Handebol: de um projeto de extensão, nasce uma paixão
Handebol é levado a sério pelos estudantes, que chegam a finais de campeonatos importantes
“Não me vejo sem esporte, muito menos sem o handebol. Jogando ou ensinando as pessoas, quero sempre estar no handebol”, afirmou o estudante Carlos Xavier, do 3º ano do curso técnico integrado ao ensino médio em Edificações. O handebol no Câmpus Luziânia ganha cada vez mais espaço entre os alunos, que alcançam melhores posições nos campeonatos que disputam. Em 2019, a equipe do câmpus foi ouro nos Jogos do Instituto Federal de Goiás (JIF Goiás), disputou a etapa nacional do JIF, no Espírito Santo, foi vice-campeão do festival de handebol do Sigma, em Brasília, dentre outros torneios no município.
Criado em 2016, pelo professor de Educação Física David Junger, o projeto de extensão visava ensinar a toda a comunidade o esporte do handebol. E foi aí que os alunos do Câmpus Luziânia se apaixonaram logo de cara pelo handebol. “Em Luziânia, infelizmente, não existe a cultura do handebol nas escolas. Quando cheguei aqui, em 2016, comecei um trabalho do zero. Os meninos jogavam por gosto mesmo. Eles tinham uma noção, mas começamos do zero, tanto a parte técnica, quanto tática”, explicou o professor David Junger. O estudante Carlos Xavier é um exemplo desse amor pelo handebol. “Começamos a treinar e logo nos apaixonamos. No meu primeiro campeonato, o estudantil da cidade, tivemos contato com aquele ambiente de competição e naquele momento me apaixonei. Não sei nem mais o que fazer, só jogar, jogar e jogar”, contou Carlos.
Eduardo Soares, aluno do 1º ano do curso técnico integrado em Edificações, turma B, deu início aos treinos em 2019 e já mostrou bastante habilidade no esporte. “Comecei a treinar logo que entrei no IFG e me apaixonei pelo handebol. Quero melhorar e treinar enquanto eu estiver na instituição”, contou Eduardo.
Para os alunos dos cursos técnicos Alexander Ribeiro (Edificações 2017) e Luís Felipe Santos (Química 2018), o handebol vai além do treino técnico. “O handebol ajuda a gente na vida mesmo. Aprendemos a ter o estímulo de competição, queremos sempre nos superar. Aprendemos a trabalhar em equipe e que sempre podemos evoluir. Aprendemos a confiar nas pessoas e cultivamos valores como amizade”, relataram os estudantes. O professor David Junger falou da sua busca com o ensino do esporte para os alunos. “Desde que entrei aqui, a minha ideia era de fazer com que Luziânia fosse um time forte dentro da Rede. Sempre pensei em ter resultado, mas, além disso, buscamos formar pessoas íntegras. O esporte reflete a sociedade. Com o esporte eles aprendem lições para a vida”, disse.
“Eu me espelho muito no David. Também quero fazer curso superior de Educação Física e, para mim, é muito satisfatório ver a evolução de uma equipe e perceber que não é só um esporte, são pessoas. Não evoluímos só como atletas, evoluímos na vida, como pessoas”, afirmou o estudante Alexander Ribeiro.
Carlos Xavier é o capitão do time do Câmpus Luziânia e quando perguntado sobre seu futuro nos treinos de handebol, já que está no último ano do ensino médio, ele disse: “Pretendo entrar no time de handebol da faculdade e melhorar cada vez mais. Vou voltar sempre aqui no IF para passar o que eu aprendi para os meninos. Quando eu entrei, eu me espelhei nos meninos que treinavam há mais tempo. Eu vejo que, hoje, os meninos que entram se espelham em mim. E é muito bonito ver isso acontecer”. O professor David Junger contou que os egressos sempre estão presentes. “Marcamos amistosos e os egressos sempre aparecem. Estão aqui para ajudar os meninos mais novos a treinar”.
Os treinos de handebol acontecem nas quintas-feiras, das 17h às 20h30, na quadra poliesportiva do Câmpus Luziânia. Hoje, cerca de 30 alunos fazem parte dos treinos semanais.
Campeonatos
2019 foi um ano de bons resultados para a equipe de handebol do Câmpus Luziânia. Ao alcançar ouro no JIF Goiás, a equipe foi classificada para o JIF Nacional, realizado em outubro, no Espírito Santo. A equipe de Luziânia, que representou o IFG, enfrentou o CEFET/MG e o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), donos da casa, e perderam por dois gols de diferença: 12 a 10 e 15 a 13, respectivamente.
“A etapa nacional foi nossa maior realização. Poder estar lá foi uma experiência incrível. Apesar de não termos vencido, fomos bem nos jogos. Lá, competimos com pessoas que treinam há muito mais tempo que nós, com muito mais tradição”, disse Carlos Xavier, capitão do time de Luziânia.
No JIF Goiás, o Câmpus Luziânia teve uma boa evolução. Em 2016, foi eliminado na primeira fase. Em 2017 e 2019, foi ouro. E 2018, prata.
Outro campeonato disputado em 2019 foi o Festival de handebol do Sigma, realizado no final de outubro, em Brasília. O Câmpus Luziânia participou com duas equipes, A e B, que alcançaram prata e bronze. Dentre os destaques estão as vitórias sobre o Colégio Militar de Brasília pela equipe A, por 14 a 7, e o SIGMA Sul (dono da casa), por 11 a 10. A equipe B venceu o SIGMA Norte e o Centro de Formação em Handebol (CFH). As equipes A e B se encontraram na semifinal e a equipe B seguiu para a final, mas acabou perdendo de 15 a 12 para Cidade Ocidental, time já com bastante tradição no handebol. A equipe A venceu a disputa de terceiro colocado. “Não fomos com a ideia de ser campeões. Fomos para jogar, mas as equipes mostraram bastante força e alcançaram o pódio. Vencemos times fortes de Brasília”, disse o professor e técnico David Junger.
Para encerrar as atividades da equipe de handebol no ano de 2019, o professor David está organizando um torneio para o dia 30 de novembro. Vão participar as equipes do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) e Colégio Estadual Osvaldo da Costa Meireles (CEPI).
Os estudantes e seu treinador convidam a comunidade para fazer parte dos treinos – para meninos, de 13 a 18 anos. As atividades acontecem toda quinta-feira, das 17h às 18h30, nível iniciante, e das 18h30 às 20h30, nível avançado.
Veja aqui fotos de parte de um treino.
Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.
Professor David Junger (de branco) orienta os estudantes no treino.
Redes Sociais