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Goiânia, 15 de junho de 2018

Publicado: Sexta, 15 de Junho de 2018, 12h43 | Última atualização em Sexta, 15 de Junho de 2018, 12h55

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Prazo para inscrições referentes ao segundo semestre do Sisu termina nesta sexta-feira, 15

Ministério autoriza abertura de vagas do Bolsa Permanência para indígenas e quilombolas

No terceiro dia, Sisu tem mais de 404 mil candidatos inscritos

Professora usa poesia como arma para combater prática de bullying em escola do Distrito Federal

Estão abertas as inscrições para o banco de avaliadores

UOL EDUCAÇÃO

Último dia para inscrições no SiSU 2018/2

Novo FIES não emplaca e MEC tenta atrair bancos

CORREIO BRAZILIENSE

Chapa formada por alunos de direita vence eleições para o DCE da UnB

Financiamento estudantil como chave para expansão do ensino superior

GLOBO.COM

Estado de SP tem maior número de casos de agressão a professores desde 2014

Famílias brasileiras apostam em esporte desde cedo para emplacar filhos em universidades dos EUA

FOLHA.COM

A recessão prossegue para os trabalhadores pouco escolarizados

Ranking mostra desgaste de professores no Brasil e salas de aula lotadas

 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Prazo para inscrições referentes ao segundo semestre do Sisu termina nesta sexta-feira, 15

Candidatos ao ensino superior têm nesta sexta, 15, o último dia para se inscreverem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na etapa referente ao segundo semestre de 2018. As inscrições devem ser feitas até as 23h59 (horário de Brasília). O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação no qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pode concorrer quem fez a prova em 2017 e obteve nota acima de zero em redação.

Todo o processo de inscrição é feito exclusivamente pela internet, por meio da página eletrônica do Sisu. Ao ingressar no sistema, o candidato deverá escolher, por ordem de preferência, até duas opções de curso entre as vagas ofertadas. É possível alterar essas opções durante todo o período de inscrição, sendo considerada válida a última modificação confirmada.

Nesta edição, serão ofertadas, ao todo, 57.271 vagas em 68 instituições. A distribuição se dá entre oito instituições públicas estaduais – um centro universitário e sete universidades –, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de educação tecnológica, 27 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e 30 universidades.

O resultado da chamada regular está previsto para 18 de junho. Já o período de matrícula vai de 22 a 28 de junho, considerando ainda os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em seu edital próprio. Já o prazo para entrar na lista de espera é de 22 a 27 de junho, sendo necessário que o candidato manifeste interesse em participar dela.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Ministério autoriza abertura de vagas do Bolsa Permanência para indígenas e quilombolas

O ministro da Educação, Rossieli Soares, autoriza, nesta sexta-feira, 15, durante agenda oficial no estado de Roraima, a abertura, para 2018, de novas vagas do Programa Bolsa Permanência (PBP), destinadas aos estudantes de etnias indígenas e quilombolas. A previsão do Ministério da Educação é de 2.500 novas bolsas possam ser concedidas aos alunos matriculados em cursos de graduação presencial, ofertados por instituições federais de ensino superior.

“Estamos abrindo o sistema nesta segunda-feira, dia 18, para que os estudantes quilombolas e indígenas possam se inscrever e solicitar a bolsa permanência, atendendo a todos aqueles que precisam. É um passo importante que o Ministério da Educação e o Governo Federal decidiram e conseguiram resolver mais uma situação significativa para esta população continuar estudando”, afirmou Rossieli Soares.

As inscrições deverão ser feitas pelo site do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), no período de 18 de junho a 31 de agosto. As instituições federais de ensino superior farão a análise da documentação comprobatória de elegibilidade dos estudantes ao programa e a aprovação dos respectivos cadastros no sistema de gestão entre os dias 18 de junho e 28 de setembro.

Atualmente, o valor estabelecido pelo Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao MEC, para os estudantes indígenas e quilombolas é de R$ 900. Para este ano, o programa está atendendo, aproximadamente 10 mil indígenas e quilombolas. Estão garantidos ao PBP recursos na ordem de R$ 150 milhões em 2018.

O programa é um importante instrumento social que tem o objetivo de ofertar educação superior a esses grupos estudantis e já beneficiou 91.580 alunos, sendo 22.130 indígenas e 7.836 quilombolas, entre os anos de 2013 e 2017. No mesmo período, foram investidos mais de R$ 438 milhões, dos quais R$ 152 milhões destinados ao primeiro grupo, e R$ 62 milhões ao segundo.

Representante da etnia indígena potiguara, do estado da Paraíba, o estudante da Universidade de Brasília (UnB), Porã Potiguara, afirmou que o aumento das bolsas é fruto da luta de indígenas e quilombolas e classificou como de extrema importância o aumento no número de inscrições. “Pleiteamos uma quantidade mínima que achamos justa e a elevação dessas bolsas é essencial para asseguramos a continuidade dos estudos nas universidades, sanando, em parte, as dificuldades financeiras que enfrentamos”, pontuou.  

Programa – O Bolsa Permanência (PBP) é um programa do Governo Federal que concede auxílio financeiro e viabiliza a permanência no curso de graduação a estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente a indígenas e quilombolas. Os recursos são pagos diretamente aos alunos por meio de um cartão de benefício.

A finalidade da iniciativa é minimizar as desigualdades sociais e contribuir para a permanência e a diplomação desses estudantes de graduação, além de reduzir o custo de manutenção de vagas ociosas em decorrência da evasão estudantil e promover a democratização do acesso ao ensino superior de qualidade, por meio da adoção de ações complementares de promoção do desenvolvimento acadêmico.

Confira a portaria que autoriza a abertura de novas inscrições ao Programa Bolsa Permanência em 2018.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

No terceiro dia, Sisu tem mais de 404 mil candidatos inscritos

No terceiro dia de inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) referente ao segundo semestre, 404.856 estudantes se candidataram a vagas em instituições públicas brasileiras de educação superior. Como é permitida a seleção de até dois cursos por candidato, já foram realizadas 775.642 inscrições. Os números foram registrados até às 19h desta quinta-feira, 14. As inscrições poderão ser feitas até as 23h59 da próxima sexta-feira, 15.

O Sisu é um sistema informatizado criado pelo Ministério da Educação, no qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pode concorrer quem fez a prova em 2017 e obteve nota superior a zero na redação. Todo o processo de inscrição é feito exclusivamente pela internet, por meio da página eletrônica do Sisu.

Nesta edição, estão sendo ofertadas 57.271 vagas em 68 instituições. A distribuição se dá entre oito instituições públicas estaduais – um centro universitário e sete universidades –, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de educação tecnol404ógica, 27 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e 30 universidades.

Ao ingressar no sistema, o candidato deverá escolher, por ordem de preferência, até duas opções de curso entre as vagas ofertadas. É possível alterar essas opções durante todo o período de inscrição, sendo considerada válida a última modificação confirmada.

O resultado da chamada regular está previsto para 18 de junho. Já o período de matrícula vai de 22 a 28 de junho, considerando ainda os dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição em seu edital próprio. Já o prazo para participar da lista de espera é de 22 a 27 de junho, sendo necessário que o candidato manifeste interesse em participar.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO NO AR

Professora usa poesia como arma para combater prática de bullying em escola do Distrito Federal

A poesia foi a arma encontrada pela professora da rede pública do Distrito Federal Raquel Alves para combater o bullying, atos de intimidação ou discriminação eventualmente presentes no ambiente escolar. A iniciativa rendeu à professora o Prêmio Professores do Brasil 2017. Para contar essa história, ela é a convidada do programa Educação no Ar desta semana, que estreia nesta quinta-feira, 14, às 9h45, na TV NBR.

A docente também foi convidada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para falar sobre seu projeto no 15º Encontro do Plano Nacional do Livro Didático (PNDL). “Esse projeto foi muito importante na minha vida”, afirma Raquel, que teve como uma das premiações uma viagem para conhecer a educação na Irlanda.

Raquel, professora do Centro Educacional Gesner Teixeira, de Planaltina (DF) idealizou o projeto quando observou que na sala de aula havia alunos de região mais elitizada da cidade que faziam piadas e ridicularizavam colegas que moravam na periferia. Ela então propôs que os alunos escrevessem sobre o tema Pequenas Alegrias no Lugar em que Vivo.

“No primeiro momento, a ideia não foi muito bem aceita. Os alunos que moravam no Entorno achavam que não tinham o que falar do lugar onde viviam”, relata Raquel.

Com o tema, a professora conseguiu reunir grupos que mesclavam alunos da capital com os das cidades vizinhas do estado de Goiás, e que, de acordo com ela, acabaram se ajudando na elaboração de rimas, o que ajudou a derrubar preconceitos e reduzir a prática de bullying entre os colegas.

Raquel defende que as escolas não podem ficar omissas em relação à prática do bullying, que na opinião dela é um dos maiores problemas das instituições de ensino do Brasil. “Eu acredito que nós, professores, precisamos desenvolver algum tipo de projeto que incentive o respeito e a solidariedade. Trabalhar com valores vai nos permitir combater o bullying nas escolas”, destaca a professora.

Assessoria de Comunicação Social

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LIVRO DIDÁTICO

Estão abertas as inscrições para o banco de avaliadores

Estão abertas as inscrições para o Banco de Avaliadores dos Programas Nacionais do Livro e da Leitura e de conteúdos de Recursos Educacionais Digitais, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. Podem participar docentes das redes públicas e privadas de ensino superior e da educação básica. Entre os inscritos serão selecionados os avaliadores pedagógicos de obras didáticas, no âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD 2020).

A abertura foi feita via chamada pública, e o prazo para apresentação de candidaturas será encerrado em 30 de setembro. Após a fase inicial de coleta de dados, serão selecionados, entre os inscritos, professores com formação e experiência nas seguintes etapas de ensino, componentes curriculares e especialidades: língua portuguesa, arte, educação física, língua estrangeira moderna inglês, matemática, ciências, história, geografia e projetos integradores.

O banco poderá ser utilizado para a identificação de professores que possam, eventualmente, ser convidados para apoiar a elaboração de editais, participar de comissões, atuar como coordenadores pedagógicos e adjuntos ou avaliadores na fase recursal. Além disso, há a chance de participação em outras parcerias e convites relacionados ao PNLD 2020.

A seleção atende ao estabelecido pelo Decreto nº 9.099. Para formalização ou atualização da candidatura, o professor deverá preencher o cadastro eletrônico, disponível na página do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), na opção livro didático, e fornecer dados pessoais e demais informações solicitadas, como formação, atividade de docência atual e experiência profissional. O sistema permite a inserção de mais de um curso de graduação, mestrado ou doutorado.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Último dia para inscrições no SiSU 2018/2

Hoje (15) é o último dia para inscrições no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2018/2. Os candidatos que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, com nota superior a zero na redação, podem se inscrever até as 23h59. Não há taxa.

Até as 19h de ontem (14), 404.856 estudantes haviam realizado 775.642 inscrições. O número de cadastro é maior do que o de participantes porque é possível se inscrever em dois cursos.

A quantidade de inscritos esse ano é bem menor em relação ao ano passado, quando 935.550 estudantes efetuaram 1.797.386 inscrições no SiSU 2017/2.

Notas de corte

Termina nesta sexta-feira também o prazo para que os estudantes já inscritos alterem as opções de cursos e instituições, feitas durante a inscrição. Após o fim do prazo valerão as últimas alterações feitas.

O MEC tem atualizado as pontuações mínimas dentro do número de vagas para cada curso (nota de corte) e o desempenho individual do candidato (com um balanço de sua colocação), com base na quantidade de inscrições feitas. As informações mudam conforme a graduação, a quantidade de vagas e modalidade concorrência.

Um dos cursos mais concorridos, Medicina chega a ter nota de corta acima de 800 pontos, é o caso da Universidade Federal da Paraíba, que já registrou nota de corte de 815,62.

Inscrições

No site do SiSU, o participante deverá informar número de inscrição no Enem 2017, CPF e senha. Ao ingressar na área restrita do participante, o estudante candidato deve escolher:

=> Até duas opções de curso: a primeira opção é a preferência do candidato

=> Modalidade de concorrência: o candidato precisa informar se quer concorrer por cotas ou ampla concorrência. A opção é feita em cada escolha de curso.

Vagas

O SiSU 2018/2 tem oferta de 57.271 vagas em 68 instituições públicas de ensino. Medicina, por exemplo, conta com 1.229 oportunidades disponíveis.

As instituições de ensino do SiSU se dividem da seguinte forma:

=> 30 universidades federais

=> 7 universidades estaduais

=> 27 institutos federais

=> 2 centros federais

=> 1 centro universitário estadual

=> 1 faculdade municipal

Somente Mato Grosso, Amazonas e Sergipe não estão com vagas disponíveis para este SiSU. Já os estados com mais oportunidades são Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

No ano passado, o SiSU do meio do ano ofereceu 51.913 vagas em 61 instituições. Já a edição do primeiro semestre deste ano ofereceu 239.716 vagas em 130 instituições.

Como saber se passei no SiSU?

O resultado do SiSU 2018/2 será divulgado em 18 de junho. As matrículas serão realizadas entre os dias 22 e 28 seguintes. As instituições de ensino informarão os horários, locais e escalonamento do registro acadêmico em seus próprios sites.

Os candidatos não aprovados em curso de primeira opção poderão manifestar interesse pela lista de espera, entre 22 e 27 de junho. As chamadas da lista de espera poderão ser feitas entre 3 de julho e 21 de agosto, pelas próprias instituições de ensino.

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FIES

Novo FIES não emplaca e MEC tenta atrair bancos

Lançado no final do ano passado, o Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES), modalidade do FIES cujas condições de financiamentos são determinadas pelos bancos, não emplacou no primeiro semestre de 2018. Das 75 mil vagas oferecidas, apenas 800 contratos foram firmados.

Esses dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), que aponta falhas na nova modalidade. O P-FIES tem a função de conceder financiamento para estudantes das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste que possuem renda familiar mensal de até 5 salários mínimos por pessoa.

De acordo com o assessor jurídico da Abmes, Bruno Caetano Coimbra, os 800 contratos do P-FIES no primeiro semestre são todos da região Nordeste. “Nas regiões Centro-Oeste e Norte nenhum contrato foi firmado até então porque os bancos não sabem como funciona esta nova modalidade. Faltou clareza nas informações”.

Apesar do baixo número de contratos firmados no P-FIES, Bruno Coimbra defende a modalidade. “Com a crise, a classe média teve a renda comprometida e precisa buscar alternativas para pagar o curso superior. O P-FIES é uma boa alternativa, mas precisa ser melhor divulgado, tornando as regras claras para bancos e estudantes”, comenta o assessor jurídico.

O que diz o MEC

Questionado sobre a situação do P-FIES, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota em que diz estar em contato com outros bancos a fim de atraí-los para o novo programa, “aumentando a concorrência e melhorando a atratividade”. O MEC também afirma que seu papel no programa é apenas verificar se as normas estão sendo cumpridas, como a pontuação exigida no Enem e o limite de renda familiar.

O comunicado do Ministério da Educação possui seis parágrafos, sendo que cinco falam do FIES público ou FIES 1, que tem juros zero e correção apenas pela inflação. Na semana passada, foram anunciadas mudanças no FIES 1, como financiamento mínimo de 50% e aumento no valor máximo de financiamento semestral de R$ 35 mil para R$ 42.983.

As mudanças foram elogiadas por Bruno Coimbra, principalmente o financiamento mínimo de 50%. De acordo com o assessor da Abmes, muitos estudantes desistiam do FIES quando eram aprovados empréstimos de somente 10% da mensalidade, por exemplo. Segundo o MEC, 25% dos beneficiados pelo FIES 2018/1 conseguiram financiamento de menos de 50% da mensalidade e poderão aumentar o porcentual no próximo aditamento, caso queiram.

Financiamentos despencam

A quantidade de novos contratos do FIES vem caindo desde 2014, quando 732.632 estudantes entraram no programa. Em 2015, o número caiu para 287.476 e, em 2016, para 203.633. No ano passado, 175.961 financiamentos foram firmados entre as 225 mil vagas oferecidas.

Ainda no Governo Dilma, em 2015, o programa sofreu uma redução no número de vagas. Na época, o então ministro da Educação, Renato Janini Ribeiro, alegou que o Governo passava por “restrições orçamentárias”. No segundo semestre daquele ano, a taxa de juros do FIES subiu de 3,4% para 6,5% ao ano.

Com a saída de Dilma Rousseff e a entrada de Michel Temer na presidência, o programa sofreu nova redução de vagas no segundo semestre de 2016 e em 2017. O MEC culpa a gestão anterior que, de acordo com a nota, promoveu um “descalabro na gestão do Fundo”. “Caso o FIES se mantivesse como concebido e projetado, se tornaria insustentável, com o Tesouro Nacional e o governo federal sem condição de mantê-lo”, conclui a nota.

Para Bruno Coimbra, não é só a diminuição do número de vagas que afasta os estudantes. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, somente 35 mil das 80 mil vagas oferecidas no FIES 1 foram preenchidas até então. Segundo o assessor, o MEC não deveria priorizar cursos.

Atualmente, o FIES prioriza vagas em cursos na área da Saúde, Engenharia e Licenciaturas, além das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. “Quem precisa definir a prioridade é o aluno, pois estão sobrando vagas em cursos de pouco interesse” - pontua Bruno.

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CORREIO BRAZILIENSE

BRASÍLIA

Chapa formada por alunos de direita vence eleições para o DCE da UnB

Cerca de 6 mil estudantes da Universidade de Brasília (UnB) elegeram a direção do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Desta vez, alunos com perfil de direita conquistaram o comando da entidade. Com 3.347 votos e discurso em defesa de investimentos privados na instituição, a chapa Aliança pela Liberdade, que chegou a ficar à frente da gestão por cinco anos seguidos, entre 2011 e agosto de 2016, ganhou o pleito, disputado entre terça e quarta-feira. O novo presidente ainda não foi definido. O segundo lugar ficou com a Unidade para Resistir, que conquistou 2.273 votos, grupo com composição semelhante ao Todas as Vozes, vitorioso em 2017. A falta de recursos públicos na universidade foi um dos principais temas da campanha, assim como problemas de grande interesse para os alunos, como o valor das refeições no Restaurante Universitário (RU).

Presidente da Aliança pela Liberdade, o estudante de engenharia elétrica André Costa afirmou que a composição da gestão ainda será debatida, uma vez que “a prioridade era vencer as eleições”. “Indicaremos os três coordenadores-gerais, e eles escolherão os demais integrantes”, adiantou. Segundo a UnB, a posse ocorrerá às 12h de 29 de junho, no prédio do Instituto Central de Ciências (ICC), no Câmpus Darcy Ribeiro. O mandato é de um ano.

Integrante da Aliança pela Liberdade e estudante do 8º semestre de direito, Bruno Henrique de Moura acredita que a posição política da chapa Unidade para Resistir se tornou fator decisivo para a derrota da chapa. “Eles eram incisivos no apoio a ocupações e greves, por exemplo, quando os estudantes se mostraram contrários. A gestão do DCE tem de priorizar a entrega de projetos em vez do enfrentamento político”, defendeu.

Para exemplificar a insatisfação dos acadêmicos com o comando da Unidade para Resistir, Bruno Henrique apontou o resultado favorável da Aliança nas urnas do Centro Acadêmico de Agronomia. Durante uma das manifestações, o local amanheceu pichado e vandalizado. O chamado Udefinho, onde os estudantes da faculdade votam, rendeu à chapa vencedora 313 votos, contra 304 da segunda colocada. Na sede da UnB em Planaltina, a Aliança também teve bom desempenho, com o apoio de 138 estudantes — 10 a menos do que a Unidade para Resistir.

Posição política

O estudante de comunicação organizacional Matheus Carvalho integrou a chapa Unidade para Resistir, apoiada por partidos de esquerda, como PT, PCdoB e PSol, que ficou em segundo lugar. Ele reclama do fato de algumas chapas não terem se posicionado contra a proposta de aumento do valor das refeições no RU da UnB. “A chapa que ganhou, por exemplo, não se declarou contra a proposta de o preço das refeições subirem de R$ 2,50 para R$ 6,50. Nós somos totalmente contra esse reajuste”, reforçou Matheus. “Na campanha, também criticamos os cortes de repasses para a universidade, sobretudo após a Emenda Constitucional 95 (que trata do teto dos gastos)”, acrescentou Matheus.

Outro tema importante debatido foi a necessidade de a Universidade de Brasília investir em saúde mental, com campanhas de prevenção ao suicídio entre os alunos. Ao todo, eram quatro grupos na disputa. Além dos dois primeiros colocados, o Movimento Resistência Universitária (MRU) e o Ousar, Lutar, Universidade Popular! integraram a lista.

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OPINIÃO

Financiamento estudantil como chave para expansão do ensino superior

Durante o Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (Cbesp), que começou na quinta-feira (7) e continua até sábado (9) na Ilha de Comandatuba, na Bahia, representantes de grupos educacionais debateram formas alternativas de captar e reter alunos num contexto de baixa oferta de financiamento estudantil por parte do governo. Oferecer bolsas, descontos e crédito estudantil, na avaliação dos palestrantes, é um dos caminhos a se trilhar para aumentar a quantidade de pessoas com nível superior no Brasil.

Atualmente, apenas 17% da população entre 25 e 34 anos cursou graduação no país. Taxa bem inferior à média das 37 nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), considerada como padrão de excelência, que está em torno de 43%. "Sem financiamento não tem expansão da educação. Isso é importante para que o aluno tenha acesso ou permaneça no ensino superior”, afirma Sólon Caldas, assessor técnico do Fórum (Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior) e diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).

"De um lado tem um monte de aluno querendo financiamento; de outro, estão sobrando 70% das vagas nas faculdades particulares", denuncia. Jamil Saud Marques, vice-presidente de Finanças da Kroton Educacional, chama a atenção para a correlação entre penetração do ensino superior e questões monetárias. "A gente não pode ignorar que o acesso financeiro é importante ferramenta para aumentar as taxas de penetração do ensino superior", defende o graduado em engenharia de produção pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA pelo Insead (Instituto Europeu de Administração de Empresas), na França e em Cingapura.

Nos países da OCDE com maiores índices de penetração do ensino superior, incluindo Reino Unido (52%), Austrália e Noruega (49%), Estados Unidos (48%), Suécia (47%) e Nova Zelândia (40%), a maioria dos alunos (de 52% a 92%) receberam empréstimos estudantis. No outro extremo, em países com menores níveis de acesso ao ensino superior, como Turquia (30%), Itália (25%) e Brasil (17%), a minoria dos estudantes (de 20% a 32%) têm algum tipo de auxílio financeiro.

"O acesso financeiro, não tenho dúvidas, é essencial para que qualquer país evolua em termos de acesso à educação", reitera Jamil, que integra a Kroton Educacional desde 2015 e diz ter sido, ele próprio, beneficiário de programas de acesso financeiro. Ao mesmo tempo em que o número de pessoas com diploma de nível superior é considerado baixo nacionalmente, esse tipo de formação ainda é bastante recompensada no mercado de trabalho em termos salariais. O Brasil tem uma das maiores taxas de retorno econômico de se investir no ensino superior: 149%. A média dos países da OCDE é de 58%.

Alternativas

Em um contexto em que o Ministério da Educação (MEC) reduziu o acesso ao Financiamento Estudantil (Fies), além de ter elevado os critérios para ser beneficiário do programa, não se pode esperar que o aumento do acesso financeiro e da penetração do ensino superior parta apenas do governo. As próprias faculdades podem buscar soluções que sejam benéficas para elas e para os estudantes.

Foi no que investiu a Kroton Educacional, grupo presente no Brasil há 50 anos, que começou como curso pré-vestibular e, ao longo das décadas, adquiriu e fundiu marcas como Anhanguera, LFG, Unopar, Unic, Fama e Unime. "Entre o fim de 2014 e o início de 2015, com a redução na quantidade de contratos financiados pelo governo, vimos nisso uma oportunidade de continuar dando acesso a alunos que não  estudariam se não tivessem algum aporte financeiro. Foi então que criamos os produtos de acesso financeiro da companhia", relembra Jamil Marques.

"Criamos, como primeiro produto, um empréstimo temporário para alunos que eram elegíveis pelo Fies, mas que não tinham sido beneficiados pelo financiamento. Ninguém quer turma vazia em suas universidades. Se as turmas já estarão abertas, por que não testar?", indaga o vice-presidente de Finanças do grupo. Até o momento, o teste, em parceria com instituições financeiras, tem apresentado resultados positivos.

"O aluno do parcelamento não se comporta de modo muito distinto do aluno que paga do próprio bolso em termos de permanência", comenta. Pelo programa de acesso financeiro da Kroton, os estudantes podem pagar até 70% do curso em parcelas após a formatura. "O interesse é alinhado, porque é um produto financeiro, mas está alinhado completamente à missão de fazer o aluno realizar o sonho dele. Ao mesmo tempo que a gente viabiliza o ensino, a gente não coloca nosso negócio em risco", comemora Jamil.

Rafael Baddini, sócio-diretor e diretor de Vendas e Marketing do Ideal Invest, responsável pelo crédito universitário PraValer, pondera que é preciso apostar nesse tipo de programa com critérios. "Não adianta deixar todos os custos do curso para o aluno pagar depois de formado porque o estudante vai adquirir uma dívida muita alta e não conseguirá pagar", alerta. Por isso, o PraValer, que atendeu mais de 130 mil alunos em mais de 500 instituições de ensino, só oferece o benefício para quem precisa e de modo que a pessoa consiga quitar o crédito depois.

"A gente conseguiu colocar até 10%, em alguns casos 20%, dos calouros com esse crédito. Fazendo um trabalho a quatro mãos com as instituições, dá para fazer dar certo", diz. A permanência no curso por parte dos alunos com financiamento tem sido maior do que a de universitários sem o benefício e superior também a de universitários que fizeram financiamento próprio em faculdades.

O PraValer é responsável por 90% dos créditos do P-Fies, o "Fies privado", ou Fies 2 e 3, modalidades em que o empréstimo universitário é concedido por instituições financeiras e não diretamente pelo governo (caso do Fies 1). Segundo ele, o programa nessas modalidades, por ser muito novo, ainda está "saindo do chão”. Tanto é que, segundo Sólon Caldas, da ABMES, apenas 800 dos 210 mil contratos previstos para 2018 no P-Fies foram firmados até o momento.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Estado de SP tem maior número de casos de agressão a professores desde 2014

O estado de São Paulo registra o maior número de agressões a professores da rede estadual no primeiro trimestre desde 2014. Obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação, os dados oficiais da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo mostram que, no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 64 ocorrências de agressão. Trata-se do mais alto número para o primeiro trimestre contabilizado desde 2014.

Total de agressões por ano

O número do primeiro trimestre deste ano aponta um aumento até mais acentuado do que vinha sendo registrado no comparativo anual de agressões a professores contabilizadas pela Secretaria da Educação. De acordo com a pasta, 2017 registrou o maior número de casos de agressão a professor dos últimos anos. Foram 251 casos registrados, dois a mais que no ano anterior. É também o maior número desde 2014.

O Registro de Ocorrência Escolar é uma ferramenta on-line na qual os Diretores de Escola realizam o registro de ocorrências de cunho disciplinar e natureza delituosa no âmbito da comunidade escolar. O acesso ao ROE é efetuado a partir do portal da SEE - Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo afirmou que "São Paulo é pioneiro no enfrentamento das questões de relacionamento entre professor e aluno, criando em 2009 o Sistema de Proteção Escolar que dispõe de professores mediadores, manuais de apoio, distribuídos para todas as escolas da rede estadual com orientações de como os gestores escolares devem tratar a questão e o atendimento aos professores e alunos".

"O número mencionado pela TV representa 0,03% do número total de docentes do Estado de São Paulo e não se trata de dados estatísticos já que o ROE - Registro de Ocorrências Escolares é um mecanismo de registro interno da Secretaria de Educação do Estado."

"A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo tem como premissa básica a valorização dos professores, tanto é que nessa semana nomeou 2.165 professores habilitados em concurso público. Outra medida foi garantir melhor remuneração a 33 mil profissionais do Quadro de Apoio Escolar (QAE)."

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EDUCAÇÃO NO MUNDO

Famílias brasileiras apostam em esporte desde cedo para emplacar filhos em universidades dos EUA

Rani Jordão Ganime, 10 anos, acorda antes do amanhecer. Toma o café da manhã, às vezes mesmo sem fome, e parte de carro com o pai, na Ilha do Governador, para a sede do Flamengo, na Gávea, Rio de Janeiro, onde integra a equipe de natação do clube. De segunda a sábado, inclusive feriados, salta às 7h na piscina a céu aberto para um treino de uma hora e meia – mesmo quando a temperatura cai no inverno e a água não está nada quentinha.

A disposição para a rotina puxada vem do sonho de um dia participar de uma Olimpíada e de que o esporte lhe proporcione a oportunidade de estudar em uma universidade americana.

"Meus pais falam muito comigo. Dizem que, se eu me esforçar muito, vou conseguir uma bolsa de estudos lá nos Estados Unidos. É um sonho deles e meu", diz a atleta mirim, que trocou o jiu-jitsu pela natação porque o primeiro não lhe garantiria chances de estudar fora por ainda não ser uma modalidade olímpica e disputada na liga universitária americana.

Assim como Rani, muitas crianças estão se dedicando ao esporte desde cedo com o objetivo de cursar o ensino superior fora do Brasil.

Escolinhas de futebol, tênis ou natação que antes recebiam apenas meninos e meninas interessados em aprender os fundamentos da modalidade e se divertir, agora são procuradas por famílias que planejam investir no esporte como uma forma de seus filhos estudarem no exterior no futuro.

Esses pequenos atletas querem, acima de tudo, ter a chance de continuar praticando esporte, mas sem descuidar da educação.

"Eu queria estudar numa universidade boa, mas também queria continuar nadando. O único lugar para fazer isso era nos Estados Unidos. Infelizmente aqui no Brasil não tem como: ou você nada ou você estuda. É impossível fazer os dois bem feitos ao mesmo tempo", diz a paulista Sofia Sigrist, nadadora do Pinheiros, de São Paulo, que neste ano ingressa na Universidade de Nova York.

Portfólio atlético

Humberto Badolato, empresário e professor da escolinha de futebol da academia Bodytech, no Rio de Janeiro, conta que muitos pais o procuram para saber qual o melhor caminho para estudar lá fora por meio do futebol.

"Alguns me pedem treino personal com o objetivo de já ir aperfeiçoando a técnica das crianças. Eles sabem que meu próprio filho está se preparando para entrar em uma universidade americana. Só que ele quer a Ivy League (grupo formado por oito das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos e que não concede bolsas para atletas)", conta.

Para Rita Moriconi, coordenadora do Education USA no Cone Sul, os pais estão certos em despertar esse interesse na infância.

"O esporte sempre ajuda no processo de admissão. Tanto para o aluno atleta, que vai aplicar para uma bolsa atlética, como também para aquele aluno que não compete, mas que se sentiria bem indo para uma universidade em que ele tenha possibilidade de jogar ou nadar, por exemplo", afirma a educadora.

Filiado ao Departamento de Estado dos EUA, o Education USA tem 35 escritórios no Brasil e auxilia gratuitamente os candidatos na escolha entre as 4,7 mil universidades americanas, além de prestar assistência no processo de seleção (que inclui a apresentação de uma espécie de dossiê com documentação, histórico escolar, notas de exames SAT/TOEFL e redações).

Uma das dicas de Moriconi é começar a fazer um portfólio atlético desde o início com fotos e vídeos. "Eles também devem procurar o Education USA quando chegar ao nono ano do ensino fundamental, uns três ou quatro anos antes de fazer o application (se inscrever)", recomenda.

Também é preciso ficar atento às notas da escola desde o ensino fundamental. "Se você tiver um histórico escolar ruim, vai pesar muito na decisão de admissão. Eles querem ver uma consistência nas notas e, de preferência, em todas as matérias", ressalta Mateus Rabello Benarrós, da empresa de assessoria Apply, com sede em Manaus.

Na última década, o número de brasileiros inscritos em universidades dos Estados Unidos aumentou 79,3%, segundo dados do Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês). O Brasil escalou seis posições e ocupa o décimo lugar no ranking dos países com o maior número de alunos estrangeiros cursando ensino superior no país.

Em 2017, eram 6.310 alunos brasileiros de graduação concentrados nos Estados da Califórnia, Florida, Nova York, Massachusetts e Texas. Desse total, 584, ou 8,35%, tinham bolsa-atleta nas Divisões 1 e 2 da National Collegiate Athletic Association (NCAA, na sigla em inglês), a associação da liga universitária americana. Anualmente, são concedidos US$ 3 bilhões em bolsas-atléticas. As bolsas por mérito acadêmico somam US$ 11 bilhões.

A ajuda geralmente inclui a mensalidade da faculdade, moradia, alimentação, material e seguro saúde. O valor a ser recebido varia e depende da performance do atleta, do quanto necessitam sua posição na equipe e da modalidade.

Modalidades

Entre os brasileiros, as modalidades com maior número de atletas com bolsas são futebol, natação e tênis.

Os pais de Raquel, de 9 anos, e Luiza, de 7, investem no tênis, um esporte já praticado pelo casal. Desde os cinco anos de idade as meninas fazem aulas particulares e, atualmente, frequentam uma academia especializada três vezes por semana para aperfeiçoar a técnica nas quadras. O custo mensal da aula é de R$ 550 por criança.

"Os planos são de que elas ingressem numa universidade dos Estados Unidos com bolsa de estudos para quem tem bom desempenho no esporte. Os custos de uma universidade americana são altos e nós temos duas filhas, o que faz com que o valor dobre anualmente. Eles oferecem bolsas com descontos gradativos, conforme o desempenho", conta a carioca Débora Almeida, mãe das meninas.

No Rio Grande do Sul, Vicente, de 11 anos, e Pedro, de 12, competem pelo Clube Leopoldina Juvenil e colecionam medalhas em torneios estaduais.

"Durante umas férias, fomos assistir ao Rio Open e lá os meninos realmente se apaixonaram pelo esporte. Pediram para treinar mais e para competir", conta a mãe Rosane Menezes Freda. "Nós não temos planos concretos para eles. Mas, após participar do meio competitivo, ficamos mais atentos a esta possibilidade de estudar fora. Eles falam que querem", diz.

No futebol, ocorre de muitas crianças e adolescentes terem o talento para entrar em uma instituição de ensino nos Estados Unidos, mas barram na dificuldade financeira. As famílias não conseguem arcar com todos os custos preparatórios, como curso de inglês e assessoria para o processo seletivo – muito menos apresentar um saldo bancário na hora do visto para provar que podem sustentar o filho ou a filha no país, necessário mesmo que eles tenham bolsa de estudo.

"Eles não conseguem pagar nem a passagem. Normalmente, são os melhores jogadores. Uma vez por ano convido um treinador de uma universidade dos Estados Unidos para fazer um camping e chamou uns atletas de baixa renda. Os treinadores se apaixonam tecnicamente por eles, oferecem bolsa integral mas e a passagem, o visto de estudante e o extrato bancário?", questiona Amaury Nunes, ex-jogador profissional que, em 2008, montou a A10, empresa de intercâmbio esportivo.

"Se tivéssemos uma empresa financiando isso, patrocinando um atleta, certamente conseguiríamos mandar alunos de um perfil mais humilde", diz Nunes, que atualmente procura uma parceria pública ou privada para levar pelo menos dez alunos de baixa renda entre os 100 que manda anualmente para o exterior.

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FOLHA.COM

OPINIÃO

A recessão prossegue para os trabalhadores pouco escolarizados

A recessão que o Brasil viveu por quase três anos até o fim de 2016 atingiu trabalhadores de todos os níveis educacionais, mas foi particularmente severa com os pouco escolarizados.

A taxa de desemprego dos profissionais sem instrução e com ensino fundamental completo saltou cerca de 120% entre o fim de 2014 e o início de 2017, quando a desocupação atingiu seu ápice no país. Entre os trabalhadores com ensino médio e superior completos, o aumento foi de 108%.

Desde o segundo trimestre do ano passado, a desocupação tem caído, acompanhando a lenta recuperação da economia. Mas, novamente, o cenário tem sido menos favorável para os brasileiros com formação mais precária.

A taxa de desemprego dos profissionais com ensino médio e superior caiu, respectivamente, 5% e 8% desde abril de 2017. No mesmo período, a desocupação dos trabalhadores com ensino fundamental completo recuou 2,6%. Já para aqueles que não possuem instrução formal o desemprego seguiu em alta, ainda que discreta.

O entendimento do que está por trás dessa tendência é importante para a formulação de uma série de políticas públicas, como medidas de proteção social, requalificação e orientação educacional.

Será que a economia tem se modernizado e gerado vagas mais sofisticadas, por isso os menos qualificados estão ficando de fora?

Ou trabalhadores mais educados, por falta de opção, têm aceitado as vagas de baixa especialização que antes eram ocupadas pelos menos escolarizados?

Nos dados de geração de vagas no mercado formal, há indicações nas duas direções.

Ocupações novas, ligadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, têm surgido. Enquanto outras funções repetitivas começam a desaparecer. Mas são tendências que parecem incipientes.

Já o aumento da fatia de profissionais com ensino universitário desempenhando cargos menos sofisticados tem ocorrido há alguns anos no Brasil. Na coluna da última quarta-feira, citei alguns exemplos desse movimento.

Como comentei na ocasião, há enorme carência de informação que poderia direcionar melhor as decisões tanto de quem oferece quanto de quem procura o ensino superior no Brasil. Há países – inclusive na nossa vizinhança – que têm difundido dados indicando as ocupações e as habilidades mais demandadas pelas empresas.

Mais urgente, no entanto, é a situação dos profissionais pouco escolarizados que correm o risco de exclusão permanente do mercado de trabalho. O desemprego persistente agrava sua vulnerabilidade porque os torna ainda mais defasados em relação a práticas e tecnologias usadas no mundo do emprego.

Será que a rede de proteção social tem oferecido apoio suficiente a essas pessoas? Elas têm recebido oportunidade de requalificação profissional bem direcionada? Aliás, que fim levou o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) e qual foi sua eficácia nos anos em que teve forte expansão?

Considerando que o desemprego elevado se tornou uma das principais mazelas do país, essas são perguntas para as quais os postulantes à Presidência da República deveriam ter respostas e propostas claras, na ponta da língua.

Por Érica Fraga

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EDUCAÇÃO

Ranking mostra desgaste de professores no Brasil e salas de aula lotadas

O Brasil possui um dos maiores números de alunos por sala de aula no ensino médio entre mais de 60 países analisados no estudo Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA, publicado nesta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com o documento, as escolas públicas do Brasil têm 22 alunos por professor no primeiro ano do ensino médio. O total é o mesmo quando se incluem as instituições privadas.

Esse número só é maior na Colômbia, que acaba de entrar para a OCDE, com 27 alunos por turma. No México, também membro da organização, o total de estudantes por professor varia entre 17 e 27.

Na China, país mais populoso do mundo, há apenas 12 alunos por professor.

"Classes menores são frequentemente vistas como benéficas porque elas permitem que o professor se focalize mais nas necessidades individuais dos estudantes", diz o estudo.

Segundo a OCDE, é preciso reduzir o tamanho da sala de aula e aliviar a carga horária de ensino do professor, ampliando dessa forma o tempo que else passa preparando aulas, em orientação pedagógica (tutoria) ou atividades de desenvolvimento profissional. E, para isso, uma solução seria aumentar o número de professores.

"Os sistemas de educação precisam determinar quantos professores são necessários para oferecer uma educação adequada para seus estudantes", diz a OCDE.

No Brasil, problemas de salas de aula lotadas, jornadas duplas de trabalho, com carga horária excessiva, são enfrentados por muitos professores e provocam desgastes em relação à profissão.

O PISA, no qual se baseia o relatório divulgado nesta segunda, é um vasto conjunto de estudos internacionais que visam medir o desempenho de sistemas educacionais de países membros e não membros da OCDE, como o Brasil.

O PISA é realizado com jovens na faixa de 15 anos, o que corresponde ao primeiro ano do ensino médio.

O estudo Políticas Eficazes para Professores diz ainda que a maioria dos países do PISA tem alocado mais professores a escolas consideradas desfavorecidas - onde há mais alunos com condições socioeconômicas mais baixas - para compensar as desvantagens na comparação com escolas onde estudantes têm mais poder aquisitivo.

Mas isso nem sempre resulta em melhor qualidade do ensino, diz a OCDE. Isso porque, geralmente, "professores nas escolas mais desfavorecidas são menos qualificados e têm menos experiência" do que nas instituições com condições superiores, ressalta a organização.

Na prática, diz a organização, os efeitos positivos de aumentar o número de professores nas escolas desfavorecidas são minados se não for levada em conta a questão da qualidade do professor.

"Os estudos têm mostrado que investimentos na quantidade de professores são geralmente feitos em detrimento da qualidade do ensino", ressalta a OCDE.

"Estudos revelam que professores com qualificações mais fracas são mais propensos a ensinar em escolas desfavorecidas, o que pode levar a um potencial menor de oportunidades educacionais para estudantes dessas escolas", afirma o documento.

ESPECIALIZAÇÃO

O estudo, que enfatiza a importância do ensino de alta qualidade para reduzir as desigualdades sociais, também revela que apenas 29% dos professores de ciências no Brasil têm especialização na área.

Em países como a Finlândia, que estão entre os que apresentaram os melhores resultados do teste do PISA na área de ciências, a proporção de professores especializados nessa disciplina nas escolas públicas do país é 83%.

"Alguns estudos têm mostrado que alunos que aprendem com professores com formação específica em uma área têm melhores performances na disciplina", afirma a OCDE.

Como o último PISA focou na área de ciências, os dados sobre a especialização dos professores dizem respeito à área.

"Quanto maior a diferença de qualificação dos professores de ciências entre escolas desfavorecidas e favorecidas, maior também é a diferença da performance em ciências entre estudantes na base e no topo do status socioeconômico."

No Brasil, 60% dos professores com menos qualificação educacional tendem a trabalhar mais em pequenas cidades, afirma outro estudo da OCDE divulgado nesta segunda-feira, Professores em Ibero-América: Compreensões do PISA e do Talis.

"No Brasil, professores não especializados em ciências em escolas desfavorecidas ensinam assuntos que não estavam incluídos em sua formação ou programa de qualificação com mais frequência do que professores não especializados em escolas favorecidas."

O estudo específico sobre países ibero-americanos também nota que a demanda por professores aumentou na região devido ao rápido crescimento do número de estudantes matriculados, sobretudo na América Latina, em razão de um maior acesso à educação.

Em resposta à essa demanda, "os requisitos para ingressar na profissão docente foram reduzidos", afirma o documento.

Isso fez com que a profissão começasse a ser desvalorizada, vista como um ofício de poucas exigências e baixa qualificação, acrescenta a organização.

No Brasil, apenas pouco mais de 10% dos professores acham que a profissão é valorizada pela sociedade.

Entre 2003 e 2015, mais de 493 mil novos alunos no Brasil foram somados ao total da população estudantil de 15 anos, um aumento de 21%.

A expansão das matrículas, diz a OCDE, se deve a melhoras na capacidade para manter os alunos no sistema de ensino à medida que eles progridem a níveis superiores.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

 


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