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Goiânia, 13 de setembro de 2019

Publicado: Sexta, 13 de Setembro de 2019, 12h15 | Última atualização em Sexta, 13 de Setembro de 2019, 12h23

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Último dia para estudantes solicitarem atendimentos especializados

Quase 2 mil brasileiros em 12 países vão realizar as provas no domingo, 15

Saiba quais documentos são válidos para realização da prova

Estados e municípios têm até 27 de setembro para aderir ao modelo cívico-militar 

CORREIO BRAZILIENSE

Capes vai ofertar 3,1 mil novas bolsas de estudo até 2020

Qual o impacto econômico da ciência e das universidades?

GLOBO.COM

Ministro diz que espera desbloqueio de 1/3 da verba da Educação nos próximos 2 meses

Menino que sofreu bullying por camiseta improvisada de universidade nos EUA ganha bolsa de estudos

Câmara aprova projeto que prevê psicólogos nas escolas públicas

FOLHA.COM

Brasil amplia participação em ranking internacional de universidades, mas fica fora dos 200 melhores

Folha lança ferramenta online para ajudar pais a comparar colégios e optar 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

 

ENADE

Último dia para estudantes solicitarem atendimentos especializados

Quem é formando de algum dos cursos que serão avaliados no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019 tem até esta sexta-feira, 13 de setembro, para solicitar atendimento especializado, específico ou por nome social, caso necessário. O pedido deverá ser feito pelo próprio estudante, por meio do Sistema Enade.

O atendimento especializado destina-se a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo e/ou discalculia.

O atendimento específico é oferecido a gestantes, lactantes, idosos ou pessoa com outra condição específica. Já o atendimento por nome social aplica-se à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente em consonância com sua identidade de gênero.

Questionário – Todos os estudantes concluintes dos cursos devem responder ao Questionário do Estudante até 21 de novembro. O documento faz parte do processo avaliativo e o seu preenchimento é obrigatório. O formando que não preencher o formulário ficará irregular junto ao Enade e, mesmo que cumpra todas as outras obrigações do exame, não conseguirá colar grau.

Exame – O Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e é composto por dois instrumentos obrigatórios: uma prova para avaliação de desempenho dos estudantes e um Questionário do Estudante. No histórico escolar do estudante, ficará registrada a situação de regularidade em relação ao Enade.

Cursos– Na edição de 2019, o Enade avaliará os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Os coordenadores de curso devem orientar os graduandos sobre a obrigatoriedade do preenchimento do Questionário do Estudante e também da realização da prova, que será aplicada em 24 de novembro.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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ENCCEJA EXTERIOR

Quase 2 mil brasileiros em 12 países vão realizar as provas no domingo, 15

Mil oitocentos e doze brasileiros que moram fora do Brasil vão sair de casa no domingo, 15 de setembro, para buscar qualificação. Eles vão realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos residentes no exterior (Encceja Exterior). A prova será aplicada em 18 cidades de 12 países.

O exame permite que jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir os estudos na idade apropriada possam tentar o certificado em ensino fundamental e médio.

O Encceja Exterior, assim como o regular, é elaborado e aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

O Encceja Exterior 2019 acontecerá em:

Bruxelas (Bélgica);

Barcelona e Madri (Espanha);

Boston, Houston, Nova Iorque e Miami (Estados Unidos);

Paris (França);

Caiena (Guiana Francesa);

Amsterdã (Holanda);

Roma (Itália);

Nagoia, Hamamatsu e Tóquio (Japão);

Lisboa (Portugal);

Londres (Reino Unido);

Genebra (Suíça);

Paramaribo (Suriname).

Dicas – Os endereços dos locais de prova já estão disponíveis na Página do Participante. O Inep recomenda que cada inscrito imprima e leve, no dia da aplicação, o Cartão de Confirmação da Inscrição. O documento contém informações pessoais, número de inscrição, endereço onde o participante realizará a prova e recursos solicitados.

A prova – O exame é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma redação. Para a certificação do ensino fundamental, o participante é avaliado em ciências naturais; matemática; língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação; e história e geografia.

Já para o ensino médio, as áreas avaliadas são ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens e códigos e suas tecnologias e redação; e ciências humanas e suas tecnologias.

Após a aprovação do candidato, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília e o Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, que firmaram Acordo de Cooperação Técnica junto ao Inep, ficam responsáveis pela emissão dos certificados.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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ENEM

Saiba quais documentos são válidos para realização da prova

Você, estudante que fará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, sabe quais documentos valem como identificação oficial? O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica as provas, preparou uma lista para te ajudar com o que pode ou não.

São válidos:

cédulas de identidade (RG) emitidas por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar e Polícia Federal;

identidade expedida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para estrangeiros, incluindo refugiados;

Carteira de Registro Nacional Migratório;

documento provisório de Registro Nacional Migratório;

identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes que por lei tenha validade como documento de identidade;

Carteira de Trabalho e Previdência Social emitida após 27 de janeiro de 1997;

Certificado de Dispensa de Incorporação;

Certificado de Reservista;

passaporte;

Carteira Nacional de Habilitação com fotografia;

identidade funcional de acordo com o Decreto 5.703/2006.

E este ano tem uma novidade. Mesmo que algum dos documentos da relação acima estiver vencido, poderá ser aceito pelos aplicadores. A restrição vale para cópias simples, autenticadas em cartório ou documentos sem foto. Portanto, somente o original com foto garantirá a identificação para entrar no local de prova.

Também não valerá a apresentação de documento digital em aparelho de celular. Um dos motivos é que o documento precisará ficar visível na mesa do candidato durante o exame. Por questão de segurança, o celular será desligado, guardado e lacrado dentro da sala de prova.

Outros documentos não aceitos para acesso aos locais de prova do Enem são:

crachás de identidade funcional de natureza privada;

carteira de estudante;

certidão de nascimento ou casamento;

título eleitoral;

Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani);

protocolos;

Carteira Nacional de Habilitação expedida antes de 23 de setembro de 1997 (Lei nº 9.503/1997).

Outros cuidados – Participantes que perderam ou tiveram o documento roubado ou furtado deverão apresentar boletim de ocorrência, expedido por órgão policial há, no máximo, noventa dias do primeiro domingo do exame.

Quem apresentar a via original do documento oficial de identificação que esteja danificada, ilegível, com foto infantil ou que inviabilize a sua completa identificação, ou de sua assinatura, poderá realizar o Enem desde que se submeta à coleta de dado biométrico, de informações pessoais e da assinatura em formulário oferecido pelo aplicador.

Para o exame –  O Inep recomenda que o candidato imprima o Cartão de Confirmação da Inscrição e a Declaração de Comparecimento (caso precise de comprovante) e leve os dois para a sala do exame.

Os portões do local de prova abrirão ao meio-dia, pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h. Para realizar a prova, o participante deverá levar caneta esferográfica de tinta preta e fabricada com material transparente.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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GESTÃO DE EXCELÊNCIA

Estados e municípios têm até 27 de setembro para aderir ao modelo cívico-militar

A data limite para se adequar já em 2020 ao modelo cívico-militar proposto pelo governo federal é 27 de setembro. Serão, ao todo, 54 escolas — duas de cada unidade da Federação (UF) — sob a forma de gestão híbrida entre civis e militares no primeiro ano de programa.

Têm preferência as instituições de ensino com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e em situação de vulnerabilidade social. A comparação é feita com outras escolas do mesmo estado.

O subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação (MEC), Aroldo Cursino, atenta para o fato de a adesão ser voluntária. “O processo começa nos estados. São eles que definem quais escolas farão parte do programa”, diz.

Até 27 de setembro, portanto, as escolas devem manifestar interesse junto à secretaria estadual (ou municipal) de Educação. Duas serão selecionadas. Caberá ao governador — em caso de município, prefeito — enviar ofício ao ministro da Educação com os nomes das instituições de seu estado (ou do Distrito Federal) que vão aderir ao programa. A partir da vontade de cada UF, é que o MEC estabelecerá o modelo nos colégios.

Os colégios devem ter de 500 a 1.000 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e/ou do ensino médio. Antes disso, a comunidade escolar deverá aceitar a mudança. Uma das condições fixadas pelo MEC é que estados e municípios apliquem uma consulta pública para esse fim, afinal a adesão ao programa é voluntária. Essa ação por ser, por exemplo, uma audiência pública ou uma votação. Leia o passo a passo preparado pelo MEC.

Tripé educacional – A escola cívico-militar é um modelo desenvolvido para melhorar a educação básica do país. Para isso, será construído um ambiente de parcerias e de maior vínculo entre gestores, professores, militares, estudantes e até mesmo pais e responsáveis.

O modelo de excelência vai abranger as áreas:

didático-pedagógica: com atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino-aprendizagem preservando as atribuições exclusivas dos docentes;

educacional: pretende fortalecer os valores humanos, éticos e morais bem como incentivar a formação integral como cidadão e promover a sensação de pertencimento no ambiente escolar;

administrativa: para aprimorar a infraestrutura e a organização da escola para aprimorar a utilização de recursos disponíveis na unidade escolar.

Os militares atuarão como monitores, acompanharão a vida dos alunos, farão contato com as famílias, verão o nível de vulnerabilidade de cada estudante.

Forças Armadas, polícias e bombeiros – O MEC tem um orçamento de R$ 54 milhões para o programa em 2020, R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em umas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar, reformas, entre outras pequenas intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal serão aquelas em que haverá parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalhar nas escolas. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Os estados poderão ainda destinar policiais e bombeiros militares para apoiar a administração das escolas. Nesse caso, o MEC repassará a verba ao governo, que, em contrapartida, investirá na infraestrutura das unidades, com materiais escolares e pequenas reformas.

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CORREIO BRAZILIENSE

PESQUISA

Capes vai ofertar 3,1 mil novas bolsas de estudo até 2020

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai ofertar, em 2019 e 2020, 3.182 novas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. A nova oferta foi negociada junto ao Ministério da Economia e anunciada nesta quarta-feira (11) pela pasta de Educação. Ao todo, R$ 600 milhões serão destinados à manutenção das bolsas vigentes e à oferta das novas bolsas.

As novas bolsas fazem parte do montante de 5.613 que não seriam renovadas, conforme anúncio feito pelo governo em 2 de setembro. Com mais recursos, a Capes voltou a garantir a oferta de parte delas. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, as novas bolsas serão todas ofertadas em programas com notas 5, 6 e 7 - em uma escala que vai até 7 - nas avaliações da Capes. “São dos programas das melhores notas porque esses dão maior retorno para a sociedade”, disse o ministro.

“Como a gente não tinha a solução, a gente segurou. Encontramos a solução, estamos soltando 3.182 novas bolsas. As pessoas que já estavam fazendo pesquisa têm recursos para continuar recebendo até o final da pesquisa deles”, complementou. Com o incremento de R$ 600 milhões, o orçamento da Capes para 2020, que estava previsto em R$ 2,48 bilhões, passa para R$ 3,05 bilhões, segundo o MEC.

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OPINIÃO

Qual o impacto econômico da ciência e das universidades?

O investimento em ciência e nas universidades gera retornos que vão muito além dos acadêmicos”, ressalta o alemão Torben Schubert, estudioso da economia da ciência, campo que investiga e mede o impacto de instituições de ensino superior e pesquisa. Ele se divide entre as cidades de Karlsruhe, na Alemanha, e Lund, na Suécia, e veio ao Brasil pela primeira vez esta semana para participar do 2º Fórum & Feira de Internacionalização da Universidade de Brasília (UnB), que ocorreu entre terça-feira (10) e ontem (12). Schubert foi convidado para a palestra de abertura, em anfiteatro no Instituto Central de Ciências (ICC) do câmpus Darcy Ribeiro, onde falou sobre o tema “Universidades e organizações públicas de pesquisa como drivers do desenvolvimento econômico”.

Participaram do evento, além de outros interessados, professores da UnB e de outras universidades, representantes de delegações da União Europeia, de embaixadas, de órgãos do Distrito Federal, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A programação reuniu especialistas do Brasil e do exterior para dialogar sobre internacionalização da ciência e desenvolvimento socioeconômico. Pesquisador do Instituto Fraunhofer de Sistemas e Inovação ISI, na Alemanha, onde fez doutorado, e professor-associado da Universidade de Lund, Torben Schubert defende que “nem todos precisam se tornar cientistas, mas todos devem entender o que faz um cientista”.

Entre os benefícios decorrentes do investimento em ciência, revela o especialista em gestão estratégica de processos de inovação em empresas, estão aumento da geração de empregos e do PIB (Produto Interno Bruto) de um país. Portanto, defende ele, um momento de crise não é hora de parar de investir nisso. “Esse é um forte argumento para sustentar o apoio do governo no ensino superior. Contudo, os efeitos tendem a levar longos períodos para se manifestar. Há pouca ou nenhuma base para fazer suposições sobre benefícios de curto prazo”, alerta. Bem como os efeitos de investir em ciência, as consequências negativas de não investir também levam décadas para aparecer. Assim, ganha relevância a defesa de mais recursos pela educação e pela pesquisa justamente durante momentos de contenção orçamentária, observa Schubert. O que deve se embasar em dados fortes e números.

Nesse sentido, a decana de Planejamento e Orçamento da UnB, Denise Imbroisi, adianta que professora do Departamento de Economia da UnB está preparando um estudo de economia da ciência que deve ficar pronto em três meses. Torben Schubert deu consultoria científica em temas relacionados à inovação e à ciência para os formuladores de políticas públicas de toda a Europa. Especialista ainda em economia de inovação e medição de desempenho na ciência, ele, que estudou economia na Universidade de Colônia, na Alemanha, observa que há muitos indícios de que a cooperação entre instituições científicas, incluindo as universidades, e empresas impactam positivamente a produtividade das firmas e dos trabalhadores. O que é um forte argumento para incentivar parcerias entre universidades e o setor particular.

Histórico

As primeiras pesquisas para avaliar o impacto de instituições de ensino superior, explica Schubert, datam da década de 1970. “Desde os anos 1980, o aumento do interesse político na contribuição econômica das universidades ao ambiente em que se encontram tem trazido impulso para esse debate”, explica. No entanto, a maior parte dos levantamentos sobre o assunto focam o que ele chama de “efeitos colaterais dessas instituições”, como demanda de alunos e de empregadores e até quantidade de investimento. “O conhecimento e a criação de capital humano são as principais atribuições de uma universidade. Mas conhecimento é intangível.”

Além disso, levar em conta indicadores como quantidade de artigos acadêmicos publicados pode ser complicado. “É uma métrica aceitável, mas não perfeita, pois os estudos variam muito entre si.” Assim, há outras questões a serem consideradas. Desde algumas mais tangíveis, como patentes, até outras menos concretas, por exemplo, influência no meio regional e nas lideranças. “Contudo, os efeitos não necessariamente acontecem na região onde os investimentos foram feitos: os arredores podem se beneficiar fortemente”, afirma. “Isso porque, muitas vezes, os graduados não trabalham na mesma cidade onde se formam, por exemplo.”

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GLOBO.COM

VERBA

Ministro diz que espera desbloqueio de 1/3 da verba da Educação nos próximos 2 meses

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta quarta-feira (4) que espera a liberação de "um terço do que foi contingenciado" na pasta para os próximos dois meses. No dia 20 de setembro, o governo federal deve divulgar o relatório de receitas e despesas do 4º bimestre de 2019 – neste momento, o Ministério da Economia pode apontar a necessidade de reduzir ainda mais ou devolver recursos para as diferentes áreas.

"Vai depender de quanto for liberado para a economia, mas eu acho que o volume será mais ou menos de um terço do que foi contingenciado. Vai sair nos próximos dois meses" - Abraham Weintraub.

Em maio, o MEC informou que estava mantido o bloqueio de R$ 5,8 bilhões no Orçamento da pasta mesmo após o Ministério da Economia fazer o desbloqueio de R$ 1,587 bilhão para a Educação. À época, o MEC explicou que a liberação permitiria apenas cancelar uma segunda ordem de contingenciamento emitida pelo Ministério da Economia em portaria de 2 de maio, que ainda não tinha sido implementada

O contingenciamento do MEC atinge tanto o ensino básico quanto as universidades e institutos federais. Desse total, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal. A cifra corresponde a 3,4% do orçamento total das universidades federais, e a 24,84% da verba discricionária (ou seja, excluindo salários e aposentadorias do cálculo) dessas instituições.

Em 15 de maio, estudantes realizaram protestos em mais de 200 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal, contra os cortes.

A expectativa é que mais de R$ 500 milhões possam ser liberados para as universidades, caso a previsão de Weintraub seja concretizada.

Capes e CNPq

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) anunciou nesta segunda-feira (2) o corte de 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no Brasil a partir deste mês. É o terceiro comunicado do tipo neste ano. Ao todo, a Capes vai deixar de oferecer cerca de 11 mil bolsas e não serão aceitos novos pesquisadores neste ano.

O MEC divulgou que, em 2020, a Capes só terá metade do Orçamento de 2019. Na proposta de orçamento para 2020, a perda prevista para todo o MEC é de 9%.

A crise no financiamento das pesquisas afeta também o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência. O CNPq também suspendeu a concessão de novas bolsas e os atuais bolsistas ainda correm risco de não receber a partir de setembro.

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MUNDO

Menino que sofreu bullying por camiseta improvisada de universidade nos EUA ganha bolsa de estudos

O menino que criou uma versão improvisada da camiseta da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos - e sofreu bullying por causa da roupa - acaba de receber mais uma notícia muito legal. A instituição anunciou, na quinta-feira (12), que ele foi aceito na faculdade a partir do outono americano de 2028. E o melhor: com uma bolsa de estudos integral.

"Em reconhecimento ao espírito de Voluntário [apelido dado aos alunos da instituição] desse estudante de quarta série, a universidade fez uma oferta de admissão honorária para ele se juntar à turma de 2032", anunciou a instituição, em seu site oficial, na quinta-feira (12).

"Além disso, ele foi contemplado com uma bolsa de quatro anos que cobre as mensalidades e as taxas a partir do outono de 2028, se decidir estudar na Universidade do Tennessee e preencher os requisitos de admissão."

De acordo com a universidade, mais de 50 mil camisetas com o desenho feito pelo menino já foram vendidas em pré-venda. Todos os lucros vão para uma instituição de caridade dedicada a combater o bullying, e a bolsa do garoto será coberta de forma separada pela universidade.

Funcionários da instituição falaram várias vezes com a mãe do menino, que expressou gratidão e afirmou que a família ficou profundamente tocada com a comoção mundial com o caso. O garoto não teve o nome ou a idade divulgados.

Na semana passada, a universidade já havia lançado uma versão "oficial" da camiseta criada por ele.

O sucesso foi imediato e imenso: no sábado (7), o site da loja da universidade simplesmente saiu do ar, sobrecarregado com o grande número de pessoas que queriam comprar a peça.

Além de "oficializar" a versão improvisada do menino, a universidade também enviou a ele um kit cheio de brindes com a logomarca da instituição.

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EDUCAÇÃO

Câmara aprova projeto que prevê psicólogos nas escolas públicas

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) projeto de lei que determina que as escolas públicas ofereçam serviços de psicologia e de assistência social aos alunos.

Como o texto já passou pelo Senado Federal, seguirá para sanção presidencial.

A medida valerá para a educação básica, que corresponde à pré-escola, e aos ensinos fundamental e médio, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

De acordo com o projeto, os estudantes serão atendidos por equipes multiprofissionais, ou seja, formadas por especialistas de diferentes áreas complementares. O grupo precisará considerar o projeto político-pedagógico das instituições públicas na hora do atendimento.

"As equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, atuando na mediação das relações sociais e institucionais", diz o texto.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) relatou o projeto no plenário da Câmara. Ela emitiu parecer pela aprovação do texto, exceto a de um artigo que estabelecia que estudantes com "necessidades específicas" seriam atendidos pela equipe da escola em parceria com profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

As escolas terão o prazo de um ano para dispor dos assistentes sociais e psicólogos no seu quadro de funcionários. O relatório de Jandira Feghali explica ainda que não haverá necessariamente um profissional para cada escola. O psicólogo atuará na rede de ensino, estadual ou municipal.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Brasil amplia participação em ranking internacional de universidades, mas fica fora dos 200 melhores

O Brasil ampliou o número de universidades listadas no mais prestigiado ranking internacional, o THE (Times Higher Education), liderado neste ano pela britânica Universidade de Oxford. Nenhuma instituição do país, contudo, aparece entre as 200 melhores.

A USP (Universidade de São Paulo) repete o resultado do ano anterior como instituição brasileira —e latino-americana— mais bem colocada na edição 2020 do ranking da THE, divulgada nesta quarta (11).

Com 46 universidades listadas, 11 a mais do que na última edição da publicação britânica, o Brasil tem a sétima maior representação entre as instituições relacionadas. A marca supera a de países como Itália e Espanha.

Com menos de 1/10 da população brasileira, o Chile é a nação latino-americana mais próxima do Brasil no ranking, com 18 universidades. Das 46 brasileiras listadas, 28 são federais, 11 são estaduais e 7, particulares.

As federais enfrentam uma crise de financiamento. O governo Jair Bolsonaro (PSL) determinou um bloqueio de orçamento de R$ 2,2 bilhões, referente a 30% dos recursos discricionários (que excluem salários, por exemplo).

O sistema federal de ensino superior perde recursos ano a ano desde 2014. Com o atual corte, as verbas de livre manejo retrocederam ao patamar de uma década atrás.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem mantido discurso crítico às federais, usando rankings como o THE para defender a ideia de que as instituições brasileiras teriam qualidade inferior.

A editora do ranking da THE, Ellie Bothwell, afirma, contudo, que a hostilidade do atual governo com relação ao tema e os desafios de financiamento prejudicam o país.

“O fato de o Brasil agora aparecer como o sétimo país com mais representação no ranking é certamente uma grande conquista, especialmente considerando a grandeza do seu contingente comparado com o ano passado. Isso traz muita visibilidade e presença do Brasil no cenário mundial", diz ela, segundo texto oficial de divulgação.

“No entanto, é lamentável que todos os novos registros do Brasil estejam fora do top mil e que várias outras estejam fora da tabela. As constantes questões de financiamento e a falta de uma estratégia de ensino superior não ajudam a solucionar este problema", escreve.

"O ensino superior global está se tornando um campo cada vez mais competitivo, à medida que as instituições asiáticas continuam a crescer e o Brasil terá que trabalhar mais para fazer avanços positivos na tabela de classificação. Para tal, a crescente hostilidade do governo atual em relação à educação superior inspira pouca confiança."

Questionado pela Folha sobre a avaliação da editora do THE a respeito da postura do governo, o ministro Weintraub disse que o comentário dela foi deselegante.

"Quanto à declaração de juízo de valor, eu acho que ela saiu do escopo dela, é meio deselegante da parte dela, não agrega nada", disse.

"Que eu saiba, ela não está credenciada a fazer isso, então ela cruzou a linha".

Weintraub voltou a minimizar o desempenho das instituições brasileiras. "Quanto ao Brasil estar em sétimo lugar [em número de universidades listadas], é [reflexo do] tamanho da população. Se pegar entre as 100 melhores e entre as 200 melhores, o Brasil não consta com nenhuma universidade."

O THE 2020 analisou um total de 1.396 instituições em 92 países e regiões (na última edição, eram 1.258 em 86 territórios).

O levantamento é elaborado a partir de 13 indicadores que abordam cinco dimensões: ensino, pesquisa, citações de artigos científicos, transferência de tecnologia e internacionalização.

O THE classifica os estabelecimentos em ordem até a 200ª posição, e, a partir disso, reúne as instituições em intervalos.

O top 10 do ranking é dominado pelo Reino Unido e Estados Unidos. A Universidade de Oxford, da Inglaterra, lidera o THE 2020, assim como ocorreu na edição do ano passado.

A Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), dos Estados Unidos, aparece na segunda posição. Ao todo, 60 das 200 melhores instituições são norte-americanas.

Somente 12 universidades brasileiras estão no grupo das mil melhores. Brasileira mais bem colocada, a USP ficou no bloco que 251-300, mesma posição em que apareceu no ano passado.

Na sequência aparece outra estadual paulista, a Unicamp, que se posiciona entre 501-600 —no ano passado, a instituição estava melhor, na posição 401-500.

Além da Unicamp, outras quatro universidades federais (UFRJ, UFABC, UFBA e UFSCar) perderam posições no ranking. Com exceção da UFRJ (que passou do grupo 601-800 para 801-1.000), as demais foram classificadas abaixo das 1.001 melhores.

A Federal de Uberlândia, classificada no ano passado na faixa de mais de 1.001, caiu nesta edição e não aparece na lista.

Por outro lado, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) pulou para um grupo superior: passou da posição 801-1000 para 601-800. Outras 11 universidades que não estavam ranqueadas tiveram indicadores que as colocaram no ranking —seis são federais, duas são particulares e as outras duas, estaduais.

A instituição particular mais bem posicionada é a PUC-Rio. Ela fica na posição 601-800, sendo a 7ª brasileira mais bem classificada.

Na América Latina, a mais bem colocada, após a USP, é a Universidade para o Desenvolvimento, do Chile. Ela aparece na posição 401-500 —à frente da Unicamp.

Compõem o ranking 101 universidades da América Latina, sendo 46 do Brasil. Cuba e Porto Rico entraram na lista pela primeira vez, com a Universidade de Havana posicionando-se na faixa de mais de 1.001 e a Universidade de Porto Rico, de 801-1000.

Já a situação da Argentina é pior. O país vizinho, em grave crise econômica, tem quatro instituições ranqueadas, uma a menos que no ano passado.

Em 14º, o suíço ETH Zurich é a instituição mais bem colocada do ranking que não está no Reino Unido nem nos Estados Unidos. Depois surge a Universidade de Toronto (Canadá), na 18ª posição.

No topo do ranking, a Ásia conseguiu aumentar significativamente a sua representação global e a presença no top 200 mundial: passou de 2 instituições para 24. A universidade Tsinghua, da China, está em 23º, seguida pela Universidade de Pequim e pela Universidade Nacional de Singapura.

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LEVANTAMENTO

Folha lança ferramenta online para ajudar pais a comparar colégios e optar

Só quem precisou escolher escola sabe a dificuldade. Pública ou particular? Conteudista ou construtivista? Para ajudar nesse processo, a Folha lança a ferramenta online Buscador Escolha a Escola.

São 135 mil colégios de ensino fundamental e médio, de todo o país, públicos e particulares. Para cada um há até 14 indicadores de qualidade ou de infraestrutura.

O buscador traz informações como presença ou não de laboratório de ciências, se há acessibilidade no prédio, notas no Enem e média de alunos por turma. São dados do Inep, órgão do Ministério da Educação responsável por estatísticas. As bases são Censo Escolar, Enem e Saeb (avaliação de escolas públicas).

A ideia é mostrar, num lugar só, o máximo de informações objetivas e atualizadas.

É uma forma de ajudar na análise da situação dos colégios, que tem sido centrada no resultado do Enem.

O resultado do exame dos formandos no ensino médio tem a vantagem de ser um indicador objetivo. Mas é insuficiente, segundo educadores.

Primeiramente, porque o teste avalia apenas os estudantes ao fim do ensino médio. Como é o único em que há grande participação de colégios particulares, muitas famílias passam a usar esse parâmetro para avaliar até o ensino infantil de uma instituição.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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