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EXTENSÃO

Roda de conversa debate temática das mulheres negras na ciência

Publicado: Segunda, 19 de Setembro de 2022, 16h22 | Última atualização em Segunda, 19 de Setembro de 2022, 16h24
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A XIII Consciência Negra foi aberta oficialmente na manhã de sábado, 17 de setembro. A atividade foi realizada no miniauditório da Unidade Flamboyant do Câmpus Jataí e reuniu estudantes, servidores e comunidade externa para debater as mulheres  negras na ciência. A roda de conversa contou com a participação das professoras Rita Rodrigues de Souza (IFG), Luciana Aparecida Elias (UFJ) e Maria Oliveira da Luz (da rede Municipal de Ensino de Jataí. 

Comprometidos/as com a construção de uma sociedade antirracista, o projeto XIII Consciência Negra: ConsciênciAção, ConsCiência e Ancestralidade, tem como objetivo promover espaços dialógicos, e dialéticos, de valorização das culturas afro-brasileiras, dos corpos marginalizados, e de reflexão crítica acerca das opressões sociais, e, das relações étnico-raciais no contexto brasileiro. Ao longo do segundo semestre de 2022, o projeto de extensão realizará rodas de conversa, cineclubes, oficinas e apresentações culturais. 

Na atual edição, o projeto é coordenado pela professora Magda Cabral Costa Santos, que também atuou como mestra de cerimônias na atividade de abertura do projeto. O professor Ruberley Rodrigues de Souza, diretor-geral do Câmpus Jataí esteve presente na solenidade e falou da relevância do projeto "é extremamente importante que nossa comunidade siga se envolvendo num projeto como este, que discute as especificidades das identidades na ciência", afirmou.

A professora Luciana Aparecida Elias é pró-reitora de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Jataí (UFJ) e foi uma das convidadas na roda de conversa. Luciana falou sobre a metáfora do espelho quebrado e como, historicamente, é difícil encontrar outras mulheres negras em posições de destaque, não só na ciência, mas em outros ambientes de poder da sociedade. A pesquisadora da área da Matemática ainda brincou "quando aceitei o convite me perguntaram se eu ia de novo ao IF, falei que sim, que precisamos criar redes de solidariedade e afeto na construção de uma educação antirracista", celebrou.

Já a professora Maria Oliveira da Luz apontou suas experiências enquanto docente da rede pública municipal de Jataí. Ela evidenciou que "é preciso pensar a base também, sou uma mulher preta que não teve uma educação racializada, que inclusive produziu um trabalho de conclusão de curso em que minhas referências eram homens e brancos. Porque não me deixaram saber, antes, da existência de bell hooks?", questionou. Nesse sentido, Maria reafirmou "ser uma mulher preta, dando aula para crianças pretas, é permitir que elas ouçam e aprendam o que eu não aprendi na idade escolar," finalizou. 

Por fim, a professora Rita Rodrigues de Souza, trouxe experiências pessoas da sua trajetória enquanto pesquisadora. Ela homenageou sua mãe como "a primeira professora de metodologia científica que tive. Foi vendo minha mãe lavar roupas que aprendi o que é e como deve funcionar o método. Foi ouvindo ela negociar com seus clientes, que entendi como devem ser tratados os sujeitos participantes de nossas pesquisas", contou emocionada. 

 

 

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Jataí.

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