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XIV Secitec

IFG, um "divisor de águas”

Publicado: Segunda, 30 de Outubro de 2023, 19h43 | Última atualização em Terça, 31 de Outubro de 2023, 15h56

Ex-alunos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio em Biotecnologia e Saneamento destacam o trabalho do IFG em Encontro de Egressos

4º Encontro de Egressos de Biotecnologia
4º Encontro de Egressos de Biotecnologia

Dizem que quem bebe da água do IFG sempre volta, de uma forma ou de outra. Assim aconteceu com estudantes egressos dos cursos de Biotecnologia e Saneamento, que participaram do Encontro de Egressos, promovido no formato online nos dias 25 e 26 de outubro, pelos coordenadores dos cursos, professores Fabiano Paiva Vieira e Oberdan Quintino de Ataídes, e com a presença dos professores  Ariane Bocaletto Frare, Thais Amaral e Sousa e Murilo Teles Domingues, durante a XIV Secitec. No encontro, dentre as palavras mais citadas para definir o IFG, circularam “companheirismo”, “família”, “pesquisa”, "estágio”, “comunidade”, "acolhimento”, "maturidade”, “autonomia”, “organização”, “liderança” e “solidariedade”.

Encontro de Egressos de Saneamento

1º Encontro de Egressos de Saneamento

O saudosismo, o carinho, as lembranças dos “bons tempos” ocuparam o espaço dos dois encontros. Na quarta-feira, cerca de 33 participantes do curso de Saneamento, e na quinta, 42 do curso de Biotecnologia, entre egressos, alunos e professores, trocaram figurinhas sobre os cursos, os caminhos percorridos pelos ex-estudantes do Câmpus Formosa e os projetos que ainda estão por vir.

 

Pesquisa

Isabela Ribeiro Gontijo estava presente. A ex-aluna fez parte da primeira turma de Saneamento, entre 2014 e 2016. “O IFG mudou a minha vida e da minha família, porque ele me treinou para entrar na faculdade, para a vida adulta. O curso foi a melhor escolha para a minha vida profissional”, declarou. Segundo ela, o curso e o Trabalho de Conclusão de Curso feito na área abriram portas para novas oportunidades. Apesar de não seguir em Saneamento – ela formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB) e é pós-graduada em Contabilidade e Planejamento Tributário -, o currículo permitiu que ela conseguisse uma vaga na AgroBrasília para desenvolver um projeto de pesquisa que analisou os potenciais benefícios da implantação de polos irrigados. Isso possibilitou um intercâmbio fora do país, totalmente custeado pela AgroBrasília.

A pesquisa foi o legado do IFG para muitos deles, que se engendraram na carreira acadêmica como pesquisadores. Foi o caso de Gabriela Ribeiro Gontijo e Lucas Martins Arruda, ambos egressos do curso de Biotecnologia. Ela, da primeira turma de Biotecnologia (2011-2013); e ele, da terceira. Gabriela é formada em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e atualmente faz doutorado na UFLA. “Quando cheguei na universidade, já sabia que existia o Pibic, e fiz Pibic desde o primeiro ano”, explicou Gabriela, sobre a “herança do IFG”.

O sonho da Gabriela em trabalhar na Embrapa já foi experimentado por Lucas, que se formou em Ciências Biológicas no IFG/Câmpus Formosa e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Egresso por duas vezes do IFG, ele se diz “rato da Embrapa”: fez estágio na Embrapa Cerrados por mais de quatro anos, pesquisando sobre fitopatologia nas culturas de maracujá, pitaya, macaúba, dendê e mangaba e as frutíferas do Cerrado, pequi e manga. Hoje, atua em home office como analista de sistemas de empresa paranaense.

 

“F” de “Família”

Muito mais que um espaço rico em conhecimento, o IFG torna-se, muitas vezes, uma segunda casa para os secundaristas. “Pessoas como eu, que vêm de escola pública, têm a vida mudada no IF”, afirmou Felipe Prado, egresso da primeira turma de Saneamento. “O IF é um lugar bem acolhedor, com pessoas que vou levar para a vida toda. É uma família: o ‘F’ é de ‘família’!. A ideia é tão de família que, quando vejo alguém na UnB com a camiseta do Instituto, bate aquela nostalgia”, contou Felipe, que faz Engenharia de Produção na Universidade de Brasília.

Na verdade, o Felipe está correto. A família “iefegeana” existe. Na instituição, há pais e filhos, tios e sobrinhos, irmãos, primos e casais, seja como estudantes ou servidores, todos usufruindo das oportunidades que o Instituto Federal proporciona em sua rede de conhecimento, em meio ao acolhimento, solidariedade e carinho. Segundo a professora Thaís Amaral, também presente no encontro de Biotecnologia, “é carinho de ensino médio, mas conteúdo de superior”.

Desta forma, os irmãos Geovanna e Pedro Lucas de Oliveira Torres compartilham da mesma água, ambos têm em sua linha do tempo a passagem pelo Câmpus Formosa do IFG. Geovanna é aluna do segundo ano de Biotecnologia, seguindo os passos do irmão. Os dois estavam no Encontro de Egressos, em que a irmã pedia dicas para quem vai prestar vestibular para Medicina. Pedro Lucas cursa o 5º período de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco. “O que o IF te dá de bom é o convívio. Essa família realmente existe”, afirmou o graduando.

Danilo Hennemann Neto também divide com o irmão, Gabriel, que está no segundo ano de Biotec, a passagem pelo IFG. “O IFG mudou a minha vida da água para o vinho”. Atualmente estudante de Medicina na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Danilo relatou que não tinha certeza do curso que queria quando entrou no IFG. Foram tempos de incerteza. O egresso entrou em 2019 e encarou os dois últimos anos na pandemia da Covid-19. Ele gostava da música, mas acabou desistindo e optando pela carreira médica.

No caso de Letícia Martins Vieira, da mesma turma de Danilo, dois familiares ainda estão no Câmpus Formosa: o irmão e o pai. João Lucas Martins Vieira e Luciano José Vieira cursam Engenharia Civil no Câmpus Formosa.  Letícia foi representante de turma, participou de banda e viajou para São Paulo, para a final da Olimpíada de Língua Portuguesa. “O IF é muito diferente dos lugares que eu já tinha estudado. No Câmpus, entrei em contato com pessoas de realidades diferentes da minha. Comecei a desenvolver o lado de ajudar as pessoas”, disse ela. Essas novas habilidades levaram a estudante a se inscrever em programas de liderança e voluntariado, como na Academia Latinoamericana de Liderança (LALA) e no Global Citizens Year, por meio do qual seguirá para a África do Sul em 2024.

 

Networking

A dica dos estudantes para o sucesso na carreira profissional é investir nos relacionamentos e contatos profissionais. A rede de contatos lança oportunidades e consolida o trabalho. Ingrid Pereira Lopes, egressa de Biotecnologia, tinha nos planos a atuação no exterior ou com pessoas de outros países. Há 10 anos, ingressou no IFG/Câmpus Formosa em Biotecnologia. Em seguida, cursou Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB) e hoje trabalha na área de Operações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. Ingrid contou que era uma estudante tímida quando ingressou no IFG e que no Câmpus Formosa desenvolveu habilidades de comunicação que contribuíram em sua trajetória. “Trabalhar na ONU é sempre uma experiência que te coloca com contatos internacionais, porque, por mais que os escritórios estejam sediados no Brasil, raramente as sedes são no Brasil. Falem com as pessoas, façam seus contatos, é importante tanto no meio acadêmico quanto no profissional. Networking também é estar disponível para as outras pessoas”, pontuou Ingrid.

Foi com networking que Alexandre Mitsuru Kaihara, egresso de Biotec da turma de 2015, quase foi para a Alemanha fazer doutorado com bolsa de estudo. Formado em Ciências da Computação pela UnB, o biotecnólogo recebeu duas propostas para doutorado no exterior, uma delas em universidade alemã, antes de se mudar para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para trabalhar na multinacional de tecnologia, SAP.

De acordo com ele, um professor muito influente, com muitos contatos no exterior, com quem Alexandre sempre conversava, fez a indicação. “Não fiz nenhuma entrevista, não fiz nenhuma prova, nem teste de proficiência em inglês ou alemão. A gente já estava quase com o contrato assinado. Acabei não escolhendo porque a área não era a minha praia. Fiz entrevista para outras empresas e fui aceito aqui no Rio Grande do Sul”, relatou ele. “Mas essa capacidade de eu ter chegado nele, ter conseguido ganhar a confiança dele para chegar neste nível, foi uma habilidade que eu exercitei dentro do IF. Estreitar o relacionamento com os professores é muito importante e pode abrir portas para ir para o exterior”, analisou Alexandre.

São muitos casos de sucesso, e os egressos concordam que o IFG oferece as oportunidades para os seus estudantes. Como afirmou Arthur Siqueira, egresso de Saneamento, formado em Geofísica pela UnB, “o IF não molda só como técnico, mas como profissional. Se um dia for pai, quero que meu filho estude em um ambiente como o IFG”.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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