Educação como formação humana é discutida no IV Seminário NUPEFIL e VIII Encontro de Filosofia do IFG

O professor Altair José dos Santos, da Faculdade de Educação da UFG, ministrou a conferência “Freud no século XXI: a impossibilidade de educar, governar e psicanalisar”, que abriu o evento

A educação entendida como uma formação que não se finda e como reconhecimento do outro foi destacada pelo psicanalista e professor Altair José dos Santos, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), na conferência de abertura do IV Seminário do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia (NUPEFIL) e VIII Encontro de Filosofia do Instituto Federal de Goiás (IFG), com o tema “Filosofia e o drama político da formação humana”. O evento teve início na manhã desta terça-feira, 6 de novembro, e prossegue até quinta-feira, no Câmpus Goiânia do IFG, com debates, oficinas, minicursos, palestra e sessões de comunicação. A programação será encerrada com o fórum dos professores de Filosofia do IFG.

O professor Altair José dos Santos instigou a plateia ao discorrer sobre o tema da conferência de abertura, “Freud no século XXI: a impossibilidade de educar, governar e psicanalisar”. Ele relacionou os pilares epistemológicos do trabalho de Sigmund Freud, como inconsciente e linguagem, aos atos de educar, psicanalisar e governar na contemporaneidade. O conferencista afirmou que a obra freudiana é atual, viva e convoca cada um a reinventar suas práticas. Ele comentou o momento político incerto e “sombrio” em que vive o Brasil e enfatizou uma sentença-pedido: “Sejamos humanos”. Em alusão a Freud, Altair José ressaltou que o sujeito só existe quando reconhece o outro e que os conceitos de Educação, Psicanálise e Governo não são possíveis na ordem da dominação, do cabresto e da suficiência.

A abertura do IV Seminário NUPEFIL e VIII Encontro de Filosofia do IFG foi feita pelo professor Sandro Henrique Ribeiro (IFG). Ele abordou a importância de se discutir o tema, num momento em que a Filosofia e as Artes, áreas de grande importância para a educação como formação humana, são ameaçadas. A abertura do evento contou também com apresentação cultural de violão e flauta, executada Felipe Valoz e Rosana Araújo, professores do curso de Música do IFG. Foi mediador da conferência, o professor Diego Moraes Carvalho (IFG). Representando a diretora-geral do Câmpus Goiânia, o gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Sérgio Botelho de Oliveira, destacou que o encontro é uma oportunidade para se discutir questões importantes para o equilíbrio das ações humanas. Ele citou o avanço desenfreado das tecnologias sem o acompanhamento necessário da reflexão e da introspecção possibilitados pela Filosofia.

Programação

A programação do IV Seminário do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia e VIII Encontro de Filosofia do IFG na tarde desta terça-feira conta com sessões de comunicação e com os minicursos “Georges Bataille: a celebração do excesso” e “Falando de crime: direito e violência em canções de rap”, a serem ministrados respectivamente por Patrícia Machado (IFG – Luziânia) e Thiago Cazarin (IFG - Senador Canedo). Na quarta-feira, os participantes do evento têm duas oficinas, sessões de comunicação e as mesas de debate “Mídia e Sociedade na perspectiva da Indústria Cultural”, com Patrícia Costa (IFG - Anápolis) e Sandro Henrique Ribeiro (IFG - Aparecida de Goiânia), e “Arte e Filosofia: entre apropriações estéticas e conceitos”, com Maria Eliane (IFG - Goiânia) e Danielle Dumont (IFG – Goiânia).

A Comissão Organizadora do evento é formada pelos professores Diego A. Moraes Carvalho (IFG – Câmpus Goiânia), Marisa Alves Vento (IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia), Patrícia de Oliveira Machado  (IFG – Câmpus Luziânia) e Sandro Henrique Ribeiro (IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia). 

Clique para mais informações e detalhes da programação do IV Seminário NUPEFIL e VIII Encontro de Filosofia do IFG.

Imagens da abertura

Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia