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III Encontro de Culturas Negras

Minicurso promove debate sobre racismo e educação para as relações étnico-raciais

Publicado: Sexta, 01 de Dezembro de 2017, 16h36 | Última atualização em Terça, 04 de Janeiro de 2022, 13h50

Educação Afrocentrada: a cor da cultura debateu o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira

 

“Quando eu penso sobre a África, eu penso ...”. Esta foi a pergunta proposta aos participantes do minicurso Educação Afrocentrada: a cor da cultura, ministrado pelo professor André Filgueira. O curso teve início às 14h e faz parte da programação do III Encontro de Culturas Negras.

O propósito do curso, segundo André Filgueira, “é contribuir para o enfrentamento do racismo, a partir do contexto educacional, promovido pela Lei 10.639/03, que institui o ensino de história e literatura afro-brasileira e africana”.

Na sala do minicurso, uma imagem da diversidade: crianças, jovens e adultos, mulheres e homens, negros e brancos, alunos e professores, analisando o próprio imaginário sobre o continente africano.

E quando se fala em África, os integrantes da turma pensaram em festas, cores, ditadura, solidariedade, massacre, injustiça social, tribos, entre outros.Com essas respostas, André Filgueira realizou uma provocação, exibindo um vídeo do programa A Cor da Cultura, desenvolvido pela Fundação Palmares e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

O vídeo retrata um experimento, em que diversas pessoas tiveram a oportunidade de descrever a África, de forma positiva ou negativa. A maioria dos entrevistados optou por descrever o continente a partir de seus aspectos negativos.

O senso comum que se tem do continente é marcado pela parcialidade, que vem desde os livros de história, que citam a áfrica apenas no contexto da escravidão

A comparação dos resultados do experimento com o imaginário dos participantes do minicurso marcou o tom de enfrentamento do racismo e da visão eurocêntrica que temos sobre a África. O senso comum que se tem do continente é marcado pela parcialidade, que vem desde os livros de história, que citam a áfrica apenas no contexto da escravidão.

Para André Filgueira, é preciso desconstruir o sentimento de inferioridade imposto às africanidades e que afeta negativamente a autoestima dos afrodescendentes. Segundo o professor, o minicurso permite que os participantes “desconstruam as imagens estereotipadas que tenham sobre a áfrica e a cultura negra de forma geral”.  

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Uruaçu.

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