Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial
Início do conteúdo da página

Goiânia, 17 de novembro de 2017

Publicado: Sexta, 17 de Novembro de 2017, 12h14 | Última atualização em Sexta, 17 de Novembro de 2017, 12h25

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Termina nesta segunda-feira o prazo para aditamento do Fies

Amazonas sedia até este sábado etapas regionais de conferência

Educação de jovens e adultos é uma das prioridades do governo

UOL EDUCAÇÃO

EUA batem recorde de estudantes internacionais no país em 2017

O desafio da formação dos que só escutam as próprias verdades

CORREIO BRAZILIENSE

Pesquisa da UnB com foco na aposentadoria busca participantes

Reconhecimento a quem inspira

GLOBO.COM

A 'neurocientista' de 7 anos que faz sucesso ensinando ciência na internet

FOLHA.COM

Incêndio raro em central de dados põe em alerta 'sistema nervoso' da USP

Pais se mobilizam contra reajustes, negociam e até processam escolas

 

N O T Í C I A S      D  A      E D U C A Ç Ã O

====================================================================

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FINANCIAMENTO

Termina nesta segunda-feira o prazo para aditamento do Fies

Os estudantes que ainda não concluíram a renovação do contrato do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem ficar atentos, pois o prazo final termina nesta segunda-feira, 20 de novembro. Até o final da tarde desta quinta-feira, 16, já haviam concluído o aditamento 1.005.547 alunos, o que corresponde a cerca de 78% de 1,28 milhão de contratos previstos para este semestre.

“O primeiro prazo era até 31 de outubro e nós prorrogamos para garantir que todos os estudantes tivessem tempo suficiente para realizar o procedimento e garantir a continuidade do seu financiamento”, explicou Silvio Pinheiro, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre e o pedido de aditamento é feito inicialmente pelas faculdades e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas instituições no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Além de renovar os contratos vigentes, também será possível, até essa data, fazer a transferência integral de curso ou de instituição de ensino, bem como solicitar a dilatação do prazo de utilização do financiamento.

 

Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO INDÍGENA

Amazonas sedia até este sábado etapas regionais de conferência

O estado do Amazonas sedia a 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), que se divide em três etapas regionais, todas realizadas no território amazônico, e traz por tema central: O Sistema Nacional de Educação e a Educação Escolar Indígena: regime de colaboração, participação e autonomia dos povos indígenas. Esse evento acontece de terça-feira, 14, até o sábado, 18, e deve reunir representantes e integrantes dos 65 povos indígenas que residem na região. Também participam organizações indigenistas e instituições que atuam com a educação escolar indígena.

A primeira etapa regional – Baixo Amazonas e Juruá – e a segunda etapa regional – Madeira e Purus – serão realizadas simultaneamente nos dias 14 e 15, ambas em Manaus. Já a terceira etapa – Alto Solimões, Médio Solimões e Vale do Javari – acontece em Tabatinga, e se estende desde quinta, 16, até o sábado, 18. Uma outra etapa regional da 2ª Coneei, a etapa Rio Negro, foi realizada em dezembro de 2016, em São Gabriel da Cachoeira, e teve a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho.

Na programação desta terça esteve a mesa de apresentação dos cinco eixos temáticos – organização e gestão da educação indígena; práticas pedagógicas diferenciadas na educação indígena; formação e valorização de professores indígenas; políticas de atendimento à educação indígena na educação básica; educação superior e povos indígenas – e as orientações para a realização dos grupos de trabalho por eixo, com espaços separados para cada conferência.

Para o segundo dia estão previstas duas plenárias e a eleição dos delegados para a etapa nacional. A coordenadora geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação, Lucia Alberta Andrade de Oliveira, fará palestra. O processo de organização da 2ª Coneei no Amazonas contou com a realização de 22 conferências nas comunidades educativas no âmbito da regional Alto Solimões, Médio Solimões e Vale do Javari, 21 na Baixo Amazonas e Juruá e seis na Madeira e Purus.

Assessoria de Comunicação Social

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

DIA DA ALFABETIZAÇÃO

Educação de jovens e adultos é uma das prioridades do governo

Durante o dia, vassoura e rodo nas mãos. À noite, lápis e caderno. Foi com muita dedicação e esforço que Roselita Nunes da Conceição Silva foi aprovada no concurso de faxineira da Secretaria da Educação do Distrito Federal em 1990. Com apenas o ensino fundamental incompleto até então, Roselita prometeu a si mesma que iria concluir os estudos e melhorar sua condição educacional e financeira.

Mesmo com dificuldade, conseguiu terminar o ensino fundamental e, depois de alguns anos, se matriculou na Escola Centro Educacional 06 de Taguatinga (DF), onde concluiu o ensino médio por meio do programa de educação de jovens e adultos (EJA). “Quanto mais estudava, mais tinha sede em aprender”, conta Roselita.

Aos 55 anos, conseguiu entrar na faculdade para cursar pedagogia. Três anos depois, graduou-se e começou uma pós-graduação em gestão escolar. Hoje, é readaptada como agente de portaria da Escola Centro de Ensino Especial nº 1 em Taguatinga, onde trabalha há mais de 25 anos.

Roselita fala com orgulho de ter se graduado aos 58 anos de idade e de não se arrepender por ter passado dias e noites estudando. “Eu vim de uma família humilde e nunca tive o incentivo dos estudos. Essa vontade de melhorar e aprender sempre esteve dentro de mim e, mesmo com a idade já avançada para os estudos, eu nunca vi isso como empecilho. Por isso, venci. Eu acreditei no meu potencial”, enfatiza.

A educação de jovens e adultos é uma das prioridades do governo federal. E, ao celebrar o Dia Nacional da Alfabetização, nesta terça-feira, 14, o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressalta que a alfabetização não se baseia unicamente no ato de aprender a ler e a escrever. “Também se considera a importância do desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e produção de conhecimento”, lembra.

Programa – Em funcionamento desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, gerido pelo Ministério da Educação, tem o objetivo de alfabetizar jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos. O programa também busca contribuir para a progressiva continuidade dos estudos em níveis mais elevados, promovendo o acesso à educação em qualquer momento da vida, por meio da responsabilidade solidária entre as três esferas de governo. Em 2017, foram apoiadas 200 mil vagas de alfabetização de jovens e adultos em 22 estados e no Distrito Federal, o que totaliza, aproximadamente, 20 mil turmas.

Para a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira, a alfabetização de jovens, adultos e idosos configura-se como uma ação estratégica da política educacional brasileira e se integra a outras políticas públicas voltadas à inclusão de grupos sociais historicamente excluídos. “O Dia Nacional da Alfabetização é uma boa oportunidade de nos juntarmos todos, gestores públicos e sociedade civil, pelo enfrentamento do analfabetismo e pela criação de mais e melhores oportunidades para prosseguimento dos estudos, assegurando a todos o direito à educação”, destaca.

Assessoria de Comunicação Social

====================================================================

UOL EDUCAÇÃO

 

INTERCÂMBIO

EUA batem recorde de estudantes internacionais no país em 2017

O número de estudantes internacionais nos Estados Unidos bateu um recorde em 2016/2017, chegando a 1,08 milhão! A nova pesquisa divulgada pela Open Doors identificou o segundo ano consecutivo em que o país acolhe mais de um milhão de estrangeiros em suas instituições de ensino. Entretanto, mesmo com o recorde, houve uma queda no número de novas matrículas.

Publicado pela IIE e pelo Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos EUA, o relatório indica uma crescimento mais lento nas matrículas, com um aumento geral de 3% comparado aos 7%-10% dos últimos três anos.

Não são os novos estudantes que ajudaram a atingir o novo recorde, mas sim os que já se formaram.

Estadia prolongada

O crescimento de estudantes internacionais no país se deve aos que continuam nos EUA pelo programa de Optional Practical Training (OPT), que permite a estadia adicional após a conclusão dos estudos acadêmicos para o treinamento prático e profissional. Estudantes graduados nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, popularmente chamadas de STEM (Sciences, Technology, Engineering and Math), inclusive, podem permanecer no país por mais 24 meses.

Portanto, os estrangeiros em OPT prolongam sua estadia no sistema de ensino norte-americano e ajudam a aumentar o número de estudantes no país.

Queda nas matrículas de brasileiros nos EUA

Como os 1,08 milhão de estudantes internacionais no país incluem desde os que estão começando os estudos aos que estão em OPT, na realidade, o número de novas matrículas caiu 3% em relação ao ano passado. Segundo o Open Doors, esta é a primeira vez que isso acontece em 12 anos.

O Brasil estava entre os países que mais enviavam estudantes para os EUA nos últimos anos, juntamente com China, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Canadá, Vietnã, Taiwan, Japão e México.

O relatório acredita que o cancelamento de programas de bolsas de estudo como o Ciência sem Fronteiras tem parcela no enfraquecimento do crescimento das matrículas, uma vez que o Brasil foi um dos que apresentaram maior queda em todos os níveis de estudo, inclusive não-acadêmicos (tipo de estudos que não resulta em créditos acadêmicos).

Competição global

Além disso, a competição global para atrair estudantes internacionais talentosos cresceu. Vários países têm implementado estratégias de educação internacional e transnacional, aumentando a concorrência entre os principais destinos de estudo como Canadá, Austrália, Irlanda e Nova Zelândia. E os estudantes estão buscando “fugir do comum” ao escolher países menos populares, como Malta e África do Sul.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ENEM 2017

O desafio da formação dos que só escutam as próprias verdades

O tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2017, de que muito se falou na semana passada, foi "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil". Cabia ao estudante redigi-la, a partir de alguns textos motivadores – entre eles, um trecho do EPD (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a Lei nº 13.146/2015 –, apresentando proposta de intervenção que respeitasse os direitos humanos.

Num cenário em que conteúdos ensinados, muitas vezes, circunscrevem-se ao que cai em concurso e vestibulares, o tema é bem-vindo. Mesmo as escolas lucrativas e cursinhos, para atrair consumidores, são forçados a rever apostilas e conferir alguma atenção às pessoas com deficiência e aos temas de direitos humanos. Afinal, cai na prova.

Desafios da educação de surdos. Pensei sobre o que escreveria. Basicamente, o respeito aos direitos já previstos em textos legais. Em suma, coisas que deveriam ser aprendidas e praticadas na escola e no nosso dia a dia.

Seria importante começar com uma definição. Tem um Decreto Federal que ajuda nessa tarefa (seu número é 5.626/2005, mas não precisa decorar). De acordo com ele surda é a pessoa que, por ter perda auditiva, interage com o mundo por meio de experiências visuais, em especial a Libras (Língua Brasileira de Sinais).

A perda auditiva, evidentemente, não deve acarretar a exclusão e segregação da pessoa. Na escola, ela deve estar junto com todo mundo, cada um com suas deficiências e diferenças, reconhecendo as próprias e contribuindo para a superação das dos demais. É o que prevê, aliás, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases).

E complementa o EPD, num trecho que o Enem preferiu omitir: é dever não só do poder público mas também da escola privada disponibilizar professores para o atendimento educacional especializado, intérpretes da Libras e profissionais de apoio. Tudo para permitir a plena comunicação e interação. E tudo isso sem a cobrança de qualquer valor adicional.

Fundamental, ainda, destacar que a surdez e outros impedimentos em funções e estruturas do corpo (físicos, mentais, intelectuais, sensoriais) só configuram uma deficiência por conta de um fator externo. Na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e no EPD, fala-se em barreiras urbanística, arquitetônica, tecnológica e, ressalto, a "atitudinal" (isso, a atitude do outro). Somada ao impedimento, é principalmente ela, a barreira socialmente imposta, que obsta a participação plena da pessoa na vida social.

===========================================================================

CORREIO BRAZILIENSE

 

EDUCAÇÃO BÁSICA

Pesquisa da UnB com foco na aposentadoria busca participantes

Uma pesquisa de doutorado da estudante Juliana Seidl da Universidade de Brasília (UnB), na área de psicologia social, orientada pelas professoras Elaine Rabelo e Sheila Giardini, da própria UnB, e pelo professor Dr. Mo Wang, da Universidade da Flórida, busca voluntários para colaborar com o estudo.

Com o intuito de identificar aspectos que explicam o planejamento e a intenção para a aposentadoria de trabalhadores brasileiros, o questionário deve ser respondido por trabalhadores que tenham mais de 40 anos e atuem em qualquer setor do mercado: público, privado ou terceiro setor. A participação dura 20 minutos e os resultados servirão para propor políticas públicas e práticas organizacionais sobre o tema.

O link para acessar à pesquisa é este: https://ufl.qualtrics.com/jfe/form/SV_6S9UMFLKAcmSYyV

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

Reconhecimento a quem inspira

Quem não teve aquele professor que marcou a época escolar e que se reflete na personalidade, na profissão ou no caráter? No Centro de Ensino Fundamental 8 de Taguatinga, três professoras descobriram como elas inspiram alunos, de uma das melhores formas possíveis. Elas foram indicadas ao prêmio Educador Inspirador, da plataforma Quizlet. As educadoras são as únicas finalistas do DF, do prêmio que tem mais 68 participantes de todos os estados brasileiros. Pela primeira vez no Brasil, o concurso tem como objetivo reconhecer a importância de ensinar e promover a inovação na educação no país.

As finalistas são Odara Karine Silva Pereira Ribeiro, 33 anos, Renata Turbay Freiria, 32, e Ivani Lima Santos, 48. A mais experiente delas, Ivani, tem 29 anos de sala de aula e já passou por todas as instâncias da Secretaria de Educação. “Sala de aula é o que mais satisfaz”, enfatiza. Há sete anos no CEF 8, a professora de geografia, graduada pela UnB, desenvolve há dois anos um projeto com todas as turmas de 8° e 9° ano da escola. Foi esse projeto, focado em ensinar os alunos como usar tecnologia na escola, que fez com que ela fosse indicada ao prêmio. “A gente acha que as crianças são digitais e que sabem tudo, mas os procedimentos simples, como fazer um slide e passar um e-mail, eles não sabem. Os alunos gostam de trabalhar com internet. Acham interessante. Eles passam a ler e escrever mais”, explica a professora.

As outras duas docentes, Renata e Odara, também têm o hábito de usar a tecnologia em sala de aula. O que a escola também incentiva pela disponibilização de uma rede de wi-fi para os alunos e um laboratório de informática. “ Usando a internet, eu consigo que os pais acompanhem os alunos. A maior resistência para o uso da tecnologia são os pais. Eles acham que os alunos não estão estudando ao utilizar a internet. Mas essa também é a melhor forma de alcançá-los”, analisa Renata, que é professora de ciências. Em sala de aula, elas procuram usar vídeos, sites e slides para que as aulas fiquem mais divertidas.

O caminho não é fácil

“Pensei em desistir no segundo dia”

Professora no CEF 8 há 7 anos, Ivani Santos relembra que escolheu essa profissão por se sentir inspirada por um profissional da área. “Eu era apaixonada por um professor no sentido bom. Gostava demais da aula dele de geografia. Decidi que iria fazer essa graduação, para desespero do meu pai, que queria que eu fizesse medicina”, lembra. Aluna destaque, passou na UnB de primeira e logo foi aprovada no concurso da Secretaria de Educação. De lá para cá, Ivani conta que todos os dias tem desafios. “Eu trabalhava em uma escola de lata, quando chovia a gente não podia encostar na parede que dava choque, era desesperador. E quando a gente chega, ninguém lhe dá a melhor turma. Recebemos aquela que nenhum professor mais antigo quer. Os meninos eram grandes e não sabiam ler nem escrever. No segundo dia, eu pensei em ir embora. Meu noivo disse para eu esperar e estou aqui até hoje”, diz. No ano passado, a professora ficou em segundo lugar do DF no prêmio Professores do Brasil.

“É minha paixão”

Professora de educação física há 10 anos e na escola há dois, Odara Karine diz que não esperava a indicação. “Eu fiquei muito feliz e surpresa, achei que era uma brincadeira. Ainda mais pela aluna que me indicou. Fiquei muito feliz em saber que, de alguma forma, ela se sente inspirada pelas aulas e pela minha pessoa. É muito bom quando conseguimos tocar o aluno”, diz. Para ela, a profissão é um dom. “Eu sempre soube que eu queria ser professora, só tinha dúvida em relação à disciplina. Como era atleta, decidi pela educação física. E essa é a minha paixão”, relata. Apesar disso, ela conta que já teve momentos que pensou em desistir da profissão. “Ser professor é mais forte do que a gente. Quem é professor é porque gosta, porque é um dom, e a gente não pode abdicar dos nossos dons. Hoje, eu não penso mais em não dar aula”, afirma. “O nosso maior desafio é fazer com que o aluno queira vir para a escola e queira aprender”, completa.

“Tentaram me convencer do contrário”

Na infância, Renata Turbay nem gostava de ir à escola, mas se descobriu professora ainda na adolescência. “Sempre lidei de uma forma muito positiva com o conhecimento, mas, particularmente, não gostava da escola, me sentia podada”. Aos 15 anos, ela começou a dar aula particular para ter uma renda. “Aquilo me satisfazia de uma forma muito boa”, ela conta ao informar que cursou biologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).”Para desespero dos meus pais. Eles são educadores e estavam enfrentando uma fase de decepção com a educação. Tentaram me convencer a fazer outra escolha, mas eu tinha muito certo o que queria. No primeiro semestre da faculdade, eu estava dentro de escola pública”, diz. “Lembro do meu primeiro dia como professora efetiva. Saí de lá não querendo voltar”. Nesse dia, a professora teve que separar uma briga que durou 15 minutos. “Acho que foi para começar com o pé-direito”, brinca. Sobre ser indicada ao prêmio, Renata diz que é um incentivo para continuar na carreira. “Esse reconhecimento parece um abraço”, ela compara. “É supergratificante. Quando você está morrendo de cansado, chega um negócio desse para te dar um fôlego a mais. Além disso, essa é a comprovação de que projetos como esse devem ser valorizados”, completa.

Entenda o prêmio

Na primeira fase do prêmio, os estudantes indicaram os professores favoritos deles e contaram como eles inovaram as aulas por meio do uso da tecnologia. As indicações foram avaliadas por um júri que escolheu os melhores candidatos de cada estado. Agora, é a fase de escolher os professores que serão premiados. A votação será aberta e pode ser feita pelo site, até segunda-feira (20). O resultado será divulgado no início de dezembro. Os mais votados de cada estado passarão por uma avaliação do júri da Quizlet, que escolherá o vencedor nacional. O ganhador e um aluno terão a oportunidade de conhecer a sede da plataforma em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, com tudo pago. A Quizlet é uma plataforma de aprendizagem on-line e off-line gratuita com mais de 20 milhões de usuários por mês

====================================================================

GLOBO.COM

 

EDUCAÇÃO

A 'neurocientista' de 7 anos que faz sucesso ensinando ciência na internet

Amoy Antunet Shepherd tem 7 anos e, ainda que esteja na escola primária, suas ambições são grandes: quer ser neurocirurgiã.

E até já começou a dar aulas pela internet. "Hoje vamos ver como funciona um neurotransmissor chamado GABA", anuncia em um dos seus vídeos mais populares no Facebook.

"Não, não me refiro a Yo Gabba Gabba (série de televisão infantil norte-americana) , mas sim ao ácido gamma-aminobutírico", complementa, exibindo um sorriso.

Com uma explicação teórica digna de um professor universitário, mas com as palavras que usaria uma menina, Amoy também mostra seu laboratório.

"Estes são meus tubos de ensaio", diz, apontando para pequenos cilindros. "E estes são meus béquers (recipientes de vidro usados em laboratório)", acrescenta, mostrando os instrumentos para a câmera.

"Aqui estão minhas provetas. E estes são alguns dos meus microscópios", detalha ainda, enquanto seu pai registra tudo no vídeo.

Uma paixão de anos

"Eu gosto de ciência porque sempre há algo a aprender. Sempre está mudando", conta a pequena à BBC.

Amoy vive em Atlanta, Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, e sua paixão pela ciência começou, aos três anos, descobriu o microscópio com o qual seu pai estudava biologia.

Em 2015, ele começou a publicar os vídeos da filha no Facebook. Alguns deles viralizaram, superando 2 milhões de visualizações e 5 mil comentários.

"Uau! essa pequena professora está me ensinando muito sobre neurotransmissores", comenta um de seus seguidores na rede social.

"Excelente, senhorita! Siga em frente com esse bom trabalho!", diz outra seguidora.

"Eu deveria ter ouvido isso antes do meu exame final de neuroteorias", observa um terceiro internauta.

"Adorável", "brilhante", "um gênio", dizem outros.

Futuro brilhante

A menina não só fala sobre neurotransmissores. Também explica em seus vídeos como funcionam o cérebro, o coração, os nervos e que é arco reflexo - a resposta imediata que temos à excitação de um nervo.

"Gostaria de um dia virar neurocirurgiã, para ajudar a pessoas com transtornos neurológicos, e também de ter meu próprio programa para que as crianças aprendam sobre ciência", diz, em frente à câmera.

É incontestável que o talento da menina desperta surpresa e fascinação por parte de muitos.

Apesar disso, alguns comentários na rede social sugerem que seu pai, Davin Antonio Shepherd, talvez tenha feito pressão demais para transformá-la em uma estrela da internet.

Ele se defende das críticas.

"Não se pode pressionar alguém a aprender algo que não quer aprender", disse ele à BBC.

"Ela é muito apaixonada por ciência. Se quisesse ser cozinheira, eu cozinharia com ela. Mas quer fazer experimentos científicos. E sempre foi muito fácil para mim ajudar a alimentar sua paixão."

====================================================================

FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Incêndio raro em central de dados põe em alerta 'sistema nervoso' da USP

Alvo de reclamações por falta de investimentos e cobranças por manutenções sistemáticas, a central de dados e tecnologia da USP foi atingida por um princípio de incêndio no começo deste mês que paralisou a conexão da rede e colocou um alerta sobre as condições do sistema de informática da instituição.

Esse data center é considerado um "sistema nervoso" da universidade, por concentrar de equipamentos a servidores responsáveis pelo processamento de dados.

Depende dele a troca de arquivos de pesquisas acadêmicas e qualquer acesso básico de internet por alunos e funcionários, por exemplo.

Pela sensibilidade estratégica, incêndios são considerados raros, e há vários protocolos de segurança e manutenção a serem seguidos.

No caso da USP, esse local ainda hospeda um ponto de conexão da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), projeto federal que conecta as instituições de ensino e pesquisa do país inteiro.

O fogo provocado pelo superaquecimento de cabos no último dia 3 resultou num curto circuito que levou à queda do sistema, atingindo também outras instituições do Estado, como UFSCar, UFABC e Unicamp.

Os transtornos se estenderam pelo dia seguinte, um sábado, e foi improvisado um reparo emergencial.

Um vídeo obtido pela Folha mostra a nuvem de fumaça que saiu da sala. A USP afirma que não chegou a ser necessário acionar as equipes do Corpo de Bombeiros.

A própria RNP disse que é "raro" casos de incêndio nos 27 pontos de conexão espalhados pelo Brasil. "A RNP já recebeu um relato do problema e estamos analisando que outras medidas podemos adotar para evitar que novos problemas venham a ocorrer", afirmou, em nota.

Os impactos da queda de conexão entre os dias 3 e 4 deste mês não atingiram outras instituições de fora de São Paulo, segundo a RNP.

A reitoria da USP diz que não houve perda de dados e que, nos últimos quatros anos, houve investimentos de R$ 4 milhões no data center.

Funcionários da área de tecnologia da universidade relatam, entretanto, sucateamento do sistema (sem reposição adequada de peças) como causa do fogo.

A USP, que tem 88 mil alunos, passa por uma crise financeira desde 2014. Quase a totalidade dos repasses oriundos do Tesouro estadual estão comprometidos com a folha de pagamento.

O professor Gil da Costa Marques, ex-superintendente de TI (Tecnologia da Informação) da USP, diz que a preocupação com a central de dados existe há alguns anos. "O que eu posso lhe assegurar é que o data center já preocupava há muito tempo", disse ele, evitando comentários sobre a situação atual.

Mensagens obtidas pela Folha mostram que desde o início de 2016 servidores da área de tecnologia pediam manutenção dos equipamentos. Em junho, o risco de superaquecimento já havia sido identificado por eles.

A USP informou que uma manutenção de dois dias ocorreu no dia 12 do mês passado. Esse processo, entretanto, não evitou o superaquecimento de cabos neste mês.

O data center fica em um prédio térreo na Superintendência de Tecnologia da Informação, perto de salas de aula da Escola Politécnica.

"Os sistemas corporativos ficaram fora do ar durante o período de manutenção e restabelecimento do sistema elétrico", disse a USP, em nota.

O atual vice-reitor da USP, Vahan Agopyan, foi nomeado nesta semana por Geraldo Alckmin (PSDB) para assumir a reitoria no ano que vem.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

Pais se mobilizam contra reajustes, negociam e até processam escolas

Final de ano costumava ser uma época de ansiedade para Cécile Taquoi, 46. A francesa, casada com um brasileiro e mãe de três filhos, temia o reajuste da mensalidade escolar, anunciado em dezembro. "A gente entrava em pânico nesse período. Nos últimos cinco anos, o colégio teve um aumento acumulado de 80%", diz a consultora.

O susto com os reajustes é comum entre pais de alunos de escolas particulares. Muitas famílias cortam gastos em casa para poder pagar o novo valor ou mudam os filhos para colégios mais baratos. Mas há também os que se mobilizam, fazem abaixo-assinados, formam comissões e até processam a escola.

Cécile passou por quase todas essas etapas. Presidente da associação de pais de alunos do Lycée Molière, escola bilíngue no Rio de Janeiro, ela e outras 40 famílias entraram na Justiça contra o colégio, em fevereiro.

Segundo ela, após anos de aumentos acima da inflação, o reajuste para 2017 foi a gota d'água. "A crise afetou muitos pais, estava difícil para todo mundo. E o aumento chegou a 18%", diz Cécile. Apesar de não haver um teto para o reajuste, a lei federal 9.870 determina que o aumento precisa ser "proporcional à variação de custos a título de pessoal e de custeio", comprovado por planilha.

Para 2018, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo estimou um aumento de 4% a 8%, mas as escolas não são obrigadas a seguir esse valor. "Qualquer reajuste acima da inflação deve ser muito bem justificado. Sem isso, pode ser considerado abusivo", diz Igor Marchetti, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Assim, quando foi anunciado o valor para 2017, Cécile pediu uma reunião com a diretoria. "A gente queria abrir um diálogo, mas era impossível. A falta de transparência era um problema antigo." Sem resposta, os pais se organizaram em grupos de e-mail, Facebook e WhatsApp. Uma das listas no aplicativo de telefone chegou a ter mais de cem pessoas. Fizeram também um abaixo-assinado, que reuniu 350 assinaturas.

No início do ano, decidiram não pagar a matrícula e as primeiras mensalidades (de cerca de R$ 2.300). Por lei, alunos inadimplentes não podem ser impedidos de frequentar as aulas. Ao mesmo tempo, os pais entraram com uma ação coletiva na Justiça. O objetivo do processo era forçar a escola a abrir sua contabilidade, não necessariamente alterar o reajuste.

A pressão deu certo. O antigo presidente do conselho renunciou, e a nova direção assumiu com um discurso diferente. Em maio, a escola e os pais fizeram um acordo, e o processo foi extinto. O grupo se comprometeu a pagar o valor devido pelas mensalidades, sem juros ou multa. Procurada, a escola não quis se manifestar sobre o caso.

Cécile diz que, após a pressão e o acordo, a relação com a diretoria mudou totalmente. Os pais sugeriram alterações no orçamento, e o reajuste para 2018 será de 3%. "Parece outra escola. A mobilização das famílias foi linda."

Em São Paulo, pais do Colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi (zona oeste), também contestaram o reajuste. Antes do anúncio do valor para 2018, eles se organizaram: fizeram um abaixo-assinado, com mais de 400 assinaturas, e um grupo de WhatsApp com cerca de 200 integrantes. Também criaram uma comissão para negociar com a escola.

Desde 2015, os aumentos para o ensino fundamental foram de 9,75%, 11% e 10%. Após vários e-mails dos pais e uma reunião da comissão com a diretoria, o colégio anunciou um reajuste de 4% para 2018 -a mensalidade média passa dos R$ 3.000.

Por meio de nota, o Miguel de Cervantes afirmou que é uma entidade sem fins lucrativos e considera positiva a mobilização dos pais, pois "reforça a parceria família-escola". O colégio disse que levou em consideração o reajuste de professores e funcionários, despesas e a inflação para compor o aumento. A comissão de pais não quis falar com a reportagem.

Presidente do sindicato paulista de escolas particulares, Benjamin Ribeiro da Silva afirma que a valorização do professor é necessária, mas costuma pesar nos reajustes. "O professor ainda ganha muito mal, mas ele é remunerado conforme o que a sociedade consegue pagar."

Já o sindicato que representa os professores de escolas particulares da cidade de São Paulo afirma que o aumento real da categoria tem sido de no máximo 1% nos últimos anos. "Então não é verdade que se justifica o reajuste das mensalidades com o aumento dos professores. Isso é um absurdo", diz o secretário-geral do sindicato, Walter Alves.

A jornalista Daniele Zebini, 37, também se juntou a outros pais para tentar reverter o reajuste da Escola Gaivota, em Moema, na zona sul.

O colégio fechou uma parceria para 2018 com uma empresa terceirizada, de cursos de inglês, o que teria motivado um aumento de 18%, segundo Daniele. Os pais fizeram um abaixo-assinado, de 51 assinaturas, pedindo que o novo serviço fosse opcional.

"A escola não concordou, e eu acionei o Procon. Mas os outros pais pularam fora, e eu fiquei sozinha. A reclamação perdeu força", disse. Na audiência de conciliação no Procon, não houve acordo. "Os pais ficam com medo de retaliações. É complicado bater de frente, porque fica um climão. Precisei tirar meu filho da escola", diz Daniele. Procurada, a Gaivota afirmou que o aumento foi de 16% e legal. "O inconformismo da mãe relacionada detinha cunho totalmente subjetivo e infundado", disse, em nota.

Daniele poderia ter entrado na Justiça, mas considerou arriscado. Especialistas desaconselham os pais a processar a escola individualmente, porque a ação pode ser desgastante e pouco eficiente. Segundo a lei das mensalidades, ações na Justiça comum propostas por associações de pais precisam ter o apoio de pelo menos 20% dos responsáveis.

Com isso, alguns especialistas entendem que só é possível entrar na Justiça comum de forma coletiva. Outros acreditam que um pai sozinho pode processar a escola, mas o risco é alto. Por isso, recomendam buscar os juizados de pequenas causas, que não demandam advogado para ações de até 20 salários mínimos.

====================================================================

Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


Fim do conteúdo da página