Artesanato

IFG recebe doação de peças de artesanato de ex-aluno

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Publicado: Quarta, 13 de Abril de 2022, 11h38 | Última atualização em Quarta, 13 de Abril de 2022, 11h40

As peças utilitárias e esculturas foram produzidas pelo ex-aluno do curso de Artesanato e sua esposa

As peças ficarão expostas na biblioteca do câmpus
As peças ficarão expostas na biblioteca do câmpus

O IFG- câmpus Cidade de Goiás recebeu ontem por meio da professora Renata Falleti, do diretor-geral Sandro de Lima e do gerente de pesquisa e extensão Fabrício Cardoso esculturas de cerâmica feitas pelo artesão Wagner França e Rosilene Nunes, sua esposa. As peças foram produzidas a partir da participação deles no Edital 07/2021 da Secult-GO/modalidade Artesanato e Arte popular da lei Aldir Blanc

Wagner França foi aluno da primeira turma do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Artesanato, na modalidade EJA, e Rosilene, sua esposa, é licenciada em História e aprendeu a técnica com ele. “O Wagner foi um estudante que já trazia algumas técnicas e conhecimentos sobre a cerâmica que ele foi aprimorando durante o curso, enriquecendo seu processo criativo, se dedicou profundamente ao trabalho com a cerâmica”, explica a professora Renata Falleti.

Wagner e Rosilene exibem as peças doadas

 

Foram doadas esculturas que representam os Pretos e Pretas velhas que retratam o passado de ancestrais africanos que foram escravizados e forçados a trabalharem nas lavouras de canas e também nas minas do Brasil. Wagner lembra no documento de inscrição ao Edital que “as esculturas tentam passar a doçura, a força e a sabedoria desses seres que tanto sofreram, mas que deixaram seus legados para a prosperidade, como um canto, um remédio caseiro e até mesmo suas crenças”.

As peças produzidas por Rosilene são de uso utilitário: uma fruteira na cor vermelhas com várias flores coloridas, duas xícaras floreiras para plantar ou usar como enfeite, com desenhos de flores coloridas.

As peças doadas foram feitas a partir da técnica de cerâmica a partir do barro coletado em Goiás com a queima tradicional e pintura simples no estilo arte naif, com cores primárias, própria da cultura popular brasileira. Elas ficarão em exposição na biblioteca do câmpus.