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Goiânia, 11 de maio de 2018

Publicado: Sexta, 11 de Maio de 2018, 12h47 | Última atualização em Sexta, 11 de Maio de 2018, 12h55

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Projeto de rádio escolar ajuda a mudar a realidade de estudantes em Porto Velho

Prazo de renovação de contrato é prorrogado para 25 de maio

Em audiência na Câmara, Rossieli Soares apresenta números e desafios da educação

Portugal amplia aceitação de notas do Enem para seleção de brasileiros

Concluintes do ensino médio da rede pública não pagarão taxa de inscrição 

UOL EDUCAÇÃO

Qual faculdade fazer? Aprenda como escolher o curso ideal!

Brasileiros podem se inscrever para bolsas de estudo na Universidade de Westminster

Enem 2018: Inep esclarece problema com o boleto e explica confirmação da inscrição

CORREIO BRAZILIENSE

Aplicativo avisará sobre disponibilidade de bolsas em faculdades

Com nota do Enem, cresce número de brasileiros que vão estudar em Portugal

GLOBO.COM

Lucro da Kroton cai no 1º trimestre com base menor de alunos

Projeto de lei quer permitir que alunos usem celular dentro da sala de aula nas escolas estaduais de Goiás

Em ranking de universidades de países emergentes, China domina, e melhor do Brasil é a USP

FOLHA.COM

Axs queridxs leitorxs

Escola Sem Partido avança na Câmara; texto proíbe termo 'gênero' 

 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Projeto de rádio escolar ajuda a mudar a realidade de estudantes em Porto Velho

Mídia com amplo poder de alcance, o rádio tem sido um aliado forte no estímulo à aprendizagem na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Orlando Freire, de Porto Velho, Rondônia. Quem apostou na importância desse canal para desenvolver um método que de pronto conquistou os alunos foi o pedagogo Reinaldo Ramos das Neves, de 49 anos. Ele conta sobre essa experiência vitoriosa no programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

Tudo começou há oito anos, com a criação da Rádio Falante, que aos poucos foi mudando a relação dos alunos com os estudos e a escola. Inicialmente, a emissora, além de oferecer música, servia como espaço para pequenos informes preparados pelos próprios alunos – trabalho que evoluiu para a criação de notícias elaboradas em formato jornalístico e acabou transformando a rádio em um veículo de grande audiência.

“Eu cheguei à escola e vi aquelas caixas de som”, lembra Reinaldo. “Foi quando conversei com a diretora e ela disse: ‘Vamos montar uma rádio’. Quando se falava em rádio-escola, se pensava em música e recado. Nós mudamos essa concepção e passamos a trabalhar com informação na escola, entrevistas. Toda semana levamos alguém, um escritor, uma pessoa ligada à área médica, à comunicação”.

Transformações – Em pouco tempo, a popularidade da rádio começou a transformar o ambiente escolar, para além do envolvimento dos alunos. Localizada em uma área marcada por altos índices de violência, a escola, muitas vezes, enfrentava o desafio de lidar com o comportamento de alguns estudantes que frequentavam pouco as salas de aula e lotavam os corredores.

“No intervalo, havia confusões, brigas, mas isso mudou”, conta o pedagogo. “Eles passaram a colocar o foco na rádio, e isso deu resultados. Acho que o melhor termômetro é a sala de leitura, que passou a ter muita procura. [A emissora] fomentou a pesquisa na escola e a procura na biblioteca. Os alunos estão procurando ler mais devido a essas sugestões de leitura, e isso melhorou o ambiente da escola”.

A iniciativa de Reinaldo já rendeu parceria com uma rádio local, abrindo caminho para várias doações de livros à biblioteca – que, entre outros volumes, tem obras do consagrado escritor Paulo Coelho e do senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, além de peças do acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por sua importância no desenvolvimento de um trabalho que reaproximou os jovens da escola, a Rádio Falante já ganhou o voto de louvor da Assembleia Legislativa de Rondônia e foi premiada pelo Instituto da Cidadania do Brasil.

Atualmente, a emissora funciona em um expediente que não para de se expandir. De manhã, as transmissões vão das 7h15 às 7h30, quando começam as aulas. Nesse primeiro período, além do hino oficial do estado de Rondônia, há músicas instrumentais, informativos da supervisora da escola e o que o Reinaldo aponta como o maior destaque: as entrevistas, que, graças a uma câmera instalada no estúdio, podem ser acompanhadas pelos alunos em um monitor que fica nos corredores. O recurso já se desdobrou no que eles chamam de TV Paredão.

“Nós levamos uma jornalista para entrevistar, uma aluna acompanhou o bate-papo, gostou e, hoje, está trabalhando em uma emissora de rádio em Porto Velho”, comemora o pedagogo. “Ou seja, estamos abrindo mercado de trabalho para essas pessoas. Acho que esse vale a pena investir nos jovens”, conclui.

Assessoria de Comunicação Social

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FIES

Prazo de renovação de contrato é prorrogado para 25 de maio

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, cria mais uma oportunidade para quem vai fazer a renovação do contrato do primeiro semestre de 2018 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O prazo de aditamento, agora, foi prorrogado para 25 de maio. Neste semestre, a previsão é de renovar 1,1 milhão de contratos.

“Essa é segunda vez que o FNDE prorroga o prazo de renovação dos contratos neste semestre”, informa o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro”, que adverte: “É importante que todos os estudantes façam o aditamento o quanto antes”. O período inicial de renovação terminaria no dia 30 de abril, mas o FNDE já tinha postergado o prazo anteriormente para esta quinta-feira, dia 10.

Os contratos do Fies precisam ser renovados todo semestre.  O pedido de aditamento é inicialmente feito pelas instituições de ensino, para depois as informações serem validadas pelos estudantes no SisFies. Neste semestre, cerca de 1,1 milhão de contratos devem ser renovados.

Caso o aditamento tenha alguma alteração nas cláusulas do contrato, o estudante precisa levar a nova documentação ao agente financeiro (Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal) para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Novo Fies – Estudantes que ingressarem no Fies a partir de 2018 já entrarão em um novo sistema de financiamento. O Novo Fies é um modelo de financiamento estudantil moderno, no qual o programa está dividido em várias modalidades diferentes que oferecem condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia para cada candidato.

O acesso aos procedimentos de renovação de contrato pelos estudantes pode ser feito nesta página.

Assessoria de Comunicação Social

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DIÁLOGO

Em audiência na Câmara, Rossieli Soares apresenta números e desafios da educação

Convidado pelos parlamentares membros da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Rossieli Soares, participou, nesta quarta-feira, 9, de uma audiência pública no Plenário 10, da casa. Durante a reunião, o ministro apresentou números e prestou esclarecimentos sobre os avanços recentes na educação do Brasil e os desafios para os próximos anos.

Rossieli Soares ouviu atentamente questionamentos distintos relacionados ao atual andamento de várias ações da pasta e expôs um raio-x baseado em macronúmeros dos investimentos nas políticas educacionais no país, entre o período que ocupou a Secretaria de Educação Básica (SEB) até assumir o comando do ministério, no mês passado.

Além de solicitar a colaboração dos parlamentares para avançar em outras iniciativas e destacar investimentos recém-injetados na educação, o ministro pediu prudência e responsabilidade na aplicação dos recursos. “Apenas no custeio das universidades e institutos federais, por exemplo, nós temos investimentos de R$ 16 bilhões. Isso é muito. E se a gente está discutindo mais recursos, também temos que discutir austeridade, aplicação, eficiência do gasto dentro da educação em todo o país – seja na Básica ou na Superior. Isso tem que ser um mantra, especialmente para o gestor da educação”, afirmou.

O ministro debateu temas variados da educação e dos projetos atualmente em curso no MEC, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Novo Fies, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os programas de alfabetização e transporte escolar, a formação profissional de professores e a autonomia universitária, entre outros.

Para Rossieli Soares, o debate na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados foi proveitoso porque, em sua análise, lá é o lugar certo para se debater ideias. Sobre os temas abordados, ele aproveitou para falar da evolução na educação nos últimos dois anos. “Tivemos muitos avanços. Avançamos muito nas agendas definidas como prioritárias, como a BNCC; aprovamos a Base do Ensino Fundamental e na Educação Infantil, bem como a versão do Ensino Médio, já alinhada com a outra grande bandeira, que é a Reforma do Ensino Médio; além da alfabetização, a política nacional de formação de professores e a garantia do financeiro, que não existia antes”, explicou.

Avaliação - O deputado federal e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE), avaliou a participação do ministro da Educação como positiva por, segundo com ele, estreitar a relação e aproximar do MEC a comissão. “A audiência atingiu o objetivo que nós nos propusemos de estreitar e buscar um ambiente de diálogo entre a Comissão de Educação e o MEC, na condição de grande condutor da política da educação no Brasil. Eu acho que possibilitou ao ministro ter uma leitura do conjunto de preocupações que a comissão de Educação tem e ele esclareceu todos os pontos que foram abordados”, pontuou.

Já o deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, convidada a participar da audiência pública, elogiou o desempenho do ministro Rossieli Soares. “Ele foi muito claro, trouxe dados preocupantes, mas senti nele muita disposição para enfrentar esses desafios para poder buscar as soluções. E ele, muito aberto, atendeu a todos os deputados, independente de partido, mostrando o compromisso que ele tem com a educação e com o parlamento também”, completou.

Além dos parlamentares representantes das comissões de Educação e Fiscalização Financeira e Controle, outra que marcou presença no debate, participaram da audiência pública alguns secretários e diretores do MEC e de autarquias vinculadas à pasta, professores, estudantes de vários níveis de ensino e membros da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Portugal amplia aceitação de notas do Enem para seleção de brasileiros

Dois novos acordos foram assinados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com instituições de educação superior portuguesas. Os instrumentos formalizam o uso dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na seleção de brasileiros interessados em cursar a graduação em Portugal. As novas instituições que passam a aceitar alunos avaliados pelo exame nacional são o Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (Ispa) e o Instituto Leonardo da Vinci (Estal). Com os novos acordos, 31 instituições portuguesas selecionam brasileiros com essa condição.

Levantamento recente realizado pelo Inep, autarquia vinculada ao MEC, revelou que mais de 1,2 mil brasileiros já ingressaram em instituições portuguesas com os resultados obtidos no Enem. O mapeamento inédito considerou 23 das 29 instituições de Portugal que mantinham o acordo em abril de 2018, data de finalização do estudo. Seis instituições ainda não consolidaram os dados de seleção com nota do Enem, sugerindo que o número é superior a 1,2 mil.

A assessoria internacional do Inep, responsável pelos acordos e pelo levantamento, fará uma consolidação anual dos dados, sempre no segundo semestre, para acompanhar a evolução do número de estudantes que ingressaram em instituições portuguesas avaliados a partir de notas do Enem. Esse mapeamento é uma das iniciativas da atual gestão do Inep, que, em 2017, participou de uma missão ao país europeu para visita a algumas instituições conveniadas e reuniões com órgãos responsáveis.

Histórico – Desde o primeiro acordo, em 2014, o Inep tem conjugado esforços para simplificar a utilização de informações de desempenho nas provas do Enem com fins de seleção de candidatos a ingresso em cursos de ensino superior de Portugal. Tais ajustes interinstitucionais permitem o acesso e a utilização de informações sobre o desempenho de estudantes que prestaram o Enem. Cada instituição define qual será a nota de corte para acesso aos seus cursos. Com o acordo firmado, elas acionam o Inep para conferência dos resultados dos brasileiros que submetem suas notas do Enem para obtenção de uma vaga.

Como muitas instituições portuguesas já usavam as notas do Enem, o Inep investiu na oficialização e institucionalização dessas parcerias. A partir de uma flexibilização das regras, a atual gestão do Inep conseguiu aumentar os convênios, que, desde 2016, abrangem instituições particulares, além das públicas. Os convênios também passaram a poder ser assinados remotamente, por meio de correspondências oficiais, não exigindo um encontro presencial.

Atualmente, nove instituições portuguesas estão pleiteando assinatura de acordo interinstitucional. Cinco estão em andamento e serão oficializadas em breve, ampliando de 29 para 34 o número de parceiras. São elas: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Lusíada, Universidade Lusíada – Norte, Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida e Instituto Leonardo da Vinci.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM 2018

Concluintes do ensino médio da rede pública não pagarão taxa de inscrição

Os estudantes da última série do ensino médio de escola da rede pública que não solicitaram a isenção de pagamento, em abril, terão a gratuidade automática ao se inscreverem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Excepcionalmente, em função da mudança no formato, o MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada à pasta, vão assegurar a gratuidade a esses concluintes. O período de inscrições vai até as 23h59 (horário de Brasília) de 18 de maio. Já o prazo para pagamento da taxa de inscrição é maior, terminando em 23 de maio. As provas estão marcadas para 4 e 11 de novembro.

Para esses participantes, não será gerada uma Guia de Recolhimento da União (GRU). A guia será paga apenas pelos candidatos que tiveram a solicitação de isenção da taxa reprovada pelo Inep, e pelos que não tinham direito à isenção e estão acessando o sistema pela primeira vez.

Inscrições – As inscrições do Enem são feitas exclusivamente pela internet, na Página do Participante, disponível no portal do Inep. Todos os interessados em fazer o exame devem se inscrever, mesmo os que já conseguiram a isenção.

Os estudantes que estão na última série do ensino médio, em escola da rede pública, e não solicitaram a isenção, devem passar pelo processo completo de inscrição. Já os concluintes que fizeram a solicitação previamente, conforme orientado, farão a inscrição simplificada.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Qual faculdade fazer? Aprenda como escolher o curso ideal!  

Finalmente chegou a hora de escolher qual curso fazer e, consequentemente, a carreira. Falando assim parece tão simples, não é mesmo? O que muita gente não sabe é o martírio que muitos estudantes enfrentam ao se deparar com essa questão.

Definir tão jovem a profissão que deseja seguir o resto da vida não é tão simples quanto parece. Há aqueles estudantes que já possuem isto definido desde muito cedo, por se espelharem na carreira dos pais ou mesmo por já se identificarem como a atuação do curso. Contudo, é bem comum que outros tantos fiquem em dúvida e, até mesmo, angustiados com a decisão que precisa ser tomada.

Para facilitar e tornar esse momento menos angustiante, separamos algumas dicas para escolher qual faculdade fazer.

1- Separe os cursos que mais se identifica

Geralmente, o vestibulando já tem algumas opções de cursos em que demonstra estar mais interessado. É importante identificar a quais áreas eles pertencem, se de Ciências Exatas, Humanas, Sociais Aplicadas, Artes e Linguagens, Engenharia e Tecnologia, etc.

Posteriormente, para tirar a dúvida de vez, o estudante deve listar todos eles, apontando os prós e contras que, ao seu ponto de vista, possuem.

A partir daí você já poderá notar se tem alguma preferência e continuar o seu filtro, dentro das grandes áreas.

2- Pesquise sobre a atuação do curso no mercado de trabalho

É interessante após este filtro que o estudante busque saber mais sobre como é a atuação de cada um desses cursos após finalizado, ou seja, a atuação e aplicabilidade dos mesmos no mercado de trabalho. O que se faz, onde estão concentradas as melhores vagas, a média salarial, carga horária, leque de áreas de atuação e etc, são alguns dos itens importantes de serem pesquisados.

3- Teste vocacional

Tradicional ferramenta utilizada a fim de facilitar a escolha do curso, o teste vocacional é aquele formado por várias perguntas objetivas que têm como intuito apontar as possíveis áreas de atuação que o estudante deverá seguir.

Apesar de bastante utilizado, até mesmo por profissionais de educação, sua aplicabilidade tem estado em baixa. Profissionais da área apontam o resultado do teste como impreciso, o que pode confundir ainda mais o vestibulando.

Mas mesmo assim vale a tentativa, já que alguns estudantes apontam o teste como eficaz no auxílio à escolha de qual faculdade fazer. Estes testes podem ser feitos em consultórios de psicólogos ou nas próprias escolas, com o devido acompanhamento pedagógico.

- Conversar com familiares

Apesar de muitos vestibulandos acreditarem que a família só poderá atrapalhar “se metendo” na escolha do curso que deseja fazer, é importante levar em consideração o que os pais têm a dizer. Tirar dúvidas, conversar com quem tem mais experiência e compartilhar as angústias podem tornar esta fase menos tensa.

No entanto, a família deve ser neutra e não influenciar na escolha. É preciso que o estudante se encontre, se identifique com o curso pretendido, até para não se tornar futuramente um profissional frustrado e infeliz com ramo que atua.

5- Gastos

O vestibulando no momento em que está decidindo a opção do curso também precisa avaliar quais as instituições de ensino superior oferecem a graduação desejada.

Pode ocorrer do curso pretendido não ser ofertado em instituições públicas, somente em faculdades pagas. Então, é necessário verificar valores, se ele (e a família) possuem recursos para custear os gastos, se há oferta de bolsas ou de programas de financiamentos, como o ProUni e Fies, para que estes itens não sejam empecilhos lá na frente.

6 - Localização

Outro fator que deve ser pesado no momento da escolha do curso é a localização, principalmente se a faculdade ficar em outra cidade. Vou precisar me mudar? Quanto tempo leva da faculdade até minha casa? Quanto custa o transporte? É seguro? Isso tudo pesa na hora de tomar uma decisão tão importante.

7 – Credibilidade e renome

Este item tem um peso grande na hora de decidir a faculdade ideal. Dependendo do reconhecimento e tradição da instituição, vale a pena alguns sacrifícios para frequentar as aulas. É o caso, por exemplo, das universidades federais, que atraem estudantes até de outros países.

Analise a qualidade do curso, o corpo docente (quantidade de professores com mestrado ou doutorado), se a faculdade possui pesquisas e programas de pós-graduação, tudo isso interfere no seu aprendizado e na qualidade do seu diploma.

Mas lembre-se: somente você poderá tomar a decisão. E temos a certeza de que terá sucesso na escolha sendo auxiliado pelas nossas dicas. Estamos na torcida. Boa sorte!

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INTERCÂMBIO 

Brasileiros podem se inscrever para bolsas de estudo na Universidade de Westminster

Esta vai para quem está interessado em uma graduação no Reino Unido! A University of Westminster, em Londres, está com inscrições abertas para bolsas de estudo integrais para graduações especificamente direcionadas a estudantes internacionais de países em desenvolvimento.

Você pode se inscrever na Westminster Full International Scholarship até o dia 31 de maio. Mas atenção: primeiramente, você deve passar pelo processo de seleção e ter sido admitido em um dos cursos de graduação da Westminster.

A seleção

A inscrição na bolsa consiste de dois passos:

Primeiramente, como mencionado acima, o estudante deve passar pelo processo seletivo em uma graduação integral da Universidade pelo UCAS, serviço central de inscrições acadêmicas dos EUA, atendendo a todos os requisitos padrões, como envio de cartas de referência, declaração de motivação pessoal e nota no teste de proficiência na língua inglesa;

Após a admissão na graduação, o estudante pode enviar a inscrição na bolsa de estudo.

Além de preencher o formulário de inscrição da bolsa, você precisará providenciar os seguintes documentos:

Uma cópia da carta/email da University of Westminster que confirme a sua admissão condicional ou incondicional no curso escolhido;

Uma cópia oficial do seu histórico escolar mais recente;

Uma carta de recomendação especificamente em suporte à inscrição na bolsa de estudo escrita por um tutor, professor, acadêmico ou chefe relevante para a área de estudo escolhida por você – e deve ser obrigatoriamente diferente da carta de referência enviada para o processo de seleção na graduação.

Os documentos deverão ser oficialmente traduzidos para o inglês.

A Westminster usará três critérios principais para selecionar os bolsistas: excelência acadêmica, necessidade financeira e potencial de desenvolvimento.

As bolsas de estudo

As bolsas de estudo são integrais! Elas incluem o valor do curso, acomodação, custo de vida e as passagens aéreas de ida e volta. Uma vez selecionado, a sua graduação terá início em setembro.

Faça a sua inscrição na Westminster Full International Scholarship aqui até o dia 31 de maio de 2018.

A Universidade de Westminster

Fundada em 1838, a instituição tem quatro campi em Londres, no Reino Unido, e recebe mais de 20.000 estudantes. A Westminster é uma das 15 universidades mais culturalmente diversas do mundo graças à grande porcentagem de alunos estrangeiros em seu corpo estudantil.

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EDUCAÇÃO

Enem 2018: Inep esclarece problema com o boleto e explica confirmação da inscrição

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou um comunicado esclarecendo o problema que alguns estudantes estão enfrentando na geração do boleto do Enem 2018.

Nas primeiras horas de inscrição do Enem 2018, na última segunda-feira (7), estudantes reclamaram nas redes sociais que não estavam conseguindo gerar a Guia de Recolhimento da União (GRU) para o pagamento da taxa de R$ 82. No dia, o Brasil Escola entrou em contato com o Inep, que informou  que o problema poderia estar no navegador de internet dos estudantes.

Agora, o Inep afirma que realmente existia um problema no sistema que gera os boletos, mas que ele foi solucionado na segunda-feira. No entanto, até ontem (9), alguns participantes ainda relatavam dificuldade para acessar a GRU.

No caso dos participantes não isentos que não estão conseguindo gerar o boleto, o Inep recomenda limpar o cache do navegar e acessar a Página do Participante novamente. Os estudantes também podem ligar no 0800 616161 ou usar o Atendimento Online.

Confirmação da Inscrição

Alguns estudantes não estão conseguindo acessar o boleto porque estão isentos da taxa de inscrição. Os participantes que estão no 3º ano do ensino médio na rede pública ganham a gratuidade automaticamente, mesmo não tendo solicitado a isenção em abril.

O Inep esclarece que, ao final da inscrição no Enem 2018, somente duas mensagens podem aparecer: “Inscrição concluída com sucesso” ou “Inscrição aguardando o pagamento da GRU”. No caso da segunda mensagem, aparece também a imagem da GRU, que é um boleto do Banco do Brasil.

A mensagem “Inscrição concluída com sucesso” aparece para os participantes que pagaram a taxa, que conseguiram isenção em abril e que concluirão este ano o ensino médio em escola pública. Os estudantes que pagaram a taxa precisam esperar cerca de dois dias úteis para a compensação bancária.

A frase “Inscrição aguardando o pagamento da GRU” é para todos os estudantes que ainda não pagaram a taxa do Enem 2018, incluindo os que tiveram o pedido de isenção reprovado.

Enem 2018

As inscrições para o Enem 2018 seguem abertas até o dia 18 de maio. Até as 10h desta quinta-feira, dia 10, o sistema registrou 2.723.393 inscritos. A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é alcançar a marca de 7,5 milhões de inscrições.

As provas do Enem 2018 serão aplicadas nos dias 4 e 11 de maio, dois domingos consecutivos. Os locais das provas serão anunciados em outubro, e o resultado está previsto para janeiro de 2019.

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CORREIO BRAZILIENSE

TECNOLOGIA 

Aplicativo avisará sobre disponibilidade de bolsas em faculdades

Interessados em começar um curso de graduação neste segundo semestre podem contar com o auxílio Quero Bolsa. A partir da próxima terça-feira (15), o app da empresa, presente nos sitemas android e Ios, avisará aos candidatos sobre a disponibilidade de bolsas de estudos em 1.400 instituições de ensino privadas de todo o país. O benefício pode gerar até 75% de desconto nas mensalidades.

Para conhecer o benefício, o estudante só precisa cadastrar no aplicativo os e faculdades de interesse no raio de localização desejado. Após fazer isso, a plataforma fará o monitoramento automático e notificará o usuário assim que surgir a oportunidade. Quando isso ocorrer, o interessado precisa somente clicar no botão 'Quero esta Bolsa'. Em seguida, será redirecionado ao site móvel do Quero Bolsa para confirmar a pré-matrícula.

Antes de prosseguir com a confirmação da matrícula no próprio app, o candidato tem acesso às regras e pré-requisitos para contratação da bolsa junto à instituição de ensino e também para manter o benefício até o fim do curso.

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EDUCAÇÃO

Com nota do Enem, cresce número de brasileiros que vão estudar em Portugal

Quando pôs os pés em Portugal, Ludmilla Blaschikoff, de 26 anos, tropeçou na língua. Mas não demorou para que a jovem, de Manaus, se acostumasse ao chiado do sotaque lusitano. Quatro anos após cruzar o Atlântico, a estudante, uma das primeiras brasileiras a entrar em um curso superior no país com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), comemora o fim da graduação em Biologia e já engatou um mestrado.

Ludmilla viu os corredores da Universidade de Coimbra, onde fez a licenciatura, se encherem de conterrâneos. "No início, os portugueses tinham mais curiosidade de conversar comigo porque não era comum ter brasileiros na universidade. No último ano, já não via muito esse interesse."

A percepção da jovem pode ser traduzida em estatísticas. Em três anos, o total de brasileiros em graduações em Portugal cresceu 31%, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, órgão do governo português. No ano letivo de 2016/2017, último dado disponível, foram 4.901 ingressantes brasileiros em instituições de ensino superior portuguesas para licenciaturas (como são chamadas os bacharelados) ou mestrados integrados (cursos de 5 anos, como os de Engenharia e Arquitetura).

A quantidade só não é maior do que a registrada no ano letivo de 2012/2013, quando o Brasil ainda não vivia crise econômica e exportava centenas de universitários ao país pelo Ciência sem Fronteiras, programa de intercâmbios do governo federal. Em 2013, Portugal foi excluído do programa, o que fez com que o número caísse (veja mais acima). Hoje, brasileiros são maioria entre os estrangeiros em Portugal - mais até do que os vizinhos espanhóis.

A facilidade de ingresso - com a nota do Enem - ajuda a explicar o fenômeno. Em 2014, um decreto português passou a regulamentar a entrada de estrangeiros para cursos completos de graduação no país. E, depois disso, o Brasil fez parcerias com universidades de Portugal para que o desempenho no exame seja usado como critério de seleção.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 29 instituições portuguesas consideram a nota do Enem em pelo menos parte do processo seletivo - algumas também adotam entrevista ou testes específicos - e outras nove pleiteiam o acordo. Desde 2014, mais de 1,8 mil usaram o Enem para ingressaram no ensino superior português.

A tradicional Universidade de Coimbra é a portuguesa com mais brasileiros. Joaquim Ramos de Carvalho, vice-reitor para relações internacionais, diz que a presença de estrangeiros enriquece a vivência universitária. "É estratégico ter uma população estudantil internacional residente. (Quem estudou na) universidade nos últimos quatro anos teve oportunidade de encontrar estudantes de 126 países, 9% deles brasileiros."

Oportunidade

Aluno do 3.º ano do Colégio Etapa, na zona sul de São Paulo, Lucca Pagnan, de 17 anos, quer estudar Engenharia no exterior e coloca Portugal no topo da lista de preferências. "Lá, consigo usar uma prova de fácil acesso, que é o Enem, para ter qualidade de vida e de ensino." Antes mesmo de fazer o exame, ele estuda os sites das instituições e participa de feiras organizadas pelo colégio. "Quero entrar na Universidade do Porto", conta.

O idioma, a menor duração dos cursos - alguns levam só três anos - e a porta de entrada para o mercado de trabalho na Europa também motivam brasileiros a migrar. E, apesar de haver cobrança de anuidades mesmo nas universidades públicas em Portugal, o curso pode sair mais em conta do que uma faculdade particular brasileira.

Um ano de Engenharia no Brasil, por exemplo, custa, em média, R$ 13,3 mil, segundo o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo. Em faculdades de ponta, o valor sobe para R$ 30 mil. Já na Universidade do Porto (U. Porto), onde Lucca quer estudar, a anuidade é de 3 mil euros (R$ 12,7 mil). A U. Porto oferece 50% de desconto para brasileiros, mas há instituições que cobram até o triplo para quem não é da União Europeia. Ter cidadania de um país do bloco dá direito a valores mais baixos.

Elogios e 'panelas'

Habituada às greves na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a estudante Brenda Brito, de 25 anos, tinha pelo menos uma certeza quando começou a cursar Comunicação na Universidade do Algarve (UAlg), no sul de Portugal, em 2016: a de que o curso terminaria no tempo certo. Brenda voltou a fazer o Enem após desistir da graduação em Arquitetura na UFPB e, com a nota, conseguiu uma vaga na instituição portuguesa.

"Em estrutura, a universidade é muito boa. Tem restaurante universitário, cadeiras em dia." Mas Brenda vê diferenças na metodologia das aulas - com menos debates - e dificuldade de integração entre brasileiros e portugueses. "Fazemos trabalhos de grupos com brasileiros. Os portugueses são fechados", diz.

Fillipe Maya, de 19 anos, estudante do 1.º ano de Bioengenharia na Universidade do Porto, no norte do país, tem percepção parecida. Na turma de 80 alunos, é um dos cinco brasileiros e se relaciona mais com os conterrâneos e estrangeiros não portugueses.

Também sente o distanciamento na relação entre professores e alunos. No início do curso, estranhou a cobrança de cálculo, que não aprendeu no ensino médio. "Ofereceram curso de nivelamento nas primeiras semanas para conseguirmos acompanhar", lembra.

Apesar dos desafios, o estudante, do Tocantins, elogia a universidade e destaca a segurança na cidade. Embora tivesse nota suficiente para cursar Engenharia de Petróleo na Universidade Federal Fluminense (UFF), ele escolheu a experiência internacional e não se arrepende. "Minha mãe até falou: 'Mesmo mais longe, fico mais tranquila que você esteja em Portugal do que no Rio."

Reitor da UAlg, o professor Paulo Águas destaca a oportunidade de contato multicultural na instituição. "Todos os anos, a UAlg organiza uma semana de acolhimento para os estudantes internacionais."

Vice-reitora da Universidade do Porto para as Relações Externas e Cultura, Fátima Marinho define os estudantes brasileiros como empenhados e diz que a instituição "tenta integrá-los, fazendo-os sentir em casa."

Critérios

A escolha de uma universidade no exterior deve ser precedida de muita pesquisa. É o que defende Andrea Tissenbaum, especialista em educação internacional e autora do Blog da Tissen, no site do jornal O Estado de S. Paulo. "(Os alunos) têm de entender quem está dando aula no lugar para onde querem ir e o que esse lugar traz de inovação."

Para ela, Portugal tem áreas fortes como Direito, Engenharia, Arquitetura, Economia, Business, Literatura e Sociologia. E outras nem tanto, como Design, Publicidade e Propaganda e Marketing. "Não é por ser estrangeiro que é melhor do que o nosso. Temos excelentes graduações no Brasil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Portugal atrai 31% mais alunos do Brasil

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Por Júlia Marques

Quando pôs os pés em Portugal, Ludmilla Blaschikoff, de 26 anos, tropeçou na língua. Mas não demorou para que a jovem, de Manaus, se acostumasse ao chiado do sotaque lusitano. Quatro anos após cruzar o Atlântico, a estudante, uma das primeiras brasileiras a entrar em um curso superior no país com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), comemora o fim da graduação em Biologia e já engatou um mestrado.

Ludmilla viu os corredores da Universidade de Coimbra, onde fez a licenciatura, se encherem de conterrâneos. "No início, os portugueses tinham mais curiosidade de conversar comigo porque não era comum ter brasileiros na universidade. No último ano, já não via muito esse interesse."

A percepção da jovem pode ser traduzida em estatísticas. Em três anos, o total de brasileiros em graduações em Portugal cresceu 31%, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, órgão do governo português. No ano letivo de 2016/2017, último dado disponível, foram 4.901 ingressantes brasileiros em instituições de ensino superior portuguesas para licenciaturas (como são chamadas os bacharelados) ou mestrados integrados (cursos de 5 anos, como os de Engenharia e Arquitetura).

A quantidade só não é maior do que a registrada no ano letivo de 2012/2013, quando o Brasil ainda não vivia crise econômica e exportava centenas de universitários ao país pelo Ciência sem Fronteiras, programa de intercâmbios do governo federal. Em 2013, Portugal foi excluído do programa, o que fez com que o número caísse (veja mais acima). Hoje, brasileiros são maioria entre os estrangeiros em Portugal - mais até do que os vizinhos espanhóis.

A facilidade de ingresso - com a nota do Enem - ajuda a explicar o fenômeno. Em 2014, um decreto português passou a regulamentar a entrada de estrangeiros para cursos completos de graduação no país. E, depois disso, o Brasil fez parcerias com universidades de Portugal para que o desempenho no exame seja usado como critério de seleção.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 29 instituições portuguesas consideram a nota do Enem em pelo menos parte do processo seletivo - algumas também adotam entrevista ou testes específicos - e outras nove pleiteiam o acordo. Desde 2014, mais de 1,8 mil usaram o Enem para ingressaram no ensino superior português.

A tradicional Universidade de Coimbra é a portuguesa com mais brasileiros. Joaquim Ramos de Carvalho, vice-reitor para relações internacionais, diz que a presença de estrangeiros enriquece a vivência universitária. "É estratégico ter uma população estudantil internacional residente. (Quem estudou na) universidade nos últimos quatro anos teve oportunidade de encontrar estudantes de 126 países, 9% deles brasileiros."

Oportunidade

Aluno do 3.º ano do Colégio Etapa, na zona sul de São Paulo, Lucca Pagnan, de 17 anos, quer estudar Engenharia no exterior e coloca Portugal no topo da lista de preferências. "Lá, consigo usar uma prova de fácil acesso, que é o Enem, para ter qualidade de vida e de ensino." Antes mesmo de fazer o exame, ele estuda os sites das instituições e participa de feiras organizadas pelo colégio. "Quero entrar na Universidade do Porto", conta.

O idioma, a menor duração dos cursos - alguns levam só três anos - e a porta de entrada para o mercado de trabalho na Europa também motivam brasileiros a migrar. E, apesar de haver cobrança de anuidades mesmo nas universidades públicas em Portugal, o curso pode sair mais em conta do que uma faculdade particular brasileira.

Um ano de Engenharia no Brasil, por exemplo, custa, em média, R$ 13,3 mil, segundo o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo. Em faculdades de ponta, o valor sobe para R$ 30 mil. Já na Universidade do Porto (U. Porto), onde Lucca quer estudar, a anuidade é de 3 mil euros (R$ 12,7 mil). A U. Porto oferece 50% de desconto para brasileiros, mas há instituições que cobram até o triplo para quem não é da União Europeia. Ter cidadania de um país do bloco dá direito a valores mais baixos.

Elogios e 'panelas'

Habituada às greves na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a estudante Brenda Brito, de 25 anos, tinha pelo menos uma certeza quando começou a cursar Comunicação na Universidade do Algarve (UAlg), no sul de Portugal, em 2016: a de que o curso terminaria no tempo certo. Brenda voltou a fazer o Enem após desistir da graduação em Arquitetura na UFPB e, com a nota, conseguiu uma vaga na instituição portuguesa.

"Em estrutura, a universidade é muito boa. Tem restaurante universitário, cadeiras em dia." Mas Brenda vê diferenças na metodologia das aulas - com menos debates - e dificuldade de integração entre brasileiros e portugueses. "Fazemos trabalhos de grupos com brasileiros. Os portugueses são fechados", diz.

Fillipe Maya, de 19 anos, estudante do 1.º ano de Bioengenharia na Universidade do Porto, no norte do país, tem percepção parecida. Na turma de 80 alunos, é um dos cinco brasileiros e se relaciona mais com os conterrâneos e estrangeiros não portugueses.

Também sente o distanciamento na relação entre professores e alunos. No início do curso, estranhou a cobrança de cálculo, que não aprendeu no ensino médio. "Ofereceram curso de nivelamento nas primeiras semanas para conseguirmos acompanhar", lembra.

Apesar dos desafios, o estudante, do Tocantins, elogia a universidade e destaca a segurança na cidade. Embora tivesse nota suficiente para cursar Engenharia de Petróleo na Universidade Federal Fluminense (UFF), ele escolheu a experiência internacional e não se arrepende. "Minha mãe até falou: 'Mesmo mais longe, fico mais tranquila que você esteja em Portugal do que no Rio."

Reitor da UAlg, o professor Paulo Águas destaca a oportunidade de contato multicultural na instituição. "Todos os anos, a UAlg organiza uma semana de acolhimento para os estudantes internacionais."

Vice-reitora da Universidade do Porto para as Relações Externas e Cultura, Fátima Marinho define os estudantes brasileiros como empenhados e diz que a instituição "tenta integrá-los, fazendo-os sentir em casa."

Critérios

A escolha de uma universidade no exterior deve ser precedida de muita pesquisa. É o que defende Andrea Tissenbaum, especialista em educação internacional e autora do Blog da Tissen, no site do jornal O Estado de S. Paulo. "(Os alunos) têm de entender quem está dando aula no lugar para onde querem ir e o que esse lugar traz de inovação."

Para ela, Portugal tem áreas fortes como Direito, Engenharia, Arquitetura, Economia, Business, Literatura e Sociologia. E outras nem tanto, como Design, Publicidade e Propaganda e Marketing. "Não é por ser estrangeiro que é melhor do que o nosso. Temos excelentes graduações no Brasil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Lucro da Kroton cai no 1º trimestre com base menor de alunos

A Kroton Educacional, líder no setor de educação superior privada no Brasil, teve lucro líquido ajustado de R$ 539 milhões no primeiro trimestre, recuo de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento no número de formandos pressionando a base total de alunos. A empresa também fez estimativas para o ano abaixo do desempenho obtido em 2017, o que fazia as ações terem forte queda.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 614,7 milhões de reais de janeiro a março, queda de 3,9 por cento na comparação anual. A margem Ebitda ajustada recuou 1,8 ponto percentual no período, para 45,1 por cento.

Sem ajuste, o lucro líquido foi de R$ 475,4 milhões, queda de 3,7% ante o 1º trimestre do ano passado, quando os ganhos somaram R$ 493,6 milhões.

A base total de alunos caiu 1,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, pressionada pelo aumento no número de formaturas, que avançou 12% ano a ano. Na mesma base de comparação, o processo de rematrícula caiu 4%.

Já o percentual de evasão de alunos caiu para 11,2% no ensino presencial, ante 12,4% um ano antes. No ensino à distância, a evasão passou a 13% nos três primeiros meses deste ano, ante 14,8% um ano antes. Segundo a empresa, a melhora nos indicadores de evasão refletem a "ampliação e a consolidação das iniciativas associadas ao programa permanência" da companhia.

A receita líquida da empresa alcançou R$ 1,36 bilhão, recuo de 0,1% ano a ano.

A Kroton informou ainda que além das 10 unidades que foram abertas nos últimos semestres e as 3 aquisições de unidades presenciais realizadas entre o final de 2017 e o início de 2018, a empresa pretende abrir mais 20 novos campi no segundo semestre, além dos 100 novos polos de ensino à distância (EAD) que devem começar a operar nos próximos meses.

"Com isso, a expectativa é terminar o ano de 2018 com um total de 35 novas unidades no segmento presencial e 400 novos polos de EAD abertos desde o ano passado", informou a empresa em seu balanço.

A Kroton também anunciou a aprovação do pagamento de dividendos referentes ao primeiro trimestre no total de R$ 180,7 milhões.

As ações da companhia exibiam a maior queda do Ibovespa às 10h20, recuando 5,9%, enquanto o índice mostrava baixa de 0,2%.

Leia também: Kroton fecha compra da Somos Educação por R$ 4,6 bilhões

Projeções

Separadamente, a Kroton informou suas projeções para este ano, com estimativa de lucro líquido ajustado consolidado 1,94 bilhão de reais, ou 12,7% inferior ao do ano passado.

Já o Ebitda ajustado deve somar 2,275 bilhões de reais, 6,7% abaixo do verificado em 2017. A estimativa para a margem líquida ajustada é de 35,4%, 4,7 pontos percentuais a menos que o registrado ano passado.

A projeção para a receita líquida é de recuo de 1,1%, para R$ 5,48 bilhões em 2018. Já o investimento total deve ser de 13,5% a receita líquida este ano, aumento de 2,8 pontos percentuais.

De acordo com a empresa, este ano apresenta "diversos desafios importantes que deverão impactar os desempenhos operacional e financeiro", como o maior volume de formaturas de alunos do financiamento estudantil Fies e o cenário macroeconômico.

A Kroton disse ainda que "está empenhada para entregar um plano de crescimento orgânico relevante nos dois segmentos do ensino superior", com a implementação de 112 novas unidades próprias e 1.788 unidades em parceria até 2028.

"Esse movimento de expansão tem evoluído de maneira muito positiva... Entretanto, em um primeiro momento, esse crescimento impactará negativamente as margens, especialmente no curto prazo, à medida que a maturação dessas unidades vai evoluindo ao longo do tempo", disse a empresa em comunicado.

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PROJETO

Projeto de lei quer permitir que alunos usem celular dentro da sala de aula nas escolas estaduais de Goiás

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) quer permitir o uso do celular dentro das salas de aula nas escolas estaduais. A ideia é que os equipamentos sejam usados exclusivamente para fins educativos. A iniciativa é bem vista por professores. No entanto, eles observem que, para que a prática dê certo, a categoria precisa se capacitar.

Atualmente, o uso de celulares é proibido dentro das escolas estaduais de Goiás. Em nota ao G1, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que cumpre a Lei Nº 16.993, de 10 de maio de 2010, que proíbe o uso do equipamento na sala de aula.

Já o Ministério da Educação (MEC) diz que “a educação básica é de gestão dos estados e dos municípios” e que “não cabe ao MEC interferir neles sob pena de passar por cima da autonomia garantia pela Constituição e pelo Pacto Federativo”.

O projeto é de autoria do deputado estadual Jan Carlo (PSD), que afirma que a ideia é discutir o assunto, para que a ferramenta não seja ignorada no processo educacional. “A gente está em pleno século XXI, mas, quando o aluno entra na sala de aula, ele volta para 200 anos atrás. Hoje, o celular faz parte de praticamente toda a nossa rotina. Não dá para entrar na aula e praticamente esquecer que ele existe”.

    “Claro que existem os pontos negativos. Aí, entra o papel do estado, de fornecer mecanismos para que os celulares sejam usados em redes internas, para pesquisas e uso de aplicativos educativos”, disse o deputado.

A ideia está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alego e ainda não tem data para ser votada. Caso passe pela CCJ, o projeto é votado pelo plenário da Casa e, por último, é levado para análise do governador, que pode vetar ou sancionar. O trâmite da proposta não tem um prazo estipulado.

Tecnologia na educação

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Marcos Elias, defendeu a liberação do uso do celular, com a mediação feita pelos educadores. Para ele, a lei que proíbe é um “equívoco”, mas a aprovação deste projeto deve chamar atenção para as regras e contexto em que o equipamento seria utilizado.

“Hoje, grande parte do conhecimento humano está acessível pelo celular. Ele pode e deve ser um instrumento de aprendizagem. O que define como este objeto vai ser usado é o projeto pedagógico, o que dificilmente é definido por meio de uma lei. É melhor autorizar, nestes moldes, do que proibir. Mas a questão não pode ser assim, do tipo: agora está autorizado”, disse.

Segundo ele, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional permite que, no processo de ensino, sejam utilizadas diferentes metodologias, incluindo o uso de equipamentos eletrônicos.

“Se o celular pode ser um instrumento, e as pesquisas mostram que pode sim ser um instrumento de aprendizagem, ele pode ser usado com métodos e formas que sejam adequadas, que neste caso só a escola pode definir”, destacou.

Realidade escolar

Os estudantes Sara Christine de Souza Portes, de 17 anos, e Gustavo Dias Santana Soares, de 18, estudam juntos no Colégio Estadual Jardim América, em Goiânia. Como a maioria dos jovens da faixa etária dos dois, eles têm o celular como um aliado na comunicação e, muitas vezes, como ferramenta de pesquisa.

No entanto, os dois destacam que o uso do equipamento dentro da sala de aula, atualmente, é um obstáculo para o processo de ensino. “As pessoas só ficam nas redes sociais, tirando foto, ouvindo música. Isso enquanto o professor explica o conteúdo, então, a gente entende que atrapalha bastante desse jeito”, disse Gustavo.

Sara afirma que o celular pode deixar as aulas mais dinâmicas em alguns momentos, mas acredita que o uso em excesso pode atrapalhar o convívio social. “Eu vejo que algumas horas pode ser importante, para a gente entrar em algum site, para ler juntos, mas precisamos ter um padrão, para não usar enquanto o professor estiver explicando, por exemplo”, disse a adolescente.

A coordenadora pedagógica do colégio, Sandra Maria de Oliveira, que também é professora universitária, avalia a proposta como “bem-vinda”, mas teme que os professores não estejam preparados para mediar o uso do celular. Segundo ela, junto com a aprovação do projeto, é necessário traçar uma estratégia para capacitar os educadores sobre o uso das tecnologias.

“Um dos problemas é a falta de formação dos professores que já estão há muito tempo na docência, porque os que formam hoje lidam com disciplinas que utilizam a tecnologia como ferramenta de educação. Passa pela formação, sobre como usar as tecnologias na sala de aula”, disse.

Sandra afirma que, apesar de poder ser benéfico ao processo de aprendizagem dos alunos, o celular atualmente é utilizado de forma indisciplinada pelos estudantes.

“Além da formação de professores, nós temos que trabalhar a disciplina e respeito dos alunos. Hoje, eles usam o celular para fazer cola, pra fazer bullying, invadem, muitas vezes, a rede do colégio. Tiram fotos e criam páginas de crítica a colegas e professores. Então, como qualquer outra mudança, é necessário ponderar e fazer um planejamento bem feito”.

“O uso do celular como ferramenta de ensino pode ser uma ótima estratégia para despertar o interesse dos alunos, mas passando pela formação dos professores e disciplina dos estudantes”, disse a coordenadora.

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EDUCAÇÃO

Em ranking de universidades de países emergentes, China domina, e melhor do Brasil é a USP

A China ocupa sete das dez primeiras posições do ranking THE de Universidades de Economias Emergentes na edição 2018, divulgada nesta quarta-feira (9) pela revista Times Higher Education (THE). Mais uma vez, a universidade brasileira com a colocação mais alta é a Universidade de São Paulo (USP), que ficou na 14ª posição.

A líder do ranking é a Universidade de Pequim, que neste mês celebra 120 anos de existência.

Novo nome

Neste ano, a revista THE rebatizou seu ranking, antigamente conhecido como Brics, e agora avaliou 350 instituições de 42 países considerados "emergentes".

Com a expansão do número de universidades ranqueadas (antes, eram 300), o Brasil também aumentou sua participação na lista. Dessa vez, 32 instituições brasileiras foram incluídas.

Veja abaixo o top 10 e a colocação de todas as universidades brasileiras:

Ranking THE Economias Emergentes 2018 - top 10

    Universidade de Pequim (China)

    Universidade Tsinghua (China)

    Universidade Estadual Lomonosov Moscou (Rússia)

    Universidade Fudan (China)

    Universidade de Ciência e Tecnologia da China (China)

    Universidade Zhejiang (China)

    Universidade Xangai Jiao Tong (China)

    Universidade Nanjing (China)

    Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul)

    Universidade Nacional de Taiwan (Taiwan)

Ranking THE Economias Emergentes 2018 - as universidades brasileiras

    14) Universidade de São Paulo (Brasil)

    33) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

    =61) Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio)

    =92) Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

    98) Universidade Federal de Itajubá (Unifei)

    =131) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

    =150) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    =153) Universidade Federal do ABC (UFABC)

    =162) Universidade Estadual Paulista (Unesp)

    =191) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

    201-250) Universidade de Brasília (UnB)

    201-250) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

    201-250) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    201-250) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

    251-300) Universidade Federal do Ceará (UFC)

    251-300) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    251-300) Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

    251-300) Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

    301-350) Universidade Federal de Goiás (UFG)

    301-350) Universidade Federal de Lavras (Ufla)

    301-350) Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

    301-350) Universidade Federal de Pelotas (Ufpel)

    301-350) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

    301-350) Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

    301-350) Universidade Federal Fluminense (UFF)

    301-350) Universidade Estadual de Londrina (UEL)

    301-350) Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)

    301-350) Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

    351+) Universidade Federal do Paraná (UFPR)

    351+) Universidade Estadual de Maringá (UEM)

    351+) Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

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FOLHA.COM

OPINIÃO

Axs queridxs leitorxs  

Entre palavras impronunciáveis como “leitorxs” e interdições variadas a expressões acusadas de graves crimes, estará desculpado quem se sentir em sua própria língua como num campo minado, com medo de dar um passo em qualquer direção e voar simbolicamente pelos ares.

Em primeiro lugar quero deixar claro que, para mim, a transformação do reino das palavras num dos principais campos de luta política da atualidade é uma boa notícia. Melhor essa consciência anabolizada, mesmo paranoica, do que a inconsciência dos sonâmbulos.

Diante dos que ainda entendem o idioma como um fato da natureza, talvez caído do céu e sem dúvida tão inquestionável quanto a dureza da pedra, nossa época desfralda uma construção histórica que, sendo espelho da sociedade, de inocente não tem nada. Faz mais sentido.

Dito isso, reconheça-se que também é pertinente o susto com os exageros da militância que muita gente sente, ainda que o receio de reações violentas crie uma maioria silenciosa. Onde isso vai parar? Será que existe fundamento para tanta encrenca?

Depende do que se chama de fundamento. Como o nome do jogo é política, está liberado, por princípio, o uso de toda estratégia de convencimento capaz de fazer avançar causas. A língua é patrimônio público. Restringir o que se fala sobre ela seria tão censório quanto restringir o que se fala sobre qualquer tema.

É verdade que a consistência linguística dos argumentos “problematizadores” varia do sólido ao espumoso, mas isso acaba importando pouco. Um exemplo de inconsistência é a afirmação de que a regra do plural da língua portuguesa incorre em machismo ao transformar um conjunto de leitores e leitoras em “leitores”.

Do ponto de vista linguístico, o argumento é no mínimo duvidoso. Estudos como o do americano John Martin, citado por Sírio Possenti em seu livro “A Cor da Língua” (Mercado de Letras), indicam que esse suposto masculino carrega na verdade uma ausência de marcação de gênero, uma espécie de ponto morto, o que explicaria também uma frase como “faz frio” (e nunca “faz fria”), na qual não há sujeito com o qual fazer concordância.

Puxa, então devemos concluir que nossa sociedade não é machista? É evidente que não devemos concluir nada disso e que nossa sociedade é, sim, machista até a medula. O parágrafo anterior trata de linguística, descrição e interpretação de fatos. Acontece que o nome do jogo, como já dissemos, é política.

A campanha do gênero dito neutro ou inclusivo, que nos últimos anos foi além do argumento feminista para abarcar também a defesa de todo o degradê da transexualidade, dá de barato o sexismo daquele “leitores” e lança “leitorxs” (entre outras variações pouco práticas) para substituí-lo.

Se o crime da palavra não pode ser provado em juízo, a verossimilhança da acusação basta. Uma vez que o crime da sociedade como um todo —machismo, no caso— é inegável, torna-se funcional encená-lo de forma tão nítida. São conhecidas as virtudes do maniqueísmo, em cujo altar a política imola desde sempre a complexidade do mundo.

O fato de reverberar na alma de tanta gente, para o bem e para o mal, entre adesões apaixonadas e repúdios raivosos, comprova o acerto (político, bem entendido) da estratégia.

O limite definitivo desse jogo na língua é a própria língua. Obra coletiva ingovernável, a liberdade que ela concede a qualquer grupo para fazer pichações em seus muros é a mesma que, no fim das contas, vai reivindicar para si como juíza do pouco a deixar marcas duradouras e do muito a sumir na poeira da história.

Por Sérgio Rodrigues

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PROJETO

Escola Sem Partido avança na Câmara; texto proíbe termo 'gênero'

A comissão especial destinada a analisar o projeto de lei conhecido como Escola Sem Partido, capitaneada pela bancada evangélica, apresentou nesta terça-feira (8) relatório favorável à proposta.

Após leitura do parecer, abre-se prazo de cinco sessões para a apresentação de emendas. Depois, a matéria segue para discussão e votação na comissão.

O texto, assinado pelo deputado Flavinho (PSC-SP), proíbe o uso da palavra "gênero" e da expressão "orientação sexual" em sala de aula, mesmo em disciplinas "complementares ou facultativas".

"A educação não desenvolverá políticas de ensino, nem adotará currículo escolar, disciplinas obrigatórias, nem mesmo de forma complementar ou facultativa, que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo 'gênero' ou 'orientação sexual'", diz o parecer.

Em seu voto, o relator criticou aqueles que afirma pregarem a "ideologia de gênero": "A maioria esmagadora tanto de intelectuais quanto da população em geral acredita que homem é homem e mulher é mulher", disse.

De acordo com ele, não há precedente que prove que "uma sociedade sexualmente plural seja realmente sustentável a longo prazo". "O que sabemos por experiência concreta é que uma cultura heteronormativa foi imprescindível à perpetuação da espécie humana e ao desenvolvimento da civilização ocidental."

Além da questão de gênero, a proposta prega a neutralidade do professor em sala de aula. Pelo texto apresentado, o professor "não fará propaganda político-partidária em sala de aula, nem incitará seus alunos a participarem de manifestações, atos públicos e passeatas".

Ela prevê ainda que o professor deve respeitar "o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções", tendo "os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa".

O substitutivo, que foi apresentado em sessão composta apenas por membros da bancada evangélica, prevê ainda que sejam afixados cartazes em salas de aulas com os "deveres do professor", em local que "possam ser lidos por estudantes e professores".

A lei deve se aplicar, diz o texto, a livros didáticos, avaliações de ingresso no ensino superior, provas de concurso para docente e instituições de ensino superior.

Polêmica, a proposta é alvo de protestos. De acordo com seus críticos, ela cerceia o direito dos professores de livre cátedra. Em 2016, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra a inclusão do projeto na base nacional curricular, afirmando que a proposta é inconstitucional.

Segundo o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), a proposta apenas possibilita "acesso à informação". "Não há nenhuma novidade, tudo que está ali já é previsto pela Constituição", afirma ele. Ele diz que há a pressão para proposta que preveja punição dos professores, mas que essa medida deve ser analisada posteriormente, caso o texto atual não "tenha efeito".

A previsão é de que a votação do projeto se dê no final de maio, mas a apreciação da proposta deve se alongar por diversas sessões, uma vez que devem ser apresentados votos em separado e que o projeto deverá ser objeto de debate acalorado.

ESCOLA SEM PARTIDO

Projeto prevê que cartaz com 'deveres do professor' seja afixado em salas de aula; dimensão deve ser de 70x50cm

1 - O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para nenhuma corrente política, ideológica ou partidária;

2 - O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas;

3 - O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

4 - Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa —isto é, com a mesma profundidade e seriedade—, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;

5 - O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções;

6 - O professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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