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Goiânia, 01 de junho de 2017

Publicado: Quinta, 01 de Junho de 2017, 12h12 | Última atualização em Quinta, 01 de Junho de 2017, 12h19

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Inscrições para o Sisu terminam nesta quinta-feira, 1º, às 23h59

Mutirão nacional movimenta 39 hospitais universitários federais em cinco regiões

Inscrições para o ProUni estarão abertas a partir desta terça-feira, 6

MEC assina acordo para ampliar uso de tecnologia na educação

Instituições federais recebem R$ 229 milhões para pagar despesas

UOL EDUCAÇÃO

Unicamp deverá aderir às cotas a partir do Vestibular 2019

Com ajuda de projeto, aluna de escola pública chega à Nasa

CORREIO BRAZILIENSE

Número de inscritos chega a 792 mil

Hospital Universitário participa de parceria com hospitais franceses

Começa nesta quinta prazo para envio das redações do Concurso Jovem Senador

GLOBO.COM

Dez carreiras têm quase metade de todos os formados no Brasil desde 2001

EaD não é remendo (mas pode ser impulso para o ensino médio)

FOLHA.COM

Novo Fies prevê dívida fixa e fim do prazo de carência para pagamento

53% dos alunos brasileiros não têm conhecimentos financeiros básicos

 

N O T Í C I A S      D  A      E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 01/06/2017

 

SELEÇÃO UNIFICADA

Inscrições para o Sisu terminam nesta quinta-feira, 1º, às 23h59

Termina nesta quinta-feira, 1º, às 23h59, o período de inscrições para a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2017. Neste processo seletivo, são oferecidas 51.913 vagas, em 1.462 cursos de 63 instituições públicas de educação superior, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e instituições estaduais.

Para participar do processo seletivo do Sisu referente ao segundo semestre, o candidato deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2016 e ter tirado nota superior a zero na redação. Ao acessar o sistema, deve informar o número de inscrição e senha de cadastro no Enem.

O estudante poderá escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência – é possível fazer alterações até o final do dia. É necessário explicitar, ainda, se deseja concorrer a vagas de ampla concorrência, de cotas destinadas a estudantes de escolas públicas ou de demais políticas afirmativas das instituições.

É importante observar que algumas instituições estabelecem notas mínimas para ingresso em determinados cursos. O resultado da segunda edição do Sisu de 2017 será divulgado no dia 5 de junho, em chamada única, mesma data em que tem início a lista de espera, que estará disponível até 19 de junho.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela página eletrônica do programa até as 23h59 desta quinta-feira, 1º.

 

Assessoria de Comunicação Social

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SAÚDE

Mutirão nacional movimenta 39 hospitais universitários federais em cinco regiões

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao MEC, realiza em 39 hospitais universitários federais conveniados o 2º Mutirão Nacional para Consultas, Exames e Cirurgias Gratuitas. A abertura oficial foi na manhã desta terça-feira, 31, em sua sede em Brasília, na presença do ministro Mendonça Filho e do presidente da entidade, Kleber Morais.

Os procedimentos serão realizados durante todo o dia, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os hospitais, distribuídos pelas cinco regiões brasileiras, participam da ação com 3,7 mil profissionais, entre médicos, enfermeiros e equipes de áreas assistenciais e administrativas. A expectativa é de realizar 8 mil atendimentos, o dobro do que foi registrado no mutirão de 2016.

O ministro Mendonça Filho destacou a importância de melhorar e ampliar a formação dos profissionais vinculados a saúde no Brasil, incluindo o bom atendimento à população desfavorecida. “Os hospitais universitários cumprem muito bem essa missão e a gente está reforçando, dando apoio e incrementando o orçamento para que a Ebserh preste esse serviço ao cidadão”, declarou.

Kleber Morais ressaltou que a ação da Ebserh busca reduzir, em curto espaço de tempo, a lista de espera por assistência em saúde. “O mutirão mostra a relevância dos hospitais universitários federais para o usuário do SUS”, disse. “É nosso papel oferecer atendimento a quem precisa, além de apoiar o ensino, a pesquisa e a inovação tecnológica.”

Médicos, enfermeiros e equipes de áreas assistenciais participam do mutirão (Foto: Mariana Leal/MEC) Sônia Oliveira, 35, moradora de Planaltina, cidade do Distrito Federal, foi uma das beneficiadas pela ação. Diagnosticada com pedras na vesícula há um ano, ela ainda não tinha recebido previsão de cirurgia. "Eu estava passando mal e fui para o HUB [Hospital Universitário de Brasília]. Daí eles me medicavam, mas tinha que esperar na fila. Meu nome estava lá atrás, mas, graças ao mutirão, me chamaram logo. Fiquei muito feliz, porque vou ser operada hoje ainda”, comemorou.

Ebserh – Empresa estatal vinculada ao MEC, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Inscrições para o ProUni estarão abertas a partir desta terça-feira, 6

Os estudantes interessados nas bolsas oferecidas para o segundo semestre de 2017 pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) devem ficar atentos ao prazo de inscrições – de 6 a 9 de junho. Os números desta nova edição ainda não estão consolidados, mas não deverão ficar distantes dos registrados no mesmo período em 2016, quando foram oferecidas 125.442 bolsas, sendo 57.092 integrais e 68.350 parciais, distribuídas em 22.967 cursos de 901 instituições privadas.

As inscrições serão efetuadas em uma única etapa, até as 23h59 do dia 9 de junho, observado o horário oficial de Brasília. Só poderá participar do processo seletivo o candidato brasileiro não portador de diploma de curso superior que tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.

O ProUni é dirigido a alunos bolsistas integrais egressos do ensino médio da rede pública de ensino ou da particular. Também estão incluídas as pessoas com deficiência e professores da educação básica em escolas públicas que compõem o quadro de pessoal permanente da instituição.

Condições – A inscrição está condicionada ao cumprimento das condições estabelecidas na Lei nº 11.096, de 2005, que institui o programa. O candidato pode pleitear uma bolsa integral se sua renda familiar bruta mensal per capita não exceder a 1,5 salário-mínimo. No caso da bolsa parcial, a renda familiar não pode ser maior que três salários-mínimos.

O sistema é informatizado e impessoal, conferindo transparência e segurança ao processo. Os candidatos são selecionados pelas notas no Enem. No ato do apontamento, o interessado deverá, obrigatoriamente, informar o número de inscrição no Enem 2016 com a senha mais recente cadastrada no exame, endereço de e-mail e telefone válidos, além de dados cadastrais próprios ao grupo familiar. Também será preciso informar, na ordem de preferência, até duas opções de instituição – com local de oferta, curso, turno das aulas e tipos de bolsa pretendido.

O ProUni possui ações conjuntas de incentivo à permanência nas instituições, com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que permite ao bolsista parcial financiar a parte da mensalidade não coberta.

Chamadas – O processo seletivo será constituído de duas chamadas sucessivas. Os resultados com a lista dos pré-selecionados estarão disponíveis na página do ProUni na internet. A primeira chamada será feita em 12 de junho, estando a segunda prevista para o dia 26 do mesmo mês.

O candidato selecionado deverá comparecer à respectiva instituição de educação superior para a comprovação das informações prestadas e a eventual participação em processo seletivo próprio, quando for o caso, no período de 12 a 19 de junho, na primeira chamada; de 26 a 30 de junho, na segunda chamada.

Para participar da lista de espera, o candidato deverá manifestar seu interesse na página do programa, entre 7 e 10 de julho. A lista estará disponível no Sisprouni, para consulta pelas instituições de educação superior, em 13 de julho. O candidato deverá comparecer à instituição e entregar a documentação no período de 17 a 18 de julho.

 

Assessoria de Comunicação Social

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COOPERAÇÃO

MEC assina acordo para ampliar uso de tecnologia na educação

O MEC e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) assinaram, nesta terça-feira, 30, um termo de cooperação técnica por meio do qual o Cieb poderá contribuir na elaboração de políticas de tecnologia e inovação que permitam impactar na qualidade e na equidade da educação pública brasileira. O termo envolve a criação de um portal integrado que está sendo desenvolvido pelo MEC.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, acredita que a parceria entre o governo e o terceiro setor é fundamental para difundir o acesso a informações educacionais. “É uma cooperação que visa a uma maior integração, para que a gente possa difundir informações do ponto de vista educacional contemplando formação de professores, formação inicial e continuada”, avaliou.

A diretora-presidente do Cieb, Lucia Dellagnelo, explica que o termo de cooperação busca envolver pesquisadores, professores e empreendedores que desenvolvem tecnologias para a área de educação e o poder público em todas as suas esferas. A meta é trazer a inovação para a educação brasileira. O Cieb, que é uma organização sem fins lucrativos, faz a articulação entre organizações da entidade civil e o poder público.

“Para que a tecnologia tenha um impacto positivo na educação, é preciso planejar políticas multidirecionais, que pensem ao mesmo tempo no planejamento, na formação de professores e gestores e na qualidade do conteúdo, dos recursos educacionais que vão ser disponibilizados para rede e infraestrutura”, destaca.

 

Assessoria de Comunicação Social

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RECURSOS

Instituições federais recebem R$ 229 milhões para pagar despesas

O Ministério da Educação liberou na última quinta-feira, 25, R$ 229,74 milhões em recursos financeiros às instituições federais de educação vinculadas à pasta. A verba será aplicada na manutenção, custeio e pagamento de assistência estudantil, entre outros.

A maior parte dos valores, R$ 169,19 milhões, será repassada às universidades federais, incluindo recursos para hospitais universitários. Já a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica receberá R$ 59,54 milhões. O restante, R$ 1,01 milhão, foi destinado ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), ao Instituto Benjamin Constant (IBC) e à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Desde o início do ano, o MEC repassou R$ 2,75 bilhões para as instituições federais vinculadas à pasta, incluindo o que foi destinado ao pagamento de despesas das universidades e institutos federais, do Instituto Nacional de Surdos, do Instituto Benjamin Constant e da Fundação Joaquim Nabuco.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 01/06/2017

 

OPINIÃO

Unicamp deverá aderir às cotas a partir do Vestibular 2019

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou na tarde de ontem, 30 de maio, a proposta de implementação de cotas étnico-raciais já no Vestibular 2019. A reserva de vagas será estudada e, em novembro, sairá o resultado que informará se haverá adoção ou não desta ação afirmativa.

A proposta aprovada pelo Conselho Universitário (Consu) prevê que 50% das vagas oferecidas na Unicamp sejam para estudantes de escolas públicas. Dentro deste percentual, haverá uma quantidade reservada aos negros, pardos e indígenas, levando em consideração os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estado de São Paulo.

De acordo com o Consu, a adoção das cotas será gradativa, contando com critérios adicionais. O Conselho pretende aprimorar o Programa de Ação Afirmativa (PAAIS), que concede bônus aos estudantes de escolas públicas, além do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis), iniciativa que garante vaga na Unicamp para um estudante de cada escola pública de Campinas, usando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A Unicamp estuda maneiras, ainda, de garantir a permanência do estudante de baixa renda na universidade, dando o apoio necessário para evitar a evasão destes cotistas.

Enem e SiSU

A reunião do Consu da Unicamp também levantou a possibilidade de adoção parcial ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), possibilitando o uso do Enem para ingresso em parte das vagas oferecidas pela instituição. As demais continuarão sendo preenchidas pelo Vestibular Tradicional.

O Enem já é utilizado atualmente, mas a sua finalidade é compor parte da prova objetiva do Vestibular. Com a adoção ao SiSU, ele ganha dimensão e vira porta de entrada definitiva para seus participantes.

PAAIS

O Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS) é um programa de bonificação do Vestibular para candidatos de escolas públicas.

Na primeira fase, o acréscimo do PAAIS é de 60 pontos para oriundos da rede pública, sendo que negros, pardos e indígenas contam com um aumento extra de 20 na nota.

O participante que optou pelo uso do PAAIS e for classificado para a segunda fase do Vestibular, ganhará um bônus de 90 pontos na redação e 90 nas perguntas discursivas. Autodeclarados negros, pardos ou indígenas têm um acréscimo de mais 30.

Unicamp 2018

O Vestibular da Unicamp 2018 permanece no mesmo modelo dos anteriores, contando apenas com o PAAIS e Profis como ações afirmativas.

As inscrições para o Vestibular 2018 serão recebidas de 31 de julho até 31 de agosto. As provas da primeira fase serão aplicadas em 19 de novembro, enquanto a segunda etapa é esperada para o período entre 14 e 16 de janeiro de 2018.

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EDUCAÇÃO

Com ajuda de projeto, aluna de escola pública chega à Nasa

A estudante Noemi Vergopolan Rocha, 26, gosta de se descrever como uma pessoa dedicada. Há quatro anos, ela saiu de Curitiba, onde morava com os pais, e pisou pela primeira vez nos Estados Unidos para fazer um intercâmbio que, em seguida, a levaria a um estágio na Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), na Califórnia. Há dez dias, ela participou de um evento na ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.

Noemi conta que sempre se destacou entre os alunos da Escola Municipal Coronel Durival de Britto, no Paraná, onde cursou o ensino fundamental, mas almejava um ambiente com mais desafios.

Em 2005, no primeiro ano do ensino médio, ela deu um passo que mudaria sua vida escolar: vinda de família com poucos recursos, recebeu uma bolsa de estudos para completar o ensino médio em uma escola de ensino particular. "Sem o auxílio da bolsa de estudos e o esforço da minha parte, eu com certeza não teria chegado onde cheguei", afirma Noemi. "É a combinação de esforço e oportunidade."

O apoio veio do Instituto Bom Aluno, organização paranaense criada com a missão aprimorar a formação de alunos de bom desempenho, oferecendo apoio gratuito a estudantes de escola pública.

A somatória de seus esforços e o interesse pela sustentabilidade levaram Noemi a concluir sua graduação em engenharia ambiental na UFPR (Universidade Federal do Paraná), e a carimbar seu passaporte pela primeira vez para aprofundar seus estudos em recursos hídricos na Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA.

Foi no último ano acadêmico em território americano que os seus conhecimentos fizeram com que a curitibana conquistasse uma vaga de estágio na Nasa, na área de monitoramento do impacto do desmatamento na Amazônia. Iniciativa, é preciso ressaltar, também contou pontos. "Entrei em contato com uma pesquisadora brasileira de lá, Roseli Lopes, e disse que tinha interesse em desenvolver meu TCC na Nasa e que era boa no que fazia, que eles não iam se arrepender de me contratar", contou.

Há cerca de 10 dias, Noemi representou o instituto na disputa do 3S Awards, um prêmio internacional realizado pela GSC (Global Sourcing Council), integrante de programas de impacto social da ONU, que reconhece organizações que demonstram liderança social e inovação. Hoje, a ex-aluna de escola pública está desenvolvendo seu doutorado na Universidade de Princeton, em Nova Jersey, nos EUA.

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CORREIO BRAZILIENSE

Quinta-feira, 01/06/2017   

 

SISU

Número de inscritos chega a 792 mil

Até as 19 horas desta quarta-feira, 31, a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2017 registrou 792.366 inscritos. Já o número de inscrições chegou a 1.518.750, uma vez que cada candidato pode fazer até duas opções de curso. O Sisu é o ambiente virtual criado pelo Ministério da Educação para selecionar estudantes a vagas em instituições públicas de educação superior.

As inscrições seguem abertas até esta quinta-feira, 1º. São ofertadas 51.913 vagas por 63 instituições, entre universidades federais, estaduais e institutos federais. Para participar do processo seletivo do Sisu referente ao segundo semestre, o candidato deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2016 e ter tirado nota superior a zero na redação. Ao acessar o sistema, deve informar o número de inscrição e senha de cadastro no Enem.

Ao se inscrever, o candidato seleciona, por ordem de preferência, até duas opções de cursos. As escolhas poderão ser modificadas durante todo o período de inscrições. A divulgação do resultado do Sisu, em chamada única, está prevista para 5 de junho, mesma data em que será aberta a lista de espera. As matrículas devem ser efetuadas entre os dias 9 e 13 do mesmo mês.

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UNB

Hospital Universitário participa de parceria com hospitais franceses    

Estreitar relacionamento com a França para troca de conhecimento nas áreas de saúde pública, ensino e pesquisa clínica. Com esse objetivo, o Hospital Universitário de Brasília recebeu, nesta terça-feira (30), a visita da Associação dos Diretores Gerais dos Centros Hospitalares Regionais e Universitários da França (CHRU).

A comitiva da França veio ao Brasil para assinar um acordo de cooperação entre a associação e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que prevê o intercâmbio de conhecimentos e competências entre os 39 hospitais da rede Ebserh e os 32 da rede francesa. No HUB, eles puderam entender melhor o sistema de saúde brasileiro e como um hospital universitário federal funciona na prática.

Os representantes franceses conheceram a organização administrativa, o funcionamento assistencial e a estrutura de atendimento e ensino do HUB. "A parceria abre um leque de oportunidades para o HUB tanto do ponto de vista da organização do serviço quanto da formação e do ensino, pois permite acesso a novos conhecimentos, tecnologias e possibilidades de intercâmbio para os estudantes", avaliou a superintendente do hospital, Elza Noronha.

Depois de serem recebidos pela superintendente, eles conheceram as instalações do hospital. Entre os locais visitados, a Unidade Materno-infantil, o Pronto-Socorro, a Sala de Simulação Realística, o Centro de Pesquisa Clínica, a Farmácia Clínica e a Unidade de Oncologia. "Não existem tantos acordos entre Brasil e França na área da saúde. É fundamental visitar e conhecer a realidade dos hospitais brasileiros e vice-versa para que o intercâmbio seja mais produtivo", afirmou o presidente da associação francesa, Jean-Pierre Dewitte.

O convênio propiciará a promoção de atividades de formação profissional, desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa clínica e o intercâmbio de profissionais e acadêmicos dos dois países, além da promoção de palestras, simpósios e congressos. "O acordo dá a possibilidade de uma visão diferente no ponto de vista do ensino, da pesquisa, da extensão e também no atendimento à população, que é a razão de um hospital universitário. Trouxemos a comitiva francesa ao HUB porque este hospital tem uma importância muito grande na cidade de Brasília", disse o presidente da Ebserh, Kleber Morais.

Além do presidente da associação francesa, participaram da visita o diretor-geral do Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Martinica, Nicolas Estienne; a secretária-geral da Comissão de Relações Internacionais da Conferência de Diretores Gerais dos CHU, Yara El-Eleywa Le Corff; e o diretor-geral do CHU de Estrasburgo, Christophe Gautier. Do HUB, estiveram presentes ainda o gerente de Ensino e Pesquisa, Renato Antunes, e representantes das áreas administrativas, de ensino e assistencial.

FORMALIZAÇÃO

A cerimônia de assinatura do convênio foi realizada nesta terça (30), no auditório do Ministério da Educação (MEC), com a participação do embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, de autoridades políticas e gestores da Ebserh.

A implementação da parceria se dará por meio de Planos de Trabalho Bianuais, que contemplarão detalhadamente os temas a serem abordados, metas, cronogramas e responsabilidades das partes. Haverá avaliações e elaboração de outros planos periodicamente até o final do convênio, que tem duração de quatro anos.

ENTENDA MELHOR

A estrutura de saúde da França conta com os Centros Hospitalares Universitários (CHU) e os Centros Hospitalares Regionais (CHR). Essas unidades estão localizadas em 30 capitais regionais do país e cada uma tem diversos hospitais. O presidente da associação formada por todos os diretores dos CHU e CHR é o signatário do convênio assinado com a Ebserh.

ATENÇÃO

As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.

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CONCURSO

Começa nesta quinta prazo para envio das redações do Concurso Jovem Senador

O prazo para envio das redações dos estudantes que vão concorrer a uma das vagas do Projeto Jovem Senador 2017 começa nesta quinta-feira (1º) e vai até 18 de agosto. O tema deste ano é "Brasil plural: Para falar de intolerância". Serão selecionadas 27 redações, uma por unidade da Federação. Os autores das redações selecionadas vivenciarão por uma semana o trabalho dos senadores em Brasília, participando de reuniões de comissão e de sessões no Plenário e apresentando sugestões que podem ser transformadas em projetos de lei.

Conforme o regulamento do projeto, a redação e a ficha de inscrição, com cópia do RG e do CPF do aluno e do professor orientador, devem ser enviadas pelas escolas à secretaria de educação do respectivo estado ou do Distrito Federal. Os endereços das secretarias podem ser encontrados aqui. Caberá a cada secretaria selecionar três redações, que serão enviadas ao Senado. Uma comissão julgadora do Senado selecionará um texto por unidade da Federação.

No ano passado, estudantes de 1.654 escolas de todo o país participaram do concurso, mobilizando mais de 280 mil alunos e mais de 6 mil professores.

O site do Jovem Senador oferece sugestões para a redação, em Navegando no tema. Para os professores que atuam como orientadores dos alunos, há uma área chamada Na sala de aula. Além disso, o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) oferece aos professores uma série de cursos que podem ser acessados pela plataforma Saberes. Entre os temas, estão Política Contemporânea, Processo Legislativo Federal e Poder Legislativo. Estão previstas também videoaulas sobre gênero e raça.

Parceria

O programa é um projeto da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Secretaria-Geral da Mesa e Consultorias, com apoio da Diretoria-Geral. Conta também com o apoio de 54 coordenadores nos estados e no Distrito Federal que auxiliam na divulgação do concurso e realizam a interface entre as secretarias de educação, as unidades escolares e a equipe organizadora do projeto em Brasília.

De 2011, ano da primeira edição do projeto, a 2015, os jovens senadores apresentaram 42 sugestões de projetos de lei. Cabe à Comissão de Diretos Humanos e Legislação Participativa (CDH) decidir se as propostas tramitarão ou não. Cinco delas foram arquivadas. As demais ou ainda esperam a análise da comissão ou já foram convertidas em projetos de lei e até em propostas de emenda à Constituição.

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GLOBO.COM

Quinta-feira, 01/06/2017   

 

EDUCAÇÃO

Dez carreiras têm quase metade de todos os formados no Brasil desde 2001

Escolher uma carreira no fim do ensino médio é um dos desafios que cada vez mais adolescentes têm enfrentado: em 2015, 2,2 milhões de estudantes tiveram que optar por uma das 324 carreiras atualmente oferecidas no Brasil.

O número de universitários mais que dobrou nos últimos 15 anos, mas a tendência na escolha dos cursos mantém um traço marcante. Um conjunto formado por 10 carreiras conquista praticamente metade de todos os universitários brasileiros.

A realidade desses 10 cursos será debatida no G1 a partir deste mês. Eles serão alvo de uma nova série do Guia de Carreiras. Na segunda (5), as reportagens começam tratando de administração. A série contará ainda com um teste vocacional e programas ao vivo com debates.

Nos últimos 15 anos, quase 11 milhões de estudantes brasileiros conseguiram se formar na faculdade e receber um diploma. Desses, 5.341.147 decidiram seguir uma das seguintes carreiras:

   administração

   ciências biológicas

   ciências contábeis

   direito

   educação física

   enfermagem

   engenharia civil

   medicina

   pedagogia

   psicologia

Juntas, elas respondem por 48,7% do total de formandos desde 2001, e 48,3% de todos os estudantes matriculados em um curso de graduação presencial em 2015. Os dados são os mais recentes do Censo da Educação Superior, divulgado todos os anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Essas dez carreiras, que em 2015 eram cursadas por 3.206.137 pessoas, também foram as mais procuradas entre os candidatos da edição do primeiro semestre de 2016 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Expansão do ensino superior

Nos últimos 15 anos, o Brasil viu o número de calouros em cursos de graduação presenciais quase dobrar. Em 2001, 1.206.273 pessoas se matricularam no primeiro ano de um deles. Em 2015, esse número cresceu 84,5%, para 2.225.663, segundo os dados do Censo.

Nesse mesmo período, o número de cursos saltou de 12.155, em 1.391 instituições de ensino superior públicas e privadas, para 32.028 cursos em 2.364 instituições.

Mesmo durante essa expansão, a preferência dos estudantes por carreiras específicas manteve a mesma tendência: em 2001, 50% dos formados em graduação no Brasil cursaram uma das dez carreiras mencionadas acima. Em 2015, esse número foi de 49,1%.

Ensino público x ensino privado

Nesse meio tempo, o aumento de vagas foi maior entre as instituições privadas do que nas universidades públicas: enquanto a expansão do ensino superior foi de 48% nas universidades públicas, nas particulares o crescimento chegou a 66% nos últimos 15 anos.

Isso fez com que, atualmente, a razão de vagas públicas e privadas caísse de um para três para um a cada quatro. No início do século, 33,1% dos estudantes de graduação estavam matriculados em uma instituição pública. Já em 2015, essa concentração caiu para 24,5%.

É nas instituições privadas onde também é maior, historicamente, a concentração das carreiras mais procuradas. Em média, das 2.818.533 pessoas que se formaram em universidades públicas entre 2001 e 2015, 38,1% delas (1.072.872) buscaram uma dessas dez carreiras. Já nas privadas, essa porcentagem salta para 52,5%: no total, 8.147.747 conquistaram um diploma de graduação em uma instituição particular nesse período, e 4.274.978 o fizeram neste grupo de profissões.

Tendências

As dez carreiras são variadas e exigem diferentes perfis de profissionais. Elas também seguiram tendências diferentes: nem todas tiveram um crescimento constante nos últimos anos. A cada semana, o Guia de Carreiras do G1 vai explorar os motivos por trás das estatísticas históricas do Censo da Educação Superior. Veja as principais características de cada uma abaixo:

   ADMINISTRAÇÃO: É a segunda carreira com o maior número de matrículas (em 2015, mais de 585 mil pessoas estudavam administração). Nos últimos 15 anos, o número de formados por ano cresceu de 35.149 para 99.216, um aumento de 182%.

   PEDAGOGIA: Entre 2001 e 2015, 861.420 pessoas se formaram em pedagogia no Brasil, diploma atualmente obrigatório para quem quer atuar no ensino infantil e nos primeiros anos do fundamental.

   DIREITO: É a carreira com o maior número de estudantes matriculados no Brasil: em 2015, eles eram 852.703. No mesmo ano, a carreira ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 mil concluintes: 105.317 pegaram o diploma na área.

   MEDICINA: É a carreira com a maior concorrência no Sisu. Nos últimos 15 anos, o número de vagas aumentou e o número de médicos formados ano a ano foi de 8.004, em 2001, para 17.042 em 2015, um crescimento de 87,2%.

   EDUCAÇÃO FÍSICA: A carreira aparece no Censo dividida em licenciatura e bacharelado. Os dois cursos têm boa parte da grade curricular semelhante, mas o mercado de trabalho é diferente. Entre 2001 e 2015, 396.204 se formaram em um deles. A maior parte fez a licenciatura, mas a carreira de bacharelado tem crescido mais rapidamente.

   ENFERMAGEM: Até 2009, era possível cursar duas carreiras na área: enfermagem ou enfermagem e obstetrícia. Desde 2010, elas foram unificadas. Em 2015, 259.986 estudavam para atuarem como enfermeiros e enfermeiras, e 34.640 pegaram um diploma na área. O número cresceu 460,7% na comparação entre 2001 e 2015. Porém, o ano em que houve o maior número de concluintes foi em 2001, quando 47.090 novos enfermeiros chegaram ao mercado.

   CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Essa foi a sétima carreira mais procurada no Sisu do primeiro semestre de 2016: 140.922 candidatos concorreram às 8.099 vagas oferecidas. Entre o top 10, foi a carreira com menor concorrência (17,4 candidatos por vaga).

   ENGENHARIA CIVIL: Impulsionada pelos grandes eventos esportivos, a engenharia civil tinha, em 2015, 349.347 alunos de graduação matriculados. Naquele ano, 25.217 novos engenheiros civis receberam o diploma, um aumento de 404% nos últimos 15 anos.

   PSICOLOGIA: Na Fuvest 2017, a concorrência da carreira de psicologia só ficou atrás dos cursos de medicina. Segundo o Censo do Inep, em 2017 ela era a sétima carreira com mais matrículas de graduação (223.490). Nos últimos 15 anos, a média de novos profissionais formados na área foi de mais de 16 mil por ano. Em 2015, 23.285 pegaram diploma em psicologia.

   CIÊNCIAS CONTÁBEIS: O décimo curso mais procurado do Sisu 2016 era o quinto com o maior número de matrículas de graduação presencial em 2015. No total, 266.095 faziam o curso, e 42.483 conseguiram o diploma no fim do ano. O número é 141% maior do que a quantidade de concluintes na área em 2001.

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VIOLÊNCIA

Enem 2017 tem o menor número de inscritos confirmados desde 2013

A edição 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá o menor número de inscrições confirmadas desde 2013. Neste ano, o governo diz que ao menos 6,1 milhões de candidatos já estão aptos a realizarem as provas. Mas esse número pode subir, já que entre os 1,4 milhão que não confirmaram suas inscrições há pessoas que têm direito a recurso para tentar a isenção da taxa.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mudou neste ano os critérios de isenção. O órgão incluiu no sistema um cruzamento de dados entre a declaração de carência e os dados do governo federal sobre famílias carentes. Por isso, subiu o total de pedidos de isenção recusados no Enem.

Após a reclamação dos candidatos, o Inep fez um acordo com o Ministério Público Federal para dar um prazo para que esses inscritos possam recorrer e comprovar seu direito à isenção.

Além dos problemas com a isenção, o total de inscritos caiu porque o Enem não poderá mais ser usado como diploma de conclusão do ensino médio. Agora, essa função ficará com o o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

No ano passado, 8.627.194 pessoas confirmaram a inscrição após o prazo de pagamento da taxa. No Enem 2015, esse número foi de 7.746.057 pessoas. O recorde histórico de inscrições confirmadas aconteceu no Enem 2014: foram 8.721.946 inscrições confirmadas após o prazo.

Direito à isenção

Antes, a isenção era automática para alunos concluintes do ensino médio. E havia ainda a possibilidade de autodeclaração de carência. Agora, isso mudou. A isenção é válida para pessoas que se encaixem em três categorias (clique aqui para saber mais).

Segundo Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento do Inep, o órgão percebeu que muitos candidatos justificaram seus pedidos de isenção de forma " aleatória" (entre a Lei 12.799/2013 ou Decreto 6.135/2007) e os dados informados não "bateram" com o cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social.

De acordo com o Inep, só podem recorrer os candidatos que pediram a isenção, não conseguiram a isenção, mas não efetuaram o pagamento da taxa de R$ 82. Ainda segundo o governo federal, o Inep não vai avaliar todas as 1,4 milhão de inscrições que não foram confirmadas: só serão avaliados os casos dos candidatos que enviarem os documentos exigidos para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Travestis e transexuais

Os travestis, transexuais ou demais candidatos e candidatas que desejam receber tratamento pelo seu nome social, e não civil, durante o exame, devem fazer a solicitação específica para isso. O prazo para isso termina às 23h59 do próximo domingo (4). A solicitação deve ser feita pelo site http://enem.inep.gov.br/participante.

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ENSIO À DISTÂNCIA

EaD não é remendo (mas pode ser impulso para o ensino médio)

Bastaram algumas horas para que o MEC voltasse atrás, ao perceber o engano que cometera ao autorizar a educação a distância para o ensino fundamental (regulamentação do artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Ao falar de EAD autorizada em “situações emergenciais”, o texto abria possibilidades arriscadas.

Que situações se prestariam à introdução da EAD: falta de professores, escolas sem infraestrutura, paralisações docentes, colégios situados em áreas de risco, baixos indicadores no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira)? Problemas não faltam, mas a educação a distância não é remendo.

O MEC percebeu que seria precipitado autorizar a EAD no ensino fundamental no cenário educacional de hoje e anunciou para esta semana uma correção do decreto. De fato, a educação a distância supõe determinados requisitos: estudantes com certa autonomia e autodisciplina, acompanhamento de tutores, materiais didáticos interativos e de qualidade, um novo perfil de professor. É todo um conjunto de que, pelo momento, não dispomos neste segmento da educação básica, ainda mais para uma implementação em massa.

Por outro lado, vale registrar que esse passo em falso do MEC pode encontrar uma estrada promissora no ensino médio, maior gargalo da nossa educação. Conteúdos distantes da realidade do aluno, professores sem a formação necessária, alta rotatividade docente, classes superlotadas e turmas muito heterogêneas são alguns dos impasses que levaram a uma educação estagnada, avaliada há anos abaixo da média, em exames nacionais e internacionais.

No ensino médio do jeito que está, o aluno não só não aprende, como também acaba abandonando os estudos: é o caso de 1 milhão e 600 mil jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. É aí que começa a se formar a geração nem-nem, os que nem estudam, nem trabalham, que atualmente são 20% dos brasileiros entre 18 e 25 anos.

A reforma do ensino médio, sancionada há três meses, pretende rever o currículo e flexibilizar as trajetórias escolares, permitindo inclusive a opção pela formação profissional – uma alternativa interessante para quem busca acesso mais rápido ao mercado de trabalho. Porém, não se pode mudar o ensino médio sem atualizar as modalidades de ensino.

Há diversas mudanças a fazer. Por exemplo: processos híbridos (parte do ensino presencial, parte a distância); a metodologia da "sala de aula invertida", em que o aluno assiste videoaulas antes do encontro com o professor e aproveita melhor a sua orientação; o acompanhamento personalizado do estudante, por meio de tecnologias e ambientes virtuais de aprendizagem. A regulamentação da EAD no ensino médio pode representar um impulso importante para que essas inovações didáticas finalmente cheguem às escolas.

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FOLHA.COM

Quinta-feira, 01/06/2017   

 

EDUCAÇÃO

Novo Fies prevê dívida fixa e fim do prazo de carência para pagamento

O governo Michel Temer planeja uma revisão no Fies (financiamento estudantil) que prevê o fim do prazo de carência para que estudantes beneficiados iniciem o pagamento da dívida. Hoje, as parcelas começam a ser pagas somente após um ano e meio.

As alterações devem afetar tanto as condições para alunos como para as instituições de ensino superior particulares. O fundo que funciona como um fiador de parte da inadimplência dos estudantes também sofrerá mudanças.

As novas regras devem ser anunciadas neste mês. Valerão para contratos futuros.

Pelo formato atual, o aluno faz o curso universitário enquanto o governo paga para a instituição de ensino. Ao terminar o curso, ele tem um ano e meio para começar a quitar as parcelas do financiamento. Esse prazo não será mais previsto no novo Fies.

Por sua vez, assim que o aluno firmar o contrato, ele já saberá o valor total da dívida. Atualmente, o financiamento é atualizado a partir do reajuste de mensalidades.

NOVOS CONTRATOS - Alunos que entraram no programa a cada ano, em milhares

Ainda não está definido se as instituições serão impedidas de reajustar preços. Há uma lei que garante reajuste anual de acordo com os custos do curso, independentemente da inflação.

Desde o ano passado a área econômica do governo comanda proposta de revisão do programa. O Fies foi criado em 1999, mas, a partir de alterações feitas em 2010, que facilitaram as condições de acesso, o número de contratos disparou. O salto de gastos foi ainda maior.

De 2010 a 2014, o programa consumiu mais de R$ 29 bilhões, acumulando até ali 1,9 Milhão de contratos ativos. Atualmente o número de beneficiados é de 2,3 milhões.

O objetivo das mudanças, segundo integrantes da área econômica do governo, é dar sustentabilidade financeira ao programa –que já sofreu enxugamento de bolsas.

Para a área econômica, a prioridade é conter o rombo no caixa. Como o novo desenho só valerá para contratos futuros, a economia nas despesas deve ser gradual e vai depender da oferta de vagas.

Só em 2016, o governo gastou cerca de R$ 30 bilhões, entre valores com mensalidades e subsídios. Membros do governo insistem que ajustes são necessários para que o Fies continue e seus impactos sejam mais previsíveis.

GARANTIA

Uma espécie de poupança anticalote, o chamado Fundo Garantidor do Fies, também passará por mudanças.

Hoje, apenas 10% da inadimplência é coberta pelo fundo, composto a partir de uma parcela de 5% dos valores financiados.

A previsão é ampliar para 25% a faixa de cobertura de calote. A medida pode impactar no custo para universidades e faculdades privadas.

O governo prevê, entretanto, mecanismos de compensação para as escolas que tiverem inadimplência menor.

A inadimplência do Fies atingiu 53% dos contratos em fase de pagamento no fim do ano passado, como a Folha revelou em janeiro. Quase 30% do total tinham atrasos de mais de um ano.

A inadimplência é similar se levarmos em conta apenas contratos firmados a partir de 2010 e já em fase de amortização. Dos 172 mil contratos nessa situação, 50% estavam atrasados –20% do total em mais de um ano.

CUSTOS - Gastos do governo com o Fies, em R$ bilhões

Como o avanço mais forte do novo Fies se deu a partir de 2012, o maior volume de financiamentos ainda não entrou em fase de amortização. O governo prevê que o nível de atraso continue alto.

Ainda no governo Dilma Rousseff (PT) foram feitas alterações para reduzir os gastos. A partir do final de 2014, por exemplo, o governo passou a exigir notas mínimas no Enem dos interessados.

Depois passou a limitar as vagas por semestre. Até então, não havia limite: as instituições firmavam os contratos, e o MEC (Ministério da Educação) só confirmava.

Em 2015, os juros foram alterados de 3,4% para 6,5% e o limite de renda, restringido. Também houve priorização por curso e região.

Não estão previstas mudanças na taxa de juros, no perfil de renda (até 3 salários mínimos) e na relação de cursos prioritários (de saúde, engenharias e formação de professores). Um teto de mensalidades de R$ 5.000 deve ser mantido –estuda-se, entretanto, criar alternativas para cursos caros, como medicina.

Um comitê interministerial coordenado pelo MEC, Planejamento e Tesouro será criado para o Fies. Haverá a divulgação de acompanhamento trimestral.

ENSINO SUPERIOR

O enxugamento do Fies ocorre entre a convicção de ajuste no programa, que mesmo antes da crise econômica tinha gastos sem controle, e a necessidade do país em ampliar o acesso ao ensino superior.

O Brasil tem 18,1% dos jovens de 18 a 24 anos na universidade. A meta do PNE (Plano Nacional de Educação) é chegar a 33% em 2024.

Como as vagas nas universidades públicas são insuficientes, 76% dos 8 milhões de universitários estão nas particulares. Mas cerca de 30% dos estudantes das instituições privadas têm Fies ou Prouni.

Em 2015, quando o Fies já passava por enxugamento, o número de novos alunos teve a primeira retração desde 2009.

Uma pesquisa recente encomendada pela ABMES (associação que representa as faculdade privadas) com jovens do ensino médio indica que 62% dos estudantes atrasariam a entrada na faculdade por não terem condições de pagar.

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EDUCAÇÃO

53% dos alunos brasileiros não têm conhecimentos financeiros básicos

Mais da metade dos alunos brasileiros não possui conhecimentos básicos sobre como lidar com dinheiro no dia a dia, de acordo com um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O teste de cultura financeira realizado no âmbito do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mede a habilidade de estudantes de 15 anos em situações do cotidiano envolvendo questões e decisões financeiras.

Na prática, isso implica desde a gestão de uma conta bancária ou de um cartão de débito, como entender as condições de uma assinatura de um serviço de telefone celular ou as taxas de juros de um empréstimo até questões mais complexas, como o Imposto de Renda.

O estudo "Cultura Financeira dos Estudantes" –que corresponde ao quarto volume dos resultados do último Pisa, de 2015– divide o grau de conhecimentos na área em cinco níveis, que evoluem de acordo com o grau de dificuldade das perguntas do teste.

As questões no nível 1 são as mais simples e envolvem, por exemplo, saber reconhecer a finalidade de documentos como uma simples fatura.

A OCDE considera que o nível 2 representa conhecimentos financeiros necessários para se integrar à sociedade.

Ou seja, ficar abaixo desse nível significa que os alunos não são capazes de enfrentar situações financeiras diárias para poder tomar decisões –como reconhecer o simples montante de um orçamento ou saber, em função do preço, se é melhor comprar tomates por quilo ou por caixa.

De acordo com o estudo, 53% dos alunos brasileiros na faixa de 15 anos ficaram abaixo do nível de conhecimentos financeiros mínimos (não conseguiram atingir o nível 2).

LANTERNA

O resultado do Brasil é o pior entre os 15 países ou províncias de economias analisadas no estudo.

O Peru teve o segundo desempenho mais baixo, com 48% de alunos abaixo do nível de conhecimentos financeiros básicos.

Chile e Eslováquia também estão entre os lanternas, com, respectivamente, 38% e 35% dos estudantes com baixa performance no teste de cultura financeira.

Os chineses (das províncias de Pequim, Xangai, Jiangsu e Guangdong) conquistaram os melhores resultados: apenas 9% ficaram abaixo do nível de conhecimentos sumários.

A média obtida nos países-membros da OCDE –grupo do qual o Brasil não faz parte– nessa categoria foi de 22%.

De acordo com a organização, estudantes com melhores performances na área financeira têm mais chances de saber economizar, de completar o ensino universitário e de encontrar um emprego com maior qualificação.

"Isso sugere que estudantes com cultura financeira podem ser mais capazes de reconhecer o valor de investir em seu capital humano e financeiro", ressalta o estudo.

QUESTÕES COMPLEXAS

Somente 3% dos estudantes brasileiros de 15 anos (faixa etária avaliada no Pisa) conseguiram atingir o nível 5, o de maior conhecimento na área.

Eles são capazes de lidar com questões financeiras mais complexas, como custos de uma operação ou ganhos com uma transação e têm compreensões mais amplas desse cenário, incluindo temas como o Imposto de Renda.

A Eslováquia teve o mesmo desempenho do Brasil, com 3% dos estudantes que atingiram o nível de máxima dificuldade no teste. O Peru teve o pior resultado, com apenas 1% nessa categoria.

No caso da China, um terço dos alunos obteve a melhor performance. Nos países da OCDE, da qual Brasil e China não fazem parte, a média de estudantes que atingiram o nível máximo no teste é de 22%.

"Uma cultura financeira básica é uma habilidade essencial na vida. As pessoas tomam decisões financeiras em todas as idades: desde crianças que decidem como gastar a mesada ou adolescentes que entram no mundo do trabalho e jovens adultos que compram uma casa a pessoas mais velhas que administram economias para sua aposentadoria", destaca o estudo.

"A rapidez das transformações socioeconômicas e o avanço das tecnologias, inclusive digitais, colocam os jovens face a decisões mais complexas e perspectivas econômicas e profissionais mais incertas", afirma o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.

"Mas frequentemente eles não possuem a educação, a formação e os instrumentos necessários para tomar decisões certas sobre questões que influenciam seu bem-estar financeiro", completa.

Na média dos 15 países avaliados no estudo sobre cultura financeira, cerca de um quarto "é incapaz de tomar a menor decisão relativa a despesas correntes e apenas 10% compreende conceitos complexos como o do Imposto de Renda", diz a organização.

MATEMÁTICA E LEITURA

Segundo a organização, "os alunos com uma boa cultura financeira têm, geralmente, bons resultados nas provas de matemática e leitura do Pisa, enquanto os que possuem competências financeiras rudimentares têm mais riscos de obter resultados medíocres nas disciplinas avaliadas".

No último Pisa, divulgado no final de 2016 com dados de 2015, o Brasil ficou entre os últimos lugares: o país obteve a 66ª colocação em matemática e a 59ª em leitura entre os 72 países avaliados.

As províncias chinesas avaliadas no recente estudo sobre cultura financeira estão entre as melhores performances mundiais, tanto em matemática quanto em leitura.

A organização também ressalta que alunos com melhores condições socioeconômicas obtêm resultados muito mais elevados do que estudantes desfavorecidos.

"A cultura financeira não é relevante apenas para quem tem grandes quantias de dinheiro para investir. Todos precisam ter conhecimentos na área, sobretudo quem vive com orçamentos apertados e tem pouca margem de manobra no caso de erros financeiros", afirma a OCDE.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as quintas.


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