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Goiânia, 21 de dezembro de 2018

Publicado: Sexta, 21 de Dezembro de 2018, 12h27 | Última atualização em Sexta, 21 de Dezembro de 2018, 12h27

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Livro didático 2021 começa a ser planejado de acordo com a BNCC

Microdados do Enem por Escola são divulgados pela primeira vez

Adesão ao programa está aberta para Estados e redes escolares

CORREIO BRAZILIENSE

A USP abre Núcleo de Pesquisa Científica em Brasília

Apenas 1,6% das instituições de ensino superior tiveram nota máxima no MEC

GLOBO.COM

Pela primeira vez, Sisu tem queda no total de vagas oferecidas

As profissões ameaçadas pelos avanços tecnológicos

Entenda como entrar na universidade pública usando a nota do Enem

FOLHA.COM

Cargos-chave da Educação terão pesquisadores ligados a militares sob Bolsonaro Construindo pontes entre o ensino técnico e o superior

Construindo pontes entre o ensino técnico e o superior

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PNLD

Livro didático 2021 começa a ser planejado de acordo com a BNCC

O Ministério da Educação realizou na segunda-feira, 17, audiência pública para apresentar proposta para o novo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para o ensino médio. A proposta para o PNLD 2021 – Ensino Médio está ancorada nas competências e habilidades elencadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 14 de dezembro, bem como nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio.

Os novos livros devem chegar às escolas em 2021. “O processo é complexo. Os escritores precisam de tempo para elaborar os materiais. Depois, as obras devem ser avaliadas pelo MEC para, então, entrar na fase de compra e distribuição às escolas da rede pública”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.

De acordo com o Censo Escolar de 2017, o Brasil tem 7.930.384 estudantes no ensino médio, em 24.542 escolas que ofertam essa etapa. Do total de estudantes, 84,8% estão em escolas estaduais.

PNLD – O Programa é destinado a avaliar e a oferecer obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa. São beneficiadas as escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal, além das instituições de educação infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas conveniadas com o poder público.

Segundo a diretora de apoio às redes de educação básica do MEC, Renilda Peres de Lima, “o PNLD 2021 está todo desenhado para atender as competências e as habilidades da BNCC”. Ela observa que, segundo a orientação do MEC, são produzidos quatro materiais diferentes, além da parte comum recomendada pela BNCC. “Há cadernos temáticos, contemplando a parte diversificada, há os itinerários formativos, as obras literárias e o guia de tecnologias, para cobrir alguma temática ainda não coberta.”

Com a edição do Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017, todos os programas do livro foram unificados. Assim as ações de aquisição e distribuição de livros didáticos e literários, anteriormente contempladas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) foram consolidadas em um único Programa, chamado Programa Nacional do Livro e do Material Didático.

Para participar, basta que as redes de ensino e instituições federais façam a adesão ao programa. São atendidas apenas as entidades que tenham aderido formalmente ao PNLD. A adesão é realizada no sistema PDDE Interativo com a senha do secretário de Educação ou dirigente federal, tornando dispensável o envio de documentos ao FNDE.

Etapas – As obras são inscritas pelos detentores dos direitos autorais, de acordo com critérios estabelecidos em edital. Uma comissão técnica específica nomeada pelo ministro da Educação supervisiona a etapa de avaliação pedagógica, que é coordenada pelo MEC em consonância com o Decreto 9.099 de 18 de julho de 2017. Para a realização da avaliação pedagógica são constituídas equipes de avaliação formadas por professores das redes públicas e privadas de ensino superior e da educação básica. Esses especialistas de diferentes áreas do conhecimento são selecionados a partir de Banco de Avaliadores do MEC.

Caso sejam aprovados, os livros passam a compor o Guia Digital do PNLD, que orienta professores e gestores da escola na escolha das coleções para as diferentes etapas de ensino. Compete às escolas e às redes de ensino garantir que o corpo docente da escola participe do processo de escolha de modo democrático. Para registrar a participação dos professores na escolha e dar transparência ao processo, a decisão sobre a escolha das coleções deve ser documentada por meio da Ata de Escolha de Livros Didáticos.

Distribuição – A compra e a distribuição dos livros são responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os livros chegam às escolas antes do início do ano letivo. Nas áreas rurais, as obras são entregues nas prefeituras ou nas secretarias municipais de educação.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM 2018

Microdados do Enem por Escola são divulgados pela primeira vez

Os Microdados do Enem por Escola foram publicados, de forma inédita, no Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 20. Ao fazer a divulgação, o instituto cumpre sua missão de disseminar informações educacionais. Os Microdados do Enem por Escola contemplam resultados das 11 edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nas quais foram calculadas as médias das escolas com participação de pelo menos dez estudantes. O Enem por Escola foi divulgado de 2005 a 2015, sendo descontinuado em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado, feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas.

Os arquivos que compõem os Microdados do Enem por Escola são os dados em si, um dicionário, um leia-me e notas técnicas e os inputs. Os Microdados são compostos da base de dados do Enem por Escola das edições de 2005 a 2015, empilhadas anualmente. Para cada escola da tabela há informações cadastrais como: código da Unidade da Federação da escola, código do município da escola, nome do município da escola, código da escola no Educacenso, nome da escola no Educacenso, tipo da dependência administrativa e tipo de Localização da escola. As notas apresentadas na tabela contemplam apenas as escolas do ensino médio regular que tiveram seus resultados divulgados.

Foram computados sete tipos de médias: média total (redação e prova objetiva) para as edições de 2005 a 2007; média das notas da prova objetiva para a edição 2008; média das notas de ciências humanas para a edição de 2009 a 2015; média das notas de ciências da natureza para as edições de 2009 a 2015; média das notas de linguagens e códigos para as edições de 2009 a 2015; média das notas de matemática para as edições de 2009 a 2015; média das notas de redação para as edições de 2008 a 2015.

A base de dados apresenta também, para cada escola, o número de alunos matriculados no Censo Escolar na terceira e quarta séries do ensino médio; número de participantes do Enem que cumprem os requisitos de participação no cálculo da média; a taxa de participação; número de participantes do Enem que cumprem os requisitos de participação no cálculo da média e possui necessidade especial.

Para enriquecer a análise do usuário, foram incluídos os seguintes indicadores para anos específicos: indicador de nível socioeconômico da escola – 2015; indicador de adequação da formação docente – 2013 a 2015; indicador de permanência na escola para o ensino médio – 2014 a 2015; taxa de rendimento – 2005, 2007 a 2015; porte da escola – 2005 a 2015. Os dados são publicados em formato “.csv” (formato de arquivo que contém valores separados por delimitador com ponto e vírgula) e os inputs para a leitura desses arquivos foram elaborados utilizando os softwares SAS e SPSS. Os inputs trazem a possibilidade de carregar os rótulos juntamente com os dados, o que facilita o seu manuseio pelo usuário, ao tornar sua utilização mais intuitiva e imediata. Isso não dispensa, entretanto, a consulta ao dicionário de variáveis para obter uma compreensão mais completa da organização do banco de dados e da própria estrutura dos instrumentos utilizados. Se o usuário desejar, poderá não usar os inputs para abrir a base, pois o formato “.csv” também foi adotado por facilitar a leitura dos arquivos, independentemente do software estatístico utilizado.

Para melhor orientar sobre os dados também foram incluídos: dicionário da base de dados e as notas técnicas de cada edição do Enem por escola. O dicionário está disponível em formato “.ods” e as notas em formato “.doc”, para atender à política de dados abertos.

Enem Por Escola – A primeira divulgação do Enem por Escola ocorreu em 2005, oito anos após a criação do exame. As médias passaram a ser calculadas para auxiliar professores, diretores e demais gestores educacionais na identificação de deficiências e boas práticas. Inicialmente, também eram divulgadas notas para total Brasil, Unidade da Federação e município. Em todas as edições, só eram considerados nos cálculos das médias aqueles participantes que declararam que iriam concluir o Ensino Médio naquele ano (concluintes) e todas as escolas que tinham no mínimo 10 participantes.

A última edição do Enem por Escola foi em 2015. Em setembro de 2017, o Inep anunciou o encerramento do Enem por Escola em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas.

Para o Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem instrumentos mais adequados para a avaliação da qualidade da educação ofertada nos sistemas de educação e nas escolas brasileiras. Para fortalecer esse entendimento, desde 2017 o Saeb ampliou a aplicação da prova para o ensino médio da rede pública, tornando-a censitária.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO NO AR

Educação profissional busca suprir demanda de mão de obra qualificada

A educação profissional, científica e tecnológica tem papel fundamental dentro do competitivo mercado de trabalho brasileiro. Além dos 38 institutos federais espalhados pelo país, existem escolas, centros federais de Educação Tecnológica (Cefet) e outras instituições que buscam suprir uma demanda por mão de obra qualificada e certificada. O secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Romero Raposo, é o convidado da edição desta quinta-feira, 20, do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR.

Na entrevista, o secretário destacou a importância da educação profissional para o desenvolvimento do país. “É extremamente importante. Infelizmente, ainda temos no Brasil índices abaixo de países considerados desenvolvidos. Na minha opinião, esse é o grande desafio da educação aqui no Brasil”, afirmou Romero Raposo. “Com a reforma do ensino médio, caracterizamos o quinto eixo de itinerário formativo, que corresponde à educação profissional e tecnológica. Ela é importante porque está aliada ao desenvolvimento econômico de um país, à produtividade, e não somente ao setor industrial”.

Romero Raposo ressaltou que a educação profissional acarreta a ampliação das oportunidades para os jovens. “Quando o jovem é certificado, ele sai pronto para entrar no mercado de trabalho. Já sai um passo à frente dos estudantes que apenas fizeram o ensino médio normal, pois ele já tem uma experiência”, reforça o secretário.

Investimento – Em 2018, o investimento do MEC na rede tecnológica, considerando pessoal, custeio e investimento, girou em torno de R$15 bilhões, dos quais 80% se referem a pessoal e folha de pagamento e R$3 bilhões a gastos discricionários. “Nós também temos outras rubricas de investimento no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no Proedu e na Redetec. Então, quando você soma os gastos com a rede federal com os de outros programas e ações que nós temos dentro da Setec, estamos falando em algo em torno de R$ 16 bilhões”, detalhou Romero Raposo.

Hoje, a rede federal tem aproximadamente 80 mil servidores, entre técnicos administrativos e docentes da carreira Básico, Técnico e Tecnológico (BTT). Com relação aos alunos, esse número é de mais de 1 milhão. “É uma rede bastante consistente. Nós estamos em todas as mesorregiões do Brasil, em mais de 90% das microrregiões. Em qualquer região do Brasil você vai encontrar alguma instituição, alguma unidade da rede federal”, explicou o secretário da Setec. “A rede federal, hoje, é uma referência de educação profissional no Brasil. Acho que o caminho é continuar investindo para consolidá-la”.

BNCC – A implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai afetar diretamente a educação tecnológica. “Agora o ensino médio deixa o estudante como protagonista, dando a ele opções através de itinerários formativos, projetos, disciplinas”, disse Romero Raposo. “Assim, a gente acredita que isso vai ser um marco na educação profissional”.

Assessoria de Comunicação Social

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ESCOLA DO ADOLESCENTE

Adesão ao programa está aberta para Estados e redes escolares

Estados e municípios já podem realizar suas adesões ao Programa Escola do Adolescente (PEA), que oferecerá formação e apoio técnico a gestores e professores, de forma a tornar a escola um ambiente atrativo para os adolescentes aprenderem cada vez mais, participarem de ações de reorganização escolar, visando combater a repetência e o abandono. A adesão pode ser feita pela página do programa na internet.

A plataforma do PEA foi lançada pelo Ministério da Educação em 11 de dezembro e fornece diversas informações sobre o programa. A adesão já está aberta e deve ser feita pelos secretários de educação. Para as escolas, a adesão estará disponível a partir desta quinta-feira, 20. Todas as escolas que ofereçam turmas para os anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono anos) poderão fazer a adesão, sendo necessário apenas que os secretários de educação de sua rede tenham feito a inscrição previamente. A adesão ficará aberta até 21 de janeiro.

A plataforma vai apoiar a gestão das secretarias e das escolas na elaboração e implementação de um plano de ação e na revisão curricular para uma escola mais conectada com o adolescente, de modo a ajudá-lo a se conectar com seu projeto de vida, seus interesses e até mesmo com suas vivências fora da escola. Por isso, o programa vai contar, por exemplo, com estratégias formativas sobre adolescência e mobilização do aprendizado, que chamem a atenção dos alunos de modo a engajá-los nos estudos e nos projetos da escola.

O programa pretende adotar mecanismos que combatam indicadores muito preocupantes, que são os de baixa aprendizagem, de reprovação e de abandono”, explica a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole. “A partir do momento em que se consegue ter uma escola que redesenha o currículo, que se reestrutura do ponto de vista pedagógico para olhar para esse público específico, a chance dele ser mais acolhido, de ter mais interesse e engajamento, é maior.”

Inédito – Este é o primeiro projeto focado diretamente nos anos finais do ensino fundamental, etapa que tem o dobro de reprovação e abandono quando comparado aos anos iniciais. Há um grande desafio a ser superado nos anos finais do ensino fundamental e o Programa Escola do Adolescente tem o objetivo de ajudar a escola a superar esse atraso, conectando o desejo do adolescente com o que é ensinado em sala de aula.

Atendimento – São 65 mil as escolas potenciais para atendimento pelo programa. Para dar suporte às redes, será formado um grupo de apoio com 53 coordenadores estaduais, dois por estado e um para o DF, os quais serão indicados logo após a adesão, sendo um selecionado pela seccional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e outro pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O grupo será responsável por auxiliar a implementação das formações e apoiar as ações do programa junto às redes escolares.

Assessoria de Comunicação Social

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CORREIO BRAZILIENSE

EDUCAÇÃO

A USP abre Núcleo de Pesquisa Científica em Brasília

A Universidade de São Paulo (USP), por meio de sua Escola Politécnica, assinou convênio com a Faculdade UPIS de Brasília para promover intercâmbio e cooperação visando à realização de pesquisas, ensino, extensão, troca de informações, atividades culturais, consultoria, desenvolvimento e prestação de serviços integrados em diversas áreas do conhecimento.

Aproveitando a estrutura disponibilizada pela Upis, que tem um dos maiores câmpus agrícolas e de medicina animal do Brasil, a USP, por meio de sua escola Politécnica e de seu corpo docente, estará promovendo estudos científicos e mantendo estrutura capaz de atender governos, empresas e profissionais em demandas que levem a estudos técnicos voltados para o aprofundamento de alternativas e soluções tecnológicas inovadoras, além de disponibilizar espaços para realização de estudos, cursos, coworkings e apoio de startups.

Upis

Fundada em 5 de dezembro de 1971, a Upis - Faculdades Integradas tem 47 anos de atuação no mercado de Brasília, a Instituição oferece 16 cursos de graduação em diversas áreas de conhecimento: administração, agronomia, ciências contábeis, ciências econômicas, direito, enfermagem, farmácia, fotografia, geografia, história, medicina veterinária, secretariado executivo, sistemas de informação, tecnologia em comunicação institucional, turismo e zootecnia.

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EDUCAÇÃO

Apenas 1,6% das instituições de ensino superior tiveram nota máxima no MEC

Apenas 1,6% (34) das 2.066 instituições de ensino superior avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2017 receberam nota máxima, de acordo com os dados do Índice Geral de Cursos (IGC). O levantamento foi divulgado em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (18) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Para avaliar, o cálculo do IGC leva em conta a média dos CPC dos últimos três anos, relativos aos cursos avaliados da instituição; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação. Para que uma Instituição de Ensino Superior (IES) tenha o IGC calculado é preciso ter, ao menos, um curso com estudantes concluintes inscritos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

No total, 2.066 instituições que oferecem graduação e pós-graduação foram avaliadas. Boa parte delas são faculdades (1.640). Na segunda classificação aparecem os centros universitários (208), universidades (195), Institutos Federais (IF's) e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), com 40 instituições.

Em comparação ao ano de 2016, o IGC não sofreu muitas distorções de valor. Ao todo, 34 instituições tiveram nota 5 (1,6%), 391 nota 4 (18,9%), 1.363 nota 3 (66%), 268 nota 2 (13%) e 10 nota 1 (0,5%). No agrupamento, as faculdades aparecem em evidência nas notas 2 (16,3%) e 3 (67,8%), mas há maior proporção das universidades de notas 4 e 5 (43,1% e 7,2% respectivamente).

Conceito Preliminar de Curso (CPC)

No CPC, 2,3% dos cursos de graduação tiveram nota máxima no MEC: 5. Para avaliar, os cálculos do CPC levam em conta quatro critérios: desempenho dos estudantes no Enade, perfil do corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos. Junto com o Conceito Preliminar de Curso, o MEC também apresentou os números do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) - responsável por classificar as instituições de ensino.

No total, 10.210 cursos foram analisados numa escala que vai de 1 a 5. Entre os cursos, 231, ou 2,3% do total, tiveram nota máxima. Conseguiram o conceito 4, 3.704 cursos (36,3%). A nota 3 foi obtida por 5.306 cursos (52%). Outros 37 (0,4%) e 932 (9,1%) atingiram, respectivamente, notas 2 e 1.

Os melhores desempenhos foram de instituições públicas (federal, estadual e municipal), totalizando 4.351 cursos. A maioria teve nota 3, variando entre 42,5% e 58,4% e nota 4, entre 14,3% e 51,3%. Na nota 5, as instituições federais aparecem em vantagem, com 3,3%. Nos cursos particulares: 55,3% tiveram nota 3 e 32,1% nota 4. Os cursos privados também aparecem em segundo lugar na nota 5, passando à frente das instituições públicas estaduais e municipais, com 2,3%.

No enquadramento de cursos presenciais e a distância, os primeiros aparecem à frente. Entre os presenciais, 51,4% tiveram nota 3 e 36,6% com nota 4. Na educação à distância, 62,3% atingiram nota 3 e 30,2%, nota 4. Vale ressaltar que a quantidade de cursos avaliados na modalidade a distância aumentou. Em 2016, tinha apenas 51 cursos, número que saltou para 493 em 2017.

Apenas 9,5% dos cursos de bacharelado e licenciaturas em ciências exatas e dos cursos superiores de tecnologia em controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura, produção industrial tiveram desempenho nas faixas 1 e 2, CPC. Outros 38,3% ficaram acima nas faixas 4 e 5. A maioria dos cursos brasileiros nessas áreas, 52%, estão na faixa 3. O Indicador observa quatro dimensões para avaliar a qualidade dos cursos de graduação. Já o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), indicador de qualidade que avalia as Instituições de Educação Superior, registrou 13,5% das IES nas faixas mais baixas, 66% na média e 20,5% nas faixas superiores.

Apesar dos resultados ainda distantes da excelência, o MEC preferiu ler os números de forma otimista.“Se deixarmos de lado as notas um e dois, nós vamos ter 86% das instituições entre níveis adequado para ótimo”, destacou o secretário executivo do MEC, Henrique Sartori.

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, esclareceu que os índices representam melhorias. “Tivemos resultados detalhados e uma ótima oportunidade para que cada instituição reveja seus caminhos e retomem condições de oferta e trabalho que fazem na formação de alunos. Se a instituição quiser, ela tem, a partir desses conceitos, uma radiografia, um caminho a seguir para melhorar o seu desempenho. O mapa está pronto. Se a instituição quiser investir em uma condição específica, pode olhar como”, disse.

Para o especialista em educação Marcio Guerra a situação preocupa tanto pelos resultados apresentados quanto pelas avaliações passadas, que indicam poucas mudanças. “Os índices divulgados pelo MEC não são novidades. E isso nos mostra que há grandes recados aí. Nós precisamos avaliar melhor, questões como o diálogo entre o aluno nas universidades e no mercado de trabalho, por exemplo, e até as mudanças nos perfis de aprendizagem. O ensino tem que acompanhas as mudanças da sociedade, tem que ser mais atrativo e dinâmico”, afirmou o gerente-executivo da área de estudos e prospectivas da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

O diretor executivo da Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, Rodrigo Capelato, analisa os resultados e destaca que houve melhora tanto na qualidade dos cursos quanto das instituições. “Se compararmos o número de conceito dos cursos, percebemos que houve um aumento desses indicadores. Por outro lado a gente tem poucas instituições com índices insatisfatórios em poucos cursos.” Segundo ele, devido ao método de cálculo que é utilizado pelo MEC, há extremos, no caso de notas 5 e 1. “Sabemos que têm muitas instituições de boa qualidade, mas devido a essa metodologia, algumas notas vão ser consideradas vão atingir o máximo. Mas a maioria fica concentrada na faixa 3”, pondera.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, os indicadores não demonstram se uma instituição de ensino tem qualidade ou não. Ele explica, que no caso da UnB - que foi a única instituição do DF a atingir nota máxima - por ser uma universidade federal é o estabelecimento que recebe os alunos mais bem preparados ao longo da educação básica. Para Caldas, os índices não comprovam, efetivamente, os resultados do trabalho desenvolvido pelas instituições. “Há que se registrar que uma parcela considerável desses índices é construída a partir da nota obtida pelos estudantes no Enade, exame em que o aluno não tem sequer a obrigação de responder, mas tão somente de assinar a prova. Por fim, tem de se se questionar a padronização estabelecida pelas avaliações que não levam em conta as características locais e a diversidade do nosso país”, ressalta.

Processo formativo do estudante

Por meio do questionário do estudante do Enade, o aluno avalia três pilares: organização didático-pedagógica; infraestrutura e instalações físicas; e oportunidade de ampliação da formação acadêmica e profissional. A avaliação tem por objetivo compor o perfil socioeconômico dos participantes do Enade. Em 2017, 467.627 mil alunos de educação presencial e à distância responderam ao questionário, classificando as categorias com notas de 1 a 6.

Com pontuação entre 5,13 e 5,15 aparece a organização didático-pedagógica, seguida por infraestrutura e instalações físicas (4,92 e 4,98). Por último, a categoria de oportunidade de ampliação da formação acadêmica e profissional foi classificada com nota entre 4,15 e 4,67.

O secretário executivo do MEC, Henrique Sartori, o principal desafio é elevar a qualidade do aluno ingressante à instituição de ensino superior. “Alguns alunos até têm condições de entrar, mas não conseguem se manter na instituição por vários motivos, econômicos, sociais e educacionais. Outro ponto de atenção são as revisões a partir das reformas que a educação básica acabou de passar. Isso impacta diretamente na formação pedagógica.” "É importante ressaltar que no ano de 2017 nós tivemos uma reforma da regulação da educação superior. E isso vai ser sentido nos próximos anos, não é refletido agora. Em 2019 e 2020 teremos um novo patamar de regulação e de avaliação”, afirmou Sartori.

Cursos avaliados em 2017

As avaliações são trienais. Na análise de 2016, os cursos analisados foram da área da saúde, ciências agrárias e produção de alimentos. Em 2015, o CPC se centrou em ciências humanas. E em 2014, em licenciaturas e ciências exatas. Para que um curso tenha o CPC calculado, é preciso que tenha no mínimo dois estudantes concluintes participantes no Enade.

As graduações avaliadas em bacharelado e licenciatura foram: arquitetura e urbanismo; ciência da computação; ciências biológicas; ciências sociais; educação física; artes visuais;engenharia, ambiental, civil, produção, alimentos, computação, controle e automação, produção, elétrica, florestal, mecânica e química; filosofia; física; geografia; história; letras – português; letras – espanhol; letras – inglês; matemática; música; pedagogia; química e sistemas de informação.

Nas áreas de graduação em tecnologia, os cursos avaliados foram: análise e desenvolvimento de sistemas, gestão da produção industrial, gestão da tecnologia da informação e redes de computadores.

O que é CPC, IGC e Enade?

CPC – o Conceito Preliminar de Curso é composto de oito componentes, agrupados em quatro dimensões que se destinam a avaliar a qualidade dos cursos de graduação. Para que um curso tenha o CPC calculado, é preciso que ele possua no mínimo dois estudantes concluintes participantes no Enade. Os insumos usados nos cálculos são:

- Desempenho dos estudantes no Enade – Nota do Enade

- Valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes – IDD

- Perfil do Corpo docente (Regime de Trabalho e Titulação) – Censo Superior

- Percepção Discente sobre as Condições do Processo Formativo – Questionário do Estudante no Enade

IGC – Para que uma IES tenha o Índice Geral de Cursos calculado é preciso que ela possua ao menos um curso com estudantes concluintes inscritos no Enade no triênio de referência. É preciso ainda que tenha sido possível calcular o CPC deste(s) curso(s). O IGC é calculado anualmente e leva em conta os seguintes aspectos

- Média dos CPC do último triênio, relativos aos cursos avaliados da instituição;

- Média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Capes na última avaliação trienal disponível;

- Distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação stricto sensu.

Enade – Previsto na lei que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o desempenho dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos que se propõem a ensinar e as habilidades e as competências desenvolvidas pelo estudante durante sua formação. O exame é obrigatório: apenas o concluinte que responder ao Questionário do Estudante e realizar a prova pode colar grau. A cada ano o Enade se dedica a um Ciclo Avaliativo Trienal, que guardam relação direta com os Indicadores de Qualidade.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Pela primeira vez, Sisu tem queda no total de vagas oferecidas

A edição do primeiro semestre de 2019 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai ter um número menor de vagas do que a do ano anterior. Apesar da redução ser pequena, é a primeira vez que isso acontece nos dez anos de história do sistema, criado pelo Ministério da Educação como um vestibular centralizado para universidades públicas, usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No ano que vem, a seleção, que receberá inscrições entre os dias 22 e 25 de janeiro, reunirá um total de 235.476 vagas, segundo anunciou o MEC na tarde desta segunda-feira (17), quando a pesquisa de vagas foi aberta ao público no site oficial do Sisu.

No primeiro semestre de 2018, o número foi de 239.601 vagas. A queda foi de 1,7%. Ao G1, o MEC explicou que o Sisu "é uma ferramenta de apoio às instituições de Ensino Superior Públicas de adesão facultativa e que, por esse motivo, pode registrar variações entre as suas edições".

Compare abaixo a evolução:

O Sisu é realizado duas vezes por ano, mas a edição do primeiro semestre, que foi levada em consideração na comparação, é a que concentra a maior parte das vagas.

Um cruzamento de dados das vagas do Sisu e do Censo da Educação Superior divulgado pelo G1 no início do ano mostrou que, entre 2010 e 2016, a concentração de vagas nas universidades públicas saltou de 10,7% para 43% no período.

Para 2019, 129 instituições aderiram ao sistema. Na edição anterior, foram 130. Segundo o MEC, a variação se deve ao fato de que três universidades que participaram em 2018 não aderiram para 2019, e outras duas, que ficaram de fora da última edição, agora vão participar da próxima.

Participaram do Sisu 2018.1, mas não vão participar do Sisu 2019.1:

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT)

Instituto Federal de Rondônia (IFRO)

Não participaram do Sisu 2018.1, mas vão participar do Sisu 2019.1:

Universidade Estadual de Feira de Santa (UEFS), na Bahia

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM), em São Paulo

Calendário e mudanças no Sisu

Os candidatos interessados em concorrer a uma vaga nas universidades deverão se inscrever de 22 a 25 de janeiro de 2019 pela internet. O resultado será divulgado em 28 de janeiro.

Neste ano, o sistema da lista de espersa do Sisu vai mudar. Até 2018, o candidato a uma vaga no ensino superior poderia escolher duas opções de curso e desistir da segunda opção para ficar na lista de espera da primeira.

Agora, haverá uma chamada regular e o estudante selecionado em uma das opções de curso desta chamada não poderá participar da lista de espera. Se ele não for selecionado, poderá ficar na lista de espera de apenas uma das suas opções de curso.

Segundo o MEC, a mudança na lista de espera é para permitir "maior liberdade de escolha para os estudantes não selecionados na chamada regular dos processos seletivos do Sisu."

A expectativa é que se reduza o tempo de convocação das listas de espera e que todos os estudantes estejam matriculados antes do período letivo. De acordo com a pasta, as mudanças poderão ajudar a diminuir a ociosidade das vagas.

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EDUCAÇÃO

As profissões ameaçadas pelos avanços tecnológicos

"Qualquer trabalho que seja rotineiro ou previsível, será feito por um algoritmo matemático dentro de cinco ou dez anos."

Essa é a previsão do americano John Pugliano, o polêmico autor de The Robots are Coming: A Human's Survival Guide to Profiting in the Age of Automation ("Os robôs estão vindo: Um guia de sobrevivência humana para lucrar na era da automatização"), ao menos nos países desenvolvidos.

Em conversa com a BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Pugliano diz que, assim como nas últimas décadas trabalhos realizados por operários em fábricas foram substituídos pelo avanço tecnológico, profissões altamente qualificadas, que até então não pareciam tão ameaçadas, também correm o risco de desaparecer.

A tese é polêmica, porque contempla carreiras que seguem sendo consideradas imprescindíveis na maior parte do mundo e que normalmente não estão listadas entre as ameaçadas.

"Os médicos e os advogados não vão desaparecer. Mas uma parte de seu campo laboral será reduzida", opina Pugliano, que é fundador da consultoria de investimentos americana Investable Wealth.

Ainda que pareça ser catastrofista, o americano diz acreditar que haverá novas oportunidades para as pessoas que sejam capazes de resolver problemas inesperados, antecipar-se ao que pode ocorrer, assumir riscos e dar respostas criativas. Tudo aquilo que, em teoria, um algoritmo não possa solucionar.

Mas onde estarão as oportunidades de trabalho?

"Os especialistas em segurança virtual serão os profissionais mais requisitados nos próximos anos", diz Pugliano. "Aqueles que podem se antecipar a possíveis ataques cibernéticos."

Mas não será o único setor. "Há áreas que têm a ver com o contato humano que são insubstituíveis por algoritmos", acrescenta, citando psicólogos, psiquiatras ou diversos tipos de trabalhadores sociais.

Eis uma lista com sete profissões ameaçadas pelo avanço tecnológico nos países desenvolvidos, segundo o autor do livro.

1. Médicos

Embora possa soar absurdo - pois os médicos são sempre requisitados e mais ainda com a atual tendência de envelhecimento da população -, Pugliano afirma que os médicos generalistas perderão terreno nos países ricos porque os diagnósticos de doenças comuns serão automatizados.

No entanto, continuará havendo demanda por médicos que trabalhem em salas de emergência ou outros tipos de especialistas, como cirurgiões plásticos, segundo o autor.

2. Advogados

Ele acredita que as tarefas executadas por advogados com menor nível de especialização e experiência serão efetuadas por computadores.

O advogado que trabalha em escritórios, lidando com documentos e tarefas rotineiras, terá uma diminuição no seu campo profissional.

3. Arquitetos

Pugliano diz que, com o avanço tecnológico, os arquitetos serão cada vez menos necessários para projetar construções simples.

Os que seguirão requisitados serão aqueles com habilidades artísticas, cuja capacidade criativa não possa ser substituída por uma máquina.

4. Contadores

Sobreviverão os contadores especializados em assuntos tributários mais complexos. Mas aqueles que tratam de temas mais comuns e previsíveis serão afetados pela falta de demanda.

5. Pilotos de guerra

Estão em risco, porque basicamente têm sido - e continuarão sendo - substituídos por aviões não tripulados.

6. Policiais

As funções rotineiras de vigilância hoje desempenhada por policiais com baixo nível de especialização estão sendo substituídas em países desenvolvidos por sofisticados sistemas tecnológicos.

Nunca desaparecerão, mas terão a demanda reduzida, opina Pugliano.

7. Corretores de imóveis

O tradicional corretor de imóveis está perdendo espaço frente aos sites que conectam quem oferece e quem demanda serviços imobiliários, como o aluguel e a compra de casas e escritórios.

Além dessa lista de profissões, de forma geral, "os que vão desaparecer são os intermediários das empresas", diz Pugliano.

Mas, à medida em que algumas profissões perdem terreno, criam-se oportunidades para outras.

Afinal, alguém terá que criar os sistemas de inteligência artificial, programar as máquinas, melhorar os algoritmos e consertar os sistemas quando falharem.

E na vida cotidiana, encanadores, eletricistas e todos aqueles que consertam avarias seguirão sendo altamente requisitados, ao menos por um bom tempo, segundo o autor.

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SISU 2019

Entenda como entrar na universidade pública usando a nota do Enem

Quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 pode concorrer a uma vaga no ensino superior público por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ocorre duas vezes por ano. A plataforma, administrada pelo Ministério da Educação, reúne e distribui as vagas a partir do desempenho dos alunos no exame.

O cronograma da primeira edição de 2019 já foi anunciado e as inscrições serão abertas no dia 22 de janeiro.

Até lá, aproveite para entender um pouco mais sobre o funcionamento do sistema.

O que é o Sisu? Quem pode participar?

O Sisu é o sistema do Ministério da Educação, em vigor desde 2010, que seleciona os candidatos para as vagas em cursos de graduação de universidades públicas de todo o país. Podem participar da edição que ocorrerá em janeiro os estudantes que fizeram o Enem 2018 e não tenham zerado na redação.

Qual o período das inscrições?

Entre os dias 22 e 25 de janeiro. As inscrições deverão ser feitas pelo site do Sisu, com número de inscrição do Enem e senha.

Antes, no dia 18 de janeiro, o Inep vai divulgar as notas individuais dos participantes do Enem.

Qual o número de vagas disponibilizadas nesta edição do Sisu?

Serão 235.476 vagas em 129 instituições públicas de ensino superior federais e estaduais de todo o país. Elas já podem ser consultadas no site do Sisu (http://sisu.mec.gov.br/cursos), filtrando por nome do curso, instituição ou município.

As vagas são todas de instituições públicas?

Sim, todas públicas, incluindo estaduais e federais. As universidades particulares estão inseridas em outro programa de acesso ao ensino superior - o Prouni. Por meio dele, também a partir do desempenho no Enem, são distribuídas bolsas de estudo de até 100% em instituições particulares.

Como funciona o sistema? A inscrição é fácil?

É preciso ter em mãos o número de inscrição do Enem e a senha cadastrada. Cada candidato pode escolher até duas opções entre as vagas ofertadas. Ao se logar no sistema, é necessário confirmar os dados e iniciar a inscrição. São três passos:

Pesquise as vagas pelo nome do município, nome da instituição ou nome do curso.

Clique no curso para saber a quantidade de vagas disponíveis e a modalidade (se é reservada para cotista ou não).

Confirme os dados do curso escolhido, veja a documentação que será exigida pela instituição no momento da matrícula, caso seja selecionado, e clique em "confirmar minha inscrição".

Durante o período de inscrição, é possível monitorar as notas de corte e o candidato pode remanejar as escolhas. Será considerada válida a última inscrição. Ao final de cada etapa, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem.

Cada instituição tem autonomia para definir pesos diferentes para cada área de conhecimento do Enem, além de distribuir bônus (racial e social, por exemplo) de acordo com suas políticas afirmativas. Por isso, uma mesma nota no Enem pode ter maior ou menor peso dependendo da instituição - o sistema faz automaticamente o cálculo.

É verdade que as notas de corte mudam diariamente? Como ela é calculada?

Sim, elas podem mudar durante todo o período da inscrição. Elas serão divulgadas nos dias 23, 24 e 25 de janeiro a partir de 0h, segundo o MEC. A nota é calculada para cada curso com base no número de vagas disponíveis e no total de candidatos inscritos por modalidade de concorrência.

Como eu faço para ter mais chances de conseguir uma vaga?

É importante não "abandonar" a inscrição. Como a nota de corte pode mudar, é preciso acompanhar a inscrição durante todo o período, pois ela vai servir de referência. Pelo Sisu é possível verificar se o candidato está acima ou abaixo da nota de corte e verificar se tem, consequentemente, mais chance ou não de conquistar avaga. Vinicius de Carvalho Haidar, coordenador do Curso Poliedro, sugere que os candidatos pesquisem, antes de se inscrever, o termo de adesão da universidade ao Sisu que especifica os pesos e notas mínimas para cada uma das áreas do conhecimento do Enem. "Com isso, o candidato já consegue ter uma ideia em quais instituições ele vai ter um nota maior e pode traçar uma estratégia antecipadamente."

Tenho direito às cotas, elas estão contempladas nas vagas oferecidas pelo Sisu?

Sim, todas as instituições terão vagas destinadas para os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública. Há ainda as que disponibilizam uma parte das vagas para políticas afirmativas próprias. Sendo assim, em alguns cursos pode haver três modalidades de concorrência: vagas de ampla concorrência, vagas reservadas de acordo com a Lei de Cotas (12.711/2012) e vagas destinadas às demais políticas afirmativas da instituição.

Cabe ao candidato verificar se cumpre os requisitos de determinada vaga e se de fato compensa disputá-la como cotista. Não há garantia de que a nota de corte das vagas reservadas será menor do que na disputa de ampla concorrência.

Haverá oferta para cursos a distância?

Não. Serão ofertadas somente vagas para cursos presenciais.

Quando sai o resultado? Se eu não for convocado na chamada regular tenho mais alguma chance?

O resultado da chamada regular sai no dia 28 de janeiro. Quem não foi convocado em nenhuma das duas opções pode manifestar interesse em aderir à lista de espera.

Vinicius Haidar reforça que ao sair o resultado, os aprovados precisam logar no sistema e clicar no botão para manifestar interesse na vaga. "Muita gente esquece de fazer isso e perde a oportunidade. Para quem entrou na lista de espera também é necessário acompanhar o site da universidade para ver se haverá convocações."

Como funciona a lista de espera?

Entre os dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro, os candidatos que não foram selecionados em nenhuma de suas opções na chamada regular podem manifestar interesse em aderir à lista pelo site do Sisu.

Depois disso, o processo não fica mais a cargo do MEC e sim das próprias instituições. São elas que fazem as convocações dos alunos, caso haja vagas. Por isso, é importante que os candidatos acompanhem o processo junto às instituições na quais tenham manifestado interesse.

Se eu me inscrever no Sisu, posso disputar uma bolsa de estudos pelo Prouni?

Sim, desde que você obedeça aos critérios de participação. Mas caso seja contemplado em ambos os programas, terá de optar pela bolsa do Prouni ou pela vaga do Sisu. Segundo o MEC, é proibido um estudante utilizar uma bolsa do programa e estar, simultaneamente, matriculado em instituição de educação superior pública e gratuita.

Quando haverá uma nova edição do Sisu?

São duas edições por ano. Uma ocorre no primeiro semestre e outra no segundo, geralmente no mês de julho.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Cargos-chave da Educação terão pesquisadores ligados a militares sob Bolsonaro

O grupo ligado aos militares conseguiu emplacar nomes para os cargos mais importantes no Ministério da Educação do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Os cinco futuros integrantes da pasta já dados como certo têm conexão com os militares.

O futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, já tem indicações para as secretarias executiva e de Educação Básica do MEC e para as presidências do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O quarto nome confirmado para a pasta pode ir para a secretaria de Educação Superior ou para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

A influência do grupo de militares é reflexo da dificuldade do futuro ministro em ter opções para sua equipe, segundo avaliação de pessoas que têm participado das conversas na transição. Vélez não tem experiência em gestão educacional ou nas discussões de políticas públicas da área. Foi escolhido por indicação do escritor Olavo de Carvalho, espécie de mentor ideológico da onda conservadora no Brasil.

A secretaria-executiva do MEC, cargo considerado o número 2 da pasta, será ocupada pelo cientista político Antonio Flavio Testa, pesquisador da UnB (Universidade de Brasília). Testa é técnico legislativo do Senado aposentado e já foi chefe de gabinete do senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Tem estado nas conversas sobre educação desde antes das eleições mas é ligado ao grupo de generais.

Outro nome sob a influência dos militares é o do professor de finanças da FGV Carlos Alberto Decotelli. Ele deve assumir a presidência do FNDE. O órgão é responsável, por exemplo, por programas de transferências a municípios, como o de merenda, e pelo Fies (programa de financiamento estudantil).

Decotelli tem participado ativamente das reuniões de transição no ministério e visitou o FNDE na última semana, sem a presença do futuro ministro.

Profissionais ligados ao ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) têm colaborado com Vélez na transição. O reitor do instituto, Anderson Ribeiro Correia, vai assumir ou a secretaria de Educação Superior ou a Capes. O ITA é ligado às Forças Armadas.

Engenheiro e doutor pelo ITA, Luiz Antonio Tozi será o secretário de Educação Básica do MEC. Tozi é o atual vice-diretor superintendente do Centro Paula Souza, autarquia paulista que gerencia as Etecs e Fatecs (escolas e faculdades técnicas ligadas ao governo do estado de SP).

Já presidência do Inep, que organiza o Enem, deve ser ocupada pelo engenheiro Marcus Vinicius Rodrigues. Ele é professor da FGV, atuou por quase vinte anos como executivo dos Correios. Rodrigues está empenhado nas discussões da transição do MEC e, à Folha, disse que não tem a confirmação para o cargo.

Rodrigues, Decotelli e Testa colaboram com Bolsonaro desde antes da eleição. Sempre foram apontados como elos entre os militares e a academia.

O discurso mais efusivo de Bolsonaro sobre educação sempre foi relacionado a questões morais. Envolvem um combate de raiz religiosa contra a abordagem de questões de gênero na escola e a uma suposta doutrinação generalizada de esquerda nas escolas.

O futuro ministro já escreveu que a educação brasileira quer impor à sociedade “uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista”. Sua indicação foi comemorada pelos defensores do projeto Escola sem Partido, que busca controlar o que o professor pode falar em sala de aula.

Nas reuniões de transição no MEC, entretanto, Vélez e sua equipe têm se surpreendido com a dimensão das ações da pasta, segundo relatos ouvidos pela Folha. O ministério conta com orçamento da ordem de R$ 140 bilhões. O futuro ministro e a equipe têm evitado contato com jornalistas.

ANALISTA DE DOUTRINAÇÕES

Além dos nomes já indicados para os cargos, há uma equipe de transição para a área de educação com nove pessoas, mais o futuro ministro. Fazem parte desse grupo, por exemplo, professores, três pessoas ligadas aos Bombeiros, um militar ligado à área de educação a distância, dois políticos do PSL e um professor que faz análises de supostas doutrinações de esquerda em livros didáticos.

O professor goiano Orley José da Silva é colaborador do movimento Escola Sem Partido. Silva reúne desde 2014 em seu blog exemplos do que classifica como doutrinação de esquerda em materiais didáticos que fazem parte das compras do governo.

Em texto recente, ele critica obras que chegam no ano que vem às escolas por apresentar a escravidão “como um ato desumano exclusivo da elite branca eximindo as comunidades africanas que escravizam sua própria gente". Também relativiza trechos de livros que falam sobre o genocídio indígena na colonização, "como se os europeus não tivessem oferecido nada de bom aos índios, nem mesmo educação."

Sob o título "Livros do MEC de Temer poderão engessar ações didáticas do MEC de Bolsonaro", Silva ainda afirma que a questão quilombola é uma pauta do PT. Também ataca atividades que buscam quebrar preconceitos de gênero, como normalizar a prática de futebol por meninas, e defende alterações na Base Nacional Comum Curricular.

Orley preferiu não dar entrevistas por, segundo ele, não saber ainda como será a política do futuro governo para os livros didáticos. Ele afirmou que participa do grupo apenas como auxiliar e voluntário.

O professor colaborou com os trabalhos iniciais sobre educação para o programa de governo de Bolsonaro, coordenados pelo professor Stavros Xanthopoylos. 

Especialista em educação a distância, Xanthopoylos foi um dos primeiros cotados para o MEC. Seu nome enfraqueceu na medida em que o grupo de militares e conservadores ganhou força.

Para ele, a agenda ligada ao movimento Escola sem Partido não deve se sustentar dentro do governo. “Existem questões mais centrais para resolver. Essa agenda [do Escola sem Partido] não pode ir para um lado nem para outro”, disse.

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OPINIÃO

Construindo pontes entre o ensino técnico e o superior

Fui, na semana passada, proferir uma palestra na Universidade de Sussex para alunos do Instituto de Estudos do Desenvolvimento, um centro de ensino e pesquisa voltado à promoção de políticas públicas para redução das desigualdades.

Falei com os estudantes sobre os desafios da educação em países em desenvolvimento num mundo em transformação e pude ouvir seus relatos sobre como havia sido o contato deles com a educação básica em países como o Paquistão, a Índia, a Arábia Saudita, ou a Nigéria.

Um grupo de alunos brasileiros ouvia atento a apresentação e agregava informações sobre o Brasil.

No final, aprendemos todos com essa troca e projetos interessantes podem surgir daí. Parte disso resulta de um processo interessante de internacionalização das universidades, fato que também ocorre aqui.

Recebemos nas universidades brasileiras alunos de diversos países, temos parcerias com escolas de várias partes do globo e, com isso, podemos nos beneficiar de achados científicos e de pesquisas de ponta em diferentes áreas.

Mas há alguns problemas que impedem que aproveitemos esse intercâmbio. O ensino superior, apesar de progressos, ainda se mantém distante das necessidades de desenvolvimento econômico do país.

Além disso, dada a baixa qualidade de etapas anteriores, as universidades recebem alunos sem as competências necessárias para a vida acadêmica e as formações resultam em reduzida empregabilidade.

Com isso, algumas pessoas tendem a lamentar a busca, por parte dos jovens, de formação universitária, em vez de seguirem o caminho do ensino técnico —menos árido e com maior potencial de empregabilidade. Mas os dados não confirmam essa percepção.

Apenas 18,1% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior. A porcentagem é muito inferior à de países europeus. O mesmo se passa com o ensino técnico e profissional: só 9% dos alunos da rede pública dirigem-se a cursos dessa modalidade, o que também é muito inferior ao que praticam países com bons sistemas educacionais.

Neste contexto, o que fazer? Priorizar o ensino médio técnico, favorecendo a empregabilidade dos jovens, ou enviar alunos ao ensino superior?

Provavelmente a solução seria integrar as duas opções, construindo uma ponte em que os alunos que assim o desejarem possam primeiro completar sua formação profissional numa área e nela trabalharem por certo tempo, tal como ocorre nas “meister high schools”coreanas.

Estas oferecem cursos técnicos de ponta e os jovens podem, depois de três anos trabalhando, cursarem faculdade, para aprofundar seus conhecimentos.

Por Claudia Costin

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

Observação: Comunicamos que, em razão do período de férias e recesso, esta será a última edição do Clipping de 2018. Ele será retomado em fevereiro de 2019.


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