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Segunda edição do projeto “Fora (d)o Padrão” provoca reflexões sobre preconceito e respeito às diferenças

Publicado: Quarta, 15 de Fevereiro de 2017, 15h48 | Última atualização em Quarta, 29 de Março de 2017, 12h27

Em diferentes linguagens artísticas, alunos de 1º ano dos cursos técnicos integrados em Agroindústria, Edificações e Química do IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia falaram a colegas e servidores sobre preconceito e respeito às diferenças. Integrando a segunda edição do projeto “Fora (d)o Padrão”, coordenado pela professora Marina Kanthack, da disciplina de Educação Física, as apresentações foram feitas nesta quarta-feira, 15, no refeitório do Câmpus. “Nossa proposta é provocar a reflexão das pessoas sobre padrões sociais e individuais que são impostos e que geram discriminação”, explica a professora.

Os adolescentes passaram mensagens pela valorização das diferenças e contra preconceitos envolvendo tipos físicos, raça, religião, estilo de vida, orientação sexual, condição social e econômica, entre outros temas, foram transmitidas por meio de vídeos, música, poesia e jogos, por exemplo. A apresentação de abertura foi um jogo de tabuleiro, que dividiu o público expectador em grupos de participantes representando pessoas brancas, negras, mulheres e homossexuais, com regras que contavam pontuação diferente para cada um, favorecendo determinados participantes, o que causou indignação em algumas pessoas, no espírito humorado de uma brincadeira. “Na vida real isso acontece. Alguns grupos são privilegiados e é praticamente impossível algumas pessoas serem vitoriosas”, destacou o estudante Isaías Manoel Rodrigues, um dos idealizadores do jogo.

Os trabalhos colocaram aos expectadores situações de preconceito já vivenciadas por muitas pessoas em seu dia-a-dia e, também, casos de notoriedade pública, como uma chacina ocorrida em 2011 em escola do Rio de Janeiro e que os alunos relataram com música e poesia, levando em conta o bullying sofrido pelo assassino.  “A gente aprende muito a respeitar o próximo e a diversidade, além de ajudar outras pessoas a refletirem sobre o preconceito que elas praticam sem saber que estão praticando”, falou o aluno Odilon Moreira.

Com essa atividade, a professora Marina Kanthack conta que a disciplina de Educação Física apresenta aos estudantes os limites entre o saudável e o patológico, tanto no que diz respeito à estética como nas relações humanas. As aulas que dão origem a esses trabalhos lidam com temas relacionados à imposição de padrões inatingíveis e que geram consumo e outras consequências prejudiciais aos indivíduos e à vida em sociedade. Para que os estudantes falem desse assunto na forma de apresentações artísticas, a professora Marina conta com a parceria de professores de artes do IFG Aparecida.

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