“Precisamos ressignificar o conceito de negritude”, afirma professora Luciene de Oliveira Dias
Questões relacionadas à Política de Igualdade Étnico-Racial do IFG, reflexão sobre conceitos e ações nessa área foram discutidas
Palestra sobre Formação para servidores em relações étnico-raciais realizada na manhã de hoje, 10, no Simpósio de Pesquisa, Ensino e Extensão (Simpeex) do IFG debateu importantes assuntos que permeiam a luta contra o preconceito, a reflexão sobre os significados de conceitos sobre o assunto, política de ações afirmativas, além de formas de agir quando se fala em política de igualdade étnico-racial. Na ocasião, também foi lançada no Câmpus Aparecida a Rede de Servidores de Educação para relações étnico-raciais do IFG.
Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Luciene de Oliveira Dias, foi a palestrante. Ela defende que é preciso trabalhar as questões étnico-raciais a “partir dos coletivos de estudantes, fortalecer esses coletivos e pautar. Passar a existir a partir desses lugares. Precisamos ressignificar o conceito de negritude”, afirma a professora. Ela cita o Coletivo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado como um importante instrumento nessa luta.
A professora defende ainda que as ações afirmativas não são apenas para negros, deficientes e pobres, mas são para “pluralizar o espaço e talvez construirmos uma sociedade que respeite as diferenças”, diz. Um dos caminhos apontados por Luciene nas instituições públicas de ensino é institucionalizar as ações, como realizar cursos de formação de professores (como já ocorre na UFG). Junto com a professora Luciene, na mesa, estava também a professora do IFG – Câmpus Jataí Camila Leopoldina.
Rede
“A Rede quer aproximar a comunidade, ouvir os seus anseios e implementar ações”, finaliza a professora Ádria.
A manhã de hoje também foi marcada pelo lançamento da Rede de Servidores de Educação para relações étnico-raciais do IFG e também a realização da 3ª reunião da Comissão de implementação de políticas de igualdade étnico-raciais da Instituição.
A Comissão, conta professora Ádria Borges, que também é uma das coordenadoras da Comissão Permanente de Implementação de Políticas de Igualdade Étnico-raciais (CPPIR), possui um plano de trabalho com várias ações previstas. Uma das mais importantes nesse momento, segundo Ádria, é a discussão sobre a posição da Comissão dentro da Instituição, debate que deve ser levado ao Congresso Institucional para ser contemplado no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Além disso, outras ações estão previstas: aumentar a rede de servidores, realizar cursos de formação para professores na área de relações étnico-raciais, ampliar a discussão, inserir o assunto como parte do ensino e/ou disciplina em cursos, realizar mais eventos na área, garantir fomento na pesquisa, com editais específicos sobre igualdade étnico-racial, entre outros. Atualmente, as professoras Ádria (Cidade de Goiás), Camila (Jataí) e Jaqueline Pereira de Oliveira Vilasboas (Aparecida) estão a frente desse trabalho na comissão.
A palestra contou ainda com a presença da pró-reitora de Ensino, Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon, gestores, servidores e estudantes.
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