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Goiânia, 14 de fevereiro de 2017

Publicado: Terça, 14 de Fevereiro de 2017, 11h29 | Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 11h29

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Correios abrem inscrições para concurso de cartas

MEC repassa R$ 16,6 milhões a instituições ligadas ao Pronatec

Construção emergencial de 50 escolas conta com apoio do MEC

UOL EDUCAÇÃO

Após aprender português, refugiado sírio comemora vaga em faculdade pública

Mãe vende 300 kg de latas e mobiliza cidade na PB por intercâmbio do filho

CORREIO BRAZILIENSE

Resultado do Fies já está disponível

PEC prioriza acesso de criança com deficiência à educação infantil

Crianças de 4 e 5 anos receberão bolsas de estudo

GLOBO.COM

Pela 1ª vez, trote da Poli-USP conta com comissão contra machismo, racismo e homofobia

FOLHA.COM

Famílias adeptas da 'desescolarização' tiram filhos do colégio em São Paulo

 

 

 

N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Terça-feira, 14/02/2017

 

 

REDAÇÃO

Correios abrem inscrições para concurso de cartas

Vencer a etapa brasileira do Concurso Internacional de Redação de Cartas de 2016, promovido pelos Correios, foi uma surpresa para Laryssa Silva Pinto. Moradora de Porto Trombetas, distrito de Oriximiná (PA), distante 880 quilômetros de Belém, a estudante se inscreveu no concurso por incentivo de uma professora, que observou o talento e a dedicação de Laryssa no mundo da escrita.

A jovem de 16 anos é uma leitora voraz e apaixonada por literatura brasileira. Além do primeiro lugar no Brasil, com o tema “Escreva uma carta a você mesmo aos 45 anos de idade”, Laryssa recebeu menção honrosa na etapa internacional do concurso, promovido em todo o mundo pela União Postal Universal (UPU), entidade que reúne os operadores postais de 192 países.

A estudante entregou a redação na data limite e sem nenhuma esperança de ganhar, embora tivesse levado o terceiro lugar na etapa estadual em 2015. “Eu não acreditei. Para mim, foi uma honra e uma surpresa”, lembra. Laryssa acredita que, com o prêmio, vem a responsabilidade do exemplo. Por isso, tem se dedicado a aprimorar a técnica de escrita e dá uma dica comum a todos os que escrevem bem: ler muito.

Uma das indicações da jovem é o livro Capitães de Areia, de Jorge Amado, para quem está começando a se aventurar na arte da escrita. Mas revela que o seu autor preferido é José de Alencar, autor de clássicos como O Guarani, Iracema e Senhora.

Laryssa está no segundo ano do ensino médio e já se prepara para a educação superior. Fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para treinar, mas ainda não decidiu que faculdade vai cursar no futuro. A certeza, segundo a estudante, é de que será um curso em que a presença da escrita seja forte. “É uma coisa que me vejo fazendo pelo resto da vida”, conta.

Inscrições – As inscrições para a edição de 2017 do Concurso Internacional de Redação de Cartas já estão abertas e podem ser realizadas até 17 de março na página eletrônica dos Correios. O tema deste ano é “Imagine que você é um(a) assessor(a) do novo secretário-geral da ONU – Qual é o problema mundial que você o ajudaria a resolver em primeiro lugar e de que forma você o aconselharia para isso?”

Os textos devem ser redigidos em formato de carta, à mão, com caneta esferográfica preta ou azul e conter, no máximo, 900 palavras. O estudante interessado em participar deve passar por uma seleção prévia em sua escola. Cada escola, por sua vez, pode inscrever no máximo duas redações.

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, destaca que os temas do concurso sempre tratam de grandes questões mundiais. “Com isso é possível analisar a visão dos jovens de todo o mundo sobre essas questões e medir o desenvolvimento educacional dos países membros da União Postal Universal”, disse.

O Brasil ocupa posição de destaque na premiação, com o segundo lugar em medalhas – são sete no total, três de ouro. O país está atrás somente da China, que tem nove medalhas, sendo cinco de ouro. O objetivo do concurso é melhorar a escrita dos estudantes e incentivar as crianças e adolescentes a expressarem a criatividade e, também, a melhorarem seus conhecimentos linguísticos.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

MEC repassa R$ 16,6 milhões a instituições ligadas ao Pronatec

O Ministério da Educação liberou R$ 16,6 milhões para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos refletem o compromisso assumido pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, de tornar a expansão da rede de educação técnica e profissional uma das prioridades de sua gestão.

A coordenadora geral da Bolsa-Formação do Ministério da Educação, Francismara Alves de Oliveira Lima, destaca que o repasse garantirá a continuidade da oferta de cursos do programa. “Esses recursos vão assegurar a continuidade de cerca de 500 mil matrículas nas redes públicas e privadas de educação, e no Sistema S”, disse.

Criado em 2011 para expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, o Pronatec realizou, até 2014, mais de 8,1 milhões de matrículas, entre cursos técnicos e de qualificação profissional, em mais de 4.300 municípios. Em 2015, foram 1,3 milhão de matrículas.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO INDÍGENA

Construção emergencial de 50 escolas conta com apoio do MEC

Representantes do Ministério da Educação estiveram reunidos na semana passada, em São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, com integrantes de comunidades indígenas, prefeitos, secretários de Educação e do Ministério Público para definir como se dará a construção de escolas na região. Segundo estudo técnico apresentado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), serão construídas emergencialmente 50 unidades no território etnoeducacional (TEE) do Rio Negro.

O projeto é resultado de compromisso assumido pelo ministro Mendonça Filho durante conferência regional, realizada em dezembro do ano passado, também em São Gabriel da Cachoeira. O município (43,8 mil habitantes), com os vizinhos Barcelos (27,5 mil) e Santa Isabel do Rio Negro (23 mil), está localizado em área na qual vivem mais de 60 mil indígenas de 30 povos, que falam 19 línguas.

Para garantir a oferta de educação de qualidade a esses povos, o MEC mantém ações de formação inicial e continuada de professores, produção de material didático específico e apoio político-pedagógico. Além disso, oferece programas de suporte financeiro para construção, reforma e ampliação de escolas.

A questão da estrutura física do ambiente escolar indígena tem preocupado o governo federal. Tanto que o ministro pediu estudo da situação à Secadi e ao FNDE. De acordo com a avaliação, das 3.085 escolas indígenas no país, 913 (30% do total) funcionam de forma improvisada, principalmente na Amazônia Legal — área que abrange nove estados pertencentes à Bacia amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte de Mato Grosso e Maranhão). Só o Amazonas registra déficit de 347 unidades escolares. Uma das áreas mais carentes do estado é o território etnoeducacional do Rio Negro.

O território etnoeducacional foi pensado como um espaço de articulação de políticas públicas voltadas para a educação escolar indígena. Tais políticas envolvem, além do MEC, a Fundação Nacional do Índio (Funai), governos estaduais, prefeituras, instituições de educação superior e de educação profissional e organizações sem fins lucrativos. Pelo Decreto nº 6.861, de 27 de maio de 2009, cada território etnoeducacional compreende as terras indígenas, independentemente da divisão político-administrativa do país, mesmo que não contínuas, ocupadas por povos que mantêm relações sociais históricas.

Obstáculos — De acordo com os levantamentos preliminares do MEC, a maior dificuldade para a implantação de prédios escolares na região está nos custos e na complexidade para a execução das obras. As comunidades localizam-se nas cabeceiras de afluentes do Rio Negro, a grandes distâncias das sedes dos municípios.

As obras emergenciais terão início após licitação nacional, a ser coordenada pelo FNDE. A definição das localidades que receberão as novas escolas respeitará as áreas consideradas sagradas em cada comunidade, conforme levantamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O pacto firmado em São Gabriel da Cachoeira detalha, ainda, as responsabilidades no processo de gestão da construção e posterior manutenção das 50 escolas indígenas. O plano de trabalho com atividades e calendário de execução será definido ainda neste semestre.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

Terça-feira, 14/02/2017

 

 

 

EDUCAÇÃO

Após aprender português, refugiado sírio comemora vaga em faculdade pública

O jovem sírio Emmanuel Ouba, 22, está animado com a volta às aulas no curso de medicina veterinária. Natural de Damasco, na Síria, o estudante inicia em breve o segundo semestre da graduação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, no campus Muzambinho (MG). O estudante ainda comemora a aprovação no vestibular realizado no meio do ano passado.

Por causa da guerra, que atinge seu país há mais de cinco anos, o rapaz veio sozinho para o Brasil em busca de melhores condições de vida e de oportunidades para estudar. Na Síria, deixou os pais, a família e os amigos.

"Com a guerra, é um perigo de sair de casa. Até em casa tem perigo. Sabe essa perseguição psicológica também? Meus pais queriam que eu saísse de lá para ficar mais em segurança", relembrou. O jovem até chegou a estudar biologia na Universidade de Damasco, mas teve que abandoná-la.

Ao chegar em São Paulo, em 2015, o desejo de retomar os estudos o acompanhou. Mas a falta de conhecimento do português era um dos principais desafios na época. Foi então que Ouba se matriculou em cinco cursos de língua portuguesa, um deles oferecido pelo Adus (Instituto de Reintegração do Refugiado), e começou a se dedicar ao idioma. Ele lembra que a necessidade foi a grande responsável por sua dedicação.

"Sempre quis veterinária. Meu avô de lá [Síria] era veterinário. Acho que é porque gosto muito de animais e de medicina. Aprender português foi difícil sim, mas aprendi porque precisei mesmo. Nem todo mundo fala inglês, muito menos árabe [aqui no Brasil]. Mas eu não falo que aprendi [o português], falo que estou aprendendo", brincou.

Em praticamente um ano, Ouba aprendeu o português, se aperfeiçoou na língua e ainda conseguiu passar no vestibular numa instituição pública de ensino. "Quando cheguei ao Brasil, queria fazer faculdade, mas não sabia que ia entrar depois desse curto período de tempo. Pensei que que iam ser dois, três anos para eu entrar na faculdade por causa do vestibular", contou animado.

Ao todo, foram três meses de cursinho antes do vestibular, para o qual, segundo ele, estudou "como todo aluno de cursinho estuda". Para se manter e conseguir guardar dinheiro, o jovem dividia seu tempo trabalhando como professor de inglês em duas escolas de idioma na capital paulista. Em Minas, seu sustento é mantido com ajuda de verba pública.

"O curso [em Minas Gerais] é integral. Faço muitos estágios não remunerados, não tem como trabalhar. Mas o Instituto me dá um auxílio estudantil, que me ajuda a sustentar, e uso um pouco do dinheiro que guardei em São Paulo. Não sobra nada, mas sem o auxílio eu não estaria aqui", afirmou.

Mesmo sentindo saudades da família e dos amigos, a expectativa do universitário para o futuro é concluir a graduação e trabalhar no Brasil.

"Estou gostando muito. As coisas boas são a qualidade, que é muito alta, a biblioteca e o refeitório, que tem comida quase de graça e é muito boa. Não tem coisas ruins", concluiu.

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EDUCAÇÃO

Mãe vende 300 kg de latas e mobiliza cidade na PB por intercâmbio do filho

O sonho do filho mais novo de "voar mais alto" foi o grande motivador para que dona Isabel Cristina Fernandes, 51, trabalhasse como nunca no último ano. Foi com a venda de 300 kg de latinha e materiais de alumínio que ela conseguiu começar a ajudar Pedro, 18, a realizar o sonho de estudar fora do Brasil. O jovem está há seis meses estudando na Finlândia e conhecendo novas culturas. Hoje, ele já fala inglês, sueco e está tendo aulas de francês.

"Quando eu vi meu filho ir embora, pensei que ia morrer, mas Deus dá força. A gente tem que deixar eles voarem e serem felizes", contou ela, que é natural de Picuí (PB), cerca de 220 km de João Pessoa.

Tudo começou após Pedro ter sido aprovado numa seleção de intercâmbio oferecida pelo Rotary Club de Tambaú, associação internacional sem fins lucrativos. De 15 estudantes que participaram, o jovem conseguiu o 8º lugar. Foi então que decidiu que queria estudar na Finlândia.

"A gente pulava demais [quando ficamos sabendo que ele tinha passado] e ele mais feliz do que tudo. E eu só pensava 'Pedrinho não vai nem em Campina [Campina Grande]'. Imagine ir para o exterior", disse.

Apesar da euforia da conquista, a família logo ficou preocupada em como iria pagar os custos do intercâmbio. Dona Isabel trabalha há 24 anos com o marido, Milton Viana, na Associação dos Magistrados da Paraíba, em Cabedelo, a cerca de 17km da capital. Segundo ela, o casal é uma espécie de "faz tudo" no local, de limpeza a recepção dos visitantes. Só que com o orçamento familiar seria impossível pagar todas as taxas, passagens, visto e outras demandas da viagem.

Foi então que dona Isabel pensou em alternativas para arrecadar o dinheiro necessário. Aumentou a produção de seus doces caseiros e ainda retomou com gás total a coleta de materiais recicláveis pelas ruas da cidade para poder vender. Ela já atuava com essas duas fontes alternativas de renda, mas se viu obrigada a se dedicar ainda mais para conseguir ajudar o filho.

"Eu vivi minha luta vendendo cocada, trufas, cupcakes. Eu já juntava minhas latinhas. [Há alguns anos] Juntei, juntei e usei o dinheiro para comprar os óculos dos meninos. Só de latinha e material de alumínio [agora] arrecadei 300kg, o que deu R$ 1.115. A venda de materiais plásticos deu R$ 120.

 

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CORREIO BRAZILIENSE

Terça-feira, 14/02/2017

 

EDUCAÇÃO

Resultado do Fies já está disponível

O resultado da seleção do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o primeiro semestre de 2017 já está disponível. A lista de pré-selecionados na chamada regular pode ser consultada no site do programa. Os estudantes não pré-selecionados foram automaticamente incluídos na lista de espera.

Os pré-selecionados terão de amanhã (14) ao dia 20 para concluir a inscrição no Sistema de Financiamento ao Estudante. Para os que ficaram na lista de espera, o prazo é até o dia 3 de março.

A pré-seleção dos estudantes assegura apenas a expectativa de direito às vagas. A contratação do financiamento dependerá da conclusão da inscrição no SisFies e do cumprimento das demais regras e procedimentos do programa. Cabe aos estudantes consultar os resultados e cumprir os prazos estabelecidos.

O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas de ensino a uma taxa efetiva de juros de 6,5% ao ano. Neste semestre, o governo reduziu o teto do financiamento aos estudantes e o limite mensal passou de R$ 7 mil para R$ 5 mil. O candidato deve ter renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa. O percentual de financiamento é definido de acordo com o comprometimento dessa renda.

Nesta edição, são ofertados 150 mil financiamentos, com prioridade aos cursos de engenharias, formação de professores e áreas de saúde. O programa valoriza também os cursos com melhores índices de qualidade em avaliações do Ministério da Educação.

Participaram do processo seletivo aqueles que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e obtiveram pelo menos 450 pontos na média das provas e não zeraram a redação.

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CÂMARA

PEC prioriza acesso de criança com deficiência à educação infantil

Proposta de emenda à Constituição em análise na Câmara dos Deputados prioriza o acesso de crianças com deficiência à educação infantil, que abrange creche e pré-escola até os cinco anos de idade.

A proposta (PEC 216/16) foi apresentada pelo deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB). “A educação infantil determina um melhor desempenho dos alunos no ensino fundamental. Esse efeito será mais determinante para as crianças com algum tipo de deficiência, na superação dos seus desafios de adaptação e inclusão”, afirma Gouveia.

Ele acrescenta que a medida beneficiará também as outras crianças da classe, que aprenderão a conviver com as diferenças e a respeitar as individualidades.

Agência Câmara

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DISTRITO FEDERAL

Crianças de 4 e 5 anos receberão bolsas de estudo

Crianças de 4 e 5 anos que não foram contempladas por vagas nas escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal receberão 2,5 mil bolsas de estudo oferecidas pelo governo de Brasília. De acordo com chamamento publicado nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial do Distrito Federal, o benefício será destinado aos pais e responsáveis que ligaram no telematrícula em 2016 e 2017 e não conseguiram vaga.

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, anunciou o edital na Residência Oficial de Águas Claras. “Hoje é um dia muito importante de avanço da universalização da educação para crianças de 4 e 5 anos”, disse. “Já aumentamos em 24% o número de alunos de até 5 anos na escola”, listou. Há 42 creches públicas no DF, sendo 19 inauguradas pela atual gestão. Desde janeiro de 2015, por meio de creches públicas e conveniadas, o DF passou de 47.072 crianças de até 5 anos atendidas na rede para 58.443.

A concessão do auxílio está prevista no Projeto de Lei nº 1.177, de 2016, e envolverá escolas credenciadas pelo governo que tenham turmas de educação infantil e comprovem disponibilidade de vagas. Instituições de qualquer região administrativa poderão participar, sendo que, de acordo com o texto, terão prioridade aquelas sem fins lucrativos. O auxílio do programa Bolsa Educação Infantil, no valor de R$ 456,17 por aluno matriculado, será depositado mensalmente. As escolas contempladas não poderão cobrar taxas extras dos beneficiados.

De acordo com a Secretaria de Educação, as entidades educacionais selecionadas não terão mais despesas porque não precisarão abrir turmas nem construir salas ou fazer contratações. Elas vão oferecer vagas não preenchidas no início do ano e permitir que mais crianças estudem. O benefício do Bolsa Educação Infantil é temporário e valerá até surgir uma vaga na rede pública.

A colaboradora do governo de Brasília e esposa do governador, Márcia Rollemberg, citou outras realizações do governo para as crianças. “Temos centro de triagem neonatal, o banco de aleitamento humano de excelência, os programas Bombeiro Mirim e Jovem Candango, além de uma Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude e da construção do bloco 2 do Hospital da Criança”, enumerou.

Lançamento do Criança Feliz em Brasília

No mesmo evento, foi lançada a capacitação do Criança Feliz, programa do governo federal. Brasília será o piloto da iniciativa de desenvolvimento integral da primeira infância. Agentes públicos acompanharão prioritariamente, por meio de visitas, gestantes e crianças de até 3 anos beneficiárias do Bolsa Família e as de até 6 anos com famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada.

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, explicou que o programa envolve ações de assistência social, de saúde, de educação, de cultura e de direitos humanos. “A ciência mostra que é já na primeira infância que se desenvolvem as capacidades humanas”, disse. Para Rollemberg, o lançamento do Criança Feliz em Brasília amplia os instrumentos de cooperação entre os governos do DF e federal no cuidado das crianças.

Agência Brasília

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GLOBO.COM

Terça-feira, 14/04/2017

 

EDUCAÇÃO

Pela 1ª vez, trote da Poli-USP conta com comissão contra machismo, racismo e homofobia

A recepção aos calouros e calouras de 2017 da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), nesta segunda-feira (13), manteve diversas tradições que já duram anos, como o banho de lama, a pintura de rostos com as cores de cada centro acadêmico, o futebol no sabão e uma área VIP para os pais assistirem à festa. Mas, pela primeira vez na história, o trote na Poli contou com uma Comissão Anti-Opressão, para assegurar que todos os calouros, inclusive as minorias, se sintam bem-vindos à faculdade.

Na Faculdade de Direito da USP, trote teve tinta e pinga

Composta por cerca de 20 participantes, a comissão contou com representantes de quatro coletivos que combatem o machismo, o racismo e a homofobia dentro da Escola Politécnica: Poligen, Politécnicas (R)existem, Poli Negra e Poli Pride.

Thor Martins, estudante de engenharia de 20 anos, tomou para si a tarefa de repartir purpurina prateada com todos os calouros que aceitassem. Vestindo o colete cor-de-rosa da comissão, ele explicou ao G1 que o objetivo do grupo é menos denunciar episódios de assédio do que dar visibilidade às minorias dentro da Poli: mulheres, gays e pessoas negras. "Essa é a primeira vez que a gente conseguiu convencer o Grêmio [Politécnico] a ter uma barraca da comissão, eles sempre tiveram a ideia de que não precisa de um coletivo", afirmou ele. "Mas a ideia não é só acabar com a opressão, é fazer as minorias se sentirem bem-vindas na Poli."

No caso dos negros e negras que estudam na Poli, a falta de representatividade também tem efeitos no cotidiano. Estudantes ouvidas pelo G1 relatam que é comum que motoristas dos ônibus que circulam pelo campus da Cidade Universitária não parem no ponto da Escola Politécnica para alunas negras descerem, por não considerarem que elas pudessem ser estudantes da escola. Em outras unidades, como a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), o perfil dos estudantes é mais diverso, dizem elas.

Larissa Mendes, de 20 anos, vai começar agora o segundo ano de engenharia civil e, junto com a colega Caroline Nascimento dos Santos, de 22 anos, que estuda engenharia de petróleo no campus da Poli em Santos, passaram a manhã tentando contar, pela Poli, o número de calouros e calouras negros: até o meio-dia, chegaram a cinco. "Cinco de 800", lembrou Caroline. Neste ano, das 870 vagas na Escola Politécnica, 783 foram oferecidas pela Fuvest e 87, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Quando encontrou o quinto calouro negro, Larissa comemorou e posou para fotos com ele. Era Andrei dos Santos, de 19 anos, que mora na Vila Indiana, perto da Cidade Universitária, e foi aprovado em engenharia da computação. "Isso era lógico, eu já sabia", diz ele sobre a expectativa de ser minoria entre os aprovados na Fuvest. "Só não imaginava que seria tão extremo assim."

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FOLHA.COM

Terça-feira, 14/02/2017

 

OPINIÃO

Famílias adeptas da 'desescolarização' tiram filhos do colégio em São Paulo

Elas estão em bairros paulistanos como Aclimação ou Vila Madalena. Em cidades do interior como Joanópolis e Piracaia, ou do litoral, como Ubatuba. São filhos de artista, médica, economista, cabeleireiro, entre outras profissões. Em 2017, não vão tirar férias, matar aula, repetir ou passar de ano.

Mais de cinco séculos após o surgimento de escolas nos moldes atuais, pais de classe média e alta optam por tirar os filhos do colégio ou sequer matriculá-los.

São adeptos da chamada "desescolarização", ou "unschooling". Diferente do que ocorre na educação domiciliar, ou "homeschooling", essas famílias não ensinam em casa a grade curricular. A ideia é, justamente, fugir de objetivos e regras da vida da escola.

As duas práticas costumam ser rejeitadas quando questionadas nos tribunais, por causa de artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente que diz: "os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino".

A interpretação jurídica do tema, porém, está sob análise do STF (Supremo Tribunal Federal), que julga ação sobre o ensino domiciliar e suspendeu a tramitação de processos em 2016.

PRECURSORA

A "desescolarização" não era um assunto para a educadora Ana Thomaz, 49, quando, nove anos atrás, seu filho, aos 13, pediu para sair do colégio. "Ele disse que sentia ter algo dentro dele que ele queria fazer, mas não tinha tempo", diz ela. Um ano depois, Ana aceitou o pedido.

Na época, era a única entre seus conhecidos. Hoje, isso está longe de ser verdade. Na última quarta (8), mais de uma dezena de pais que tiraram ou pensam em tirar os filhos do colégio pegaram 7 km de estrada de terra para um encontro no sítio onde ela vive, em Piracaia (a 88 km de SP).

Ali, além de Ana, moram seu marido, suas duas meninas caçulas (o mais velho virou mágico e foi viajar) e outra família com dois filhos. Com idades de 5 a 10 anos, as quatro crianças nunca foram a uma escola. Aprenderam sozinhas a ler e escrever.

Com exceção de alguns compromissos fixos, como uma refeição no fim da tarde, não têm rotina pré estabelecida. A expectativa é desenvolver o potencial de criação e o que ela chama de "auto-responsabilidade". Algo como um contraponto à atitude de esperar que outro pessoa –um professor ou chefe– determine a sua atuação. Isso, diz, vale para adultos e crianças.

NA CIDADE

Para ela, sair da escola é consequência da busca por outro modo de vida. Talvez por isso, quando o filme "Capitão Fantástico", em cartaz, foi lançado, amigos lhe escreveram. A história mostra um pai que educa os filhos em uma floresta nos EUA. Ela rejeita a comparação com o personagem. "Ele é um escravo na luta contra o sistema. Não acho que meus filhos são melhores do que os que vão à escola. Não sou ativista".

A realidade das famílias que praticam a "desescolarização" em São Paulo também é diferente da que mostra o filme. Exemplo é um grupo de crianças que se encontra semanalmente na Aclimação, na capital. Ele reúne 10 meninos e meninas de 3 a 16 anos, filhos de profissionais como médica, cabeleireiro, empresária e massagista.

Formada pela Faculdade de Educação da USP, Bia Conde faz uma espécie de tutoria para os "unschoolers". Chegou a viver a experiência como mãe. Conta que tirou as filhas da escola quando tinham 4 e 6 anos, mas matriculou-as novamente sob risco de perder a guarda, após seu ex-marido entrar com uma ação.

No grupo que atende, ela dá orientações a partir dos interesses das crianças. Observa dimensões emocionais e intelectuais, diz, mas não segue um currículo escolar.

Uma das mães que a procurou é a médica Maria (nome fictício), que não quer ser identificada por medo das consequências judiciais. "Sempre fui boa aluna e gostava disso. Por isso, para mim, foi uma grande novidade quando vi que meus filhos não gostavam de ir à escola", diz.

Quando ofereceu a eles a possibilidade de sair do colégio, o mais velho, adolescente, recusou. Está agora na faculdade. O mais novo, então com 8 anos, aceitou.

Faz aulas de música, programação e, a seu pedido, português e matemática com professor particular. Se quiser seguir o exemplo do irmão, precisará de um diploma de ensino médio. Para isso, ou terá de fazer supletivo, ou estudar para obter certificado.

Até o ano passado, uma nota mínima no Enem servia como certificação para maiores de 18 anos. Mas, para este ano, o governo vai retirar essa função do exame e criar uma prova específica para isso.

Se o conteúdo curricular até pode ser aprendido depois, a experiência de socialização da escola é única, dizem educadores contrários ao "unschooling". "A grande vantagem da escola é a possibilidade de sair da família", diz o filósofo e ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro.

O convívio, porém, pode levar a conclusão diferente. A artista Leila Garcia, 53, tirou o filho da escola, em São Paulo, após episódios de bullying. "Não acho que a escola socialize. É um grupo de crianças juntadas aleatoriamente. Você sofre e no dia seguinte tem que estar de novo com o agressor." Hoje, ela vive com o garoto, de 12 anos, em Ubatuba.

Os dois seguem uma programação de estudos, na qual ele escolhe o que vai aprender. Seu caso ilustra um consenso entre adeptos da "desescolarização" e críticos à prática: a necessidade de adulto por perto e de um ambiente que possibilite o desenvolvimento das crianças.

"Para recusar a escola e seguir no meu modo de criação, eu tenho que trabalhar menos e ganhar menos", diz Leila. "Não é o mundo da fantasia."

JUSTIÇA

Desde novembro do ano passado, todas as ações judiciais sobre educação domiciliar no país estão suspensas por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A medida é válida até o julgamento de um processo na corte, do qual ele é relator. A ação opõe o município de Canelas (RS) a pais que querem ensinar os filhos em casa.

Embora não trate do "unschooling", a decisão pode dar uma sinalização jurídica para a prática. Os ministros do STF irão decidir se a educação pelas famílias pode ser tida como meio lícito para garantir o direito à educação. Diz o artigo 205 da Constituição: "a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade".

Muitos dos pais que optam por tirar os filhos da escola dizem que a decisão tem mais a ver com a opção por um modo de vida diferente do que com a discordância em relação ao modelo tradicional de ensino.

"Minhas escolhas sempre tiveram o pressuposto da liberdade e, de repente, minha filha entrou em uma cadeia de comportamento em massa", diz Dúnia La Luna, que prefere ser identificada pelo nome artístico, ao explicar por que desmatriculou a filha, com quem vive em Joanópolis, interior de SP.

De fato, o ensino formal molda uma socialização que ultrapassa a instituição escolar, diz a professora Carlota Boto, da Faculdade de Educação da USP. "Por exemplo, a ideia de colocar as pessoas em fila é um procedimento do qual a escola se vale e que organiza outras instâncias da vida social."

"A escola se coloca como o anteparo entre a família e a vida social", afirma. "Trata-se de uma instituição de transição entre a vida privada familiar e o mundo público."

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.


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