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EVENTO

Seminário do Laboratório do Ensino de História promove diálogos sobre espaços educativos

Publicado: Segunda, 05 de Março de 2018, 17h07 | Última atualização em Terça, 27 de Março de 2018, 09h16

Evento vai até terça-feira, dia 6 de março, e abordará também práticas como componente curricular e estágio

imagem sem descrição.

Quando você pensa sobre espaços educativos, o que vem à sua cabeça? Foi com esse questionamento que o Seminário do Laboratório do Ensino de História do IFG – Câmpus Goiânia iniciou suas atividades nesta segunda-feira, 5 de março. O evento, aberto a estudantes e pesquisadores da área, segue com sua programação também amanhã, dia 6, a partir das 14 horas, no auditório Demartin Bizerra.

De acordo com a professora do IFG Maria Abadia Cardoso, que faz parte da comissão organizadora do seminário, a proposta é justamente chamar os discentes da Licenciatura em História da unidade e os demais participantes, para uma reflexão em relação aos espaços onde o processo educacional pode ser construído e sua relação com a História.

Para isso, foram convidadas as professora Ednair Gomes da Silva, professora da Prefeitura de Faina e educadora do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronea-EJA); a doutoranda em História pela Universidade Federal de Goiás e membro do Núcleo Takinahaky, Tamiris Maia Gonçalves Pereira; e a professora da Licenciatura em História do Câmpus Goiânia, Janira Sodré Miranda.

Mesa-Redonda discutiu sobre espaços educativos
Mesa-Redonda discutiu sobre espaços educativos

Elas participaram da mesa-redonda “Diálogos sobre espaços educativos e formação docente”, mediada pela professora do IFG, Mad’Ana Desirée Ribeiro de Castro. Na atividade, as convidadas puderam compartilhar suas experiências enquanto docentes em espaços não convencionais de educação, como assentamento no campo, núcleo de formação de professores indígenas e em terreiro de candomblé.

Em cada explanação, as convidadas chegaram a um ponto em comum: o quanto é preciso valorizar aquilo que os alunos nesses espaços educativos têm a oferecer e como o processo educacional deve se embasar nesses conhecimentos e experiências.

Ednair Gomes trouxe sua experiência com educação de jovens e adultos em acampamentos agrários na região de Faina (GO). Mesmo com estrutura precária, ela afirma que o processo educativo pode ser proveitoso, uma vez que se enxergue os anseios dos alunos. “A educação é possível em qualquer espaço”, enfatizou.

Segundo ela, por conta das limitações de infraestrutura, além de questões que permeiam o desgaste físico dos alunos – todos trabalhadores rurais adultos e idosos, foi preciso aprender a respeitar o tempo de cada um deles e educar a partir das suas experiências de vida nos assentamentos. Dessa forma, a professora percebeu quanto conhecimento os discentes tinham em relação a determinados temas relacionados à terra,plantio e meio ambiente e como essa troca de saberes poderia enriquecer o processo de aprendizado, tanto dos alunos, quanto do docente.

Observação parecida também foi trazida pela doutoranda Tamiris Maia. Ela, que é monitora e realizada estágio em docência junto ao Núcleo Takinahaky, de formação de professores indígenas, ofertado pela UFG, ressaltou a relevância de que os graduandos não percam de vista a sua própria cultura, ritos e tradições.

Como o objetivo do curso é formar docentes indígenas que, futuramente, atuarão nas aldeias, a ideia é justamente mostrar a eles que não existe hierarquia de conhecimento (entre o conhecimento científico e aquele preservado pelas tribos), e como a educação, nesse sentido, pode reparar anos perdidos com a colonização e a consequente perda de tradições.

Nesse sentido, a professora do IFG Janira Sodré também trouxe a experiência vivenciada por ela e um grupo de estudantes da Licenciatura em História da unidade em um terreiro de candomblé, localizado em Buriti Sereno, bairro de Aparecida de Goiânia.

Dentre os aspectos observados pelo grupo de pesquisadores, Janira ressaltou a relação entre a formação humana e o espaço afro-centrado, incluindo aí fatores importantes para os membros do terreiro como a ancestralidade, a oralidade e a circularidade; além dos conhecimentos relacionados ao meio ambiente e os orixás, a resistência negra em comunidades do candomblé e a predominância do poder feminino.

Alunos do curso de Licenciatura em História e demais convidados participaram das atividades desta segunda-feira, 5
Alunos do curso de Licenciatura em História e demais convidados participaram das atividades desta segunda-feira, 5

Estágio e práticas como componente curricular

Além de trazer as experiências de docentes em diversos espaços educativos, o Seminário do Laboratório do Ensino de História agrega também outros dois eventos: o III Seminário de Estágio e o IV Seminário de Prática como Componente Curricular.

Logo após a mesa-redonda, os participantes puderam conferir atividade “Socialização dos projetos desenvolvidos nas Práticas como Componente Currícular” e, nesta terça-feira, 6, serão realizadas as atividades do Seminário de Estágio Supervisionado, com mesas-redondas coordenadas pela professora do IFG – Câmpus Goiânia, Flávia Pereira Machado.

 

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

 

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