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Pesquisa

Oficina capacita pesquisadores sobre organização e preservação do atual e de futuros acervos do Triêro

Publicado: Terça, 25 de Abril de 2023, 13h37 | Última atualização em Quarta, 03 de Maio de 2023, 09h42

O historiador Renato Fonseca de Arruda falou aos integrantes do Centro de Pesquisa e Documentação em Dança do IFG sobre bases conceituais, legais e práticas de organização e preservação de patrimônio

O historiador Renato Fonseca afirmou que o Triêro é projeto de inovação e de tecnologia social extremamente relevante, com potencial de impacto que se desdobra, a partir da perspectiva da dança, por outras áreas de conhecimento
O historiador Renato Fonseca afirmou que o Triêro é projeto de inovação e de tecnologia social extremamente relevante, com potencial de impacto que se desdobra, a partir da perspectiva da dança, por outras áreas de conhecimento

A equipe de pesquisadores do Triêro - Centro de Pesquisa e Documentação em Dança do IFG recebeu uma oficina sobre bases conceituais, legais e práticas de organização e preservação de patrimônio arquivístico e acervos documentais, nos dias 19 e 20 de abril, no Câmpus Aparecida de Goiânia, onde está sediado o Triêro. A capacitação foi ministrada pelo professor Dr. Renato Fonseca de Arruda, que é historiador (UFMT), mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e doutor em Museologia e Patrimônio pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Museu de Astronomia e Ciências Afins.

Após conhecer a documentação, projetos em andamento e o acervo do centro de pesquisa, Renato Fonseca afirmou que o Triêro é um projeto de inovação e de tecnologia social extremamente relevante para o estado de Goiás e para o país, com um grande potencial de impacto a partir da perspectiva da dança, que se desdobra por todas as outras áreas de conhecimento. O historiador observou que, além de cumprir com sua proposta de transformação da realidade local, o Triêro tem uma perspectiva museológica: “Ele traz aí uma possibilidade mesmo de pensar a cultura enquanto instrumento de transformação, enquanto instrumento de valorização dos diversos saberes e fazeres, enquanto instrumento de desenvolvimento econômico e da dignidade aos alunos, aos bailarinos, às pessoas que trabalham nas quadrilhas, no hip hop, de forma que possam se enxergar historicamente, ajudar a construir essa noção histórica a partir dessas estéticas que foram construídas a partir do estado de Goiás”, disse.

 

Pesquisas em andamento e abordagens da oficina

Renato Fonseca de Arruda considera que o Triêro, que se constitui no primeiro centro de documentação e pesquisa em dança no estado de Goiás, pode ser modelo também para outros estados, porque, conforme afirmou, ainda há poucas instituições públicas com espaço configurado enquanto centro de documentação, principalmente na área da dança. Além de abrigar atualmente o acervo material da exposição “Olhares pra Dança - Masculinidades na dança, inventividade e fricção na década de 1980 em Goiânia”, doada pelos organizadores da mostra realizada em Goiânia no ano de 2022, o Triêro realiza atualmente duas pesquisas: uma sobre quadrilhas juninas e uma sobre danças de rua, que têm foco na região do município de Aparecida de Goiânia.

A oficina ministrada possibilitou aos pesquisadores cadastrados no projeto Triêro, incluindo monitores do curso de Licenciatura em Dança e os pesquisadores externos, mais conhecimentos sobre documentação, preservação e construção de acervos, bem como sobre a constituição de centros de pesquisa e memória. Em dois dias intensos de aulas expositivas, práticas e dialogadas, os pesquisadores acessaram informações sobre tipos de instituições de documentação, processos técnicos de preservação de documentos, fotografias, tecidos e figurinos, por exemplo. Foram também abordados temas como gestão da informação, inventário, catalogação e outros.

Para a coordenadora do Triêro - Centro de Pesquisa e Documentação em Dança, professora Dra. Luciana Gomes Ribeiro, a oficina colaborou muito com a reflexão sobre a importância dos acervos documentais para a história da dança e da cultura em geral. Luciana avalia também que a oficina foi fundamental para que os integrantes do Triêro se localizem dentro do universo da pesquisa historiográfica e de patrimônio ao qual o Triêro agora passa a fazer parte. “A gente está conseguindo definir a nossa importância e também o nosso lugar dentro das várias formas de produção de conhecimento e de instituições que lidam com a especificidade da questão dos museus e do patrimônio material e imaterial. E dessa forma, a gente não só se potencializa, como a gente começa a descobrir caminhos outros de financiamento, de parcerias com essas instituições”, afirmou.

 

 

Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia

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