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MEIO AMBIENTE

Dia Nacional do Cerrado é comemorado em edição especial da Feira Agroecológica

Publicado: Quarta, 11 de Setembro de 2024, 15h45 | Última atualização em Quarta, 11 de Setembro de 2024, 15h47

Evento, que compõe a Semana Integrada do Cerrado e a Semana de Meio Ambiente do IFG, evidencia a preservação do bioma aliada à alimentação saudável

Evento foi realizado no câmpus e reuniu estudantes, docentes e comunidade externa
Evento foi realizado no câmpus e reuniu estudantes, docentes e comunidade externa

Dia 11 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Cerrado. Em comemoração a essa data, o Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG) recebeu programação da IV Semana Integrada do Cerrado e edição especial da Feira Agroecológica – evento interinstitucional que envolve IFG, IF Goiano e Universidade Federal de Goiás – com foco na discussão sobre a preservação do bioma que é considerado um dos maiores e mais importantes para o país e atualmente sofre com recordes de focos de incêndio. As atividades ocorreram no rol da Biblioteca e contou com palestras, distribuição de mudas e plantio de árvores no câmpus.

A ação faz parte da IV Semana do Meio Ambiente do IFG e trouxe duas palestras que foram realizadas na Cinemateca. A primeira Somos Geração Restauração: plantando árvores, colhendo água, com Meirinalva Maria Pinto, do coletivo Plantadores de Água. Meirinalva abordou a importância da ação realizada pelo coletivo, que realiza o plantio de árvores em áreas degradadas e nascentes em Goiânia e região metropolitana.

 


Palestras foram realizadas na Cinemateca do Câmpus Goiânia

 

Em seguida, a médica do IFG/SIASS, a nutróloga Paula Christina de Abrantes Figueiredo ministrou palestra sobre alimentação consciente e seus impactos na saúde, tendo como base o Guia Alimentar para a População Brasileira – obra elaborada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde e Universidade de São Paulo.

Para a professora de Biologia do Câmpus Goiânia e uma das organizadoras do evento, Rúbia Cristina Diógenes Pinheiro, integrar a temática do Dia Nacional do Cerrado à Feira Agroecológica foi natural, uma vez que a feira calhou de ser realizada no câmpus justamente neste dia 11 de setembro. “Existe um evento maior que é a IV Semana Integrada do Cerrado. Então a gente quis unir dentro desse evento maior, a celebração do Dia Nacional do Cerrado, com essa programação tanto científica quanto cultural e convidar a feira agroecológica”, explica.

 


Grupo de choro Flor do Ipê foi atração cultural durante o evento

 

Além disso, o objetivo da feira agroecológica, que é dar destaque e impulsionar a produção realizada pela agricultura familiar, é uma das iniciativas de preservação ambiental e, por se tratar do Estado de Goiás, do bioma Cerrado. “Nosso lema é ‘do produtor direto para o consumidor’. A gente tanto incentiva a agricultura familiar, com base em quintais produtivos, todas elas estão em transição para o sistema de agroecologia. A gente incentiva que elas produzam e [...] faz essa conexão entre a produção delas e o consumidor, o que é fantástico, porque daí a gente oferece à nossa comunidade acadêmica, produtos que a gente sabe que têm qualidade, que são saudáveis, que são agroecológicos, e, então, essa união, tanto a valorização delas (produtoras agroecológicas), quanto a proporcionar para a comunidade acadêmica a oportunidade de consumir produtos saudáveis”, completa Rúbia.

 

 

Mais árvores

A ação contou também com a doação de mudas típicas do Cerrado e o plantio de novas árvores no âmbito do Câmpus Goiânia. Segundo a diretora da instituição, professora Adriana dos Reis Ferreira, algumas árvores ao redor do câmpus tiveram de ser retiradas após laudo da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) que as condenavam por já estarem no fim da vida ou por estarem ocas. “Dentro desse laudo, eles colocam que a gente teria que retirar e fazer o plantio imediato de outra espécie que fosse autorizada por eles. Quem indica qual árvore que nós devemos plantar é a Amma. E dentro dessas espécies está o oiti”.

Por isso, durante as atividades de comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, foi plantada muda de oiti em frente ao Teatro, local onde a antiga árvore que teve de ser retirada após recomendações da Amma. “É uma árvore de médio porte, mas que dá sombra o ano inteiro, que estará sempre viva. Ela é de crescimento rápido, então em até dois anos ela já atingiu pelo menos dois metros. A expectativa também é que a gente faça todo o plantio nas ruas aos arredores”, completa Adriana. De acordo com a diretora, a Amma recomendou que a mude oiti fosse plantada na terra, aproveitando o espaço oco do tronco da antiga árvore para aproveitar esse material orgânico, que servirá de nutriente para a muda.

 


Muda de oiti foi plantada no miolo da antiga árvore, localizada em frente ao Teatro do Câmpus

 

Para o diretor de Administração do Câmpus Goiânia, Paulo Cezar Pereira, a decisão pelo plantio dos oitis veio a partir do relato sobre a necessidade de uma árvore cujas raízes não danificassem a calçada e produzisse sombra durante todo o ano. “Além de a raiz dela ser longa, ela produz conforto térmico”, afirma o administrador com base nas informações obtidas com a equipe da Amma.

Além das mudas aos arredores do câmpus, a expectativa é que outras sejam plantadas após a conclusão das obras do prédio de Assistência Estudantil, que abrigará o restaurante destinado aos discentes. Adriana afirma que a ideia é devolver um pouco do verde que existia no local que dará lugar ao novo projeto. “Não dá para voltar como estava, mas pelo menos recuperar a parte do jardim, porque a gente precisa de mais espaço verde, ainda mais a gente vendo o momento que a gente vive de queimadas do nosso ar”, conclui.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

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