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Goiânia, 21 de setembro de 2018

Publicado: Sexta, 21 de Setembro de 2018, 12h33 | Última atualização em Sexta, 21 de Setembro de 2018, 12h42

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Ministério da Educação libera R$ 8,9 milhões para obras emergenciais no Museu Nacional

Projeto de agrofloresta estimula estudantes do Distrito Federal

MEC reabre inscrições para o Parlamento Juvenil do Mercosul

Projeto ajuda jovens estudantes a lidar com dores e emoções

Baixa ocupação de vagas remanescentes inspira nova política do MEC para as federais

Projeto Meninas na Ciência incentiva presença de mulheres no universo da pesquisa científica 

UOL EDUCAÇÃO

Crise impulsiona matrículas em cursos superiores à distância

MEC anuncia criação de SiSU para preenchimento de vagas remanescentes

Sete universidades brasileiras aparecem em ranking mundial de empregabilidade 

CORREIO BRAZILIENSE

MEC deve lançar Sisu Transferência em 2019

Inscrições das bolsas remanescentes do Prouni vão até sexta (28)

Senac oferece 895 vagas em 18 cursos gratuitos

GLOBO.COM

Cidade francesa muda pátio de pré-escola para favorecer a igualdade de gênero

Continência, 'inspeção de cabelo' e tutoria de PMs: a rotina em uma escola com regras e disciplina militares

Professor é alvo de ofensa racista e homofóbica em colégio da Unicamp, em Campinas

FOLHA.COM

Mais da metade dos brasileiros não tem diploma do ensino médio, aponta OCDE

Servidor transferido pode ir para universidade pública se inexistir particular, diz STF 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

RESTAURAÇÃO

Ministério da Educação libera R$ 8,9 milhões para obras emergenciais no Museu Nacional

O Ministério da Educação liberou R$ 8,9 milhões para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contratar a empresa que será responsável pela execução das obras emergenciais de reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído parcialmente por um incêndio em 2 de setembro. O valor está incluído nos R$ 10 milhões emergenciais que o MEC colocou à disposição da UFRJ no dia seguinte ao incêndio.

Estamos liberando esse recurso para a UFRJ realizar as primeiras intervenções, as mais urgentes. Precisamos ser rápidos no processo de reconstrução do Museu. O primeiro passo já está sendo dado”, informou Rossieli.

Ainda segundo o ministro, a expectativa é de que essa primeira etapa dure 180 dias, conforme previsão apresentada pela UFRJ. “Recebemos a proposta da universidade, que fez um processo de seleção da empresa, como é de responsabilidade deles”, disse. “A partir de hoje o recurso estará na conta da UFRJ para que eles possam tomar os próximos passos, especialmente para proteger o acervo, proteger o prédio, para que não tenha risco de desabamento e também apoiar a própria perícia da Polícia Federal, que precisará de suporte, talvez, inclusive, para recolher o que é entulho e separar aquilo que é acervo.”

Rossieli Soares ressaltou que o MEC ainda vai repassar um complemento dos recursos relativos a laboratórios e alguns espaços que a universidade precisa, totalizando, assim, os R$ 10 milhões anunciados inicialmente. “Aguardamos a proposta da universidade nesse sentido”, afirmou.

A empresa escolhida pela UFRJ é a Concrejato Engenharia, que participou da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que também foi destruído pelo fogo, em dezembro de 2015. A liberação dos recursos foi feita após o MEC analisar a proposta apresentada. Serão realizadas obras de segurança, como isolamento do local, colocação de proteção para evitar desabamentos, reforço e cobertura das estruturas do prédio que resistiram ao incêndio.

Os recursos serão utilizados para serviços como a construção de cobertura provisória, remoção dos materiais, escoramento da estrutura do Museu, fechamento de esquadrias, gerenciamento das obras e fiscalização.

Assessoria de Comunicação Social

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DIA DA ÁRVORE

Projeto de agrofloresta estimula estudantes do Distrito Federal

Ensinar alunos do ensino fundamental e do médio de que é possível produzir alimentos e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente, por meio do plantio de árvores frutíferas e nativas junto a plantações de hortaliças e leguminosas. Esse é um dos objetivos do projeto de agrofloresta desenvolvido, há dois anos, pelo professor de biologia Leonardo Hatano, em uma escola agrourbana da cidade de Riacho Fundo (DF).

A escola fica localizada dentro de uma comunidade criada em um projeto de reforma agrária de 1986. Muitos dos alunos são filhos ou netos de produtores rurais. Hatano diz que o fato da escola estar em um lugar privilegiado, bem próximo a um setor de chácaras e a uma área de preservação ambiental, permite que os conceitos que os alunos aprendem em sala de aula sejam colocados em prática tanto dentro do terreno da instituição quanto nas propriedades rurais da comunidade.

Além de uma pequena agrofloresta dentro da escola, professores e alunos também utilizam chácaras de familiares para implementar o projeto.  “Tentamos levar um pedacinho da mata, o conceito de biodiversidade e de equilíbrio com a natureza”, comenta o professor. De acordo com Hatano, trabalhar em projetos ao ar livre é melhor do que em sala de aula. “A atenção é melhor, a motivação é melhor, tanto para os alunos quanto para os professores.”

Os resultados podem ser comprovados no depoimento dos estudantes deste centro educacional. A aluna Ana Flávia Teodoro de Araújo, 13 anos, diz que sempre conversa com os pais sobre o que está sendo plantado. “Ajudo a plantar, dou pitaco no que deve ser plantado. Falo com meu pai o que aprendi na aula sobre algumas plantas, como cuidar, como ajudar a crescer”, conta Ana Flávia.

Desde que o projeto começou, já foram plantadas mudas de embaúbas, xixá (árvore típica do cerrado), mandioca, manga, bananeira, ipê, goiaba, amoras e moringa. Os alunos também fizeram uma horta com diferentes alimentos, cuidam de um tanque de peixes, fazem construções sustentáveis e monitoram a qualidade da água de nascentes de uma área de preservação ambiental localizada próxima ao centro educacional.

Assessoria de Comunicação Social

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INTERNACIONAL

MEC reabre inscrições para o Parlamento Juvenil do Mercosul

Alunos do primeiro ou segundo ano do ensino médio regular ou do ensino técnico integrado de escolas públicas de Tocantins, Acre, Amapá, Alagoas, Pernambuco, Roraima e Sergipe têm nova oportunidade para se candidatar a uma vaga na quinta edição do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). As inscrições se encerraram no último dia 9 para todo o Brasil, mas foi prorrogada nesses estados. Quem estuda nestas localidades e quiser representar o Brasil no Mercosul durante dois anos deve elaborar um projeto com a orientação de um professor e inscrevê-lo até 30 de setembro.

O programa é promovido pela Assessoria Internacional do Ministério da Educação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC), e tem como objetivo estimular o protagonismo juvenil, por meio da implementação de projetos que tenham como foco fortalecer os jovens nas escolas e que visem minimizar problemas do cotidiano escolar.

Os projetos apresentados passarão por uma seleção inicial e os melhores serão divulgados no portal do PJM. Em seguida, será realizada uma eleição nacional e todos os jovens matriculados no ensino médio poderão votar e eleger seus representantes. Os mais votados representarão o Brasil durante o encontro internacional e durante qualquer evento ou encontro nacional e internacional. Na primeira edição foram 81 jovens concorrendo as 27 vagas; já na última, concorreram 108 jovens e 32.310 participaram indiretamente elegendo seus representantes.

O projeto a ser apresentado deverá contemplar a realidade local do estudante e propor ações que estimulem a participação juvenil no ambiente escolar, priorizando o desenvolvimento de um trabalho coletivo e cooperativo. A intenção é que a instituição de ensino seja um espaço democrático onde os jovens possam expressar seus anseios e sugerir melhorias que facilitem sua aprendizagem e convivência, fortalecendo a cidadania e aproximando-os dos princípios desenvolvidos no projeto, como a democracia, a inclusão, a identidade latino-americana e os direitos humanos.

Parlamento – Desde que foi criado em 2008, já foram realizadas quatro edições do Parlamento Juvenil do Mercosul, com seleções a cada dois anos. Até 2014, participavam do PJM jovens da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia. Na última edição 2016-2018, participaram apenas jovens dos países membros do Mercosul. Foram 27 jovens brasileiros, 26 argentinos, 18 paraguaios e 19 uruguaios. Os encontros são realizados na sede do Mercosul em Montevidéu em uma data que coincida com a reunião do Parlamento do Mercosul (Parlasul), já que também ocorre uma reunião conjunta entre o PJM e o Parlasul.

O mandato dos jovens parlamentares tem duração de dois anos. Durante esse período, participam do encontro internacional para elaboração de uma declaração com propostas e recomendações sobre o tema O ensino médio que queremos, além de outros encontros nacionais. Trabalham ainda na proposição e implementação de projetos voltados para a comunidade escolar, sempre tendo como norte as temáticas do PJM: gênero, participação cidadã, integração regional, direitos humanos, jovens e trabalho e inclusão educativa.

Assessoria de Comunicação Social

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SETEMBRO AMARELO

Projeto ajuda jovens estudantes a lidar com dores e emoções

Um projeto do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) está levando a duas escolas públicas de Samambaia, no Distrito Federal, um grupo de estudantes para ajudar professores e alunos a lidar com emoções que muitas vezes se tornam um tormento para quem as vive. Por meio de uma escuta ativa dos jovens, muitos que chegam para conversar com um tom abatido saem mais leves e agradecidos.

O psicólogo Marcelo Tavares, professor do Instituto de Psicologia da UnB e coordenador do projeto, tem ido com alguns alunos até as escolas com a finalidade principal de escutar os estudantes que passam por dificuldades sentimentais e ajudar a fortalecê-los, combatendo os sintomas que, eventualmente, podem levar as pessoas deprimidas a desistirem da vida. “A gente vai para a escola e simplesmente diz: ‘nós estamos aqui para conversar’”, explica. “Podemos falar de qualquer coisa. O foco da nossa escuta não é como arrumar a vida da pessoa. É para compreender a experiência interna na vida dela.”

Muitas crianças e adolescentes, apura Tavares, sofrem abusos em casa, presenciam casos de violência doméstica e convivem com pais ausentes ou agressivos, o que torna o cotidiano muito difícil. “A ideia do projeto é fazer com que os docentes e estudantes desenvolvam competências para ajudar quem está passando por conflitos emocionais”, resume.

Apoio – A equipe passou por outras instituições antes de entrar efetivamente nas duas escolas de Samambaia. A partir de uma análise do comportamento de adolescentes, desde o início do ano, o professor e seus alunos começaram a interagir com os gestores da escola para explicar o modelo que seria implementado. “Esse foi um passo importante para adquirimos o apoio da escola, direção, supervisão e coordenadores”, comenta Marcelo.

Também são realizadas reuniões com professores para sensibilizá-los sobre a questão emocional dos alunos. “Nossa cultura tem uma dificuldade muito grande para lidar com emoções”, avalia. “A reunião tem o objetivo de fazer com que se entenda que emoção está fora do nosso controle cognitivo. A ideia da conversa com os professores é que eles entendam o processo de como as nossas emoções funcionam. ”

O trabalho começa após as reuniões com o corpo docente da escola. Os alunos de uma turma indicada pela instituição assistem a uma animação e depois participam de uma roda de conversas na qual todos podem falar sobre emoções, experiências internas e sentimentos. “A ideia do projeto é fazer uma vacina, preparar as pessoas para darem atenção a própria vida emocional e dos companheiros e colegas”, resume o professor.

Setembro Amarelo – Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio. No Brasil, desde 2015, foi criada a campanha Setembro Amarelo, uma inciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO

Baixa ocupação de vagas remanescentes inspira nova política do MEC para as federais

A Educação Superior brasileira ofertou, só em 2017, mais de 10,7 milhões de vagas em cursos de graduação. Dessas, 73% eram vagas novas e foram bem aproveitadas na rede federal: mais de 90% das vagas novas oferecidas em cursos de graduação nas universidades sob gestão do Governo Federal foram preenchidas. As salas cheias de estudantes dos primeiros períodos, entretanto, nem sempre se mantêm. O Censo da Educação Superior 2017 revelou 164 mil vagas remanescentes na rede pública. Desse total, 99 mil são vagas em universidades federais e 70% delas não foram preenchidas, impedindo que um grande universo de estudantes frequente uma universidade sem qualquer custo extra ao Governo. Considerando também as particulares, o número de vagas remanescentes, apenas em 2017, chega a 2,8 milhões.

O cenário revelado pelo Censo da Educação Superior 2017, que teve seus resultados divulgados nesta quinta-feira, 20 de setembro, em coletiva de imprensa no Ministério da Educação, será enfrentado pelo Governo Federal de forma inédita. Para a ocupação dessas vagas remanescentes em cursos de graduação em instituições públicas e gratuitas de educação superior, o MEC anunciou o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) Transferência.

Essas vagas ociosas representam um verdadeiro desperdício de dinheiro público, que vem sendo acumuladas há anos. Algo que o Censo trouxe a luz é que temos muitas oportunidades que são oferecidas, mas não são preenchidas, sobretudo aquelas que aparecem de alunos que desistem dos cursos. Nisso surgem vagas, às vezes no segundo, no terceiro, no quarto, no quinto semestre”, destacou o ministro da Educação Rossieli Soares, durante a coletiva. “O MEC vai lançar um módulo do Sisu para facilitar o acesso dos alunos que tenham interesse em ingressar na rede pública para concorrer a uma das 70 mil vagas remanescentes não preenchidas somente em um ano”, completou.

Rossieli Soares lembrou que o sistema será por adesão e terá regras que serão complementadas pelas próprias universidades, como é o próprio Sisu, que utiliza o Enem e outras fontes delimitadas pelas próprias instituições de ensino. “É algo que vamos avançar muito e muito rápido. Em outubro pretendemos apresentar como será esse sistema e a ideia é que ele comece a funcionar já para 2019, aproveitando as vagas em 2019”.

A alta taxa de desistência nos cursos de graduação, principalmente em cursos de licenciatura, é uma das causas da ampliação de vagas remanescentes. Outro fenômeno está diretamente relacionado ao formato do Sistema de Seleção Unificada, que permite ao participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) encontrar o curso possível com a nota alcançada, mesmo que em uma unidade da federação distante de sua residência. O que por um lado promove o acesso, por outro pode estar aumentando o abandono dos cursos quando o mesmo estudante consegue uma opção que considera mais adequada.

Dos 329 mil ingressantes em instituições federais, um quinto fez o Enem novamente, mesmo já estando matriculado. “Essa é uma evidência de que esses alunos buscam mudar de curso ou instituição, fenômeno que potencializa a desistência do curso e a criação de mais vagas remanescentes”, analisa Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

É essa a missão do Inep. Permitir que as evidências que produz por meio dos levantamentos estatísticos, exames e avaliações revelem problemas, mas também oportunidades de enfrentamento. Só políticas públicas sérias, construídas à luz de informações de confiança como as produzidas pelo Censo da Educação Superior serão capazes de acelerar o ritmo e a direção da expansão da educação superior ", afirmou a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini.

Esses e outros dados do Censo da Educação Superior estão disponíveis no Portal do Inep para consulta de gestores públicos da educação e das IES. De forma inédita, os resultados do Censo foram disponibilizados em um mesmo momento e de forma conjunta. Os interessados poderão consultar as Sinopses Estatísticas e os Microdados desde já, e não apenas o resultado geral do Brasil. Se as Sinopses permitem ver a realidade de cada município brasileiro, os microdados permitem o cruzamento de variáveis.

Rede – Todos os anos o Censo revela um retrato da educação superior brasileira. O número de vagas e de ingressastes, o volume de matrículas, quantas pessoas estão realmente concluindo as graduações, e o perfil dos docentes se destacam. O Brasil tinha, em 2017, data de apuração dos dados do levantamento estatístico, 2.448 IES, 35.380 cursos, 8,2 milhões de alunos matriculados em cursos de graduação. Ingressaram na Educação Superior 3,2 milhões de brasileiros e 1,1 milhão concluiu e obteve o diploma. Existem 340 mil docentes em exercício.

Tecnológicos – Após dois anos de queda, o número de matrículas em cursos tecnológicos aumentou 5,6% em 2017, fenômeno ocasionado, principalmente, pela variação positiva registrada na modalidade EAD. No período de 2007 a 2017 o número de matrículas em cursos de graduação tecnológicos cresceu mais de 140%. Oito em cada 10 alunos de cursos tecnológicos frequentam a rede privada e mais da metade dos ingressantes estuda a distância. A rede pública tem pouco mais de 160 mil alunos. Com uma participação de 51,7%, os governos estaduais dividem com a união (46,7%) o atendimento desses alunos. Diferente da rede privada, na rede pública, a maior parte dos alunos estuda em cursos presenciais.

Licenciatura – Hoje 1.589.440 alunos frequentam cursos de licenciatura no Brasil, o que representa 19,3% do total de alunos na educação superior de graduação. Em 2017, a matrícula na modalidade a distância manteve sua tendência de crescimento, enquanto a modalidade presencial tem praticamente o mesmo número de alunos de 10 anos atrás. O aluno típico dos cursos de licenciatura é do sexo feminino e estuda em uma universidade privada. Mais de 80% dos estudantes de licenciatura de instituições públicas frequentam cursos presenciais. Na rede privada, prevalecem os cursos a distância, com quase 65% dos alunos. A menor procura pelos cursos de licenciatura tem impacto direto na educação básica, pois faltam professores.

Privadas X Públicas – As IES privadas seguem em expansão, tendo o número de ingressantes aumentado 7,3%. Do total de 3,2 milhões de novos alunos de 2017, 81,7% ingressaram em instituições privadas. A rede privada já conta com mais de 6,2 milhões de alunos, o que garante uma participação superior a 75% do sistema de educação superior, ou seja, de cada quatro estudantes de graduação, três frequentam uma instituição privada. Já a r rede federal está presente em 838 municípios brasileiros, por meio de campi com cursos presenciais. Nas universidades estão matriculados mais de 1,1 milhão de alunos. Em dez anos, a rede federal mais que dobrou de tamanho.

Presencial X EAD – Em 2007, a modalidade a distância representava 7% das matrículas de graduação. Nos últimos 10 anos, a educação a distância vem aumentando sua participação na educação superior. Em 2017, o aumento foi de 17,6% e a EAD já atende mais de 1,7 milhão de alunos, o que representa uma participação de 21,2% dos alunos de graduação no país. A modalidade presencial apresenta o segundo ano de queda no número de matrículas. Os mais novos dados do Censo revelam que um de cada três estudantes está fazendo graduação na modalidade a distância. Em dez anos o crescimento dos ingressantes em EAD foi de 226%, contra 19% da modalidade presencial. A tendência segue nas matriculas, que caíram 0,4% nos cursos presenciais enquanto cresceram 17,6% na educação a distância.

Inclusão – Há uma certa estabilidade na distribuição da matrícula entre os graus acadêmicos, nos últimos três anos: 69% bacharelado, 19% licenciatura e 12% em cursos tecnológicos. Nos últimos 10 anos, entretanto, o número de alunos em cursos de licenciatura cresceu apenas 49,7%, enquanto o número de alunos de cursos tecnológicos cresceu 141%. No mesmo período, os cursos de bacharelado cresceram 65,6%. Em licenciatura, 70% dos estudantes são mulheres. Elas são maioria ingere os ingressos, matriculados e concluintes. A remuneraras média, entretanto, segue menor que a dois homens. Já o número de matrículas de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação chegou a 38 mil em 2017, maior patamar na série histórica.

Docentes – O número de docentes em tempo integral aumentou 81%, nos últimos dez anos, na rede pública. A participação de docentes com doutorado, tanto na pública quanto na privada segue crescendo. Em 2017, docentes com mestrado e doutorado já representavam 61%. A maioria dos docentes de cursos presencias é composta por doutores. Na EAD, a maior parte é de mestres. Nos cursos presenciais, 85,9% dos docentes possuem mestrado ou doutorado. Nos cursos EAD esse percentual é de 88,3%.
Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO

Projeto Meninas na Ciência incentiva presença de mulheres no universo da pesquisa científica

O Projeto Meninas na Ciência, que envolve 41 instituições da rede federal de educação profissional, cientifica e tecnológica, é o tema desta semana do programa Educação no Ar, da TV MEC. Quem fala sobre o tema é a pró-reitora de pesquisa e inovação do Instituto Federal de Brasília (IFB) Luciana Massukado.  A iniciativa tem como objetivo buscar formas eficazes de incentivar a presença das mulheres no mundo acadêmico e, desta forma, contribuir para reduzir as disparidades de gênero e a própria violência contra a mulher.

Luciana explica que a ideia do projeto Meninas na Ciência surgiu em 2017. “Foi mais ou menos um ano de desenvolvimento de ideia, e o desafio é incentivar a participação destas meninas nas áreas de ciências, especialmente química, física, biologia e matemática, nossos temas-chaves”, conta. “Trabalhamos com três objetivos do desenvolvimento sustentável e duas metas do Plano Nacional de Educação que têm a ver com a questão da melhoria da qualidade do ensino básico e superior e a redução da desigualdade de gênero, oportunizando e dando mais condições de as mulheres terem paridade e a redução das desigualdades territoriais.”

Durante uma semana, 41 estudantes entre 17 e 26 anos, de todas as regiões do Brasil, participaram, em Brasília (DF), de um trabalho de imersão para produzir protótipos de equipamentos ou experimentos a serem utilizados por alunos do ensino médio nas disciplinas de química, física ou biologia. “A diversidade de idades busca essa abrangência, com meninas saindo da adolescência e outras já indo para a idade adulta, algumas mães, outras iniciando carreiras como cientista”, conta a pró-reitora.

Diversificação – Para a seleção dos mentores, igualmente diversificada, foram selecionados professores da rede federal de todo o país, dos institutos federais, universidades federais e do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro). “O projeto todo foi pensado com a maior diversidade possível para que tivéssemos este resultado de como se conectar, fazer diferente e permitir aos pensamentos conversarem”, reforça Luciana.

A primeira etapa do Meninas na Ciência aconteceu dentro do Conecta IF, evento que, organizado pelo Instituto Federal de Brasília desde 2016, promove simultaneamente mais de 500 atividades envolvendo qualificação profissional, palestras sobre inclusão, intérpretes de libras, discussões sobre ensino médio integrado, fábrica de ideias inovadoras (onde protótipos são mostrados ao público), lançamento de livros e apresentações culturais.

A ideia era melhorar a qualidade do ensino médio brasileiro a partir de projetos palpáveis”, situa Luciana Massukado. “Isso foi tirado já no primeiro dia, transformando conceitos abstratos, principalmente da física e da matemática, em algo concreto, para que os jovens tivessem mais prazer em aprender e facilidade em assimilar conhecimentos. ” A apresentação desses trabalhos, que corresponde à segunda fase, vai ocorrer na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a ser realizada em outubro, em Brasília.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO EAD

Crise impulsiona matrículas em cursos superiores à distância

Quando terminou o ensino médio em 2015, Camilly Fiusa sonhava em cursar Veterinária. Sem dinheiro, ela adiou a entrada no curso, com a esperança de que a situação melhoraria em pouco tempo. No início de 2018, já com 19 anos e sem ver perspectiva de conseguir fazer a graduação que queria, decidiu entrar em um curso EAD (ensino a distância) para estudar Gestão Ambiental.

Eu queria ser veterinária, mas é um curso muito caro e muito difícil de ingressar em uma faculdade pública. Achei melhor manter o pé no chão e fazer o que está dentro da minha realidade”, conta ela. No ano passado, Camilly chegou a ingressar em uma faculdade particular para cursar Ciências Biológicas, mas desistiu por causa da duração. Preferiu o curso tecnólogo EAD, que só tem dois anos e custo de R$ 170 por mês, pois conseguiu um desconto de 56% pela empresa Quero Bolsa.

Rodrigo Capelato, diretor do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), diz que as pesquisas com alunos do EAD mostram que jovens como Camilly são exceção na modalidade. “A média de idade é de 30 anos, enquanto no presencial fica em 22 anos. Em geral, quem estuda a distância é aquele adulto que já tem família e trabalha, e vê no EAD a possibilidade de ascender na carreira. Para o jovem, só é o caminho quando não vê opção - e isso é muito cruel”, diz.

Para Solon Caldas, diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), o crescimento das matrículas no ensino a distância apenas posterga o problema de expansão do ensino superior. "É muito bom que pessoas mais velhas tenham a oportunidade de conseguir estudar e ter um diploma. Mas não se consegue captar o jovem, que ainda tem o desejo de fazer uma graduação presencial. Vamos perpetuando o problema de termos gerações com baixa escolaridade", diz. Em 2007, a modalidade a distância representava 7% das matrículas de graduação. No ano passado, passou a atender 1,7 milhão de alunos - o que representa 21,2% dos graduandos do País. Nos cursos de licenciatura, a modalidade já tem 46,8% do total de alunos.

Em constante aumento na rede privada, a modalidade a distância também teve neste ano um salto nas instituições públicas de ensino. O número de matrículas cresceu 35% e o de ingressantes, 255%.

Estamos recuperando o tamanho que essa modalidade tinha há alguns anos, mas foi reduzida por causa da queda orçamentária. Neste último ano, conseguimos retomar a oferta por um incentivo da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Por isso, esse aumento tão expressivo”, diz Reinaldo Centoducatte, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Ele também ressalta que a maior parte das vagas não é preenchida por jovens que acabaram de sair do ensino médio, mas por professores e gestores que atuam em escolas do ensino básico. “A maior parte da oferta é para a formação de professores, com as licenciaturas”, diz. Em 2016, o EAD nas públicas teve apenas 24,5 mil ingressantes (menor número dos últimos dez anos). No ano passado, o número de ingressantes subiu para 86,9 mil.

Com uma alta taxa de alunos que abandonam as graduações, o Ministério da Educação quer criar o já chamado Sistema de Seleção Unificada (Sisu) Transferência para preencher as vagas que sobram desses cursos. Só no ano passado, a rede pública tinha 164 mil vagas remanescentes disponíveis - 99 mil só nas universidades federais - e 70% delas continuaram ociosas.

Essas vagas ociosas representam um verdadeiro desperdício de dinheiro público, que vem sendo acumulado há anos. Temos um potencial de ampliar, sem custo, o número de alunos na rede pública, porque as universidades já têm os professores e a infraestrutura para preencher essas vagas na totalidade”, disse o ministro Rossieli Soares.

O sistema único, segundo ele, facilitará ao aluno encontrar as vagas que sobram, já que hoje cada instituição tem suas regras e seu processo seletivo. O sistema ainda vai ser discutido e a adesão será voluntária.

Em 2015, o ministro Aloizio Mercadante anunciou o lançamento do mesmo sistema - na época, as vagas remanescentes somavam 150 mil. Ele chegou a anunciar que mudaria a forma de pagamento para as universidades, fazendo a transferência pelo número de matrículas efetuadas e não mais pelo de vagas. Com o impeachment, o programa nunca saiu do papel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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EDUCAÇÃO

MEC anuncia criação de SiSU para preenchimento de vagas remanescentes

O Ministério da Educação (MEC) anunciou a criação de uma nova modalidade do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o SiSU transferência, para preenchimento de vagas remanescentes em instituições públicas de ensino superior. A informação foi dada no fim da manhã desta quinta-feira, 20 de setembro, na coletiva de imprensa do Censo da Educação Superior 2017.

A criação do SiSU tranferência será discutida com instituições públicas e a previsão do MEC é de que até o fim de outubro haja uma proposta concreta para o preenchimento das oportunidades remanescentes.

Vagas remanescentes

Em 2017, 99 mil vagas em instituições superiores federais não foram ocupadas. De acordo com o Censo, o quantitativo chega aos 2,8 milhões se somar com as oportunidades ociosas de anos anteriores. As vagas remanescentes ficaram disponíveis para preenchimento em 2017, mas cerca de 70% delas não foram preenchidas.

Durante a coletiva, o ministro Rossieli Soares ressaltou que a ociosidade destas oportunidades é um desperdício de dinheiro público, já que é algo que está se acumulando há anos. “Com certeza, temos muitos estudantes que sonham em estudar em uma universidade pública, mesmo tendo algum tipo de bolsa ou financiamento em instituição privada”, afirma.

Motivos da ociosidade

O grande número de desistências nas graduações, em especial nas licenciaturas, é um motivo que causa o aumento na quantidade de vagas ociosas. 

O MEC chama a atenção para os estudantes que usam o SiSU para entrar em instituições de estados e regiões diferentes dos locais em que eles moram. De 329 mil estudantes que entraram em universidades e institutos públicos, um quinto fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) novamente para mudar de curso ou universidade, mesmo com matrículas ativas. De acordo com o Censo, esse é outro motivo para o aumento nas vagas remanescentes.

Censo da Educação Superior

O Censo da Educação Superior é um levantamento feito pelo MEC de forma anual. O objetivo é reunir dados e estatísticas sobre todas as instituições de ensino superior do Brasil (públicas e privadas) e seus cursos. As informações são disponibilizadas para toda a população.

O Censo possibilita um estudo dos padrões encontrados na educação superior brasileira; traça um perfil dos estudantes, professores e equipe administrativa das instituições; detecta o crescimento e a queda de matrículas e seus motivos e outros fatores que podem auxiliar na criação de políticas públicas voltadas para a educação no Brasil.

Crescimento da Educação a Distância (EaD): indo contra a maré, os cursos a distância apresentaram crescimento significativo, um aumento de 17,6% em 2017. Com 1,7 milhão de estudantes, a modalidade representa 21,2% dos alunos de graduação do país. Se comparado aos últimos dez anos, a ampliação foi de 226% no EaD contra 19% nos cursos presenciais. 

Queda nos cursos presenciais: este é o segundo ano consecutivo em que cursos presenciais apresentam queda no número de matrículas. A queda representa 0,4% dos ingressos confirmados em 2017.

Crescimento nos cursos tecnológicos: Os cursos tecnológicos apresentaram crescimento após dois anos de queda. De acordo com o Censo, o principal motivo do aumento de alunos nestes cursos é a adesão da modalidade EaD, a qual apresenta grande oferta de graduações voltadas para tecnologia. 

Importância de bolsas e financiamento: 46% dos alunos da rede privada usam alguma bolsa de estudos ou financiamento estudantil para suas graduações. 

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ENSINO

Sete universidades brasileiras aparecem em ranking mundial de empregabilidade

Em uma lista elaborada pela empresa britânica Quacquarelli Symonds, foram avaliadas 600 universidades em todo mundo, classificando-as conforme o nível de empregabilidade de seus egressos e a relação entre estudantes e empresas. No ranking aparecem sete instituições brasileiras, sendo seis delas públicas.

Além desta pesquisa, a Quacquarelli Symonds é a responsável por elaborar o QS World University Rankings, uma lista de melhores instituições de ensino superior do mundo. Veja quais são as melhores universidades do Brasil e do Mundo.

Instituições brasileiras

Na pesquisa de empregabilidade, entre as brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) se destaca, ocupando a posição de número 61. Ainda no estado de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece entre as posições 201 e 250. Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) figura entre as posições 251 e 300.

As demais instituições brasileiras aparecem depois da colocação de número 301, são elas: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Critérios

A Quacquarelli Symonds usa cinco indicadores para a elaboração do ranking de empregabilidade:

- Reputação da instituição entre as empresas;
- Sucesso dos ex-alunos;
- Parcerias com empregadores;
- Presença de companhias no campus;
- Taxa de empregabilidade.

Três universidades norte-americanas são as primeiras colocadas na lista de empregabilidade: Universidade de Stanford, Universidade da Califórnia (UCLA) e Universidade de Harvard.

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CORREIO BRAZILIENSE

EDUCAÇÃO

MEC deve lançar Sisu Transferência em 2019

O ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciou, nesta quinta-feira (20), a criação de um novo programada chamado de Sisu Transferência. O Ministério da Educação (MEC) deve apresentar a proposta oficialmente em outubro de 2019 para lançá-la de fato em 2019.

O Sisu Transferência será um programa para auxiliar e melhorar o remanejo de estudantes do ensino superior, tanto de instituições privadas quanto das públicas, para concorrer a vagas remanescentes em universidades públicas. O sistema reunirá todas as ofertas das instituições públicas ajudando o estudante a encontrar uma vaga mais rápido e de forma facilitada.

"É para estudantes que já cursam o ensino superior porque ele terá de aproveitar a vaga que sobrou no 3º, 4º ou 5º semestre. Então, é um jeito de dar mais uma ferramenta para que a rede toda, seja o aluno que está lá na privada seja na pública, possa buscar esse caminho de transferência com mais facilidade e ocupar mais as vagas remanescentes nas universidades públicas", explica o ministro da educação, Rossieli Soares.

A iniciativa veio a partir da baixa ocupação de vagas remanescentes na rede pública de ensino superior. De acordo com dados do Censo da Educação Superior, apresentados nesta quinta-feira (20), das 99.662 mil vagas remanescentes disponíveis em 2017 para universidades federais, apenas 29.676 mil foram preenchidas.
“Alunos que estavam no 3º, 4º, 5º semestre desistem da graduação e a oportunidade fica lá. Então, se houverem estudantes de outras instituições que desejem aquela vaga, o sistema virá para facilitar essa busca”, destaca Rossieli.
O programa será discutido nos próximos 30 dias em conjunto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e as instituições públicas para a elaboração das regras e de como o sistema deverá funcionar.
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PROUNI

Inscrições das bolsas remanescentes do Prouni vão até sexta (28)

As inscrições para as bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni), referente ao a seleção do segundo semestre, vai até 28 de setembro. Quem pode se registrar, pessoas tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010. O interessado deve ter obtido, em uma mesma edição do referido exame, média das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Professor da rede pública de ensino também pode se inscrever, no efetivo exercício do magistério da educação básica e integrando o quadro de pessoal permanente da instituição pública, para os cursos com grau de licenciatura destinados à formação do magistério da educação básica.

O que é o Prouni?

É o programa do Ministério da Educação (MEC) que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.

Tipos de bolsas

Bolsa integral: para estudantes que tenham renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio.

Bolsa parcial de 50%: para estudantes que tenham renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até três salários mínimos.

Confira o cronograma!

20/8 Inscrições abertas a partir desta data.

Bolsas Remanescentes do Prouni

24/8 Prazo final para inscrição de candidato ainda não matriculado na instituição de educação superior em que deseja se inscrever.

Bolsas Remanescentes do Prouni

28/9 Prazo final para inscrição de candidato já matriculado na instituição de educação superior em que deseja se inscrever.

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PROUNI

Senac oferece 895 vagas em 18 cursos gratuitos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está com inscrições abertas, até 28 de setembro, para o preenchimento de 895 vagas em 18 cursos de formação inicial e continuada do Programa Senac de Gratuidade (PSG). As aulas serão ministradas em órgãos ou instituições parceiras localizadas em Santa Maria, Gama, Riacho fundo II, Samambaia, Planaltina, Paranoá, Ceilândia e Taguatinga.

Os registros deverão ser feitos de forma presencial nessas instituições e por ordem de chegada. Os cursos serão feitos a partir de outubro de 2018. O edital está disponível no site da instituição.

Para quem quiser participar, é necessário atender aos requisitos de acesso do curso escolhido, estar matriculado ou ser egresso da educação básica (ensino fundamental ou médio) e ter renda familiar mensal per capita de até dois salários mínimos. 

Os documentos para fazer a inscrição são:

a) Documento oficial com foto e o CPF;

b) Comprovante da escolaridade exigida para o curso (ver requisitos no anexo II do Edital) e comprovante de que está trabalhando ou está desempregado (carteira de trabalho ou autodeclaração de baixa renda).

As capacitações oferecidas são: agente de alimentação escolar, assistente administrativo, assistente de pessoal, assistente de recursos humanos, assistente de secretaria, auxiliar de cozinha, barbeiro, costureiro, cozinheiro, depilador, design de sobrancelhas, espanhol básico, faturamento de serviços de saúde, manicure e pedicure, operador de computador, penteados avançados, pizzaiolo e salgadeiro.

SANTA MARIA

Local: Administração de Santa Maria

Endereço: QC1, Área Especial, lote B.

Informações: 3393-9908

Cursos: manicure e pedicure (30 vagas); assistente administrativo (30 vagas); assistente de recursos humanos (30 vagas) e faturamento de serviços de saúde (30 vagas), costureiro (30 vagas) e depilador (30 vagas).

Total de vagas: 180

GAMA

Local: Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos

Endereço: E/Q 26/29. Gama Oeste.

Informações: 3884-5757

Curso: assistente de secretaria (30 vagas)

RIACHO FUNDO II

Local: CASA AZUL INSTITUTO NAIR VALADARES

Endereço: QN 08, A, Conj 05, Lote B - Riacho Fundo II

Informações: 9 8625 7037

Cursos: manicure e pedicure (30 vagas); assistente de recursos humanos (30 vagas), assistente administrativo (30 vagas) e agente de alimentação escolar (30 vagas).

Total de vagas: 120

SAMAMBAIA SUL

Local: Casa Azul

Endereço: QN 311 Lote 12, Área Especial 03, Samambaia Sul

Informações: 3359-4874

Cursos: salgadeiro (30 vagas), costureiro (30 vagas), operador de computador (25 vagas), assistente de pessoal (30 vagas), auxiliar de cozinha (30 vagas), pizzaiolo (30 vagas), assistente de secretaria escolar (30 vagas), espanhol básico (30 vagas) e barbeiro (30 vagas).

Total de vagas: 265

PLANALTINA

Local: Estrada Vale do Amanhecer - DF 130. CAPEMI

Informações: 3489-1344/99306-5804

Cursos: design de sobrancelhas (30 vagas), depilador (30 vagas), salgadeiro (30 vagas), penteados avançados (30 vagas), manicure e pedicure (30 vagas) e assistente de recursos humanos (30 vagas).

Total de vagas: 180

PARANOÁ

Local: Administração do Paranoá

Informações: 3214-3009/ 9 8625 6610

Cursos: salgadeiro (30 vagas) e penteados avançados (30 vagas).

Total de vagas: 60

CEILÂNDIA

Local: Capela Santo Antônio - QNR 3/4

Informações: 3214 3009 / 9 8625 6034

Curso: pizzaiolo (30 vagas)

TAGUATINGA

Local: Igreja Sagrada Família

Endereço: Área Especial 05, Lote A, Setor G. Taguatinga Norte

Informações: 3214 3009

Curso: Cozinheiro (30 vagas)

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Cidade francesa muda pátio de pré-escola para favorecer a igualdade de gênero

Na cidade de Trappes, localizada em Yvelines, na região parisiense, a prefeitura tirou a quadra de futebol do meio do pátio da pré-escola Michel-de-Montaigne, criando um espaço para incentivar as brincadeiras entre meninos e meninas.

A reorganização do espaço, proposta pelo setor de Urbanismo da prefeitura, visa evitar que o centro do pátio seja ocupado principalmente pelos meninos. Na prática, a quadra de futebol foi deslocada para um canto, “mesmo que o futebol não seja apenas um esporte masculino”, lembrou Thomas Urdy, o assessor da prefeitura de Trappes, ao jornal francês Le Parisien. Além disso, o piso do parque foi pintado de lilás, e os escorregadores, com duas entradas, de rosa-choque e amarelo.

No chão, estrelas e planetas completam a decoração. Vasos de plantas, amarelinha e brinquedos foram instalados ao redor. A decisão de “colorir” o local surgiu nas reuniões entre os urbanistas da cidade, os diretores da escola e as próprias crianças, que falaram sobre suas ideias com seus pais.

A desigualdade de gênero é um círculo vicioso. Aos poucos, cada um se sentirá responsável pela mudança que promove igualdade”, diz Urdy. “Não queremos criar um gênero híbrido”, explica. “A ideia é apenas que cada menina e menino se sinta à vontade da mesma maneira no espaço público”, reitera.

Em três anos, 12 escolas passaram por reformas pensadas para estimular a igualdade de gênero na cidade, mas o pátio do jardim de infância Michel-de-Montaigne foi o primeiro a ser totalmente reformulado. Para isso, contou com um orçamento de € 43 mil. Para professora Gaëlle Bourré, entrevistada pelo jornal Le Monde, as crianças menores estão menos suscetíveis aos estereótipos e mais abertas aos aprendizados. “Os meninos preparam bolo e as meninas estão correndo uma atrás das outras”, disse à reportagem do jornal, apontando para dois alunos.

Debates filosóficos no jardim da infância

A diretora da escola, Béatrice Riom, que é professora no jardim da infância, diz ter instaurado na sua classe “debates filosóficos”, onde ela questiona “a representação das crianças sobre o que elas consideram que é papel dos homens ou das mulheres”. A diretora, diz,“usa imagens como a de um personagem conhecido de um livro infantil, onde o pai cozinha e a mãe lê o jornal.” Segundo ela, é criando as bases do diálogo que os “clichês podem ser desconstruídos”. O “pátio da igualdade” também já tem efeitos no comportamento das crianças, garante. Segundo os pais, elas estão mais calmas do que antes.

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DIPLOMA

Continência, 'inspeção de cabelo' e tutoria de PMs: a rotina em uma escola com regras e disciplina militares

"Toda a escola, seeentido!", brada o sargento Max. Junto a centenas de colegas, Lavínia, de 14 anos, firma o pé no chão da quadra poliesportiva, une as pernas e espalma as mãos na lateral. "Alunos, descaaansar", segue o sargento. Lavínia então afasta as pernas no limite dos ombros e solta os braços. Vai começar a chamada.

A adolescente é aluna do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Altair da Costa Lima, em Dias D'Ávila, na região metropolitana de Salvador. Até dois meses atrás, ela chegaria para a aula de cabelos soltos e com os cílios bem pintados. Agora, tem que se maquiar discretamente e manter o penteado em coque. Além disso, os alunos devem se apresentar diariamente em ordem-unida (formação de tropa).

A Escola Altair da Costa Lima não é um colégio militar, onde a prática é comum, mas é uma das primeiras instituições de ensino a receber o modelo batizado de Vetor Disciplinar, resultado de um acordo de cooperação técnica entre a Polícia Militar da Bahia e prefeituras que enxergam no método de disciplina da PM um caminho para melhorar os resultados de suas unidades de ensino básico.

Trata-se de um modelo diferente dos Colégios da Polícia Militar (CPM). Na Bahia, existem atualmente 15 CPMs e, pela legislação vigente, esse número só pode chegar a 17. No caso do Vetor, as escolas seguem geridas pelas prefeituras e recebem policiais militares da reserva para atuar no âmbito disciplinar. Neste caso, o custo para implantação do modelo fica a cargo dos municípios.

O tema está na pauta também da disputa eleitoral. O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirma, em seu plano de governo, que em até dois anos todas as capitais do país teriam pelo menos um colégio militar.

Em março deste ano, o governador Rui Costa (PT) autorizou que o Comando da PM firmasse os acordos com as prefeituras. Desde então, duas escolas do interior já implantaram o sistema: a primeira foi a Escola Professora Maria do Carmo de Araújo Maia, na cidade de Campo Formoso, seguida pela Altair da Costa Lima.

Mais duas escolas, em Nova Soure e Sobradinho, passarão a funcionar com o Vetor Disciplinar em breve, mesmo caminho de instituições em outros 19 municípios cujos prefeitos estão em fase de ajustes com a PM.

No meio acadêmico e entre educadores, entretanto, o sistema é alvo de críticas, pois estaria levando o militarismo para dentro de escolas que, oficialmente, não são militares.

Rotina

Agora a escola está muito melhor. Aqui tinha gente fumando maconha, cheirando pó, já teve até arma escondida aqui dentro. Eu gostei da mudança, pra mim foi de boa essa coisa do cabelo, maquiagem. E não falam nada das minhas tatuagens”, disse a estudante Lavínia, exibindo os desenhos nos antebraços.

A garota admite que já protagonizou pelo menos quatro brigas dentro da escola, sempre com outras meninas, por motivos que vão de ciúmes a mal-entendidos em redes sociais.

E as brigas cessaram com a chegada do Vetor Disciplinar? “Aqui dentro eu não brigo mais não. Mas, lá fora, se precisar...”, disse ela, sem conter o riso.

Está mais calma mesmo a escola, isso melhorou, mas tem umas coisas que a gente não curte, né? Não posso nem usar uma corrente”, emenda Felipe, que cursa o 9º ano.

Na Altair da Costa Lima, 650 alunos do Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano) precisam se adaptar às regras do Vetor.

De acordo com o novo regimento da escola, criado com a implantação do sistema, as garotas devem prender o cabelo em coque e é proibido o “uso de penteado exagerado (cheio ou alto) e/ou cobrindo a testa”. Batom e esmalte não podem ter cores vivas.

Os meninos, por sua vez, devem manter os cabelos com corte em máquina nº 2 para as laterais e nº 3 para a parte superior, sem topete, franja ou pintura. A cada 20 dias, os alunos passam por uma “revista de cabelo”.

À espera do novo fardamento definitivo (calça ou saia-calça azul de tactel e camisa polo branca com nome e tipo sanguíneo), os estudantes ganharam um uniforme provisório, com brasão da prefeitura e bandeira da Bahia. Todos devem manter a camisa dentro da calça e usar sapatos pretos fechados.

Dentro de sala, cada aluno agora tem seu lugar pré-determinado. Além disso, as salas ganharam janelas de vidro nas portas, o que permite que os tutores disciplinares (os PMs da reserva) monitorem a todo momento o comportamento dos estudantes.

O líder da turma, que muda a cada dez dias, recebe os professores batendo continência e, em seguida, informa se estão todos ali ou se há alguma ausência.

Eu acho um porre. Não pode fazer nada que já enchem o saco. No ano que vem eu não quero ficar aqui não”, disse uma aluna. “Não dava pra assistir aula, tinha briga o tempo todo, muita zoada, uma bagunça. Agora está melhor pra estudar”, afirmou outra.

Os alunos também se queixam de não poderem sair para beber água, o que o sargento da reserva da PM Gilson Santos minimiza.

Eles passam o intervalo todo e não bebem água, aí querem sair quando começa a aula. Então seguramos um pouco, pra não sair todo mundo de uma vez. Isso atrapalha até o professor”, disse ele em sua sala, de onde monitora as imagens de câmeras espalhadas pelas áreas de concentração dos alunos, como pátios, corredores e quadra - não há câmeras nas salas de aula.

Disciplina

Junto com outros dois sargentos da reserva da PM, Gilson é o responsável por fazer valer o Regimento Interno Disciplinar da escola.

De acordo com o artigo 6º do regimento, sair da sala sem permissão do professor, conversar ou mexer-se quando estiver em forma, chegar atrasado às atividades e usar óculos escuros ou outros adornos quando fardados são exemplos do que é considerada uma transgressão leve.

Exemplos de transgressões de natureza média são: “deixar de cumprimentar diariamente os funcionários da escola”, "deixar de cortar o cabelo na forma regulamentar e nos prazos previstos" e “ter em seu poder, introduzir, ler ou distribuir, dentro da escola, publicações, estampas, jornais ou através das redes sociais, que atentem contra a disciplina, a moral e a ordem pública”.

Entre as transgressões graves estão as agressões físicas ou verbais contra professores e funcionários, roubo, assinar pelo pai ou responsável algum documento escolar e a posse, dentro da unidade, de bebidas alcoólicas, drogas ou material explosivo.

Pelo regimento, todos os alunos que já estavam na Escola Altair da Costa Lima quando o Vetor Disciplinar foi implantado - assim como aqueles que venham a ingressar -, receberam nota 8 de comportamento, o que é considerado “bom”.

A depender da falta que cometa, o aluno pode ser advertido, repreendido, retirado da aula ou suspenso das atividades. Desse modo, ele vai recebendo subtrações decimais gradativas em sua nota de comportamento. Caso fique com nota disciplinar abaixo de 2, seu comportamento é considerado “incompatível” e, de acordo com o artigo 40 do regimento, o estudante deverá ser transferido para outra escola do município.

Por outro lado, a nota de comportamento pode subir se o estudante receber um elogio individual (+0,25) ou um elogio coletivo (+0,15). Quem chega a 10 é considerado um aluno disciplinarmente “excepcional”.

Experiência

Eu assumi a direção há três anos e a escola estava decadente. Tinha vandalismo, pichação, ameaça a professores, uso de drogas. Isso acabou. Até agora, acho que essa transformação é positiva”, afirma Kátia Murta, diretora pedagógica da Altair da Costa Lima.

De toda a parte pedagógica e administrativa quem cuida somos nós. Os professores são os mesmos, a maioria com mais de dez anos de escola. Acho que os alunos estão mudando o comportamento não por medo, mas pelo desafio do novo”, diz Murta.

Genilza Dias, que além de professora de Filosofia e Sociologia é coordenadora pedagógica da unidade, afirma que, quando surgiu a notícia de que a escola receberia o programa, não viu com bons olhos.

Fui contra, não queria que aqui virasse um colégio da PM, onde o professor não tem autonomia. Mas, por enquanto, estamos com liberdade de trabalhar o conteúdo sem interferência, e o comportamento dos alunos melhorou. O Vetor mudou a questão disciplinar, mas se um aluno não faz tarefa e não participa, isso segue sob responsabilidade dos professores. Tem professor que acha que vai militarizar mesmo. Espero que isso não aconteça”, disse ela, que está na escola Altair há 22 anos.

A professora de Artes Claudia Marinho, desde 2002 na unidade, também aprova o que chama de “mudança de comportamento” dos estudantes, mas ainda acha cedo para fazer uma avaliação mais profunda.

Ainda não temos resultado prático dentro de sala. É verdade que eles estão mais quietos, mas precisamos esperar para ver se isso vai se transformar em rendimento”, disse. “Para isso, é preciso muita participação também da família.”

Para o capitão da PM Alexandro Matos, multiplicador do projeto nas cidades onde ele vem sendo implantado, o objetivo não é criar soldados, e sim dar “uma bússola moral para os estudantes”. “Eles aprendem o sentido de grupo, de certo e errado, se revezam como líderes da turma, o que é um bom aprendizado até para criar um espírito de liderança”, diz.

Somada à questão disciplinar e à violência dentro e no entorno da escola, o baixo desempenho dos alunos também foi uma das motivações para que a prefeitura de Dias D'Ávila buscasse a implantação do Vetor.

No Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) 2017, divulgado pelo Ministério da Educação no início deste mês, a escola Altair ficou sem nota na avaliação do 9º ano porque o número de participantes foi insuficiente. A meta de 2017 era 4,3. Em 2015, a meta era 4,0 e escola ficou com nota 2,9.

Eu não sou a favor de militarizar a educação e nem acho que seja o caso aqui. Mas precisávamos tentar uma experiência diferente, porque era uma situação emergencial. Esse é um modelo, pode haver outros”, diz Francisco Lessa, secretário de Educação de Dias D'Ávila.

O secretário afirma que facções de grupos criminosos já estavam atuando dentro da Altair da Costa Lima e que, em outra escola do município, ele próprio já chegou a ser barrado pelos alunos.

Cheguei na porta e um rapaz veio dizer que eu não poderia entrar porque era 'estranho'. Eu disse que era um cidadão e, além disso, era o secretário de Educação, e entrei”, conta Lessa. “A violência nas escolas é reflexo de um enorme problema social e de famílias desestruturadas. Mas temos que tentar resolver na escola, e com esse programa temos pelo menos um norte.”

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UNICAMP

Professor é alvo de ofensa racista e homofóbica em colégio da Unicamp, em Campinas

Um professor do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), vinculado à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi alvo de ofensas racistas e homofóbicas nesta quarta-feira (19). De acordo com a direção da unidade, a mensagem discriminatória foi deixada no escaninho do docente. O caso será apurado.

Em nota, o Cotuca informou que presta “solidariedade ao professor e exige respeito por todos os membros da comunidade”.

O Cotuca preza pela convivência plural e diversa e não tolera nenhum tipo de discriminação. O Colégio repudia a ação e irá apurar o caso, buscando identificar as pessoas responsáveis e aplicar as medidas cabíveis”, diz o texto.

Em seu comunicado, o Cotuca informa que tem promovido diversas ações voltadas ao combate aos preconceitos e à discriminação.

A partir desse lamentável caso, um conjunto de ações de formação será intensificado, a partir de planejamento a ser imediatamente realizado na Comissão Cidadã do colégio, que conta com participação dos alunos, funcionários e professores”, completa o texto.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Mais da metade dos brasileiros não tem diploma do ensino médio, aponta OCDE

O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas sem diploma do ensino médio: mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e 64 anos não atingiu esse nível de formação, segundo o estudo “Um Olhar sobre a Educação”, divulgado nesta terça-feira (11) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A organização, com sede em Paris, destaca que o menor nível de escolaridade tende a ser associado com a maior desigualdade de renda.

No caso do Brasil, o país registra o segundo maior nível de desigualdade de renda entre os 46 países do estudo, ficando atrás apenas da Costa Rica.

O índice de pessoas que não cursaram o ensino médio no Brasil representa mais do que o dobro da média da OCDE. Na Costa Rica e no México, o percentual é ainda maior que o do Brasil: 60% e 62%, respectivamente, os mais elevados do estudo.

Outros países latino-americanos, contudo, têm melhor desempenho que o Brasil. Na Argentina, 39% dos adultos na faixa de 25 a 64 anos não concluíram o ensino médio, no Chile, o percentual é de 35% e, na Colômbia, de 46%.

O estudo abrange as 36 economias da OCDE, a maioria desenvolvidas, e dez países parceiros da organização, como África do Sul, Argentina, China, Colômbia, Índia, Rússia e Brasil.

Na maioria dos países da OCDE, a ampla maioria dos jovens adultos, com idade entre 25 e 34, tem pelo menos a qualificação do ensino médio. Em poucas décadas, o ensino médio passou de um veículo de ascensão social ao mínimo exigido para a vida em uma sociedade moderna”, afirma o relatório.

Segundo a organização, os que deixam a escola antes de completar o ensino médio enfrentam não apenas dificuldades no mercado de trabalho, com menores salários, mas também têm competências cognitivas —memória, habilidades motoras, atenção, entre outras—, bem inferiores aos das pessoas que possuem essa formação.

A organização também ressalta o número relativamente baixo de alunos com mais de 14 anos de idade inscritos em instituições de ensino no Brasil.

Apenas 69% daqueles entre 15 e 19 anos e somente 29% dos jovens de 20 a 24 anos estão matriculados, de acordo com a OCDE. A média nos países da organização é, respectivamente, de 85% e 42%.

DESIGUALDADES REGIONAIS

O Brasil enfrenta ainda “desigualdades regionais significativas” em relação ao ensino superior, diz o relatório. No Distrito Federal, 33% dos jovens adultos chegam à universidade. No Maranhão, o estado com o menor PIB per capita, esse número é de apenas 8%.

Essa disparidade regional entre alunos que conseguem atingir o ensino superior no Brasil “é, de longe, a maior na comparação com toda a OCDE e países parceiros”, incluindo grandes países como os Estados Unidos e a Rússia, que também possuem várias áreas de diferentes tamanhos e populações.

Assegurar que as pessoas tenham oportunidade de atingir níveis adequados de educação é um desafio crítico. O acesso ao ensino superior vem crescendo no Brasil, mas ainda é uma das taxas mais baixas entre a OCDE e países parceiros, e está abaixo de todos os outros países da América Latina com dados disponíveis”, ressalta o estudo, citando a Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica e México.

No Brasil, 17% dos jovens adultos com idade entre 24 e 34 anos atingem o ensino superior. Em 2007, o índice era de 10%. Apesar da melhora, o desempenho ainda está cerca de 27 pontos percentuais abaixo da média da OCDE.

Para melhorar a transição entre o ensino e o mercado de trabalho, independentemente do cenário econômico, os sistemas de educação têm de se assegurar que as pessoas tenham as competências exigidas na vida profissional”, diz a organização.

Segundo a OCDE, apesar de o Brasil investir uma fatia importante de seu PIB na Educação, os gastos por aluno, sobretudo no ensino básico, são baixos.

O Brasil destina cerca de 5% do PIB à rubrica (dados de 2015), acima da média de 4,5% do PIB dos países da OCDE, diz o relatório.

O governo brasileiro gasta, porém, cerca de US$ 3,8 mil por estudante no ensino fundamental e médio, menos da metade dos países da OCDE.

A despesa com os estudantes de instituições públicas de ensino superior, no entanto, é quatro vezes maior, US$ 14, 3 mil, pouco abaixo da média da OCDE, que é de US$ 15,7 mil.

A diferença de gastos por estudante entre o ensino superior e o básico no Brasil é o maior entre todos os países da OCDE e economias parceiras analisadas no estudo da organização.

Ideb

Considerado o maior gargalo da educação básica brasileira, a qualidade do ensino médio no país também está longe de atingir os níveis ideais. De cada dez alunos na etapa, oito estão em escolas estaduais. Segundo os indicadores mais recentes de verificação, a maioria dos estados mantém uma estagnação no ciclo.

De acordo com Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2017, divulgado pelo governo federal em 3 de setembro, as metas estabelecidas para o ensino médio não foram cumpridas por nenhum dos estados. Ao contrário, a qualidade ainda caiu em algumas regiões, se comparada com o resultado da avaliação anterior, de 2015. Este foi o caso de Roraima, Amapá, Amazonas, Bahia e Rio de Janeiro.

O indicador é produzido a cada dois anos para os anos iniciais e finais do ensino fundamental e também para o ensino médio, calculado a partir da taxa de aprovação das escolas e as médias de desempenho dos alunos em uma avaliação de matemática e português.

Nos últimos 11 anos, apenas 4 das 27 redes estaduais do país conseguiram fazer com que seus alunos do ensino médio tivessem avanços significativos de aprendizagem nas duas disciplinas. O quadro geral mantém níveis muito baixos. Há queda em diferentes estados, mesmo entre aqueles que apresentam os melhores resultados.

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JUDICIAL

Servidor transferido pode ir para universidade pública se inexistir particular, diz STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta (19) que servidores públicos que cursam ensino superior em instituição privada que forem transferidos de cidade poderão ser matriculados em universidade pública na nova localidade, caso não haja ali o mesmo curso em instituição privada.

O mesmo vale para filhos de servidores que tenham mudado de cidade com os pais.

Os ministros julgaram um recurso da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), do Rio Grande do Sul, contra decisão judicial que determinou a matrícula de um estudante nessas circunstâncias em um curso concorrido.

A Furg sustentou no recurso que “propiciar a gratuidade do ensino superior em um país de terceiro mundo, onde as oportunidades de estudo superior gratuito são poucas, em verdadeiro escárnio aos milhares que se submetem aos concorridos vestibulares de instituições de ensino superior públicas, é outorgar, via Poder Judiciário, indevido privilégio”.

O relator do recurso, ministro Edson Fachin, entendeu que exigir que a transferência seja entre instituições congêneres (de universidade privada para universidade privada) inviabiliza o direito à educação do servidor que tenha sido obrigado a mudar de cidade por causa do trabalho.

Somente o ministro Marco Aurélio divergiu do relator. Ele disse que matricular alunos nessas circunstâncias em universidades públicas cria obstáculos para o acesso de outros, mas foi vencido pela maioria.

Ao final do julgamento, foi fixada a seguinte tese: “É constitucional a previsão legal que assegure, na hipótese de transferência ‘ex officio’ de servidor [transferência obrigatória], a matrícula em instituição pública se inexistir instituição congênere à de origem”.

O recurso extraordinário teve repercussão geral reconhecida pelos ministros, o que significa que o resultado desse julgamento terá reflexo em todos os processos semelhantes que tramitam na Justiça sobre esse tema. No caso do recurso analisado, o servidor que foi transferido e conseguiu a matrícula na universidade pública era militar.

A sessão desta quarta foi a primeira presidida pelo ministro Dias Toffoli, que tomou posse como presidente do Supremo na última quinta (13). Ele disse que fez uma “pauta leve”. No intervalo da sessão, Toffoli reafirmou a jornalistas que pretende levar a julgamento, neste período eleitoral, processos que não causem polêmica.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

 


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