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Desafios da EJA são apresentados em reflexão na Aula Inaugural do curso de extensão EJA a Distância

Publicado: Quinta, 20 de Janeiro de 2022, 13h34 | Última atualização em Quinta, 20 de Janeiro de 2022, 16h44

O momento contou com palestra da mestre em Educação e representante do movimento Fóruns de EJA do Brasil, Maria Luiza Pinho Pereira, nesta quarta-feira, 19 de janeiro

A palestrante elogiou a iniciativa do IFG em realizar o curso e disse que o Instituto Federal é um ponto de apoio “para as possibilidades transformadoras dos territórios onde esses institutos estão instalados”
A palestrante elogiou a iniciativa do IFG em realizar o curso e disse que o Instituto Federal é um ponto de apoio “para as possibilidades transformadoras dos territórios onde esses institutos estão instalados”

Abraçar os aspectos positivos da tecnologia na educação a distância sem abrir mão do vínculo presencial e refletir sobre a modalidade Educação de Jovens e Adultos como um desafio político, ideológico e econômico foram questões destacadas pela palestrante da Aula Inaugural do curso de extensão “EJA a Distância: Novos Desafios na Formação de Professores”, Maria Luiza Pinho Pereira, mestre em Educação, professora aposentada da Faculdade de Educação da UnB e representante do movimento Fóruns de EJA do Brasil. A aula inaugural foi realizada na noite desta quarta-feira, dia 19 de janeiro, de forma virtual, com transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal IFG Aparecida de Goiânia.

Aberto e conduzido pelo coordenador do curso, professor Giovani Comerlatto, a aula inaugural contou com as presenças da reitora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon, do diretor-geral do Câmpus Aparecida de Goiânia, Eduardo de Carvalho Rezende, do presidente do Conselho Estadual de Educação, Flávio Roberto Castro, e do representante do Fórum Goiano de EJA, Lucas Martins de Avelar. A iniciativa do IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia em oferecer o curso de formação a professores da rede estadual e a estudantes de licenciatura da instituição foi parabenizado por todos os convidados.

Giovani apresentou dados históricos e estatísticos envolvendo a Educação de Jovens e Adultos, destacando o fato de 55% da população do Estado de Goiás ainda não possuir o Ensino Médio, o que corresponde a quase quatro milhões de pessoas, sendo cerca de 400 mil analfabetas.  ‘Trata-se de uma população que vive e convive à margem das políticas públicas e educacionais”, comentou. Giovani explicou que o curso de extensão “EJA a Distância: Novos Desafios na Formação de Professores” chega para contribuir para a capacitação efetiva dos professores que atuam nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), caso do projeto Ejatec, da Secretaria Estadual de Educação de Goiás.

 

Repensar a sociedade

 “O desafio da educação básica para esses trabalhadores não é apenas ter um certificado de profissão, é mais que isso, é aprender a lutar por uma nova sociedade” (Maria Luiza Pinho Pereira)

A palestrante elogiou a iniciativa do IFG em realizar o curso de formação, mostrando, conforme afirmou, que o Instituto Federal é um ponto de apoio “para as possibilidades transformadoras dos territórios onde esses institutos estão instalados”. Ela ressaltou que a utilização de recursos tecnológicos tem aspectos positivos na Educação, mas que aulas presenciais são fundamentais e que é necessário avaliar o que é mais adequado para cada formato, considerando os cursos e perfis dos alunos. Maria Luiza Pinho Pereira ressaltou que refletir sobre a Educação que envolve trabalhadores que estudam envolve repensar a sociedade.

Para a palestrante, o desafio para a Educação de Jovens e Adultos é maior que a questão tecnológica, é principalmente um desafio político, ideológico e econômico. “O desafio da educação básica para esses trabalhadores não é apenas ter um certificado de profissão, é mais que isso, é aprender a lutar por uma nova sociedade”, completou.

 

Caminho de fortalecimento

A atuação transformadora do IFG com a modalidade EJA foi referenciada também pela reitora Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon. Ela falou da opção do Instituto Federal de Goiás, por meio de um debate coletivo, de inserir em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) que cursos da EJA sejam oferecidos em todos os 14 câmpus da Instituição. Oneida citou também a retomada do Fórum de EJA no âmbito da instituição, o projeto Diálogos EJA (que envolve as comunidades interna e externa), a oferta de disciplinas sobre EJA em todos os cursos de licenciatura e a existência de projetos em parceria com o governo do Estado e com prefeituras, entre outros pontos. Para a reitora, “o IFG tem trilhado o caminho do fortalecimento da Educação de Jovens e Adultos”.

A reitora Oneida Irigon ressaltou que a EJA tem sido continuamente tensionada, com medidas como a dissolução, no MEC, da Secretaria de Formação Continuada, entre outras. Para ela, o curso EJA a Distância que está sendo lançado no IFG é uma ação formativa muito importante e “um exercício de esperançar coletivo”, como um ato de esperança com ação.

O diretor-geral do IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia, Eduardo de Carvalho Rezende, falou da importância do curso EJA a Distância, “voltado para o que acreditamos, sem nenhuma dúvida, ser o principal agente transformador da sociedade: a educação”.  Ele destacou a importância do IFG para além do público interno, por interferir positivamente em todas as regiões onde está presente.

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Flávio Roberto Castro, parabenizou o Instituto Federal de Goiás pela iniciativa do curso EJA a Distância, por contribuir com a capacitação de profissionais da educação, para atuar em um projeto que poderá reduzir o déficit educacional existente na população. O representante do Fórum Goiano de EJA destacou a importância do curso como espaço de discussão. Ele falou que o tema EJA EaD tem tido especial atenção do Fórum, principalmente após o início da pandemia de covid-19.

 

Gravação da Aula Inaugural (YouTube)

 

Imagens

 

Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia

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