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Goiânia, 15 de março de 2019

Publicado: Sexta, 15 de Março de 2019, 11h33 | Última atualização em Sexta, 15 de Março de 2019, 11h42

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Estudante do IFF desenvolve robô de baixo custo que inspeciona galerias subterrâneas

Exposição comemora 80 anos de livro de Gilberto Freyre e recria cultura açucareira do século 20

Alunos de escolas de São Paulo visitam o MEC e aprendem sobre o funcionamento da pasta

Ministro participa de abertura do Programa Forças no Esporte, que atende jovens carentes

CORREIO BRAZILIENSE

Maior acesso a armas favorece ataques a escolas, diz especialista dos EUA

Feira de intercâmbio reúne 3 mil interessados em estudar no exterior

IBM oferece cursos gratuitos em todo o Brasil

Pesquisa da UnB reduz 80% número de mosquitos da dengue em São Sebastião 

GLOBO.COM

10 tendências que estão mudando o ensino em todo o mundo

Ministro da Educação troca 'número dois' da pasta pela segunda vez em três dias

Trote solidário da UFSCar arrecada doação de cabelo para confecção de perucas em São Carlos

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Estudante do IFF desenvolve robô de baixo custo que inspeciona galerias subterrâneas

Desenvolver um robô adaptável, com um custo menor que os concorrentes do exterior, cuja função é inspecionar galerias urbanas obstruídas. Essa é uma conquista do engenheiro de automação Thiago Rodrigues, formado pelo Instituto Federal Fluminense (IFF). Hoje ele é aluno de mestrado da instituição, na unidade de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, e dá sequência às pesquisas que consolidam a proposta já colocada em prática na região. A história desse trabalho é contada na edição desta sexta-feira, 15, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela rádio do MEC.

Thiago Rodrigues, 36 anos, trabalhou em uma empresa que fazia a inspeção de dutos no mesmo período em que cursava a graduação na área de engenharia de automação. À época, instigado pelas experiências e interessado em resolver os problemas do trabalho, deu início ao desenvolvimento de um robô com uma câmera à prova d'água e configuração modular adaptável ao ambiente de inspeção. A ideia era que o equipamento facilitasse a inspeção tanto de galerias pequenas como de grandes redes pluviais, de gás e de esgoto. Tudo registrado por meio de fotos e vídeos, que ajudam a localizar com exatidão obstáculos – pedras, galhos, lixo, entre outros – e trincas e rupturas.

“Eu tive contato com as tecnologias existentes, nacionais e de fora, e percebi que o mercado na área de tecnologia de inspeção de dutos carecia de equipamentos que atendessem plenamente as demandas de inspeção de dutos na área de saneamento. Ali eu já comecei a pensar em montar um projeto de um robô para poder atender a essa demanda de mercado”, conta Thiago.

O criador do robô pensou em um equipamento completamente adaptável, justamente para que ele resolvesse o problema na maior parte dos ambientes. “Ele é um robô que você consegue colocar rodas pequenas, rodas grandes, você consegue tirar a câmera dele e colocar em um módulo flutuador para uma situação de inspeção da tubulação que estiver com fluxo’, destaca. “Então a ideia do projeto, dele ser modularizável, é justamente para atender qualquer situação de inspeção.”

Na prática - Foi no mestrado que as ideias de Thiago foram ampliadas e testadas. O primeiro grande sucesso foi quando uma empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto de Campos dos Goitacazes precisou descobrir o ponto exato de um vazamento que trazia problemas para a região. “É um método não destrutivo que você usa para ver o estado interno da tubulação. Aqui em Campos, por exemplo, no mês passado, fizemos um dos testes na empresa de saneamento da nossa cidade. E pudemos descobrir o ponto exato de uma ruptura da tubulação que já estava causando o afundamento do pavimento da rua. E aí a empresa pôde ir lá e fazer a obra exatamente naquele local, sabendo o que estava acontecendo lá dentro”, explica o aluno de mestrado.

Investimento - O método preciso conquistado já a partir do protótipo incubado na Tec Campos, do IFF, facilitou a aquisição de financiamento da Embrapii, organização social do governo federal que apoia instituições de pesquisa tecnológica com fomento a inovação, e do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), da Prefeitura da cidade.

“No mercado encontramos equipamentos que não são customizáveis. Você compra ou um robô pequeno para tubulação pequena ou um robô grande para tubulação grande. Se tiver uma tubulação que você não consegue parar o fluxo, você não tem um flutuador, por exemplo. E a minha proposta de equipamento é que ele seja customizado de acordo com a situação a ser inspecionada”, detalha Thiago.

Comercialização – Segundo o mestrando, além das facilidades de produção, o custo também foi um atrativo no projeto, se considerados equipamentos importados. “Um robô estrangeiro sai por volta de R$ 150 mil. E um nacional varia de R$ 20 mil a R$ 40 mil reais. A intenção é que o custo fique intermediário. Que não seja tão alto quando o importado e também fique um pouco acima dos nacionais por conta das funcionalidades, mas não muito acima porque a ideia é tornar o produto acessível.”

A expectativa agora é que, até o meio do ano, Thiago comece a produzir e comercializar o equipamento. O criador do robô também tem planos para realizar, por meio da startup, os serviços de inspeção que utilize os próprios equipamentos.

Assessoria de Comunicação Social

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FUNDAJ

Exposição comemora 80 anos de livro de Gilberto Freyre e recria cultura açucareira do século 20

Ao completar 70 anos, a Fundação Joaquim Nabuco, com sede em Recife, inicia, nesta sexta-feira, 15, uma série de comemorações. A instituição celebra 40 anos do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), 119 anos do criador Gilberto Freyre e 80 anos de seu livro Assucar. A primeira festividade será a Exposição Assucar, cuja abertura, às 10h, será na data de nascimento do autor, considerado um dos mais importantes sociólogos do século 20.

A exposição, disponível para visitação gratuita na sala Mauro Mota da Fundaj Casa Forte, homenageia a obra e resgata a sociologia do açúcar, item que faz parte de nossa história. “Como teríamos sido sem o açúcar? Nunca vamos saber. Mas sabemos como foi com ele”, destaca a antropóloga do Muhne, Ciema Mello, responsável pela curadoria da exposição.

Segundo Ciema, o homem do Nordeste foi formado pelo açúcar e, desde o cafezinho com bolo no fim da tarde, até um majestoso bolo de casamento, existe uma função social na iguaria. E para uma maior experiência dos prestigiadores do evento, haverá, logo após a abertura, uma mesa no quintal do casarão com comidas tradicionais, cujas receitas estão no livro. No cardápio, desde doces de Chica, filha de Lia de Itamaracá e assídua na Fundação Joaquim Nabuco, até tapioca feita na hora. Os doces serão de batata, banana em rodelas, de leite, de jaca e passa de caju. Terá também munguzá e o clássico queijo do reino. Já o chefe Tito Fernandes vai trazer o cachorro quente caipira, feito com linguicinha, molho de vinho tinto e mel de engenho.

Ambientação - O açucarado universo do livro de Gilberto Freyre foi recriado na exposição para materializar a cultura açucareira do século passado. Pelo menos 150 peças do Museu do Homem do Nordeste foram reunidas, como pinças de açúcar, açucareiros, enfeites de papel crepom simulando suspiros, jogos de louça, prataria e toalhas de cetim. “A exposição se esforça para reproduzir o tom da obra, que é um tom de convivialidade do açúcar. É um ritual cotidiano brasileiro”, afirma Ciema.

A grande estrela, o livro de Gilberto, ganha destaque no centro da mesa com um exemplar da primeira edição. Ciema explica que, há 80 anos, não existia uma antropologia da alimentação. Freyre foi precursor tanto na predição da especialidade quanto na divulgação de receitas. “Algumas delas, na época, eram mantidas em segredo, como o famoso Souza Leão. Ele divulgou três receitas que membros da família revelaram em primeira mão.”

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO

Alunos de escolas de São Paulo visitam o MEC e aprendem sobre o funcionamento da pasta

O Ministério da Educação recebeu nesta quinta-feira, 14, em Brasília, a visita de 33 alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo. Os estudantes vieram em excursão à capital federal para conhecer de perto o funcionamento dos Três Poderes, além da arquitetura e o plano urbanístico de Brasília. Durante a parada no Ministério da Educação, os adolescentes, do segundo ano do ensino médio, com idade entre 16 e 17 anos, participaram de uma ampla apresentação com servidores sobre o funcionamento das estruturas do MEC, e tiraram dúvidas relacionadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A coordenadora geral de valorização, saúde e bem-estar dos profissionais de educação, Mara Ewbank, destacou que a visita dos alunos foi uma excelente oportunidade para apresentar as ações que o MEC desenvolve em todos os níveis da educação. “Nossa principal ação foi mostrar para esses jovens de escolas privadas, que o governo não está parado, que as coisas estão sendo pensadas, estão sendo discutidas”, afirmou. “É um mundo novo para eles. Estar dentro do Ministério da Educação, ouvindo os interlocutores que trabalham pensando essas ações, teve uma forte contribuição”, concluiu a coordenadora.

O professor Wisley João Pereira, coordenador geral de ensino médio do MEC, afirmou que a interação com os alunos permitiu o esclarecimento de várias questões sobre a Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio, como o poder de escolha dos alunos sobre as disciplinas à serem estudadas no ensino médio. “O nosso ensino hoje não gera nos estudantes a autonomia de escolhas, e não trabalhamos essas habilidades socioemocionais de fazer escolhas. A intenção é mudar isso, e preparar o jovem para pensar naquilo que ele tem de melhor capacidade e competências, para que ele desenvolva essas habilidades especificas e já comece a fazer suas escolhas”, destacou.

Para o estudante João Vitor Domingues, de 16 anos, a proposta do Novo Ensino Médio vai permitir que os seus estudos sejam mais direcionados à profissão que ele escolheu para o futuro. “O ato de escolher já começa a trazer mais responsabilidade para a minha vida. É mais como: ah, estou indo para a escola porque vou aprender a matemática que eu tanto quero para a engenharia, e começar a fazer os cálculos que eu não faria normalmente”, argumentou.

Segurança – Um dos assuntos abordados pelos estudantes durante a visita foi sobre a preocupação da pasta em relação à segurança nas escolas. Uma referência ao ataque desta quarta-feira, 13, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, que deixou 10 mortos, entre alunos do ensino médio e funcionários, além do proprietário de uma loja próximo ao local.

Wisley Pereira defendeu que esse tema deve ser debatido conjuntamente com todas as instituições de ensino, respeitando a realidade de cada localidade. “Um sentimento de segurança para uma escola no estado do Piauí necessariamente precisa ser diferente de um projeto de São Paulo, como aconteceu em Suzano, porque as relações dessas comunidades são diferentes. Então cabe ao Ministério da Educação respeitar o pacto federativo, mas apoiar esses projetos e discutir as políticas de segurança”, concluiu.

Assessoria de Comunicação Social

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EVENTO

Ministro participa de abertura do Programa Forças no Esporte, que atende jovens carentes

O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, participou nesta quarta-feira, 13, da abertura anual do Programa Forças no Esporte (Profesp), e do Projeto João do Pulo (PJP), em Brasília. São atividades sociais destinadas ao atendimento de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, desenvolvidas pelo Ministério da Defesa, com o apoio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em parceria com os ministérios da Educação, da Cidadania e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O ministro acompanhou o trabalho realizado com alunos da rede pública do Distrito Federal em várias oficinas, como voleibol, tênis, futebol, basquetebol, atletismo, capoeira, ginástica, teatro, dança, artes e navegação à vela.

Vélez Rodríguez fez uma avaliação sobre o Profesp. “O Programa Forças no Esporte tem como grande função dar às crianças, no contraturno, a oportunidade da prática esportiva e o desenvolvimento de habilidades. É um projeto de suma importância, pois auxilia, e muito, no processo de ensino e aprendizagem, além de dar um novo horizonte para essa meninada que busca um futuro melhor, investindo no presente” definiu ele. “Sem deixar de lado a inclusão, já que o projeto também está contemplando esportes e atividades para pessoas com deficiência. Esse é um grande passo para criar e permitir cidadania e inclusão com responsabilidade”, destacou o ministro.

No Distrito Federal, somente o núcleo do Exército recebe cerca de mil crianças de 8 a 11 anos, três vezes por semana, em horários opostos aos das aulas. Destes, 54 são alunos especiais. São estudantes de escolas de ensino integral de diferentes regiões carentes da capital, que se deslocam por meio de transporte escolar até o núcleo esportivo localizado na Associação de Esporte e Lazer de Subtenentes e Sargentos do Exército (ASSEB).

O coordenador do núcleo, Capitão Jerônimo Barbosa de Souza, afirma que o principal critério para que as escolas participem do projeto é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da localidade onde estão inseridas. “Normalmente as escolas entram com oficio pedindo as atividades, mas temos um critério de procurar saber se as crianças realmente necessitam, se são carentes mesmo. E hoje estamos tentando fazer um trabalho para que as crianças já saiam daqui como ‘menor aprendiz’, para que não descontinuem o contraturno”, explicou.

Claudia Viana é voluntária de uma escola que fica na cidade do Itapuã, há cerca de 25km do centro de Brasília. Ela acompanha os alunos durante as atividades no núcleo do Profesp do Exército e afirma que a sua maior motivação é ver o entusiasmo das crianças ao participar das atividades. “As crianças aqui são muito carentes e que vivem em situação de risco. E a gente fica muito feliz quando vê a felicidade no rosto delas. É algo que nunca vai apagar da mente delas, nem da minha”, declarou a voluntária.

A estudante Mayra Kamilly Severino, de 9 anos, conta que fica ansiosa para chegar o dia de participar das oficinas. “Eu gosto de ficar brincando com meus amigos, com as professoras e gosto mais da atividade do barco [navegação à vela]. Eles levam a gente pra treinar no barco na piscina. A gente coloca o colete e o professor fica com a gente no barco.”

O Profesp atende cerca de 26 mil crianças e jovens de ambos os sexos, em 108 localidades de todos os estados e do Distrito Federal, inclusive no Arquipélago de Fernando de Noronha e em comunidades indígenas no interior da Amazônia. As ações são coordenadas pelo Ministério da Defesa.

Por meio de organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, são fornecidas instalações e equipamentos esportivos e paradesportivos, infraestrutura e logística. Os núcleos de atividade esportiva (NAE) do Profesp e os núcleos de atividade paradesportiva (NAP) do Projeto João do Pulo contam também com a parceria da comunidade, da iniciativa privada, de outros segmentos dos poderes público e privado e do sistema esportivo organizado civil e militar.

O Profesp é destinado ao atendimento de crianças e jovens de ambos os sexos a partir de seis até os 18 anos de idade, em situação de vulnerabilidade social. Já o PJP, extensão do Profesp, é destinado ao atendimento de pessoas com deficiência de ambos os sexos, priorizando crianças e jovens, a partir dos seis anos de idade, também em situação de vulnerabilidade social.

Assessoria de Comunicação Social

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CORREIO BRAZILIENSE

OPINIÃO

Maior acesso a armas favorece ataques a escolas, diz especialista dos EUA

Um dia antes do ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), o professor Charles Branas, da renomada Universidade de Columbia, em Nova York, divulgou, com sua equipe, um dos mais extensos estudos sobre a relação do acesso a armas e as matanças em massa nos Estados Unidos.

Publicada na revista especializada British Medical Journal, a pesquisa concluiu que, quanto mais frouxas as leis de acesso a armas, maior a possibilidade de ocorrer ataques como o que chocou o Brasil na última quarta-feira (13/3). Em entrevista ao Correio por e-mail, Branas ofereceu "seus mais sinceros pesares pela tragédia no Brasil" e se mostrou reticente à proposta do governo federal de flexibilizar o acesso a armas no Brasil.

"Como nos Estados Unidos, o conteúdo das leis sobre armas pode ser relacionado aos tiroteios em massa. E as leis sobre armas existentes no Brasil já foram relacionadas a uma redução no número de homicídios", afirma, recomendando a leitura de um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e publicado na revista Health Affairs em 2007.

O estudo citado por Branas tem como primeira autora a professora Maria de Fátima Marinho de Souza, da Universidade de São Paulo (USP), e concluiu que, após a adoção do Estatuto do Desarmamento, em 2003, mais de 5 mil mortes por armas de fogo podem ter sido evitadas no Brasil no ano seguinte. Em 2004, observaram os cientistas, pela primeira vez em mais de uma década, a mortalidade relacionada a armas declinou 8% em comparação ao ano anterior.

A pesquisa divulgada na terça-feira por Branas corrobora, com dados dos Estados Unidos, os achados dos brasileiros. No estudo, a equipe do professor analisou as legislações dos 50 estados americanos e deram notas que iam de zero (restrição total ao acesso a armas) a 100 (permissão completa para adquirir armas). Depois eles cruzaram esses dados com os episódios de ataques em massa ocorridos no país entre 1998 e 2015. Conclusão: cada 10 pontos a mais na tabela representou um aumento de 11% no número de ataques registrados no estado.

Professores devem ser armados?

Perguntado sobre se concorda com declarações como as dos senadores Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Major Olímpio (PSL-SP), que após o massacre em Suzano defenderam a tese de que uma população armada poderia evitar ataques desse tipo, Branas argumenta que a proposta carece de evidências.

O professor lembra que, após o tiroteio em uma escola da Flórida que deixou 17 mortos, em fevereiro do ano passado, a proposta defendida por Olímpio, de armar professores e funcionários de escolas, também foi aventada nos Estados Unidos, pelo presidente Donald Trump.

Diante do debate, o professor de Columbia publicou um estudo intitulado Armando professores: o que sabemos? Para onde vamos a partir daqui?, no qual observa: "Embora professores sejam capazes de usar armas de fogo adequadamente, não existem diretrizes baseadas em evidêncicias para nos ajudar a desenvolver o treinamento necessário aos professores nem para o treinamento continuado para mantê-los preparados para quando a crise atacar."

Assinado também por Sonali Rajan, colega de Branas na Universidade de Columbia, o estudo sustenta que "não há ainda meios para identificar professores que estariam dispostos a assumirem uma responsabilidade tão significativa nem informações suficientes para dizer se professores civis armados reduziriam ou aumentariam os riscos para si mesmos e seus alunos quando agentes da lei uniformizados entrarem em ação durante uma crise".

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EDUCAÇÃO

Feira de intercâmbio reúne 3 mil interessados em estudar no exterior

A feira de intercâmbio Eduexpo reúne 3 mil estudantes, 35 expositores e sete palestrantes até as 21h desta quarta-feira (14), no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21. O objetivo é orientar interessados em fazer uma viagem educacional, dando dicas e mostrando opções de destino. As palestras abordam como estudar em Suécia, Holanda, Reino Unido, Canadá e França.

Em busca de uma pós-graduação no exterior, Vitória Lopes, 18 anos, estudante de publicidade do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), visitou o evento em busca de orientações. “Fiquei sabendo da feira por grupos de WhatsApp. Meu sonho é ir morar no Canadá e espero sair do evento com o intercâmbio definido”, explica.

Estudante de arquivologia, Mariana Britto, fez um intercâmbio há três anos em Dublin, na Irlanda. “Quero fazer de novo, mas, desta vez no Canadá, pois as pessoas de lá são mais abertas e meu curso está em alta lá”, explica. A estudante de 23 anos acredita que a experiência não é importante apenas para o currículo. “A gente cria uma capacidade de se adaptar a mudanças, voltamos com uma cabeça completamente diferente", esclarece.

Representantes de cursos e faculdades do exterior apresentam propostas e recomendações para o público. A coordenadora do evento, Letícia Piatti, afirma que a Eduexpo é um primeiro contato dos alunos com o exterior. “Aqui, os estudantes conseguem informações mais diretas e, assim, podem montar um perfil de preferências”, afirma.

Segundo Letícia, os destinos mais procurados por brasileiros são Canadá, Austrália, Estados Unidos e Reino Unido. “Representantes dos países estão aqui para orientar os alunos em relação a visto, hospedagem, tipo de ensino e outras coisas”, conta.

Diversas instituições expõem seus programas na feira

D’Arcy Dornan é gerente de recrutamento internacional da Loyalist College, no Canadá. Ele acredita que o país é muito visado como destino de intercâmbio por estar vivendo uma boa fase. “A procura não vem só de brasileiros, mas do mundo todo, pois estamos em um momento em que está tudo funcionando bem”, esclarece. “Existe a possibilidade de ir estudar e ficar trabalhando. O governo canadense quer facilitar o acesso dos estudantes ao país”, continua.

Carol Pfister, coordenadora de admissões internacionais da Universidade Upper Iowa, nos Estados Unidos, está pela primeira vez no Brasil. “Eu convenci meu chefe depois de ver uma pesquisa que mostrava que muitos alunos brasileiros iam para a América”, diz. Carol Pfister observa que a universidade oferece condições de aperfeiçoamento da língua inglesa para estrangeiros. “Temos um programa de idioma muito forte. Após a experiência conosco, não será necessário que o aluno emita um diploma de proficiência para entrar no programa de graduação.” Dessa forma, se o estudante fizer o programa de línguas, fica dispensado de fazer os testes de proficiência caso decida fazer graduação na instituição.

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EDUCAÇÃO

IBM oferece cursos gratuitos em todo o Brasil

Uma parceria entre a gigante da informática IBM e a Associação Telecentro de Informação e Negócio (ATN), sediada em Brasília, disponibiliza uma série de cursos profissionalizantes gratuitos, voltados a profissionais e entusiastas de tecnologia em busca de capacitação profissional.

O material oferece aulas de inclusão digital e informática avançada divididas entre as modalidades: inteligência artificial, internet das coisas, blockchain, armazenamento em nuvem, ciência de dados e métodos ágeis. Para se inscrever, basta preencher o formulário no site da ATN e aguardar retorno por e-mail.

Além do acesso a videoaulas, os alunos IBM contarão COM especialistas do mercado de ciência, tecnologia e inovação canal para tirar dúvidas sobre assuntos como educação e profissões do segmento de TI.

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INOVAÇÃO

Pesquisa da UnB reduz 80% número de mosquitos da dengue em São Sebastião

Um método simples e acessível criado por professores e alunos da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu reduzir em 80% a quantidade de mosquitos da dengue em São Sebastião. A estratégia para combater os focos de Aedes aegypt consiste na utilização de um recipiente de plástico, que se parece com um vaso de planta, cheio d’água e com pó de larvicida na borda. As fêmeas — responsáveis pela transmissão de outras doenças, como zika e chicungunha — pousam no pote e esbarraram no pó. Depois, espalham nos ovos produto fatal para as larvas.

A região de São Sebastião foi a escolhida em razão do alto número de casos de dengue. Nos dois primeiros meses do ano, a Secretaria de Saúde registrou 303 moradores infectados. Durante 18 meses, pesquisadores da UnB espalharam potes de larvicida em 150 pontos e realizam monitoramentos mensais da situação.

Fazemos a medição da quantidade de mosquitos por um aspirador elétrico. No começo do trabalho, as áreas aspiradas tinham de quatro a seis mosquitos. No fim, em muitas não havia nenhum”, detalha o coordenador da pesquisa, professor Rodrigo Gurgel Gonçalves, do Núcleo de Medicina Tropical da UnB.

O larvicida não mata o mosquito adulto, mas impede o crescimento das larvas. Segundo o especialista, o produto, chamado pyriproxyfen, não representa perigo ao corpo humano ou a animais, pois não é tóxico, além de ser aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outra vantagem do método é o baixo custo dos recipientes e do próprio larvicida usado.

A vendedora Eliane de Medeiros, 36 anos, mora em São Sebastião há 20 anos e foi uma das voluntárias para receber o experimento em casa. Segundo ela, é comum os relatos entre a vizinha de casos de dengue. “Eu achei muito interessante a iniciativa, porque os pesquisadores nos orientaram durante as visitas, sempre muito atenciosos. Assim, ficamos mais preparados para combater a doença.”

Consciência

O trabalho para diminuir focos de mosquito da dengue teve como base um estudo realizado em Manaus e foi financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF). Apesar dos resultados promissores, é imprescindível a colaboração da população para eliminar os criadouros de mosquitos, como pneus, vasos de plantas, garrafas, entulhos e lixos, além de manter vedados reservatórios de água como caixa d’água, fossas e limpar calhas, piscinas e ralos.

A previsão é de que, nos próximos meses, as análises em andamento indiquem o real efeito do método de controle com disseminadores de larvicidas ao analisar comparativamente o efeito da chuva e o controle químico usado pelo governo. Atualmente, os experimentos estão sendo realizados em pontos do câmpus Darcy Ribeiro. O intuito é que, em seguida, seja ampliado para outras regiões.

Alerta no DF

O aumento no número de casos prováveis de dengue no DF foi superior a 312% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, 1.649 casos foram classificados como prováveis — contra 400 em 2018 — e três pessoas morreram.

Além da influência do clima, um novo sorotipo da doença está circulando no DF. “Esse vírus está associado a casos graves e a óbitos, motivo pelo qual há essa variação entre 2018 e 2019”, afirma o gerente de Doenças Crônicas e Outros Agravos Transmissíveis, Fabiano Martins.

A Saúde emitiu um alerta, a unidades de pronto atendimento e o governo intensifica ações preventivas. Em dois meses, 185.913 imóveis foram inspecionados. A legislação prevê advertência e multa de R$ 2 mil ao morador que não tomar cuidados para evitar a proliferação do mosquito.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

10 tendências que estão mudando o ensino em todo o mundo

Quais são as novas tendências em matéria de educação e como vão afetar os sistemas educacionais de todo o mundo?

Andreas Schleicher, diretor de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenador do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), explica quais são as grandes questões sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que se colocam para escolas de todo o mundo.

1. Lacuna entre ricos e pobres versus mobilidade social

A lacuna entre ricos e pobres está aumentando, e estão se ampliando os grupos com privilégios extremos, assim como aqueles que sofrem de enormes privações.

Essa desigualdade se reflete nas escolas. Nos países da OCDE (que tem 36 membros), os 10% mais ricos têm uma renda 10 vezes maior do que os 10% mais pobres. Esta divisão é um dos maiores desafios dos sistemas educacionais.

Como equilibrar essa desigualdade econômica com a missão da escola de oferecer um acesso mais justo a oportunidades?

2. Aumento do consumo na Ásia

A riqueza pode não estar distribuída equitativamente, mas está aumentando, especialmente na Ásia. A classe média global está crescendo, e 90% de seus novos integrantes estarão na China e na Índia.

Como a economia global mudará quando as populações mais educadas do mundo provenham da Ásia e não da América do Norte e da Europa?

O que vão querer estes novos consumidores ricos de suas escolas? As universidades estarão preparadas para se expandir e responder a esta maior demanda?

3. Crescimento da imigração

Há muito mais gente imigrando, e a Ásia assumiu o lugar da Europa como o destino mais popular dos imigrantes. Esta mobilidade traz junto a diversidade cultural, a energia e a ambição dos recém-chegados, mas também gera muitos desafios.

Como poderão as escolas apoiar os estudantes que chegam de diferentes partes do mundo? Quais questões isso levanta em todo da identidade e a integração? Terão as escolas um papel mais importante no ensino de valores compartilhados?

4. Financiamento

A pressão para encontrar financiamento será uma grande questão para os sistemas educacionais. As escolas deverão tomar decisões a longo prazo sobre como gastar seu orçamento, sobretudo com o aumento das exigências e expectativas.

Quem deverá pagar para que mais estudantes cursem a universidade? E o que acontecerá caso tenham que fazer cortes?

Os indivíduos também deverão entender os riscos de repentinas crises econômicas e recessões, principalmente em momentos em que crescem as dívidas pessoais.

5. Abertura vs. isolamento

A tecnologia digital pode conectar mais gente do que nunca, construindo vínculos entre países e culturas. Ou esta é a teoria, ao menos. A tecnologia também pode fazer com que o mundo seja mais volátil e incerto.

Poder escutar uma variedade de vozes fomenta a democracia, mas também concentra um poder sem precedentes na mão de um pequeno número de pessoas.

Quando as notícias e informações são personalizadas para nós por algoritmos, isso faz com que a gente só tenha acesso a opiniões de pessoas que pensam de forma parecida e se afaste de quem pensa o oposto.

Como as escolas e universidades farão para promover uma maior abertura a ideias diferentes?

6. Humanos de primeira classe ou robôs de segunda?

Já foram feitos vários alertas sobre a ameaça da inteligência artificial para os empregos de hoje em dia. Mas os sistemas educacionais precisam equipar os jovens com ferramentas para que possam se adaptar e modernizar em um mercado de trabalho em mutação.

Surgirão muitas perguntas em torno de como desenvolver habilidades humanas que não possam ser replicadas por robôs.

Como garantir que características humanas como imaginação, sentido de responsabilidade ou inteligência emocional possam ser aproveitadas junto com o processamento da inteligência artificial?

7. Lições ao longo da vida

A expectativa de vida está aumentando, e um mercado de trabalho menos previsível faz com que cada vez mais adultos tenham que voltar a se capacitar profissionalmente.

Será necessário dar mais atenção ao aprendizado a longo prazo, para que os adultos estejam preparados para mudar de trabalho e se aposentar por mais tempo.

Desde 1970, a média de anos de aposentadoria em países da OCDE aumentou de 13 para 20 anos.

Em décadas recentes, houve grandes mudanças no âmbito profissional, e praticamente desapareceu o "emprego pra toda a vida".

Mas, na realidade, os adultos que mais precisam de educação e treinamento, ou seja, aqueles menos qualificados, são os que menos têm chances de ter acesso a isso.

É um problema frequentemente ignorado, mas será cada vez mais importante que as habilidades de uma pessoa coincidam com os requisitos dos empregos disponíveis.

8. Conectados ou desconectados?

A internet é uma parte integral da vida dos jovens. Em alguns países, a quantidade de tempo que os jovens de 15 anos passam conectados duplicou em três anos. Muitos adolescentes dizem sentir-se mal se ficam desconectados.

Mas a educação ainda tem que aceitar a presença permanente da internet. Qual é o papel que ela deve ter na educação? Como reduzir seus efeitos negativos, como o cyberbullying e a perda de privacidade?

9. Ensino de valores

Todo mundo espera que a escola ensine valores. Mas, em um mundo cada vez mais polarizado, quem decide quais devem ser ensinados?

O mundo digital tornou possível que mais gente expresse suas opiniões, mas isso não garante que possam acessar informações confiáveis e balanceadas ou que estejam dispostos a escutar outras pessoas.

Como uma pessoa pode diferenciar fatos e ficção? Como a escola podem diferenciar opiniões e informações objetivas? As escolas devem ser politicamente neutras ou promover ideias ou formas de pensamento específicas? E qual classe de virtudes cívicas são exigidas pelas democracias modernas?

10. Temas irrelevantes para muitos

A ONU diz que há cerca de 260 milhões de crianças que perdem a chance frequentar a escola. Para elas, estes temas serão irrelevantes, porque nem sequer têm acesso a uma escola ou estão escolas com um nível educacional tão baixo que saem dela sem ter os conhecimentos mais básicos de escrita e matemática.

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EDUCAÇÃO

Ministro da Educação troca 'número dois' da pasta pela segunda vez em três dias

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou, na tarde desta quinta-feira (14), que vai trocar a Secretaria-Executiva do Ministério da Educação. Por meio de suas redes sociais, ele afirmou que Iolene Lima assumirá o cargo de secretária-executiva, cargo que é considerado o "número dois" dentro do MEC.

"De volta a Brasília, confirmo que Iolene Lima, da Secretaria de Educação Básica, assumirá a Secretaria-Executiva do Ministério da Educação", afirmou ele em uma publicação no Twitter.

Antes do anúncio, Iolene servia como secretária substituta da SEB, a Secretaria de Educação Básica do MEC.

Essa é a segunda mudança no cargo em três dias. Até a última terça-feira (12), o secretário-executivo do MEC era Luiz Antônio Tozi. Ele foi demitido como último ato de uma "reestruturação" promovida por Vélez, após uma série de reuniões com o presidente Jair Bolsonaro. Além dele, outros seis diretores e secretários de áreas do MEC foram demitidos.

Com a saída de Tozi, o nome de Rubens Barreto da Silva chegou a ser anunciado por Vélez, também em rede social. A nomeação de Barreto no cargo, no entanto, não chegou a ser publicada no "Diário Oficial da União".

Crise no ministério

Conforme publicou o colunista do G1 Valdo Cruz, há uma "guerra" interna no MEC provocada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Essa disputa ficou mais evidente depois de uma sequência de polêmicas envolvendo atos do ministro da Educação, que acabaram sendo creditadas a um dos grupos e levaram à reorganização de funções na pasta.

Resumo da crise

O desempenho do ministro Vélez foi criticado por falta de resultados e por polêmicas como a do hino nacional, na qual voltou atrás;

Ainda no carnaval, o ministro começou planejar mudanças, alterando funções de funcionários;

O grupo reagiu, criticando a influência do coronel-aviador Ricardo Roquetti junto ao ministro

Bolsonaro determinou que Vélez fizesse demissões;

Diante dos rumores de mudanças de cargo e da exoneração de seus alunos, Olavo postou em uma rede social que eles deveriam deixar o governo; ele chegou a afirmar que as trocas tinham como objetivo frear a "Lava Jato da Educação";

Na sequência, o governo exonerou funcionários e reafirmou que o compromisso de "apurar irregularidades" estava mantido;

Na mesma edição do "DOU" que exonerou seis funcionários, na tarde de segunda-feira (11), o governo havia nomeado Rubens Barreto da Silva como secretário-executivo-adjunto; na terça (12) porém, ele foi anunciado como o novo secretário-executivo, com a demissão de Luiz Antônio Tozi;

Nesta quinta (14), porém, o ministro anunciou o nome de Ioelene Lima para o cargo; Vélez não disse se Barreto ocupará outro cargo no ministério.

Quem é a nova secretária?

Iolene Maria de Lima é ligada a uma igreja batista do Interior de São Paulo e foi diretora de um colégio religioso paulista. Na madrugada desta quarta, ela embarcou com Ricardo Vélez para acompanhar o velório coletivo das vítimas do atentado em uma escola de Suzano (SP).

Durante a viagem, ela criou uma nova conta no Twitter que, até a tarde desta quinta-feira, contava com apenas três mensagens, todas relacionadas à tragédia em Suzano.

A quarta ela publicou após as 15h, depois do anúncio de seu nome para o cargo de secretária-executiva. "Muito obrigada, Ministro @ricardovelez e Presidente @jairbolsonaro. Dediquei minha vida para a área da educação e me sinto honrada. É com grande alegria que assumo o cargo de tamanha importância para a educação do nosso país!", escreveu Iolene.

Na conta anterior dela – que foi desativada, mas ainda pode ser acessada no histórico do Google –, o foco de Iolene era em mensagens religiosas e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Em uma delas, ela dizia que "O Brasil não será uma Venezuela".

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OPINIÃO

Trote solidário da UFSCar arrecada doação de cabelo para confecção de perucas em São Carlos

A Associação Atlética Acadêmica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza, a partir desta quarta-feira (13), o trote solidário "cada mecha um sorriso" que faz parte da programação da Calourada deste ano e que conta com arrecadações de cabelo, alimentos e o cadastramento de medula óssea.

A ação pretende marcar a entrada dos novos universitários com o envolvimento em atos de solidariedade.

De acordo com que vimos nos últimos eventos e com o impacto que a realização de um 'trote com propósito' tem gerado, decidimos continuar com a Calourada Solidária nesse ano. Além disso, é uma ótima maneira de começar o ano letivo, tanto para quem faz essa boa ação, quanto para quem recebe”, afirmou o presidente da Associação Acadêmica Atlética, Lucas Castro.

Para facilitar a doação de cabelo, a Atlética disponibilizou profissionais na própria UFSCar. Mas os estudantes também podem levar as mechas já cortadas. Serão confeccionadas perucas que vão ser doadas para pacientes que estão em tratamento de câncer.

A caloura de psicologia Marília Souza, de 19 anos ficou sabendo do trote solidário pelo Facebook e deixou o cabelo crescer desde a época do vestibular para poder doar. "Eu acho muito importante mostrar que trote não é só violência", afirmou.

A ação mobilizou não só os calouros, mas veteranos como a estudante de química Mirella Fernandes, de 21 anos, que doou em 2017 e deixou o cabelo crescer por dois anos para doar novamente.

Antes fica um pouco de medo porque não sabe como vai ficar e depois é um sentimento de 'estou ajudando alguém', alguma mulher que perdeu o cabelo. Eu tenho, o meu vai crescer de volta. Em dois anos ele cresceu montão e vai crescer de novo, é um pouco de desapego que você tem que ter”, disse.

O estudante de engenharia de materiais Everaldo Gonçalves, 35 anos, resolveu deixar o cabelo crescer depois de um intercâmbio e viu na ação uma maneira de fazer o bem com o cabelo que começava a cair.

Eu fiz intercâmbio, daí fora do Brasil cortaram meu cabelo de uma maneira muito ruim e eu decidi que eu não ia cortar meu cabelo até me formar. Eu voltei do intercâmbio, o cabelo cresceu e aí eu não me formei, o cabelo começou a cair e eu não ia ter cabelo até me formar, então eu resolvi cortar agora e doar e deixar crescer de novo”, contou.

Ele apoia essa forma de trote. “O evento é importante pela integração. Aqui a gente tem o trote solidário, acho que é legal para poder interagir, receber pessoas que a gente não conhece e trazer próximo da gente, e não afastar com violência. Acho bacana que a Federal abraça a causa do trote, mas de uma forma consciente”.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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