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Meio Ambiente

Alunos de Ciências Biológicas estudam práticas eficientes de combate à erosão

Publicado: Terça, 24 de Abril de 2018, 17h42 | Última atualização em Quinta, 17 de Maio de 2018, 08h43

A aula prática e teórica foi ministrada na Fazenda Bocaina, de ecoturismo local

Grupo faz trilha de acesso ao local de estudo

Na última sexta-feira, 20, o núcleo de pesquisa NEPBio-Cerrado do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), em parceria com a fazenda Bocaina e Secretaria de Assuntos Econômicos e Meio Ambiente do município de Formosa, ofertou aos alunos do curso superior de Licenciatura em Ciências Biológicas a oficina prática Recuperação de Área Degradada Através do Plantio de Vetiver.

Os 11 alunos participantes, do primeiro, quinto e sétimo semestres, foram instruídos quanto ao uso do capim vetiver para a contenção de erosão em área previamente degradada. A área faz parte da fazenda de ecoturismo Bocaina, que se localiza no Km 25 da Rodovia GO118/BR010, em Formosa.

A degradação da área é histórica, ocorrendo há mais de duzentos anos, época em que cavaleiros e carroceiros da região de Formosa passavam pelo local para irem à Festa do Muquém, realizada no município de Niquelândia.  A antiga estrada da cavaleira, construída cortando as encostas das serras que formam o vale, foi usada por um século antes de se tornar uma trilha ecológica. A ação expôs o solo à erosão hídrica que, devido às características geográficas do local, torna-se mais intensa, contribuindo para a formação de voçorocas e desbarrancamento que hoje ameaçam a manutenção da trilha e o estabelecimento e recuperação da vegetação nativa.

Segundo o professor Adriano Darosci, que acompanhou o grupo, “em situações como essa, o plantio do vetiver nas paredes dos barrancos em erosão pode ser uma prática eficiente”. O vetiver é um capim exótico, originário da Índia, não invasor, pois se propaga preferencialmente de forma vegetativa, e de raízes longas e profundas, chegando a seis metros, por isso sua contribuição para segurar o solo, quando exposto ao fluxo da água, sem se tornar competidor de plantas nativas.

O capim vetiver é cultivado e apresentado como solução para áreas degradadas na cidade de Formosa pelo superintendente de Meio Ambiente na cidade e aluno do IFG, Ian Thomé. O aluno forneceu o capim para o plantio e instruiu os demais estudantes da oficina quanto às características da planta e da técnica de recuperação que foi executada. Segundo ele, “o capim também é indicado para o propósito de recuperação de área de Cerrado devido a sua alta resistência à falta de água, suportando mais de dois meses”.

Além do professor Adriano, os alunos estavam acompanhados também da gerente da empresa de ecoturismo EcoBocaina, com sede na fazenda Bocaina, Katiely Paiva, e pelos professores do IFG/Câmpus Formosa, membros do NEPBio-Cerrado, Ariane Frare, Haissa Gunther e Thaís Amaral e Sousa, que discorreram sobre a história, o meio ambiente local e a importância das técnicas de recuperação de áreas degradadas.

Após a aula teórica, os alunos e organizadores da oficina prepararam o barranco erodido que foi escolhido para o plantio, fazendo nele curvas de nível que acomodaram as mudas do capim. Ao todo, foram mais de 250 mudas plantadas, em 8 horas de oficina prática e teórica, certificada pelo NEPBio-Cerrado.

Para os professores do NEPBio-Cerrado, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFG/Formosa deve ter sempre como foco a formação tanto do biólogo, quanto do professor de Biologia e deve investir em parcerias que gerem pesquisa e extensão. “Oficinas práticas como essa ofertada colaboram para enaltecer o papel do IFG na sociedade e para fornecer ao aluno conhecimentos que vão além dos vistos em sala e que poderão ser úteis para um futuro multiprofissional”, concluiu Adriano.

 

Acesse mais informações sobre a Fazenda Bocaina em www.ecobocaina.com.br .

 

Fotos: professor Adriano Darosci.

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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