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inovação

IFG apresenta projeto Luvas Transceptoras ao ministro da Educação

Publicado: Quinta, 25 de Agosto de 2022, 13h52 | Última atualização em Quinta, 08 de Setembro de 2022, 15h42

Além de apresentar o projeto, o IFG conseguiu avançar no diálogo para o desenvolvimento da nova etapa

Luvas transceptoras do IFG são apresentadas ao ministro da Educação e aos secretários da Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica) e Semesp (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação)
Luvas transceptoras do IFG são apresentadas ao ministro da Educação e aos secretários da Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica) e Semesp (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação)

Luvas com tecnologia inovadora e com baixo custo de produção, que serão usadas em processos de comunicação entre surdos e ouvintes, permitindo, entre uma das funcionalidades, a tradução de sinais e gestos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para o português escrito, foram apresentadas ontem, por pesquisadores e pela reitora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon, ao ministro da Educação, Victor Godoy Veiga.

Na audiência em Brasília, o Ministro e a equipe conheceram detalhes desta tecnologia inovadora, do funcionamento e das possibilidades de uso das chamadas “Luvas Transceptoras”, que foram criadas pelo IFG por meio de um projeto de pesquisa que contou com o apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec)/MEC, que destinou cerca de R$ 1,2 milhão para a primeira fase do projeto, já concluída.

 

Para a segunda etapa, para a qual o IFG busca nova parceria com a Setec e com o MEC, está previsto o desenvolvimento de um software nacional, já em fase de teste, com a elaboração de um banco de dados e de um glossário capazes de contemplar as particularidades e as características da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o que permitirá, por exemplo, o respeito aos regionalismos.

Após a apresentação de um vídeo explicativo sobre o projeto, foi realizada uma demonstração prática sobre o funcionamento das luvas transceptoras. A apresentação foi realizada pelos pesquisadores do IFG, Wesley Pacheco (coordenador) e Waléria Vaz, e contou com o apoio do professor Paulo Victor dos Santos, do Instituto Einsten. Também participaram da reunião, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Lorena Pereira de Souza Rosa, instância na qual o projeto está vinculado, e a diretora de Comunicação Social do IFG, Adriana Souza Campos, que acompanha o projeto há alguns anos.

Como encaminhamento da audiência com o ministro da Educação, ficou definido que será realizada uma reunião técnica entre as secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp) com o Instituto Federal de Goiás (IFG) para que seja ampliado o diálogo para o início da segunda etapa do projeto.
Há previsão, conforme sinalizado pelo secretário Tomás Dias, de aporte de recursos da Setec/MEC para essa nova etapa que, após o desenvolvimento do software, prevê a entrega dos kits que já estão prontos e a realização da capacitação das instituições que serão atendidas primeiro.


Autonomia

 

Mais do que uma tecnologia inovadora, o Projeto tem como um dos pilares conferir autonomia ao surdo, para que ele consiga se expressar e se comunicar quando não há a presença de um intérprete/tradutor de Libras. Esse processo de comunicação autônomo poderia acontecer, por exemplo, no atendimento em uma biblioteca pública e em diversos setores dos institutos federais que venham a possuir um kit instalado.

A partir daí, surdos que precisem de atendimento nesses locais, calçariam as luvas, se comunicariam em Libras e os sinais e gestos seriam traduzidos pelo software, que digitaria em texto (português) o que foi dito para quem está realizando o atendimento. O ouvinte digitaria então a sua resposta e um avatar (espécie de figura que representa um ser humano) faria a tradução desse texto para Libras, estabelecendo então o processo de comunicação e de tradução bidirecional.

Assim, os surdos que se comunicam em Libras podem ter suas mensagens traduzidas para Português (no futuro até para outras línguas) por meio desse sistema de tradução bidirecional que possibilita a visualização simultânea da mensagem em um computador. A ferramenta inovadora promete mudar as relações comunicacionais entre surdos e ouvintes. A primeira fase do projeto foi concluída e foi desenvolvida em parceria com o Instituto Politécnico do Porto.


Audiência no MEC

 

A audiência no MEC aconteceu após a reitora e os pesquisadores realizarem, há alguns dias, a apresentação do Projeto ao secretário Tomás Dias Sant´Ana, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Também participaram do encontro de ontem, dia 24, a secretária Karine Silva dos Santos, da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), além de assessores do gabinete do Ministro e das duas Secretarias (Setec e Semesp), bem como alguns diretores.

 

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria do IFG. Fotografias: Luís Fortes/MEC

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