chamados a se explicar perante o TCU. Depois que fizermos essa análise, vamos ouvir quem acharmos que causou o prejuízo", disse ao UOL o secretário de controle externo do TCU no Paraná, João Manoel Dionísio, que participou da sessão do plenário.

"Já que nossa percepção do risco da universidade aumentou, vamos estudar outras ações. Vamos analisar quais as áreas prioritárias da UFPR para realizarmos um 'pente-fino'", afirma Dionísio.

Ele foi questionado sobre possíveis brechas no Sistema Administrativo Financeiro (Siafi) do governo federal, uma das causas apontadas pelo reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, para a possível fraude cometida no pagamento de bolsas e auxílios.

Segundo a reitoria, o Siafi exige que número de CPF de beneficiados com bolsa seja cadastrado manualmente – é nesse momento que os pagamentos a pessoas sem envolvimento com a universidade eram determinados.

"A pessoa a quem eles delegaram essa tarefa não era de confiança. Se a pessoa que cadastrar não é honesta, e não houver controle sobre ela, acontece o que aconteceu", diz Dionísio.

"O excesso de confiança [em um funcionário] permite brechas. Por mais que se confie na pessoa, tem de haver ferramentas de controle", afirma o o presidente da Associação Nacional dos Servidores Integrantes das Auditorias Internas do MEC (Fonai-MEC), Jeferson Alves dos Santos.

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EDUCAÇÃO

Edital do Enem 2017 não deve sair em fevereiro

Em contato realizado pelo Vestibular Brasil Escola nesta terça-feira, 21 de fevereiro, a Assessoria de Comunicação Social do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que a publicação do edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 não deve ser antecipada para este mês, conforme previsto anteriormente.

Isso porque o prazo para participação na consulta popular sobre mudanças no Exame foi prorrogado até a última sexta-feira, 17, o que também resultou na prorrogação do prazo para análise das respostas e sugestões.

O órgão informou, ainda, que o resultado da consulta pública deverá ser apresentado em coletiva de imprensa, a ser realizada provavelmente em março, e que o edital da próxima edição do Enem pode ser divulgado na ocasião ou no dia seguinte, no Diário Oficial da União.

O documento apresenta as diretrizes, procedimentos e prazos do Exame, inclusive datas das inscrições e provas. Em 2016, o edital do Enem foi publicado no dia 15 de abril, mas em 2015 ele saiu apenas em 18 de maio.

A expectativa é que o edital da próxima edição já apresente parte das mudanças sobre o formato de aplicação das provas, definidas na consulta pública. Por outro lado, algumas devem ficar para 2018.

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INTERCAMBIO

Montreal é eleita a melhor cidade para estudantes estrangeiros de 2017

Montreal, no Canadá, dominou o índice das melhores cidades do mundo para estudantes internacionais de 2017. Chamada de QS Best Student Cities, a lista traz as 100 melhores cidades de todas as partes do globo com base na análise de vários indicadores divididos em cinco categorias chaves: preços acessíveis, mistura de nacionalidades entre os estudantes, desejabilidade, empregabilidade e rankings universitários mundiais.

Paris vinha invicta há cinco anos no topo da lista; no mais recente índice, ela caiu para segundo, dando lugar à Montreal, que subiu seis posições. As duas principais cidades francófonas do mundo vêm seguidas de Londres, Seul e Melbourne.

O Canadá ainda tem mais duas cidades entre as 20 melhores: Vancouver (10ª) e Toronto (11ª); e a Austrália também traz Sydney em 13ª e Brisbane em 20ª. A Ásia teve um bom resultado: além de Seul, tem também Tóquio (7ª), Hong Kong (empatada em 11ª), Singapura (14ª) e Kyoto-Osaka-Kobe (17ª).

O Brasil conseguiu colocar suas duas cidades mais famosas no índice: São Paulo em 69ª e Rio de Janeiro em 94ª.

Mudanças no índice

O índice de 2017 estreou uma nova categoria de Opinião Estudantil, que é analisada a partir de uma pesquisa de opinião feita com estudantes e recém graduados do mundo todo. Além disso, passou a classificar as 100 melhores cidades estudantis do mundo, ao invés de 75, como era até 2016.

Para ser avaliada no QS Best Student Cities, a cidade precisa ter uma população mínima de 250.000 habitantes e no mínimo duas universidades inclusas no mais recente Ranking Universitário Mundial da QS.

As 20 melhores cidades estudantis do mundo de 2017, segundo a QS

Montreal - Canadá

Paris - França

Londres - Inglaterra

Seul - Coreia do Sul

Melbourne - Austrália

Berlim - Alemanha

Tóquio - Japão

Boston - Estados Unidos

Munique - Alemanha

Vancouver - Canadá

Hong Kong

Toronto - Canadá

Sydney - Austrália

Singapura

Zurique - Suíça

Viena - Áustria

Kyoto-Osaka-Kobe - Japão

Edimburgo - Escócia

Nova York - Estados Unidos

Brisbane - Austrália

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CORREIO BRAZILIENSE

Quinta-feira, 23/02/2017

 

EDUCAÇÃO

Estados e municípios recebem nesta quarta-feira recursos do Fundeb

Os estados e municípios brasileiros recebem hoje (22), em suas contas-correntes, a parcela do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) relativa a fevereiro. Do total de R$ 918,97 milhões repassados, R$ 91,89 milhões (10% do total) devem ser destinados à complementação do pagamento do piso do magistério.

Os estados que vão receber a complementação são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. De acordo com a lei, a União repassa a complementação aos estados e municípios que não alcançam, com a própria arrecadação, o valor mínimo nacional por aluno estabelecido a cada ano. Em 2017, esse valor é de R$ 2.875,03.

O Fundeb é formado, quase totalmente, por recursos provenientes de percentuais de tributos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e transferências vinculadas à educação. Além desses recursos locais, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais.

Os recursos do fundo, repassados aos estados e municípios, devem ser aplicados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais. A verba também pode ser aplicada em despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, a aquisição de equipamentos e a construção de escolas.

Agência Brasil

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EDUCAÇÃO

Convênio poderá permitir que estudante de direito atue como conciliador

O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) apresentou projeto de lei que autoriza os estudantes universitários de direito a atuarem como conciliadores em câmaras de conciliação e mediação (PL 5413/16).

O trabalho de conciliador deverá ser feito com apoio de programas específicos que visem difundir a “cultura de conciliação”, e que sejam conveniados a tribunais (de Justiça, os Regionais Federais e os do Trabalho).

Os estudantes deverão ser supervisionados por um professor do curso ou por profissional da área jurídica.

O projeto muda o Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), que só autoriza a conciliação por profissionais habilitados.

Nova prática

Rodrigo Pacheco explica que o projeto coloca à disposição dos estudantes de direito uma nova vertente da área jurídica, que é a mediação de conflitos por câmaras arbitrais. Com a proposta, ele também quer contribuir para difundir a cultura da conciliação.

“Não se trata de autorizar a realização de conciliação por estagiários, mas, sim, de transformar esse ato processual, que pode ocorrer em qualquer tempo e quantas vezes necessário no curso de um processo, num importante instrumento de mudança da formação de nossos futuros bacharéis em direito”, disse.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

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GLOBO.COM

Quinta-feira, 23/04/2017

 

EDUCAÇÃO

Bolsistas do Prouni têm nota mais alta no Enade que seus colegas de classe, diz estudo

Uma pesquisa que analisou a nota de mais de um milhão de universitários brasileiros no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) mostra que os estudantes com bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) tiveram nota mais alta do que estudantes não beneficiados pelo programa. A pesquisa também comparou o desempenho dos estudantes com contrato do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e de cotistas sociais e raciais de universidades federais, e descobriu que, nesses casos, as notas dos beneficiados pelos programas foram iguais às dos estudantes não-cotistas ou sem financiamento do governo federal.

O estudo foi realizado por Jacques Wainer, professor titular do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas, e Tatiana Melguizo, professora associada da Rossier School of Education da University of Southern California. De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Wainer teve o apoio da fundação para uma bolsa de pesquisa relacionada ao tema.

A escolha pela nota do Enade, segundo os pesquisadores, permite medir os "conhecimentos totais adquiridos pelo aluno durante o ensino superior e sua preparação para a futura carreira profissional", já que o exame é aplicado aos estudantes que estão em vias de se formar na graduação.

Em entrevista ao G1, Wainer, que trabalha no Instituto de Computação da Unicamp, afirmou que "a grande maioria dos artigos brasileiros" estudam número de uma única universidade. "São professores que têm acesso às notas e fazem as contas para a universidade", explicou ele. De acord com o professor, há outros estudos que já usaram as notas do Enade para medir os efeitos das políticas de inclusão no ensino superior. Segundo eles, como a nota no Enade não afeta a graduação do estudante, nem todos se preparam ou levam as questões a sério. Porém, quando um grande número de notas entra na análise, o artigo defende que exame pode corresponder "em parte ao conhecimento adquirido pelos alunos".

Ao analisar os dados, Wainer e Melguizo concluíram que, ao final da graduação, "alunos que receberam bolsa do Prouni parecem ter acumulado mais conhecimentos que seus colegas de classes". Em relação aos demais programas, o artigo diz que "não há diferença prática" entre o conhecimento adquirido pelos alunos cotistas e seus colegas de classe não cotistas (mesmo entre cotistas raciais, cotistas sociais ou beneficiados com uma combinação de cotas); além disso, os pesquisadores também mostram que "não há diferença prática de conhecimento ao final da graduação entre alunos que receberam empréstimo pelo Fies e seus colegas de classe que não receberam o empréstimo".

Análise de 77 cursos diferentes

A base de dados do estudo foi constituída dos resultados do Enade nas edições de 2012, 2013 e 2014. Como o exame é aplicado apenas uma vez a cada três anos para os formandos de cada área, o período analisado pelos pesquisadores foi capaz de incluir as notas de 1.017.039 estudantes de 77 cursos diferentes.

No artigo, os autores afirmam que o objetivo do estudo é avaliar o rendimento dos alunos beneficiados por políticas de inclusão, em contraste com os demais alunos. Segundo os pesquisadores, em geral, as pesquisas que analisam essas políticas também costumam se concentrar em outras dimensões, como a diversidade no acesso ao ensino superior, a evasão e o tempo que o aluno leva para concluir o curso de graduação. "Achamos importante não discutir, por exemplo, diferenças de desempenho entre diferentes cursos, como tem sido feito na grande maioria das publicações sobre o assunto", dizem os pesquisadores no artigo.

A avaliação por meio do Enade foi possível porque, para participar do exame, os estudantes precisam declarar se foram beneficiados por cotas ou se participavam do Prouni ou do Fies. Usando as informações do questionário socioeconômico preenchido pelos estudantes, o estudo separou as notas em diferentes categorias: a de estudantes que não foram beneficiados pelos programas de cotas, bolsas ou financiamento, e categorias de estudantes beneficiados.

Desses, 82.577 eram bolsistas do Prouni, 71.390 tinham financiamento do Fies e 176.881 eram entraram em universidades federais por meio de cotas: 13.147 eram cotistas raciais, 100.471 eram cotistas sociais, 63.263 foram beneficiados por uma combinação de critérios raciais e sociais.

Abrangência metodológica

Após levantar os dados, os pesquisadores fizeram uma série de cálculos estatísticos para garantir que a comparação não sofresse desvios que pudessem relativizar os resultados. "Se a prova de psicologia fosse muito difícil as notas seriam muito baixas", explicou Wainer. "Quando divide pelo desvio padrão, fica todo mundo com nota média zero: quem foi melhor fica acima, quem foi pior fica abaixo."

Além de garantir que os alunos pudessem ser comparados por notas de provas diferentes, o levantamento também restringiu a comparação desses desvios dentro de universos estabelecidos. Por exemplo: as notas dos estudantes beneficiados foram comparadas sempre com a de seus "colegas de classe" não beneficiados. A restrição também se estendeu ao tipo de benefício para, segundo Wainer, "não ter a soma de pessoas que não deviam estar comparadas". Isso quer dizer que, no caso dos benefícios da Lei de Cotas (uma política que só é aplicada a universidades públicas), as notas dos estudantes beneficiados foram comparadas apenas com a de estudantes não beneficiados que também estudam em instituições públicas.

"Selecionando não cotistas apenas de IES [instituições de ensino superior] e cursos nos quais existem cotistas, eliminamos esse viés. Por outro lado, alunos que receberam o Fies, e que estão em IES pagas, teriam uma desvantagem injusta quando comparados com todos os alunos de IES públicas, já que estes com certeza não receberam o Fies", explica o artigo.

A comparação levou em conta as notas nas duas provas do Enade: a de conhecimentos específicos e da formação geral.

Resultados

Depois de aplicados os cálculos para padronizar as notas, os pesquisadores puderam comparar as notas entre as médias das diferentes categorias de alunos beneficiados pelas políticas de inclusão social, e as médias dos demais alunos das classes. Veja abaixo a lista com o "ganho padronizado" (ou seja, a diferença, positiva ou negativa, entre as duas médias comparadas) registrado na análise de cada categoria:

Cotistas (prova específica): 0,04

Cotistas (prova geral): 0,01

Bolsistas Prouni (prova específica): 0,47

Bolsistas Prouni (prova geral): 0,41

Financiado pelo Fies (prova específica): -0,05

Financiado pelo Fies (prova geral): 0,01

Os números acima representam a diferença entre a nota dos beneficiados em comparação com a dos demais colegas de classe. Segundo os pesquisadores, o grupo de 10% de estudantes mais próximos à média (5% acima da média e 5% abaixo da média) são considerados como se tivessem desempenho equivalente. Pelos cálculos estatísticos, se o valor de desvio da média (que é zero), varia em até 0,13, o resultado indica que a nota é equivalente, ou seja, o desempenho tanto de cotistas quanto de beneficiados por empréstimos do Fies é considerado igual ao dos estudantes da mesma classe que não foram beneficiados pelos programas.

"No caso do Fies, é uma nota um pouquinho pior, mas de uma forma não importante. No caso dos cotistas, é uma nota um pouquinho melhor, mas de uma forma não importante. Como a forma é não importante, eu não falo que é melhor ou pior", explicou Wainer.

O estudo também fez um recorte considerando apenas os cursos e instituições públicos com as médias mais altas no Enade, ou seja, o que indicam serem os mais prestigiosos e, portanto, mais competitivos. Nesse caso, foram analisadas apenas as notas de cotistas e não cotistas nos 10% das classes com maiores médias na prova específica do Enade.

De acordo com o estudo, a comparação continua dentro do limite de equivalência, ou seja, mesmo nos cursos considerados mais difíceis, o desempenho de cotistas foi igual ao de estudantes aprovados pela ampla concorrência. "Entendemos que a separação de classes melhores captura em parte o fato de que devem haver combinações entre curso e IES que são mais competitivas e para as quais alunos cotistas talvez tenham um ganho padronizado pior. Mas não é isso que encontramos nos dados: o desempenho de alunos cotistas e não cotistas é equivalente para todos os efeitos práticos nas classes melhores", diz o estudo.

Já no caso do Prouni, o resultado da comparação ultrapassa esse limite de equivalência. "Ou seja, os alunos do ProUni tiveram em média notas maiores que seus colegas, tanto no exame geral quanto no específico. Essas diferenças são estatisticamente significativas (não são devidas à sorte) e são de importância prática na definição deste artigo", dizem os pesquisadores.

Uma explicação possível para o alto desempenho dos bolsistas do Prouni, de acordo com o artigo, é a alta exigência que o programa do Ministério da Educação impõe aos estudantes, tanto no momento da seleção (só podem concorrer às bolsas quem tiver uma nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio) quanto durante toda a graduação. "É provável que alunos com bolsa Prouni são alunos com uma melhor formação ao final do segundo grau que seus colegas de classe. O Prouni ainda exige uma aprovação em pelo menos 75% das disciplinas cursadas no semestre anterior, e isto talvez tenha um impacto positivo no desempenho do bolsista", conclui o artigo.

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MUNDO

O fenômeno do desaparecimento de idiomas e suas explicações

Das 6 mil línguas existentes no mundo, em breve quase metade poderá estar extinta, estima Unesco. Embora globalização seja um dos fatores negativos, internet pode ajudar na preservação. Por todo o mundo há idiomas ameaçados de extinção. Seja na Alemanha, onde o baixo-sórbio só é falado por 7 mil pessoas; ou na América do Norte, onde só 250 nativos ainda utilizam o cayuga, sua língua materna. Na Austrália, o dalabon é preservado por apenas 11 pessoas – ou talvez menos, já que o último censo data de mais de dez anos.

Com o Dia Internacional da Língua Materna, a ONU procura ressaltar todos os anos a importância da diversidade linguística. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) calcula que existam cerca de 6 mil idiomas no mundo, dos quais 2.500 têm sua existência ameaçada.

"Um sinal bem óbvio de perigo é quando os pais não falam mais a própria língua com os filhos", explica Katharina Haude, pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Paris, e vice-presidente honorária da Sociedade Alemã de Idiomas Ameaçados.

Haude observou esse fenômeno na América Latina. Ao longo de dez anos, ela viajou regularmente para Santa Ana del Yacuma, no norte da Bolívia. Na cidade de 12 mil habitantes vivem os últimos 1.500 falantes da língua indígena movima, a maioria deles acima dos 70 anos de idade.

Idiomas nativos como esse, não documentados por escrito, estão especialmente ameaçados. Segundo Haude, o desaparecimento das línguas faladas por pequenos grupos na Bolívia, como o movima, está também relacionado à ampliação do sistema escolar.

"Nos anos 50 anos, foram construídas escolas na Bolívia em que só se ensinava espanhol", o que levou os genitores a deixarem de praticar a própria língua com os filhos. Só com a reforma do ensino, as 30 línguas indígenas do país retornaram às escolas, em 1994, recuperando em parte seu prestígio.

Internet como esperança

Os linguistas têm diferentes explicações para o declínio de certos idiomas. "Um fator é, seguramente, a globalização", afirma Paul Trilsbeek, diretor do Arquivo Multimídia de Idiomas Ameaçados do Instituto Max Planck de Psicolinguística, em Nimwegen, Holanda.

"As pessoas pensam que terão melhores chances na vida se falarem línguas mais difundidas", aponta. Outro fator é a migração continuada das zonas rurais para as grandes cidades.

Segundo a Unesco, mais de 200 idiomas foram extintos desde os anos 1950. E, de acordo com Trilsbeek, "nas últimas décadas o número das línguas desaparecidas parece ter aumentado".

Para reunir os registros em áudio e vídeo que compõem o arquivo digital dirigido por ele, pesquisadores viajaram durante dez anos aos locais mais distantes do mundo, a fim de contatar os habitantes cuja língua materna estava sob risco de extinção.

"A meta do projeto era documentar para pesquisa os idiomas ameaçados, mas o arquivo também pode ser importante para as comunidades linguísticas", explica Trilsbeek. Contudo, isso não basta para reavivar um idioma em extinção.

"Em primeiro lugar, é preciso criar uma nova motivação para que se transmita a língua às gerações subsequentes", diz o diretor do arquivo.

O fato de cada vez mais pessoas terem smartphones e acesso à internet se tornou um aliado nessa luta, aponta. "Desse modo, há também cada vez mais línguas indígenas online, por exemplo no YouTube. Isso também poderá ajudar a preservar as diferentes línguas."

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RECONHECIMENTO

Professor do ES é único brasileiro entre 10 finalistas de prêmio mundial

O professor Wemerson da Silva Nogueira, de 26 anos, está entre os 10 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Prêmio Nobel da Educação. A organização divulgou a informação na noite desta terça-feira (21). Ele é o único brasileiro finalista.

O resultado será divulgado no evento Global Education and Skills Forum 2017, em Dubai, no dia 19 de março de 2017. O vencedor ganhará um prêmio no valor de US$ 1 milhão. Independente do resultado, Wemerson disse que já se considera um vencedor.

"Estou muito honrado com isso. Ficar entre os 10 melhores do mundo é uma alegria tão grande porque eu percebo que consegui dar valor a profissão que escolhi pra minha vida. Toda a trajetória que desenvolvi nesses cinco anos teve um significado, que agrega grandes valores para mim e para meus alunos. O valor monetário do prêmio tem peso, mas a indicação pelo reconhecimento do meu trabalho tem um valor que me fortalece", disse.

Segundo a organização do prêmio, Wemerson da Silva Nogueira foi escolhido entre milhares de candidatos de 179 países e apenas 37 nações estão representadas entre os finalistas.

O objetivo do programa é premiar o educador que tenha alcançado excelentes resultados com projetos desenvolvidos em sala de aula e que resultaram na melhoria das notas e da frequência dos alunos, com ações em prol da comunidade e projetos voltados à tecnologia.

Trabalho reconhecido

Wemerson é formado em ciências biológicas, professor da Escola Estadual Antônio dos Santos Neves, em Boa Esperança, na região Noroeste do Espírito Santo, e também dá aulas em uma faculdade particular. Mas o trabalho dele começou há cinco anos, em uma escola municipal em Nova Venécia, cidade vizinha.

Essa primeira escola fica localizada em um subúrbio com uma taxa de criminalidade muito alta, que envolveu os pais dos alunos, e em muitas ocasiões os próprios alunos, no tráfico de drogas e violência.

Ao notar a desmotivação e a taxa de abandono escolar em 50%, o professor convidou os professores e os gestores para melhorar a visão da escola, junto com a comunidade local, com a qual eles trabalharam em um projeto social intitulado: "Jovens Cientistas: Projetando um Futuro Novo".

Este projeto trabalhou na melhoria do comportamento dos alunos dentro do ambiente escolar, mostrando que a escola é o melhor lugar para se tornar bons cidadãos. Dessa maneira, também criou um método dinâmico para o ensino de aulas de ciências.

Através de todas essas atividades, a escola conseguiu resgatar 90% dos estudantes do mundo da droga e da criminalidade em um período de quatro anos. Atualmente, a escola é considerada a melhor da cidade e contribuiu para a redução do tráfico e da violência de drogas em 70%.

"Todo mundo abraçou a causa. Nesse atual momento da educação, nós professores temos que inovar. A escola pública é um espaço de grande valor, dentro dela você encontra respostas para ser um cidadão global, para transformar o mundo. O professor tem que estar buscando isso nos alunos constantemente", acredita Wemerson.

Filho de um casal de agricultores que estudo até a 4ª série do ensino fundamental, Wemerson contou que percebeu logo na infância que tinha que valorizar a educação se quisesse mudar de vida.

"Sou de família humilde, nunca na minha vida eu pensei que chegaria onde estou agora. A educação foi a base de tudo para mim, pois meus pais não têm muita formação, mas me falavam 'ou você estuda, ou trabalha na roça' e sempre me incentivaram", lembrou.

Emocionado, ele falou que ver o orgulho da família já é um dos maiores prêmios que recebeu. "Meus pais nunca imaginaram que o filho deles disputaria o prêmio de melhor educador do mundo. Hoje eu colho os frutos que meus pais plantaram", contou.

Global Teacher Prize

A premiação Global Teacher Prize é uma das maiores do planeta e destaca a importância da profissão de educador e simboliza o fato de que professores em todo o mundo merecem ser reconhecidos e celebrados.

Os dez finalistas, que serão escolhidos dentre os 50 selecionados, ganharão um convite para participar do Global Education and Skills Forum 2017, em Dubai, no dia 19 de março de 2017. O vencedor da iniciativa ganhará um prêmio no valor de US$ 1 milhão.

O Príncipe Harry, da Inglaterra, fez uma homenagem ao trabalho dos professores do mundo inteiro, nesta terça-feira. Confira na íntegra:

“Além de ensinar a ler, escrever e aritmética, os melhores professores vão além das páginas dos livros para ensinar aos jovens sobre determinação, ambição, resiliência e compaixão. Todos enfrentamos obstáculos e desafios em nossas vidas e nossos professores exercem um papel crucial para nos preparar para esses altos e baixos.

Os finalistas do Prêmio de Professor Global deste ano vêm de todos os cantos do mundo, do Ártico Canadense ao Quênia e Paquistão. Mas uma coisas eles todos têm em comum: despertam a curiosidade nas crianças e nutrem os sonhos que podem transformar o mundo para melhor.

Gostaria de concluir parabenizando todos os finalistas. Além de professores excepcionais, vocês são os exemplos que apoiam, inspiram e moldam as vidas das crianças. Seu trabalho é tão importante que não acho que seria exagero dizer que vocês estão construindo o futuro.”

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FOLHA.COM

Quinta-feira, 23/02/2017

 

EDUCAÇÃO

'Perdi a vergonha', diz catadora de lixo de 42 anos que começou a ler com filho

"Mãe, mãe, quer ler comigo? É uma historinha. E tem figuras". "Desmaiada" em uma rede após horas garimpando lixo na rua, para vender, foi assim –aos sussurros de Damião Sandriano de Andrade Regio, 11, o mais novo dos sete filhos– que Sandra Maria de Andrade, 42, começou a decifrar as letras do alfabeto e a despertar para o mundo da leitura.

Até um ano atrás, não sabia ler nem escrever. Em uma casa encravada numa rua de areia em Jardim Progresso, periferia de Natal, no Rio Grande do Norte, ela era o retrato dos 758 milhões de adultos no mundo apontados em um estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na semana passada, como incapazes de ler ou escrever uma simples frase.

Sandra não sabia fazer nem o próprio nome. "Espiava" quem visse lendo um livro e pensava "ah, se eu soubesse também. Se tivesse uma coisa que eu pudesse roubar, queria que fosse um pouquinho daquela leitura". Ela tentou estudar, mas não pôde.

Foi forçada a trabalhar desde cedo. Abandonada pela mãe aos três anos, diz que a avó, com quem passou a morar, lhe entregou a um casal que a impediu de ir à escola. Ela teve de trabalhar na lavoura, em casas de farinha (locais em que mandioca é ralada ou triturada) e fazendo faxina.

Em um dia, quando ajudava no cultivo de bananeiras, viu crianças passando na porta com cadernos debaixo do braço. "Queria ir para onde iam, mas diziam: vá trabalhar. E eu chorava". Aos 12 anos, na tentativa de reencontrar a mãe, fugiu. Foi rejeitada. Passou a viver nas ruas e a comer o que achava no lixo.

Um homem lhe ofereceu casa e comida quando tinha 13 anos. Viveram como marido e mulher, tiveram três filhos e uma história que, para Sandra, significou "levar tanta porrada", a ponto de achar que estava morta.

Em 12 de junho de 1996, na frente dos filhos, foi golpeada várias vezes com uma faca, teve parte dos cabelos arrancados com os dentes e, já se sentindo dormente depois de tanta dor, chegou a dizer a uma das crianças: "Com fé em Deus, se sua mãe escapar macho nenhum bate mais nela". No dia seguinte, fugiu levando os três filhos.

"Me perguntavam na rua se eu tinha sido atropelada e mandavam eu dar parte dele. Mas eu não tinha instrução, não tinha ninguém pra me apoiar. Meu negócio era sair dali". A ideia de Sandra era "enfrentar o mundo".

A VIDA SEM LER

Mas o mundo, quando tinha letras estampadas, "era como uma folha em branco" que dificultava até a hora de pegar um ônibus. Em busca de ajuda, ela precisava confidenciar a quem cruzasse o seu caminho: "Eu não sei ler". E pedia: "Você pode ler pra mim?".

Mas, sofrimento maior foi, anos depois, fazer a carteira de identidade e ter de estampar no documento a impressão digital em vez da assinatura. Fruto de um segundo casamento e com aproximadamente três anos de idade, Damião, ouvindo a mãe mensurar o tamanho da vergonha, "muito grande", fez um pacto com ela naquele dia: "Eu vou aprender e, quando aprender, vou ensinar à senhora".

A mãe já catava lixo para vender à reciclagem e a outros compradores que batem à porta. A essa altura, não sabia o que era carteira assinada, estava separada do segundo marido e carregava a tristeza de ter enterrado quatro dos sete filhos –todos ainda na infância, vítimas de doenças que acha difícil explicar, e uma das filhas após um atropelamento.

Ver Damião ir e voltar da escola era um dos momentos de alegria. Cada dia que o filho chegava, contava a ela, "já morta de cansaço", tudo o que havia lido e aprendido. Ela se orgulhava: "Ele vai ser o que eu queria ser".

Damião também tinha o estímulo da professora. Ela dava aulas de reforço e o incentivava a pegar livros na escola. "Foi com esses livrinhos que tudo foi se desenganchando" para Sandra. "Eu tomava banho, deitava na rede, ele vinha e me chamava pra ler. Eu queria ver os desenhos, mas também queria aprender as letras. Ficava curiosa".

O mais próximo que ela havia chegado da escola foi em uma turma de jovens e adultos em que aprendeu o "ABC", mas que acabou abandonando por não parar de ter dúvidas e travar sempre que chegava no "e", letra que traduz como "uma agonia de vida". Ela ficava "apavorada" por não saber. "Sentia revolta".

Damião desvendou o "e" para a mãe explicando que era o mesmo que um "i", só que fechado e sem o ponto. O "h" virou uma cadeirinha" e o R o mesmo que um B, só que "aberto". Ele começou a ensinar as letras do nome dele e as letras do nome dela. Até Sandra aprender a escrever.

"Quando eu aprendi, disse: vou fazer outra identidade que é pra quando chegar nos cantos eu dizer: eu sei fazer meu nome. Pra mim, já era tudo eu saber. Chegar lá, o povo dizer assine aqui e eu dizer: agora eu já sei, não sinto mais vergonha".

Escrever o próprio nome foi uma conquista. A palavra "mãe" também. Em uma reunião da escola, "morreu de felicidade" ao assinar a primeira vez como responsável da criança. "Tinha que escrever o que eu era dele. Eu escrevi mãe, caprichado, bem grande".

Damião, devotado à mãe, quer ir além. "Eu quero ver ela aprendendo comigo. Quero que aprenda as palavras que ela sente aqui dentro. Ela gosta de falar amor, paixão. Já sabe um monte de palavras. Ela sabe as mais simples".

LEITURA

Mãe e filho leram, juntos, 107 livros em 2016, se considerados apenas os contabilizados na escola. A lista, porém, fica maior se incluir outros títulos que Sandra encontrou no lixo. O preferido dela, faz questão de dizer, "é Ninguém nasce genial ". "Escrevi meu nome nele. Porque ninguém nasce gênio. Porque eu achava que não precisava mais saber, achava que era tarde pra saber".

Para Damião, outro livro foi mais impactante. Tratava da história de um anjo que vivia acorrentado e só conseguiu se libertar quando ensinou um ser humano a rezar e os dois viraram amigos.

"É tipo eu e minha mãe. Eu estou ensinando uma coisa a ela e ela me ensina outra. Eu era novinho, ela me cuidava, eu cuidava dela. Ela dava um abraço em mim eu dava dois. Foi assim que nós começamos a nos amar".

O menino também leu sobre aventuras, amizade, paixão e amor ao próximo. Nesses momentos, diz que "vai pra outro mundo". Que fica com "uma imaginação infinita". "Eu quero que a leitura me leve pra qualquer canto", diz. Neste ano, irá para o 6º ano na escola.

Na casa onde divide cada palavra que aprende com a mãe, a ajudou a escrever, na parede da frente, uma mensagem em letras verdes, maiúsculas: CANTINHO DA FELICIDADE ONDE HÁ DEUS NADA FALTARÁ".

 

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EDUCAÇÃO

Em crise, USP quer impor teto de gasto com salário de funcionário

A USP quer impor um teto de gastos com salários de funcionários e congelar reajustes e contratações quando o comprometimento com a folha de pagamento superar 80% das verbas recebidas do Estado. O gasto com pessoal é maior do que o orçamento da instituição desde 2014.

Em crise, a universidade congelou contratações e realizou dois planos de demissão voluntária no período.

A proposta da reitoria, chamada Parâmetros de Sustentabilidade Econômico-financeira, será analisada na próxima reunião do Conselho Universitário, instância máxima da instituição. O encontro ocorre em 7 de março.

No ano passado, a folha de pagamento representou 104,95% dos repasses e, para este ano, a previsão é de 96,5%. A USP é financiada por uma parcela fixa de 5,0295% do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Pelo novo plano, o teto de 80% de gasto com a folha de pagamento passa a valer em cinco anos. Até lá, os parâmetros impõem limites a reajuste e novas contratações.

Se aprovado, a USP deverá, a cada ano, tomar medidas que reduzam em cinco pontos percentuais a proporção da despesa com pessoal.

Qualquer reajuste no período deverá acompanhar a evolução dos repasses do ICMS. Como esses valores tiveram queda em 2015 e 2016, por exemplo, o aumento salarial de 3% concedido no ano passado não poderia ocorrer.

Há um decreto que indica um limite prudencial de gasto de até 75% do orçamento com a folha de pagamento. Entretanto, nunca houve na USP uma regra que atrelasse esse gasto com congelamento de reajustes e contratações.

A USP não alcança uma proporção de 80% com salários desde 2010. Naquele ano, a rubrica representou 79,26% dos recursos recebidos.

Não há previsão explícita de demissão de funcionários, mas o novo parâmetro estipula uma redução no quadro de funcionários técnico-administrativos. Hoje, os 14.977 servidores representam quase 70% do total de funcionários (o restante é professor).

A nova regra prevê que os técnico-administrativos representem até 60% do total de funcionários. Reposições de vacâncias serão limitadas até chegar ao índice.

Para alcançar esse patamar, caso o número de professores se mantenha, o quadro de técnicos deveria perder cerca de 6.000 pessoas (redução de 41%).

As entidades sindicais que representam os funcionários mostraram preocupação com a proposta. Magno de Carvalho, diretor do Sintusp (que representa os técnico-administrativos), diz que nenhum ponto foi discutido com antecedência com algum representante da categoria.

"Ficamos perplexos com esse documento, que aponta mais demissões e representa o desmonte da universidade", diz ele. "Com essa projeção, não vai ter condições de tocar a universidade."

No ano passado, funcionários e professores entraram em greve exigindo reajuste de 12,34%. A universidade concedeu 3%.

A direção da Adusp (Associação dos Docentes da USP) já acionou seu departamento jurídico para analisar a proposta da reitoria. "É mais um reflexo da política do reitor [Marco Antonio] Zago de fazer pressão sobre a mão de obra da universidade e não em cima do Estado, para que haja mais verba para a universidade", diz Adriana Tufaile, diretora da Adusp.

"A crise da USP é de financiamento. A universidade cresceu nos últimos anos e o porcentual do ICMS continuou o mesmo", completa ela, que também fala em desmonte da universidade.

Questionada, a reitoria só informou que o teto de gastos com pessoal passaria a valer em 2022. Presidente da Comissão de Orçamento e Patrimônio da USP, o professor Adalberto Fischmann afirma que os parâmetros são para dar sustentabilidade.

"Nenhuma entidade pode viver com a situação da USP hoje, com 100% do orçamento com salários", diz. "Mas ainda haverá discussão onde colocaremos a régua", diz.

A proposta precisa passar no Conselho Universitário. Pela disposição do órgão, historicamente o reitor consegue aprovar suas pautas.

CRECHES E HOSPITAL

Em meio à tentativa do reitor Marco Antonio Zago de reduzir os gastos com salários, tendo já promovido dois planos de demissão voluntária na USP, houve também redução de recursos para áreas como creches e o HU (Hospital Universitário). O argumento é privilegiar as chamas "atividades fim": ensino, pesquisa e extensão.

Com falta de profissionais, dispensados a partir de 2014 com o plano de demissão, os atendimentos no HU tiveram forte recuo. As consultas ambulatoriais caíram 30% de 2013 para 2015, como revelou a Folha em junho de 2016.

O plano do reitor é desvincular o hospital da universidade, repassando a unidade para o governo do Estado. O repasse, entretanto, foi barrado no Conselho Universitário.

O segundo plano de demissão de Zago, aprovado em julho de 2016, não incluiu servidores do HU. Apesar disso, não houve reposições. "A oferta de leitos depende de enfermeiros, o hospital continua naquele caos crônico", diz o médico Gerson Salvador, diretor do Sindicato dos Médicos de SP.

Atendimentos noturnos no PS (pronto-socorro) foram interrompidos no ano passado. O funcionamento do PS infantil à noite já fora cancelado em 2015.

CRIANÇAS

No início deste ano, a reitoria decidiu fechar uma das duas creches que funcionam na cidade universitária, zona oeste da capital paulista. A chamada Creche Oeste atendia 40 crianças, mas tem capacidade para atender 120.

Em vez de preencher as vagas ociosas, a decisão foi transferir as crianças para a Creche Central e desativar o prédio Oeste.

Mães, educadores, estudantes e funcionários não aceitaram e decidiram ocupar o prédio. A ocupação ocorre desde 17 de janeiro.

"Ocupamos para impedir que a reitoria retirasse os equipamentos e móveis. Todos fomos pegos de surpresa com a decisão", afirma a pesquisadora Isadora Guerreiro, 35, que tem uma filha na creche.

As crianças do prédio Oeste estão na creche central, mas a ocupação é mantida. "É um desmonte da universidade", diz.

Em nota, a reitoria ressalta que o plano de demissão atingiu a quantidade de servidores das creches.

"Assim, ao iniciar o ano de 2017, as creches foram orientadas a receber o número de crianças que podem ser atendidas com segurança", diz a nota.

A USP diz que os estudantes mantidos nas creches próprias custam caro e que o ideal seria ampliar o pagamento de vale-creche (de R$ 538). Segundo dados de 2015, recebem o vale 3.319 funcionários.

"O uso das creches pode ser visto, portanto, como um privilégio de um pequeno grupo que, no momento, impede o aumento do auxílio-creche para todos", defende a reitoria.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as quintas.


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