Em parceria com IBC, IFG inicia projeto para atendimento de alunos com baixa visão
Objetivo é dar condições ao estudante com baixa visão de desenvolver seus estudos e suas atividades diárias
A manhã desta segunda-feira, 23, vai marcar a história do Instituto Federal de Goiás (IFG) no que diz respeito à educação inclusiva. A instituição deu início ao Projeto Enxerga IFG, para atendimento de alunos com baixa visão e para a capacitação de servidores para o acolhimento e a assistência a esse público. O projeto é uma parceria com Instituto Benjamin Constant (IBC), que disponibilizou equipe médica para as consultas e também vai oferecer a formação a professores e técnicos administrativos do IFG. As consultas médicas tiveram início na manhã de hoje e prosseguem até amanhã, 24. No dia 25, os estudantes que passaram pelo atendimento vão receber os resultados das avaliações.
Para a atendimento médico aos estudantes do IFG, o IBC disponibilizou uma equipe médica e contou com a colaboração do Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), da Universidade Federal de Goiás (IFG), que permitiu o uso de suas instalações e equipamentos. Os alunos vão sair das consultas com a prescrição dos recursos necessários (óculos, lentes, lupas etc) para melhorar a visão e, consequentemente, ter melhor desempenho escolar. "O IFG está sempre buscando ficar ao nosso lado", disse a estudante Lívia Cainan de Souza, do curso técnico em Telecomunicação do Câmpus Goiânia. Ela foi a primeira a ser consultar e estava feliz com a oportunidade.
O estudante que tiver identificada alguma necessidade a mais, além dos recursos ópticos necessários para melhorar sua visão, como por exemplo uma cirurgia, será encaminhado para o Sistema Único de Saúde (SUS). O Cerof, que é um centro universitário e de referência nacional em oftalmologia, é uma unidade do sistema.
Piloto
O reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva, e o presidente do IBC, João Ricardo Melo Figueiredo, acompanharam o início dos atendimentos médicos. Jerônimo agradeceu a parceira que permitiu ao IFG aproveitar toda a expertise do IBC em baixa visão. "Estamos concretizando uma etapa dessa união de esforços entre o IBC e a Rede Federal de Educação Técnica e Tecnológica para um importante aspecto da educação inclusiva. No IFG, iniciamos o projeto, um piloto, que deverá ser estendido aos demais Institutos Federais", disse.
O presidente do IBC afirmou que o projeto tem dois aspectos fundamentais: trabalhar a educação inclusiva e fortalecer a residência médica, que é também parte do ensino-aprendizagem. "Nós temos sede do Rio de Janeiro, mas é uma Instituição que trabalha para o Brasil. Esse projeto vai permitir a alunos ter acesso à oftalmologia especializada e vai permitir à equipe dias de pleno aprendizado", reforçou. O IBC é um órgão do Ministério da Educação, que é referência nacional na deficiência visual, com atuação desde a educação básica até a pós-graduação.
Baixa visão
O Projeto Enxerga IFG tem como foco os alunos com baixa visão e a primeira medida necessária é justamente identificar esse público. O médico Helder Alves da Costa Filho, responsável pela baixa visão no IBC, afirmou que uma avaliação médica com especialistas é fundamental para essa avaliação. "A baixa visão é diagnosticada quando uma pessoa não consegue, com os recursos ópticos convencionais, desempenhar suas atividades diárias", explicou. Os recursos ópticos convencionais são óculos e lentes. Já para quem tem baixa visão existem lentes especiais, telescópios, lupas, recursos audiovisuais e de informática.
Mas além dos recursos, o aluno com baixa visão precisa de acolhimento da escola e de acompanhamento pedagógico. Por isso, a parceria do IFG com o IBC prevê também uma capacitação para servidores para o atendimento desse público. Ela será oferecida na forma de oficina, nos dias 26 e 31, no formato on-line. O professor e os demais profissionais da educação precisam de orientação", enfatizou Helder.
Segundo ele, o trabalho do IBC busca a capacitação das pessoas com baixa visão para a vida diária, desde a sala de aula até a inserção no mercado de trabalho, passando pelas questões domésticas. E, conforme ressalta, existem medidas relativamente simples de adaptação de ambientes para favorecer a inclusão. Na escola, por exemplo, os professores devem ser orientados a reservar lugar na sala de aula mais perto da lousa para os alunos com baixa visão.
Do ponto de vista pedagógico, ele lembra que a inclusão deve ser trabalhada e lembra também que a baixa visão exige abordagem multidisciplinar. Entre os profissionais que contribuem para a capacitação da pessoa com baixa visão para as atividades diárias, para a vida escolar e para o trabalho estão os médicos, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos e profissionais da área de informática.
Saiba mais sobre a baixa visão. http://www.ibc.gov.br/fique-por-dentro/693-um-universo-entre-outros-dois
Orientações gerais a pais e professores. http://www.ibc.gov.br/fique-por-dentro/695-orientacoes-para-pais-e-professores
Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.
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