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Goiânia, 30 de novembro de 2018

Publicado: Sexta, 30 de Novembro de 2018, 12h46 | Última atualização em Sexta, 30 de Novembro de 2018, 12h56

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Comunicação de massa é destaque no programa desta sexta, 30

Professores de escola no Espírito Santo ajudam a promover a cultura africana

Prêmio Professores do Brasil entrega troféus nesta quinta aos 50 vencedores de todo o país

Gabarito preliminar e cadernos de questões estão disponíveis

MEC lança programa focado nos alunos dos últimos anos do ensino fundamental 

UOL EDUCAÇÃO

Governo firma apenas 1/4 de contratos prometidos com Fies, aponta estudo

Na educação, utopia conservadora vai sofrer com a realidade

CORREIO BRAZILIENSE

UNB oferece 85 vagas para Vestibular Indígena

GLOBO.COM

Faculdades dizem que governo não usou fundo para cobrir rombo do Fies

Capes recebe 84 denúncias com suspeitas de mestrados e doutorados irregulares em 2018

Os superprofessores particulares que educam filhos de milionários

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

REDE ESCOLA

Comunicação de massa é destaque no programa desta sexta, 30

A chamada educomunicação – que tem como conceito básico a comunicação de massa e a mídia usadas como elementos educacionais – é um dos destaques da edição desta sexta, 30, do Rede Escola, no ar às 19h, pela TV Escola. O primeiro a falar sobre esse assunto é o professor Ismar de Oliveira Soares, mestre e doutor em ciências da comunicação da Universidade de São Paulo (USP) e, desde os anos 1970, dedicado ao estudo da relação entre mídia, comunicação de massa e educação.

Na sequência, quem entra em cena é o documentarista Silvio Tendler, que fala sobre a importância educativa do cinema e do audiovisual. A exemplo de alguns dos mais importantes cineastas de sua geração, ele foi formado com base nos cineclubes – que se reinventaram e expandiram as fronteiras para dentro das salas de aula. Também participa dessa entrevista a cineasta Carla Camurati, que conversa sobre o Festival Internacional do Cinema Infantil – este ano, aberto às escolas públicas do Rio de Janeiro.

Em outro bloco, a repórter Emy Lobo bate um papo com estudantes do ensino médio sobre o cinema na sala de aula. Assim como Silvio Tendler, os entrevistados têm como tema central de seus relatos a importância do audiovisual no auxílio ao ensino tradicional.

Na coluna Caminhos da educação, o jornalista Antônio Gois analisa um recente estudo lançado nos Estados Unidos, alertando que o incentivo exagerado no aprendizado nas áreas científicas e tecnológicas pode ser improdutivo e estreitar o currículo escolar.

Ainda nesta edição, o programa desta sexta traz a terceira parte da série Anima Mundi/Anima Escola, dirigida por Aída Queiroz, que vai falar sobre os diferentes tipos de animação. Complementando a reportagem, a professora Andréa Liguori mostra a aplicação desse recurso com os alunos da escola municipal Pires Albuquerque, no Rio de Janeiro.

História – Diversificado em seus focos, o Rede Escola também apresenta nesta sexta-feira uma reportagem especial sobre o projeto Qual é a graça?, desenvolvido por alunos da escola municipal Herbert Moses, no Rio de Janeiro. Com coordenação do professor Luiz Henrique Rosa, os estudantes dessa instituição criaram o Jardim da Concórdia, povoado por árvores e outras plantas que remetem à vinda dos escravos africanos para o Brasil.

A ação é inspirada na história de Manoel Congo, que promoveu a maior revolta de escravos do estado do Rio de Janeiro durante o Ciclo do Café – período compreendido entre os anos de 1800 e 1930 e marcado pela expansão da economia brasileira graças ao cultivo desse grão. Sufocado pelas forças de repressão da época, o movimento de libertação escravagista fracassou e Manoel Congo foi sentenciado à morte. Ele passou os últimos dias de sua vida preocupado se sua filha Concórdia, de cinco anos, entenderia que ele não a estava abandonando.

Rede Escola vai ao ar às sextas-feiras, às 19h, com apresentação de Elaine Benício. O programa tem reprises aos sábados, às 16h, domingos, às 12h; e segundas-feiras, às 12h30. A atração também está disponível nos endereços da TV Escola no Twitter, no Instagram, no Facebook e no Youtube, bem como no site da emissora.

Assessoria de Comunicação Social

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TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Professores de escola no Espírito Santo ajudam a promover a cultura africana

Uma unidade de ensino da rede pública de Vitória (ES) desenvolveu um projeto para crianças de cinco e seis anos, com o envolvimento dos pais, a fim de valorizar a cultura africana – uma das origens do povo capixaba – e trabalhar o aprendizado sobre discriminação e bullying. Esta é a história em destaque do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, cuja edição vai ao ar nesta sexta-feira, 28.

O projeto Penso, logo respeito surgiu no Centro de Educação Infantil Tomaz Tommasi, quando as professoras Lívia Costa Araújo e Rosileia Soares perceberam o desinteresse das crianças pelos personagens negros que apareciam como protagonistas nas histórias contadas em sala de aula. A negação e a falta do sentimento de pertencimento dos alunos negros, por medo do bullying – conforme foi comprovado mais tarde –, também preocupou as educadoras.

Quando a gente começou a passar os vídeos, mostrando às crianças o continente africano, mostrando outras crianças, elas começaram a ter uma reação negativa”, conta Lívia. “Começaram a dizer que tinham nojo, que achavam as crianças feias, que não se sentiam representados – sendo que a maioria dos nossos alunos é negra. Ficamos muito preocupadas ao ver essa interpretação das crianças”.

Trabalho conjunto – Juntamente com a equipe pedagógica da escola, as educadoras bolaram o projeto Penso, logo respeito, que tem promovido atividades com foco no ensino sobre as diferentes culturas. As lições alcançaram também as famílias, o que, segundo a professora Lívia, foi fundamental para o maior envolvimento dos pequenos. “Nós enviamos um questionário para famílias perguntando o que eles conheciam da cultura negra, o que eles sabiam, quantos negros havia na família. E aí o questionário veio exatamente parecido com a reação das crianças, uma negação muito grande, muitas famílias não se declarando negras ou dizendo que desconhecem a questão da cultura africana.”

A maneira encontrada pela escola para educar e informar foi a vivência das demais culturas na prática. “Nós conseguimos um professor de capoeira voluntário, e pedimos aos pais autorização para que os alunos participassem da capoeira”, relata a professora. “Então, alguns pais vieram aqui dizendo que não permitiriam que os filhos participassem porque era uma dança, uma cultura ‘voltada para santo’, ‘voltada para o diabo’, todo esse contexto que a gente sabe que é preconceituoso e cheio de falta de informação.”

A rotina nas salas de aula mudou completamente e as atividades animaram o grupo dentro do projeto. Em uma das iniciativas, os pequenos se vestiram como guerreiros de tribos africanas ou como princesas, com direito a adornos e roupas típicas.

Para a professora Rosileia Soares, o conhecimento a respeito da cultura tem sido levado para a vida desses alunos. “Alguns pais perguntaram sobre do projeto”, lembra. “Disseram que era bom a gente falar sobre isso porque muitas vezes eles não sabiam como conversar com as crianças sobre o assunto. Quando a gente trabalha isso com as crianças, desde pequenas, elas levam para a vida delas, para o futuro delas, um conhecimento de mundo, um conhecimento da sua identidade muito grande.”

Resultados – Para Rosileia, o projeto Penso, logo respeito apresentou resultados excelentes entre as crianças, tanto no comportamento quanto na consciência de pertencimento de suas origens. “A gente via as crianças de cabelos crespos indo para o banheiro molhar os cabelos para ficarem lisos. Hoje em dia a gente não vê isso. Vê, sim, elas pegarem esse cabelo e eriçarem ainda mais, e se sentindo bem com isso. Quando eu comecei o projeto eu perguntei ‘quem é negro aqui na sala?’, nenhum deles se manifestou. Hoje, quando faço essa pergunta, vários alunos levantam a mão, até os branquinhos. Então, isso é uma vitória muito grande para a gente.”

A ideia, agora, é estender o projeto para toda a escola. “A gente sabe que é uma luta diária”, destaca Rosileia. “Todos os dias a gente vai desmitificando uma coisa, construindo outras, reconstruindo, ressignificando. A intenção do projeto é continuar. Nosso objetivo é que ele se torne uma referência na educação infantil, e temos batalhado para isso.”

Assessoria de Comunicação Social

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HOMENAGEM

Prêmio Professores do Brasil entrega troféus nesta quinta aos 50 vencedores de todo o país

A cerimônia de entrega do 11º Prêmio Professores do Brasil será nesta quinta-feira, 29, a partir das 14h30, na cidade do Rio de Janeiro. Na cerimônia, os vencedores regionais e de temáticas especiais receberão seus troféus, serão revelados os nomes dos seis vencedores nacionais e as escolas dos professores vencedores receberão suas placas. Ao todo são 30 vencedores regionais, 20 vencedores de temáticas especiais e, entre os 30 regionais, serão escolhidos seis nacionais. Os vencedores receberão premiação em dinheiro, viagens, troféus, além de certificados.

A premiação não se resume apenas ao dia da cerimônia. Durante esta semana os professores vencedores e finalistas estão na capital fluminense onde participaram de diversas atividades, como palestras, oficinas pedagógicas e debates, com o objetivo de compartilhar com os demais os desafios e superações acumulados ao longo da premiação para promover a troca de experiências que vão refletir em sala de aula. Ana Luiza Taufick, da coordenação-geral de apoio a certames e programas especiais da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, explica que o evento é uma troca de conhecimentos. “Não fazemos só uma premiação, fazemos um evento em que colocamos os professores juntos para discutir os trabalhos e para dividir experiências também”, argumenta Ana Luiza.

Ao todo são seis categorias do prêmio: creche, pré-escola, ciclo de alfabetização, 4º e 5º anos, 6º ao 9º ano e ensino médio. Um de cada categoria sairá vencedor na etapa nacional. Ana Luiza Taufick diz que o prêmio é uma forma de democratizar iniciativas que valorizem as práticas de ensino que gerem bons resultados para inspirar outros educadores. “O que ele faz pode ser repartido com outros e outros podem se inspirar naquilo e multiplicar essa prática e acabar ajudando em outras realidades também”, resume Ana, que emenda dizendo que “as ideias mais simples são as mais criativas e são as que mais dão certo e que mais funcionam”, conclui.

Estarão presentes na entrega da premiação o ministro da Educação substituto, Henrique Sartori, e a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole. O evento terá transmissão ao vivo pela internet.

Prêmio Professores do Brasil – O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação, juntamente com instituições parceiras que busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula.

Vencedores 2017 – Os seis vencedores nacionais do Prêmio Professores do Brasil 2017 ganharam uma viagem-prêmio à Irlanda, na 10ª edição do concurso. Durante a passagem pelo país europeu, os vencedores visitaram instituições de diferentes segmentos, como escolas do ensino fundamental, médio e de nível superior.

Assessoria de Comunicação Social

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ENADE 2018

Gabarito preliminar e cadernos de questões estão disponíveis

O gabarito preliminar das questões objetivas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2018 está disponível para consulta no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde a manhã desta quarta-feira, 28. Também é possível baixar os cadernos de questões das 27 áreas de graduação avaliadas. O gabarito definitivo e o padrão de resposta das questões discursivas estão previstos para serem divulgados no início de 2019.

O Enade 2018 foi aplicado no domingo, 25 de novembro. Estavam inscritos mais de 550 mil estudantes concluintes de bacharelados em ciências sociais aplicadas, ciências humanas e áreas afins, e em cursos superiores de tecnologia em gestão e negócios, hospitalidade e lazer, produção cultural e design. Os participantes tiveram quatro horas para responder uma prova de 40 questões, sendo 10 itens de formação geral, comum aos cursos de todas as áreas, e 30 questões de componente específico. A prova de formação geral tem duas questões discursivas e oito de múltipla escolha, enquanto a de componente específico tem três questões discursivas e 27 de múltipla escolha.

Enade – O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e é composto por uma prova para avaliação de desempenho dos estudantes e um questionário do estudante. De acordo com a legislação, devem ser inscritos no exame os estudantes ingressantes e concluintes dos cursos de graduação avaliados na edição. Apenas os concluintes precisam fazer a prova. No histórico escolar do estudante ficará registrada a situação de regularidade em relação ao Enade, requisito para colação de grau em cursos de graduação.

Assessoria de Comunicação Social

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ESCOLA DO ADOLESCENTE

MEC lança programa focado nos alunos dos últimos anos do ensino fundamental

Com o intuito de promover a melhoria da aprendizagem, combatendo a repetência e o abandono nos anos finais do ensino fundamental, o MEC lança, nesta terça-feira, 27, o Programa Escola do Adolescente. Inédita, a política preenche uma lacuna substancial de ações junto a turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental. “O foco no desenvolvimento do estudante é uma coisa que a gente precisa cada vez mais aprimora,r e essa é a ideia do Escola do Adolescente, colocar esse olhar específico sobre os estudantes do sexto ao nono ano”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares, durante o lançamento.

Na primeira etapa do programa, a previsão é de que 13 mil escolas sejam atendidas. “Aproximadamente 1,5 milhão de estudantes podem ser beneficiados", informou o ministro. "Vamos colocar esse olhar, para encontrar tanto evidências de boas práticas para o ensino fundamental 2 quanto caminhos para o Brasil que precisamos discutir, ouvindo esses jovens nessa fase que é tão importante para o seu desenvolvimento.”

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade do ensino básico no Brasil, aponta que, nesses anos, 45% das escolas não alcançaram as metas estabelecidas em 2017. De cada 100 alunos, apenas cinco concluem a formação com aprendizado adequado em língua portuguesa e três, em matemática. Os índices de insucesso dos estudantes (reprovação e abandono) atingem 14,5% na rede pública.

O programa fornecerá instrumentos e estratégias de escuta do adolescente, nas suas características e interesses, e torna a escola mais próxima dessa fase, como pontua a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole. "Quando se tem uma aula diferenciada que gera engajamento, que faça os adolescentes pensarem a escola, que saia da aula tradicional do modelo de que o professor fala e o aluno escuta, ocorre uma mudança na percepção dos adolescentes sobre essa escola”, destaca.

Alinhamento – “O adolescente se dedica quando percebe que aquilo faz sentido para ele”, complementa Raph Gomes, diretor de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC. “Então, se o adolescente percebe a escola como algo que faça sentido, que dialogue com ele, a chance de ele desistir se reduz, o interesse aumenta e isso melhora a aprendizagem”.

Alinhado com o que propõem os novos currículos de estados e municípios, o Programa Escola do Adolescente vai atender a todas as redes e escolas públicas, por meio de uma plataforma com as ferramentas de gestão e estratégias formativas para gestores e professores. O processo será por adesão.  “Serão dois momentos de adesão, sendo primeiro para as secretarias de educação, em dezembro – para estados e municípios – e, logo em seguida, para as escolas”, explica Kátia Smole. “Qualquer escola cuja rede aderir vai poder participar. ”

As ações focam, prioritariamente, na construção de metodologias de ensino mais atrativas aos adolescentes e que permitam um ensino de melhor qualidade. Por meio de uma plataforma digital, o Programa Escola do Adolescente vai oferecer formação e apoio técnico aos professores e gestores escolares.

Plataforma – A plataforma apoiará a gestão das secretarias e das escolas na elaboração e implementação de um plano de ação e na revisão curricular para uma escola mais conectada com o adolescente. Para facilitar, será fornecido um diagnóstico detalhado que considera a análise histórica de avanços e/ou retrocessos da escola no Ideb, proficiência e fluxo escolar. 

Para complementar o diagnóstico, a plataforma fornecerá ainda instrumentos para realização de avaliações diagnósticas em língua portuguesa e matemática junto aos estudantes dos anos finais. Também estarão disponíveis ferramentas de escuta da percepção que os estudantes têm sobre o ambiente escolar e uma área de compartilhamento de boas práticas.

Todo o processo será mediado e acompanhado por uma plataforma digital, em que as redes de ensino, no ambiente virtual de aprendizagem do MEC, poderão customizar os cursos e adequá-los ao diagnóstico e à expectativa da rede. Tais ações visam, juntamente com esses aspectos, apoiar a escola e os professores no desenvolvimento das dez competências gerais da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

Atendimento – Das 65 mil instituições potenciais para atendimento pelo programa, 13 mil escolas vulneráveis – aquelas que possuem mais de 50% dos estudantes beneficiários do programa Bolsa Família – receberão, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), recursos para ampliação da carga horária, no âmbito do Programa Novo Mais Educação.

Para dar suporte ao programa, será formado um grupo de apoio com 53 coordenadores estaduais. O Escola do Adolescente tem o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Esse grupo será responsável por coordenar planejar a implementação e implementar o programa junto às redes de ensino.

O período de adesão terá início em 10 de dezembro para as secretarias que, ao formalizarem o ingresso no programa, liberam o acesso para que as escolas o façam na sequência.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Governo firma apenas 1/4 de contratos prometidos com Fies, aponta estudo

Só 1/4 dos contratos de financiamento estudantil prometidos pelo governo federal foram firmados neste ano. É o que mostra um levantamento inédito produzido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Crise econômica, corte de recursos e reestruturações feitas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) seriam os principais problemas que afetaram a política, segundo o estudo.

O levantamento aponta que, apesar da promessa de incluir 310 mil novos alunos em 2018, apenas 80,3 contratos foram efetivados - pouco mais de 26% da meta. "Nem as 100 mil vagas na modalidade governamental, com juro zero, foram preenchidas devido ao alto grau de exigências das atuais regras", aponta o relatório da entidade.

Já no P-Fies, modalidade que funciona com recursos dos fundos constitucionais e de desenvolvimento e bancos privados, somente 500 contratos foram efetivados - esperava-se que fossem celebrados cerca de 210 mil.

Criado em 1999, o Fies teve uma explosão de contratos em 2010, quando os juros caíram de 6,5% para 3,4% ao ano, valor abaixo da inflação. Além disso, o financiamento passou a ser obtido a qualquer momento, a exigência de fiador foi relaxada e o prazo de quitação, alongado.

Muitas faculdades passaram a incentivar alunos já matriculados a não pagarem a própria mensalidade, mas a entrarem no Fies, transferindo o risco de inadimplência para o governo.

Em 2015, uma série de medidas começou a mudar novamente o programa e a focar em determinados cursos e regiões. Os financiamentos vêm caindo. O primeiro semestre de 2018 registrou o menor número de novas contratações desde 2011. Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em setembro passado mostrou que o rombo no programa chegou a R$ 20 bilhões neste ano.

Para a Abmes, 2018 foi o ano do "pior cenário de todos os tempos" para o Fies. O estudo aponta que, apesar de a quantidade de alunos nas instituições de ensino superior particulares ter subido 42% entre 2010 e 2018, o número de contratos do Fies subiu 5,2%. "Para igualar proporcionalmente ao ano de 2010, o Brasil deveria ter efetivado 107.920 contratos novos. Esse déficit de 25,6% faz deste o pior Fies da história", diz o texto.

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OPINIÃO

Na educação, utopia conservadora vai sofrer com a realidade

A indicação do filósofo Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação de Jair Bolsonaro não foi uma surpresa. Ele está alinhado ideologicamente ao programa que venceu as eleições e fez questão de reforçar sua posição sempre que pode. Escola Sem Partido, ditadura militar, educação sexual... Não há surpresas em nenhuma das suas declarações, passadas e presentes.

Aliás, o único espanto em educação, durante essa transição de governo, foi a possível indicação de Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para o posto. Mozart tem todas as qualificações para o cargo, mas pouquíssima afinidade com o presidente eleito. Para ser ministro da Educação, é preciso compartilhar a utopia conservadora – e ignorar as evidências sobre a realidade educacional brasileira.

A primeira delas diz respeito ao próprio funcionamento do MEC. Tanto o novo ministro quanto Bolsonaro dizem que vão municipalizar a educação pública. Quando li isso, fiquei abismado. A educação brasileira já é municipalizada. O ensino infantil e o fundamental são responsabilidade das cidades. O médio está com os Estados. A própria bancada evangélica poderia ter avisado o ministro e o presidente eleito que eles estavam errados. Afinal, durante as discussões dos planos municipais de educação, líderes religiosos fizeram uma grande pressão para tirar qualquer menção a educação sexual dos documentos locais. Conseguiram.

O orçamento também começou a ser descentralizado. O Fundeb (O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) nasceu e repassa dinheiro federal direto para as cidades. Aliás, esse é um problemão para o ministro. O prazo de validade do Fundeb acaba em breve. Se ele não for renovado, várias escolas brasileiras vão parar. Se ele não tiver recursos, o debate não vai ser sobre escola sem partido. Vai ser sobre escola sem aula por falta de água e energia elétrica.

Além de dinheiro, cabe ao MEC, hoje, propor políticas públicas nacionais, especialmente na área de currículo e formação de professores. Aliás, esse é um dos grandes desafios do ministério. Fazer uma medida federal chegar de fato à escola é dificílimo. Educação não é uma área simples, que você resolve com uma canetada. Se quiser colocar um conselho de ética em cada escola, o ministério vai gastar um dinheiro gigante – e vai ter de negociar com milhares de prefeitos país afora.

Outro ponto é o modelo de qualidade defendido por Bolsonaro e Vélez Rodríguez. Eles se baseiam nas escolas militares. Vale conversar com os militares responsáveis por essas escolas. Primeiro, boa parte delas faz processo de seleção para receber alunos. Como mostram várias pesquisas, selecionar alunos aumenta a nota da escola – você acaba escolhendo apenas os melhores e mais fáceis de trabalhar. Além disso, o orçamento das escolas militares é bem mais alto do que o das escolas públicas tradicionais. É impossível replicar o modelo de escolas militares para o país todo – isso exigiria um MEC centralizado, coisa que Vélez Rodríguez e Bolsonaro rejeitam, e um orçamento gigantesco.

Vou esperar as nomeações para os cargos de segundo escalão do ministério para analisa-lo em detalhes. Hoje, o que me assusta não são as declarações do futuro ministro sobre gênero, família e regime militar. Isso era previsível. O que me assusta é a aparente ingenuidade administrativa, o desconhecimento básico sobre como funciona o MEC. Quando a utopia conservadora encontrar a dureza administrativa, precisará oferecer algo além de frases polêmicas para animar suas bases de apoio.

Por Leandro Beguoci

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CORREIO BRAZILIENSE

EDUCAÇÃO

UNB oferece 85 vagas para Vestibular Indígena

A Fundação Universidade de Brasília (FUB) divulga a abertura do vestibular destinado a selecionar candidatos indígenas para ingresso em cursos de graduação da instituição. As 85 vagas são para o segundo semestre de 2019, distribuídas entre 30 cursos presenciais nos câmpus Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia e Planaltina.

As inscrições começam nesta segunda-feira (3) e vão até 14 de janeiro de 2019. Os interessados devem confirmar a participação no site do Cespe. A seleção não exige taxa de inscrição.
Somente podem concorrer às vagas candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando a maior parte do ensino médio em escolas da rede pública ou da rede particular, desde que por meio de bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50%.
A avaliação será feita por meio da aplicação de prova objetiva e de redação em língua portuguesa. Haverá, ainda, uma fase de entrevista pessoal. As provas ocorrerão na data provável de 16 de fevereiro de 2019, nos polos regionais das cidades de Aracruz (ES) (Aldeia Caieiras Velhas), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Imperatriz (MA), São Gabriel da Cachoeira (AM), Tabatinga (AM) e Tacaratu (PE) (Aldeia Brejo dos Padres).
Informações no site do vestibular ou pelo Atendimento ao Candidato do Cebraspe, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Câmpus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cebraspe – telefone (61) 3448-0100.

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FIES

Caixa prorroga prazo para aditamento de renovação do Novo Fies

A Caixa Econômica Federal prorrogou o prazo para fazer os procedimentos para aditamento de renovação dos contratos do Novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os estudantes têm agora até 28 de dezembro de 2018 para aderir pelo sistema eletrônico. Dos estudantes inscritos no Novo Fies no primeiro semestre, cerca de 70% fez o aditamento ou teve o processo iniciado pela instituição de ensino.

Caso haja necessidade de alterações no contrato, como a troca de fiador, o estudante deve comparecer a uma agência da Caixa. Nesse caso específico, o estudante deverá se apresentar com o novo fiador e com os novos documentos comprobatórios.
O Novo Fies é um modelo que traz melhorias na gestão do fundo, dando sustentabilidade financeira ao programa a fim de garantir e viabilizar um acesso mais amplo ao ensino superior. As principais mudanças foram na forma de pagamento do curso, que passa a ser mensal em emissão de boleto, a exigência de seguro prestamista (cobertura em caso de falecimento do estudante) e a ausência de carência para pagamento da amortização do contrato.

Os procedimentos para o aditamento podem ser feitos pelo sistema eletrônico da Caixa.

Os estudantes podem também fazer o download da cartilha com mais orientações sobre o aditamento no site.

As instituições de ensino podem saber mais informações sobre os procedimentos a serem adotados no site da Caixa.

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GLOBO.COM

FIES

Faculdades dizem que governo não usou fundo para cobrir rombo do Fies

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), entidade que representa o setor, está questionando o governo sobre os motivos de os recursos do fundo garantidor do Fies não estarem sendo utilizados para cobrir a inadimplência do programa de financiamento estudantil.

O saldo do fundo garantidor em 2016 era de R$ 6,1 bilhões e a estimativa da Abmes é que esse valor, atualmente, seja da ordem de R$ 8 bilhões.

O governo alega que a inadimplência do Fies é de R$ 10 bilhões. Por que eles não usam os recursos do fundo garantidor?”, disse Janguiê Diniz, presidente da Abmes.

O fundo garantidor do Fies cobre 90% da inadimplência do programa estudantil e os recursos vêm das instituições de ensino que revertem 6,25% das mensalidades financiadas. A outra fatia de 10% do risco é do governo.

Há cerca de um mês, o governo anunciou um programa de renegociação da dívida para os alunos inadimplentes do Fies. “No entanto, essa proposta não vai vingar. As regras são muito difíceis de serem cumpridas. Além dos juros, eles cobram multa. Qualquer Refis isenta de multa e juros”, disse Solon Caldas, diretor executivo da associação.

Entre as regras estão: entrada de 10% da dívida, sendo que o valor mínimo precisa ser de pelo menos R$ 1 mil, parcelas mínimas de R$ 200 e fiador com renda equivalente a duas vezes ao valor da prestação negociada.

Vamos pedir ao Congresso condições reais de renegociação da dívida”, afirmou Caldas.

Contratos

Neste ano, 80 mil alunos contrataram o Fies – trata-se do menor número desde 2010, quando o programa passou por reformulações.

É o fracasso do Fies”, afirma Janguiê Diniz. Ele argumenta que, em 2010, quando havia 4 milhões de estudantes no ensino superior, foram contratados 76 mil financiamentos estudantis. Agora, em 2018, em que o número de universitário é de 8 milhões, apenas 80 mil alunos conseguiram o Fies.

A entidade vai propor novas regras para o governo de Jair Bolsonaro (PSL). A proposta envolve ações vindas do governo, instituições de ensino e alunos. A parte que caberia ao governo seria conceder um financiamento estudantil de 100% da mensalidade, já as instituições de ensino concederiam descontos entre 20% e 30% e os alunos pagariam uma parcela da dívida já durante o período em que estão estudando. Essa parcela seria calculada de acordo com a renda do aluno mas, caso esse estudante não tenha renda, ele não paga nada.

A Abmes vai pedir ainda que o Fies seja oferecido também para o ensino a distância. “Seria possível financiar muito mais vagas porque a mensalidade de um curso a distância é menor do que o presencial. Acredito que esse pleito tem coerência com o novo governo que, por exemplo, defende o ensino a distância”, disse Diniz.

Segundo o presidente da Abmes, as propostas serão apresentadas a Bolsonaro, ao novo Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, e a Paulo Guedes, ministro da Economia. “Acreditamos que as propostas serão bem recebidas também pelo futuro ministro da Economia, porque o Paulo Guedes conhece e é sensível ao setor de educação, foi investidor do setor”, disse Diniz.

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Capes recebe 84 denúncias com suspeitas de mestrados e doutorados irregulares em 2018

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recebeu, em 2018, 84 denúncias ou demandas sobre cursos de mestrado e doutorado suspeitos de irregularidades no país.

As denúncias são reclamações embasadas com dados das entidades e dos cursos sob suspeita. As demandas são consultas sobre irregularidades nestas pós-graduações.

De acordo com a instituição, os casos foram encaminhados para o Ministério Público apurar e, se confirmadas, os responsáveis deverão ser punidos.

A entidade alerta que os cursos de pós-graduação strictu sensu irregulares não dão uma formação reconhecida aos estudantes e, por isso, o diploma não é válido.

Para ser reconhecido, um curso de pós-graduação precisa ser aprovado por meio da Avaliação de Propostas de Cursos Novos (APCN). A relação dos cursos regulares pode ser pesquisada no portal da Capes: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados.

"Para o indivíduo que recebe essa formação [irregular], o prejuízo dele, além do financeiro, é ser enganado por um sistema que não é válido", diz Sonia Báo, diretora de avaliação da Capes.

Segundo a Capes, a partir dos anos 2000, a oferta de formações strictu sensu cresceu em todo o país e abriram um caminho para a especialização e também para golpes.

"Municípios e estados passaram a colocar como progressão de carreira a necessidade de que seus professores e profissionais tivessem títulos de mestrado para poder progredir. Isso foi muito bom, por um lado, porque qualifica melhor", afirma Sergio Avellar, coordenador geral de Normas e Estudos da Diretoria de Avaliação da Capes.

"Mas o lado ruim desta história é que abriu-se a oportunidade para pessoas mal intencionadas, aproveitando-se da falta de informação do público [que] não têm acesso à informação qualificada para saber quais são os cursos realmente regulares, com validade nacional", diz Avellar.

Neste mês de novembro, a Capes começou uma campanha nas redes sociais para alertar a população sobre os riscos de uma formação irregular e para esclarecer como o estudante pode checar se ao curso é válido.

O que é um curso de pós-graduação regular?

São reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)

São homologados pelo Ministério da Educação

Podem emitir diplomas com validade nacional

Como um curso de pós-graduação é validado?

A instituição que vai oferecer o curso deve informar à APCN qual a infraestrutura necessária, qual a bibliografia adotada e quantas vagas serão oferecidas

A proposta é avaliada pela Capes

Se aprovada, é submetida ao CNE

Se aprovada, é validada pelo Ministério da Educação (MEC)

O curso é colocado na lista de formações reconhecidas: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Os superprofessores particulares que educam filhos de milionários

O trabalho de Melissa Lehan como professora particular a levou a lugares fantásticos. Ela trabalhou nas Bermudas por alguns anos, depois no Canadá. Também teve passagens pelo sul da França, pelas Bahamas e pela região da Toscana, na Itália. No momento, está atuando no interior de Luxemburgo, onde ganha um salário anual de seis dígitos.

Formada na prestigiada Universidade de Oxford, no Reino Unido, Lehan, de 36 anos, educa crianças em casa há 10 anos. Seus clientes são geralmente pais ricos que, por várias razões, não se contentam com as escolas locais e querem uma educação melhor para seus filhos.

Ela diz amar seu trabalho, que inclui acomodação e viagens de graça. Mas, quando questionada por que, não destaca ter ensinado em locais exóticos ou dentro de um iate. Em vez disso, Lehan discorre sobre os relacionamentos que desenvolve com seus alunos e da liberdade que tem para lecionar, explicando os assuntos de uma forma diretamente relevante para eles.

"Ter essa conexão emocional com uma criança e ajudá-la, conhecendo-a tão bem que você sabe o que ela vai aprender – é o que me faz seguir em frente", diz.

Boom de aulas particulares

Ao redor do mundo, a indústria de ensino privado está crescendo. Segundo previsões, seu faturamento vai alcançar US$ 227 bilhões (cerca de R$ 895 bilhões) até 2022, impulsionado pelo crescimento na Ásia e pelo desenvolvimento de aulas on-line, na medida em que mais empresas conectam estudantes a professores, independentemente da distância física.

No entanto, esse setor continua em grande parte não regulamentado e há todos os tipos de provedores do serviço: freelancers, escolas, grandes redes, serviços online, agências personalizadas e muito mais.

No topo, há um pequeno número de pessoas extremamente bem pagas, conhecidas como "superprofessores". O significado varia de acordo com a região.

Na Europa, a figura mais conhecida costuma ser a do professor particular em tempo integral, como Lehan, em muitos casos usado por pais super-ricos que trabalham no exterior e que querem levar seus filhos para as melhores escolas e universidades nos EUA ou no Reino Unido.

Já no leste da Ásia, a expressão "superprofessor" normalmente se refere a um especialista em um determinado assunto que ensina grupos - um exemplo de destaque é Lam Yat-yan, de Hong Kong, um professor de língua chinesa que recusou uma oferta de emprego de US$ 11 milhões (R$ 43 milhões) em 2015.

Nos Estados Unidos, onde em 2017 mais de 3,7 milhões de estudantes fizeram testes de admissão para universidades, trata-se de um profissional conhecido por preparar candidatos para provas e que cobra taxas altíssimas por hora.

Mas além de cobrar altas somas, o que faz um superprofessor? Que tipo de habilidades eles têm, por que eles escolheram essa profissão e como chegaram aonde estão?

Preparação e sacrifício

No caso de Lehan, o termo "superprofessor" não lhe desperta interessa. Ela diz que a expressão glamouriza um papel que "não é bem compreendido". "No dia a dia, sou professora", diz "que trabalha duro".

A maioria dos professores de Ensino Médio se especializa em um ou dois assuntos, mas Lehan ensinou várias disciplinas a crianças. Ela é formada em línguas e compartilha um amor pela matemática, mas desde cedo dominar o campo das ciências sempre foi um desafio. Em seu primeiro emprego, ela trabalhou sem parar para se certificar de que estava a par de toda a ementa.

"Para mim, a química (com o aluno) foi a única coisa em que tive que focar minhas atenções", diz ela. "E, então, você obviamente passa o tempo tentando aperfeiçoar seu método de ensino, incluindo pequenos truques."

Planejamento e preparação também levam tempo. "Você planeja para ter certeza de que o que ensina está funcionando especificamente para o seu aluno. Isso significa que, embora você tenha uma ementa em mente, é preciso revisá-la ao longo do tempo e fazer ajustes, de forma que o conteúdo pareça agradável ao aluno".

Para Anthony Fok, sacrificar o tempo com a família e com os amigos faz parte do trabalho. Ele é professor em Cingapura, onde 70% dos pais matriculam seus filhos em aulas extras. Fok, de 35 anos, dá aulas de economia para grupos de estudantes que se preparam para entrar em universidades locais e estrangeiras. Ele trabalha à noite e nos fins de semana e faz parte de um pequeno, mas crescente grupo de "superprofessores". O faturamento de sua empresa gira em torno de US$ 726 mil (R$ 2,9 milhões) por ano.

Para isso, cobra dos seus alunos US$ 305 (ou R$ 1,2 mil) por quatro aulas de 90 minutos, taxas que ele diz estarem no mesmo nível de outros tutores ou "talvez com um pouco acima da média". Suas aulas estão cheias - a tal ponto que alguns pais chegam a reservar um lugar em sua turma com três anos de antecedência ou mesmo oferecer dois anos de pagamento adiantado.

Em dada ocasião, um dos pais lhe ofereceu US$ 20 mil (R$ 78 mil) se Fok garantisse que seu filho tiraria a nota máxima no exame. Ele recusou. "Não é possível realizar milagres no último minuto", diz ele. "A primeira dificuldade é que os pais acham que o dinheiro resolve todos os problemas. Mas não é verdade!"

Em um mercado competitivo, Fok conquistou seu nicho aperfeiçoando seu currículo. Ele começou a dar aulas na universidade, depois passou cinco anos como professor de uma escola antes de abrir seu próprio negócio de ensino em 2012.

Hoje, é o autor de vários livros sobre economia. Ele garante que se mantém atualizado pelos exames anteriores, bem como pelas últimas tendências, além de permitir que seus alunos lhe enviem mensagens a qualquer momento.

'Não prometa demais e não entregue menos'

Nos imensos mercados de ensino de Hong Kong e da Coreia do Sul , os professores "estelares" dependem de um grande número de estudantes, fazendo palestras on-line ou ao vivo para aumentar seu alcance. Mas Fok diz não querer comprometer a qualidade de seu ensino ao fazer isso.

Ele critica quem entra nesse setor apenas pelo dinheiro e argumenta que a chance de fracassar é alta. "Os professores devem ser genuinamente apaixonados por ensinar e precisam se esforçar 100% para ajudar os alunos a melhorar", diz Fok. "Não prometa demais e não entregue de menos. Trabalho duro, trabalho duro e trabalho duro."

Enquanto isso, na Califórnia, Matthew Larriva ganha US$ 600 por hora dando aulas particulares para as provas SAT ou ACT, usadas para admissão em universidades americanas. Larriva começou a dar aulas em 2011 e, desde então, abriu sua própria agência de preparação para os testes.

Outras empresas do setor eram "generalistas", defende ele, e havia espaço para uma alternativa de alto nível. Agora, conecta famílias com professores que recebem US$ 250 (R$ 985) por hora, escreve livros, faz apresentações e aceita apenas um ou dois alunos por vez.

"O que eu entrego - e a razão pela qual acho que eles estão dispostos a pagar - é a durabilidade dos resultados", diz ele. Muitas pessoas só trabalham no campo por um curto período de tempo, diz ele, mas, se você ficar, "começa a desenvolver um ritmo que é realmente forte".

Em sua opinião, professores experientes podem ajudar alunos a escolher a prova certa, o cronograma e a meta de pontuação, além de adaptar seu ensino para maximizar o progresso em diferentes níveis de habilidade.

Algumas pessoas, diz Fok, calculam que ele ganhe mais de US$ 1 milhão (R$ 3,94 milhões) por ano, mas não veem o tempo gasto trabalhando nos bastidores.

"Para cobrar US$ 600 (R$ 2.365) por hora, é preciso constante preparação, viagens e marketing", diz ele. "E, uma vez no batente, é um trabalho cansativo durante as noites, fins de semana e feriados. Tenho que ser professor para meus alunos, conselheiro para os pais deles e mediador entre as famílias."

Larriva estima que seja uma das cerca de 100 pessoas mais bem pagas em seu campo, mas lembra que há outros que cobram muito mais. Quanto ao conceito de "superprofessor", ele diz não se importar com pessoas com status de celebridade, desde que seus resultados estejam alinhados com o marketing que fazem.

Sua maior preocupação, diz, é que não há qualificação padronizada para ser professor nos EUA. Muitas pessoas se anunciam como instrutores de preparação de testes, mas às vezes não está claro de que forma beneficiam seus alunos. Ele gostaria que as empresas publicassem os resultados dos estudantes, dando aos pais maior transparência.

Padrões profissionais

Adam Caller concorda. Ele é fundador da Tutors International, com sede em Londres, que fornece professores em tempo integral (incluindo Melissa Lehan) para famílias ricas. Atualmente, sua empresa está oferecendo salários de seis dígitos nos EUA, Bermudas, Luxemburgo e Hong Kong.

Em vez de se concentrar em salários ou "superprofessores" (um termo de que ele não gosta por mexer com o medo dos pais), Caller diz que o importante é resultado para o aluno. Ele contrata apenas professores qualificados (a menos que o cliente solicite o contrário) e suas funções podem incluir requisitos específicos - idiomas extras, música ou esportes, experiência com crianças problemáticas ou dificuldades de aprendizado.

Ele diz acreditar que deve haver uma qualificação profissional que reconheça formalmente a experiência dos professores.

"Seria excelente se houvesse um órgão de fiscalização por meio do qual seu profissionalismo, seu conhecimento, seu desenvolvimento profissional fossem medidos", diz ele.

No caso de Lehan, se posta em prática, essa iniciativa poderia levar a uma melhor compreensão do que ela faz para ganhar a vida. "Acho que há muitas pessoas que não percebem que eu não estou apenas dando um pouco de aulas de francês, mas ensinando um conjunto completo de disciplinas", diz ela.

Para ela, são os alunos - a garota rejeitada por sua escola como uma "aluna de baixo desempenho" que passou a se destacar em todas as provas, por exemplo - que tornam seu trabalho recompensador, em vez de inúmeras qualificações no currículo.

Matthew Larriva concorda. "Sim, o trabalho é sedutor às vezes - ter bilionários fazendo café para você e ser convidado para jantar em família com um congressista - mas mais envolvente do que glamour é o privilégio: entrar na vida de alguém nesta posição única, conhecer uma família e fazer com que eles confiem a você uma grande parte do futuro de seus filhos."

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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