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Goiânia, 31 de agosto de 2018

Publicado: Sexta, 31 de Agosto de 2018, 13h04 | Última atualização em Sexta, 31 de Agosto de 2018, 13h13

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Professor de educação física aposta no esporte como incentivo para jovens em vulnerabilidade

Educadores indígenas, afro-brasileiros e quilombolas discutem inclusões na BNCC

Apenas 1,6% dos alunos do Ensino Médio têm aprendizagem adequada em Português

Ministro participa de congresso sobre estatística e combate a fraudes

UOL EDUCAÇÃO

Jovens com projeto social podem ganhar viagem com tudo pago à Nova York

Nordeste ganha quase 80% das medalhas na Olimpíada Nacional de História 2018

Número de brasileiros estudando no exterior bate recorde 

CORREIO BRAZILIENSE

Especial do Correio apresentará material de apoio com dicas para o Enem

STF adia julgamento de ensino domiciliar 

GLOBO.COM

Revolução digital deixa cinco profissões à beira da extinção, diz estudo

Faculdade de Medicina da USP não alcançou meta de cota racial para 2018

FOLHA.COM

Em 11 anos, ensino médio dá salto de qualidade apenas em quatro estados

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Professor de educação física aposta no esporte como incentivo para jovens em vulnerabilidade

José Paulo Santos, conhecido com Mestre Paulão, é professor de educação física há mais de 30 anos. Atuando na rede pública de ensino do Distrito Federal, o educador se orgulha de sua trajetória. Segundo ele, o seu trabalho já ajudou diversas crianças a deixarem as drogas por meio das práticas desportivas. “Trabalhar os lados lúdico e esportivo da criança e fazer com que ela não vá para o lado da criminalidade é como lapidar um diamante. Eu me sinto com o dever cumprido”, comemora.

Mestre Paulão também se orgulha de ter participado de momentos importantes para a categoria, como de uma das etapas do processo de regulamentação da profissão, em 1998. A partir daí, ficou instituído o Dia do Profissional de Educação Física, comemorado em 1º de setembro. Outra conquista do professor é ser um dos fundadores do Centro de Iniciação Desportiva (CID) da Secretaria de Educação do Distrito Federal, que implementou no Centro Educacional Nº 6 de Taguatinga, região administrativa de Brasília. O local é espaço para aulas de judô, muay thai, capoeira, e para modalidades do atletismo, como vôlei, basquete, handebol e badminton.

Professor de judô, muay-thai e capoeira, Mestre Paulão afirma que o contato diário com o esporte desperta nos estudantes dedicação e disciplina, aspectos importantes para que eles tenham interesse também pelo ambiente escolar. Segundo ele, alguns desafios vão além da prática esportiva, revelando a realidade dos alunos que frequentam a unidade e que exigem do educador um olhar mais apurado. De acordo com ele, vários alunos presenciam atos de violência dentro de casa. “Muitos deles vêm escorraçados de casa pelos pais. Ou, ainda tem o caso do pai que bate na mãe, a mãe que bate no filho”, lamenta. “O resultado é que essa criança vai para a escola, em muitos casos, revoltada. Cabe a nós, enquanto educadores e profissionais, ajudar, fazer a criança acreditar nela”.

A educação física também tem destaque na formação dos jovens, ressalta o professor. Ele afirma que, além de proporcionar uma vida saudável por meio do esporte e de ensinar a importância de uma boa alimentação, a disciplina estimula o aluno a ler e pesquisar outras matérias, já que ela também usa conceitos de matemática, física, geografia, química, português, dentre outras. “A educação física interage com outras disciplinas”, ressalta.

A dedicação ao ofício sempre mobilizou Mestre Paulão. Ele foi um dos profissionais que auxiliou na criação do Conselho Federal da categoria e que esteve presente às discussões em torno da regulamentação da profissão. “Eu me via fazendo faculdade e a nossa profissão sendo abolida. Iam extinguir a educação física, e então nós brigamos, eu fiz parte dessa luta. Começamos a fazer pressão na Câmara dos Deputados e no Senado pelo reconhecimento da nossa profissão”, conta. Hoje, ele diz perceber a valorização da atividade, especialmente entre aqueles que se interessam pela educação física e encontram na área uma motivação para continuar os estudos.

Com uma rotina muito ativa, Mestre Paulão mostra ainda ter fôlego de atleta e garante que não pretende parar tão cedo. “Não podemos ficar parados no tempo. Apesar de estar perto de aposentar, eu ainda vou escrever um livro, fazer as minhas coisas. Eu não paro de estudar, não pode parar, e é isso que a gente passa para os nossos alunos”.

Assessoria de Comunicação Social

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ENSINO MÉDIO

Educadores indígenas, afro-brasileiros e quilombolas discutem inclusões na BNCC

O Conselho Nacional de Educação (CNE) reuniu nesta quarta e quinta-feira, 29 e 30, na sede da instituição, em Brasília, educadores de lideranças indígenas, quilombolas e afro-brasileiros para discutirem a inclusão na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial das redes de ensino. A inclusão desses temas na BNCC está prevista nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

De acordo com o presidente da Comissão de Educação das Relações Étnico-raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena da Câmara de Educação Básica do CNE, Ivan Siqueira, o objetivo do encontro é promover a análise da Base Nacional Comum Curricular, assim como aconteceu na etapa da Educação Infantil e Ensino Fundamental, quando várias contribuições foram inseridas no documento já homologado pelo MEC. “É muito importante contarmos com a colaboração desses especialistas e de quem está engajado na busca de um país melhor, onde a diversidade será vista como uma resolução dos problemas e não como um problema”, enfatizou o conselheiro.

Para o líder indígena Adenilson Alves, do Baixo Tapajós, esses encontros são de suma importância para que as temáticas indígenas e quilombolas sejam inseridas na BNCC. “Não dá para ter uma educação básica sem o olhar indígena, sem abordar as temáticas que, de uma certa forma, são a matriz brasileira e o que sustenta essa diversidade que é o nosso Brasil”, frisou Adenilson.

Queremos garantir no documento que os nossos alunos negros e indígenas tenham também as mesmas oportunidades que toda a população em geral tem”, afirmou a professora e relatora do Grupo de Trabalho de Educação Afro-brasileira, Maria Cristina Santos, que acredita que o Ministério da Educação acatará as sugestões propostas pelo grupo de especialistas.

Assessoria de Comunicação Social

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SAEB 2017

Apenas 1,6% dos alunos do Ensino Médio têm aprendizagem adequada em Português

O Ministério da Educação divulgou, nesta quinta-feira, 30, os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada à pasta.

O estudo demonstrou um ensino médio praticamente estagnado desde 2009, o que tem agregado muito pouco ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes brasileiros. O ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou que mesmo com algumas evoluções nas etapas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, o nível de aprendizagem médio do país ainda se situa no limite inferior do nível básico, conforme intepretação do MEC. “O ensino médio está no fundo do poço. É inaceitável que mais de 70% dos estudantes do ensino médio estejam no nível insuficiente tanto em língua portuguesa quanto em matemática, após 12 anos de escolaridade”, destacou.

A edição deste ano avaliou com testes de língua portuguesa e matemática mais de 5,4 milhões de estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, em mais de 70 mil escolas.

Para Rossieli Soares, o Brasil precisa avançar na agenda do ensino médio por que não dá para aceitar que dois terços dos jovens brasileiros não tenham a aprendizagem necessária. “Tivemos resultados positivos que indicaram alguma melhora, especialmente no ensino fundamental, nos anos iniciais, onde todas as unidades da federação apresentaram uma evolução no desempenho, tanto em português quanto em matemática, e este é um bom dado. Mas no ensino médio os níveis são insuficientes, ou seja, não está havendo a aprendizagem que deveria estar garantida a cada um dos jovens brasileiros. É uma responsabilidade dos governos avançar nessa agenda, melhorar e dar mais condições à educação básica de forma geral para impactar no ensino médio”, afirmou Rossieli.

O desempenho do Saeb 2017 mostrou que é baixíssimo o percentual de alunos brasileiros às vésperas de concorrer a uma vaga no ensino superior com conhecimento adequado em língua portuguesa. Apenas 1,62% dos estudantes da última série do ensino médio que fizeram os testes desse componente curricular no Saeb 2017 alcançaram níveis de aprendizagem classificados como adequados pelo MEC. O índice equivale a cerca de 20 mil estudantes do total de 1,4 milhão que fez a prova nessa etapa.

Na disciplina de matemática, a situação não é muito diferente: somente 4,52% dos estudantes do ensino médio avaliados pelo Saeb 2017, ou cerca de 60 mil, superaram o nível 7 da Escala de Proficiência da maior avaliação já realizada na educação básica brasileira. Com os resultados, o MEC atestou que se não houver uma mudança no panorama de educação no ensino médio brasileiro, em breve os anos finais do ensino fundamental vão superar a última etapa da educação básica em relação aos ganhos de aprendizagem. De forma geral, a baixa qualidade nessa etapa prejudica a formação dos estudantes e, consequentemente, atrasa o desenvolvimento social e econômico do país.

Presidente do Inep e autora da Matriz de Referência do Saeb na década de 1990, Maria Inês Fini defendeu a busca por soluções inovadoras para o avanço da educação brasileira, a exemplo do novo ensino médio, e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Lamentavelmente, os resultados não registram ganhos de aprendizagens das nossas crianças e jovens. O Saeb 2017 evidenciou, mais uma vez, a urgência da implantação e do apoio a programas iniciados, como o Novo Ensino Médio, a BNCC, o Mais Alfabetização e o Ensino em Tempo Integral, para citar alguns. Estas evidências servem de apoio para que os gestores das redes ensino possam planejar suas ações para o próximo ano”, ressaltou.

A edição de 2017 do Saeb foi a primeira a avaliar os concluintes do ensino médio da rede pública de forma censitária. Também foi inédita a participação voluntária das escolas privadas com oferta da 3ª série deste nível de ensino por meio de adesão. Além disso, foram aplicados questionários direcionados a diretores, professores e estudantes. Do total de escolar participantes, 80% cumpriram os critérios estabelecidos e terão seus resultados divulgados.

Ensino fundamental – No 5º ano do ensino fundamental, o Saeb 2017 revelou avanços no desempenho de língua portuguesa e matemática. Nas duas áreas do conhecimento, os estudantes brasileiros apresentam nível 4 de proficiência média, o primeiro nível do conjunto de padrões considerados básicos pela Secretaria de Educação Básica (SEB), do Ministério da Educação. No 9º ano do ensino fundamental também houve avanços, porém menores. Ao final dessa etapa de ensino, os alunos apresentaram nível 3 de proficiência média em ambas as áreas de conhecimento avaliadas, considerado insuficiente pelo MEC. A Escala de Proficiência de Língua Portuguesa é dividida entre os níveis 0 e 9, enquanto a de Matemática entre os níveis 0 e 10.

Os resultados do Saeb 2017 também revelaram amplas desigualdades educacionais no Brasil. Nove estados registraram as maiores proficiências médias em ambos os componentes avaliados em todas as etapas avaliadas: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Outros se destacaram por proporcionarem mais ganhos de aprendizagem aos seus estudantes, em ambos os componentes avaliados e em todas as etapas avaliadas, quando se compara as edições de 2017 e 2015, casos do Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Piauí e Tocantins. Goiás é único estado a compor ambos os grupos.

Além do ministro da educação e da presidente do Inep, participaram da apresentação dos dados os secretários de Educação Básica do MEC, Kátia Smole, e executivo, Henrique Sartori. Pelo Inep, estiveram presentes a diretora de Avaliação e Educação Básica do Inep, Luana Bergmann, e o diretor de Estatísticas Educacionais, Carlos Eduardo Moreno. Além deles, compareceram Haroldo Rocha, representando o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e Maurício Fernandes, secretário de Coordenação Técnica da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Edição 2019 – O Inep anunciou, recentemente, uma reestruturação e ampliação do Saeb já para o próximo ano. O instituto deixará de usar, definitivamente, os nomes ANA, Aneb, Anresc e Prova Brasil e todas as avaliações do sistema passarão a ser identificadas pelo nome Saeb, acompanhado das etapas de ensino. O Saeb 2017, desde sua aplicação, já deixou de lado o antigo nome que identificava a avaliação dos estudantes de anos finais do ensino fundamental e médio. Entre as novidades para o Saeb 2019, destaca-se a avaliação das dimensões da qualidade educacional que extrapolam a aferição de proficiências em testes cognitivos. As condições de acesso e oferta das instituições de educação infantil também passarão a ser observadas.

Saeb – O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um processo de avaliação em larga escala realizado periodicamente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Saeb oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas com base em evidências, permitindo que os diversos níveis governamentais avaliem a qualidade da educação praticada no país. Por meio testes e questionários, reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelo conjunto de estudantes avaliados.

Esses graus estão descritos e organizados de modo crescente em Escalas de Proficiência de Língua Portuguesa e de Matemática para cada uma das etapas avaliadas. A interpretação dos resultados do Saeb deve ser realizada com apoio das Escalas de Proficiência. Os resultados de aprendizagem dos estudantes, apurados no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

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CONBRATRI

Ministro participa de congresso sobre estatística e combate a fraudes

O ministro da Educação, Rossieli Soares, participou, nesta quarta-feira, 29, da abertura do 6º Congresso Brasileiro de Teoria da Resposta ao Item e Métodos Quantitativos em Avaliação (Conbratri), que acontece até a próxima sexta-feira, 31, em Juiz de Fora (MG). O evento é realizado pela Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) e, este ano, o tema escolhido é “Métodos para Detecção de Fraudes em Testes”.

Nós desejamos que muitas das cabeças pensantes que aqui estão, na Abave, nos ajudem a chegar nos municípios de todo o Brasil para que mais pessoas que entendam de avaliação de dados se apropriem da riqueza de informações de vários tipos no sentido de darmos novos passos para transformar a educação em todo o país”, afirmou Rossieli Soares, destacando a importância da criação de indicadores educacionais em vários níveis de ensino.

O objetivo da sexta edição do congresso é discutir as possibilidades e limites de utilização de técnicas estatísticas que visam ao aprimoramento dos diferentes modelos de processos de avaliação, seleção e certificação, cada vez mais crescentes no setor educacional. A intenção dos profissionais da área é garantir segurança, excelência, validade e credibilidade diante das tentativas de fraudes ocorridas nos últimos anos. Para isso, inúmeras pesquisas para detectar possíveis falsificações em testes têm sido realizadas envolvendo métodos estatísticos.

Nesse contexto, os resultados são usados na seleção de profissionais para cargos públicos, estudantes para universidades, instituições de ensino, concessão de bolsas de estudo ou financiamento estudantil e graus de certificação, dentre outros. Na avaliação dos organizadores, esses diferentes tipos de testes, considerada a influência social, atraem uma gama de fraudadores que buscam alterar resultados por diversos meios e beneficiar indevidamente grupos específicos.

Marcus Vinicius David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), reforçou que as universidades federais têm o compromisso de cumprir a missão na busca da melhoria e do avanço da educação pública no Brasil. “Elas podem fazer isso de várias formas, como através da formação de professores, apoio a gestões de políticas educacionais nas redes estaduais e municiais de ensino. A UFJF tem muito orgulho de participar desse processo com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da UFJF”, pontuou.

Congresso - A primeira edição da conferência ocorreu em 2013, quando, além das reuniões anuais para tratar de assuntos relacionados à educação, a Abave incorporou às suas atividades a organização do congresso brasileiro, antes denominado de Teoria da Resposta ao Item (TRI). Na época, o evento foi idealizado e organizado por uma comunidade de profissionais da área de estatística interessados no desenvolvimento e na divulgação da TRI em todo o Brasil, contando com 200 participantes.

Com o passar dos anos, o congresso consolidou-se no calendário nacional de atividades do setor, passando a atrair pesquisadores envolvidos não apenas na TRI, mas também na discussão de métodos quantitativos aplicados à própria avaliação educacional. Uma das razões é que modelos de testes avaliativos são amplamente aplicados na área educacional, bem como em processos seletivos e de certificação.

A sexta edição do congresso contará, além de conferências e minicursos relativos à temática proposta, com uma programação variada. A grade inclui comunicações orais e sessão de pôsteres sobre métodos quantitativos em avaliação, possibilitando a divulgação da produção científica e o intercâmbio de experiências e informações entre pesquisadores, docentes e estudantes de diferentes áreas do conhecimento.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Jovens com projeto social podem ganhar viagem com tudo pago à Nova York

Você tem entre 13 a 19 anos e é engajado com a comunidade em que vive? Então corre se inscrever até o dia 15 de setembro para concorrer a uma viagem à Nova York para participar do evento Just Peace Summit em março de 2019 com todas as despesas pagas.

O propósito da iniciativa, chamada Three Dot Dash Global Teen Leaders (GTL), é selecionar de 25 a 35 líderes adolescentes globais que sejam empreendedores sociais influenciadores e reuni-los em um evento anual de uma semana de duração nos Estados Unidos, onde participam de workshops, discussões, passeios, entre outras atividades a fim de ampliar o trabalho que eles já fazem em suas comunidades locais e também o seu impacto positivo no mundo, proporcionando habilidades diversas desde contar histórias a solucionar conflitos.

Sendo realizada há dez anos, a iniciativa já recebeu participantes de 52 países de seis continentes e afirma que o trabalho deles tem mudado positivamente a história de milhões de pessoas.

Como concorrer?

Para concorrer, os candidatos devem preencher todos os requisitos a seguir:

Ter entre 13 e 19 anos até a data do evento (8 a 15 de março de 2019);

Ter/fazer parte de um projeto ou organização que lide com uma ou mais necessidades humanas básicas (educação, meio ambiente, alimentação, saúde, segurança, habitação e água);

Ser fundador do próprio projeto ou organização;

Ser comprometido ao crescimento do seu trabalho e o seu impacto atual e futuro;

Já estar atingindo resultados tangíveis com o projeto ou organização;

Falar e escrever em inglês com proficiência adequada;

Poder viajar para os Estados Unidos;

Poder participar por toda a duração do evento Just Peace Summit;

Ser indicado por um nomeador qualificado.

Nomeador

Os candidatos em potencial precisam ser nomeados por um nomeador qualificado da fundação We Are Family, responsável pela iniciativa, seja da equipe, do conselho ou do próprio Just Peace Summit. Também vale a nomeação por um parceiro Three Dot Dash Coalition, um ex-aluno da GTL, ex-aluno dos mentores do programa ou membro de uma instituição educacional.

A seleção

As inscrições primeiramente passam por uma avaliação interna e os candidatos qualificados são enviados para uma segunda seleção por um comitê externo formado por três ex-alunos do GTL. Depois, todos os finalistas participam de um série de entrevistas por Skype com o Three Dot Dash antes de receber a resposta oficial de admissão.

A viagem

Todos os selecionados viajarão à Nova York, nos Estados Unidos, para participar do evento em março de 2019 com todos os gastos pagos: passagens aéreas, passagens de trem, visto, hotel, refeições e transporte.

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INTERCÂMBIO

Nordeste ganha quase 80% das medalhas na Olimpíada Nacional de História 2018

Mais de 1,2 mil estudantes de 11 estados participaram da final da 10ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) nos dias 18 e 19 de agosto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.

Na premiação foram distribuídas 75 medalhas. Desse total, 59 foram para jovens da região Nordeste. Entre os estados, destaca-se a participação do Ceará, que, nesta edição, foi agraciado com 25 medalhas.

Lia de Andrade, de 17 anos, do Ceará, ganhou medalha de ouro junto com sua equipe. Para ela, a experiência foi ótima porque tanto ela quanto os participantes puderam adquirir consciência histórica, importante para entender a vida atual.

Foi incrível participar do evento com pessoas de todo o Brasil, pela experiência e porque, mesmo sendo alunos, nos trataram como historiadores mesmo”, comemora a jovem.

A estudante já está pensando na hora do vestibular. “Ainda estou analisando qual curso é minha cara, mas tenho certeza que é um da área de humanas”, acredita.

ONHB 2018

Puderam participar da competição equipes formadas por um professor e três alunos matriculados nos 8º e 9º anos do ensino Fundamental e todos os anos do Ensino Médio.

No total, a 10ª Olimpíada Nacional em História do Brasil contou com mais de 57 mil inscritos. As equipes passaram por seis etapas de provas online com duração de uma semana cada. Já na final, foi necessário passar por uma prova dissertativa.

Os alunos trouxeram reflexões relevantes sobre os temas propostos na redação da final, como a composição do Congresso Nacional e a importância das eleições para a saúde da democracia. Estamos satisfeitos com um projeto que já tem uma estrutura e tende a crescer cada vez mais”, afirma a coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello.

Veja a distribuição de medalhas por estado

Acre: 1 medalha (1 prata)

Bahia: 4 medalhas (3 bronze, 1 prata)

Ceará: 25 medalhas (11 bronze, 9 prata e 5 ouro)

Minas Gerais: 1 medalha (1 prata)

Pará: 1 medalha (1 bronze)

Paraíba: 2 medalhas (1 bronze, 1 prata)

Pernambuco: 15 medalhas (6 bronze, 5 prata, 4 ouro)

Rio de Janeiro: 2 medalhas (2 bronze)

Rio Grande do Norte: 13 medalhas (7 bronze, 5 prata e 1 ouro)

Rio Grande do Sul: 1 medalha (1 prata)

São Paulo: 10 medalhas ( 4 bronze, 1 prata e 5 ouro)

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INTERCÂMBIO

Número de brasileiros estudando no exterior bate recorde

Depois de uma década de crescimento praticamente estável, o número de brasileiros estudando no exterior atingiu o seu pico em 2017 – um recorde de 302.000 pessoas, representando um aumento de 23% em relação a 2016 e de incríveis 40 % em relação a 2015.

Estas médias foram identificadas pela mais recente pesquisa da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association) que contou com a participação de mais de 6.100 respondentes em todo o país e, como nas edições anteriores, apontam o que os brasileiros estão procurando quando o assunto é estudar no exterior.

A Belta avalia o mercado de saída em US$ 3 bilhões em 2017, o que significa que cada brasileiro investiu uma média de US$ 9.989. Este valor também é maior do que o identificado em 2016 em 12%.

O que o estudante brasileiro procura no exterior?

1. Destino de estudo

Pelo terceiro ano consecutivo, o Canadá aparece como o destino de estudo mais popular entre os brasileiros. Uma alteração foi o Reino Unido assumindo o terceiro lugar, na frente de Austrália e Irlanda. Segundo a Belta, isso se deve principalmente pelas taxas de conversão mais favoráveis entre a libra esterlina e o real em 2017. Os países mais populares continuam sendo anglófonos em sua grande maioria.

Veja os dez países mais procurados pelos brasileiros que já estudaram ou querem estudar no exterior:

1. Canadá

2. Estados Unidos

3. Reino Unido

4. Austrália

5. Irlanda

6. Nova Zelândia

7. Malta

8. África do Sul

9. Espanha

10. França

Os principais fatores para a escolha do destino são taxa de câmbio da moeda estrangeira, qualidade de vida, suporte ao estudante internacional e oportunidades de combinar estudos e trabalho.

Clique aqui para saber por que o Canadá é um destino de estudo tão popular entre os brasileiros.

2. Tipo de estudos

O tipo de programa de estudos mais procurado continua sendo o curso de idioma, seguido de curso de idioma com trabalho temporário, o mesmo que em 2016. Inglês e espanhol ainda são as línguas mais procuradas, mas a recente pesquisa relatou um aumento de interesse em outros idiomas como alemão, francês, italiano, mandarim e japonês.

Mesmo com os estudos de um idioma estrangeiro ainda no topo da lista, os brasileiros se mostram cada vez mais interessados em cursos acadêmicos no exterior. Pela primeira vez, os programas de pós-graduação, englobando mestrados e doutorados, apareceram entre as dez primeiras posições da pesquisa. A demanda por graduações também cresceu, subindo de sétima para sexta esse ano.

A Belta acredita que este crescimento no interesse por uma formação acadêmica no exterior tem a ver com a flexibilidade na hora de pagar pelas taxas de ensino de graduações no exterior, além da oferta de bolsas de estudo parciais para estudantes brasileiros.

Veja quais são os dez programas de estudo ou de intercâmbio mais procurados pelos brasileiros no exterior:

1. Curso de idioma

2. Curso de idioma com trabalho temporário

3. Programa de férias para jovens (verão/inverno)

4. Curso profissional, diploma ou certificado

5. High school (ensino médio)

6. Graduação

7. Trabalho voluntário

8. Estágio (experiência de trabalho)

9. Pós-graduação – lato sensu (MBA ou mestrado)

10. Pós-graduação – stricto sensu (mestrado ou doutorado)

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CORREIO BRAZILIENSE

EDUCAÇÃO

Especial do Correio apresentará material de apoio com dicas para o Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está chegando e o Correio preparou material exclusivo com dicas e serviços para quem vai enfrentar a maior prova de acesso ao ensino superior do Brasil. Em 4 e 11 de novembro, o exame será aplicado para 5,5 milhões de estudantes por todo o país. No Distrito Federal, 106 mil pessoas comparecerão aos locais de prova. A partir de segunda-feira (3), o leitor do jornal e do site terá de tudo um pouco: caderno semanal impresso, publicado sempre às segundas-feiras, hotsite on-line com atualização diária (www.correiobraziliense.com.br/euestudante/enem-2018), videoaulas, lives, simulados, oficinas de redação e postagens nas redes sociais.

Cada caderno especial será dedicado a uma área de conhecimento. O primeiro trata de matemática e suas tecnologias. “O conteúdo produzido em 2017 foi excelente. Toda fonte de informação a respeito do Enem desperta curiosidade não só nos alunos, mas também nos pais”, afirma Alessandra Noceti, coordenadora de ensino médio do Centro Educacional Sigma. Os docentes do colégio contribuem novamente em 2018, desta vez com artigos, lives semanais nas redes sociais e, nos dias de aplicação do exame, farão correção completa, ao vivo, dos temas mais importantes das provas.

É um conteúdo dinâmico, como o exame. “O Enem não mensura os desempenhos de modo estanque. Ele faz com que as diversas matérias conversem entre si e não, como de costume, de modo decorado e engessado”, explica Walter Eustáquio Ribeiro, diretor-geral do Colégio Presbiteriano Mackenzie. “Quando estiver na universidade ou no mercado de trabalho, o aluno verá isso posto em prática e responderá de modo natural e inovador.”

Simulados

Para a maratona de 180 questões — e ainda a redação! —, não basta apenas saber o conteúdo, mas estar familiarizado com os pormenores da prova. Não por acaso, a programação do especial incluiu dois simulados. Gratuitos, on-line e disponíveis a todos, eles estarão abertos em duas ocasiões: no período de 23 a 29 de setembro e, em outubro, de 21 a 27. O formato emula todo o processo de aplicação, desde o tempo de prova até o resultado pela Teoria de Resposta ao Item (TRI). “Com a TRI embutida no simulado, o estudante pode medir com muito mais precisão o seu desempenho”, observa César Severo, diretor pedagógico do curso Exatas, responsável pelo simulado. Em 2017, quase 2 mil pessoas fizeram o simulado on-line da parceria entre jornal e o curso.

Oficinas

Para os candidatos aprimorarem a escrita da redação, Dad Squarisi, professora e editora de Opinião do Correio, preparou o projeto O Zorro e a redação nota 1.000. Nele, estão previstos um caderno especial sobre o tema e 10 videoaulas com dicas para chegar à excelência na dissertação. O tema do primeiro vídeo, disponível na próxima sexta-feira, é treinamento da escrita. “Para ser um bom atleta, é preciso treinar. Portanto, escreva, escreva e escreva”, conta a professora. Vale de tudo, garante ela. Da novela da TV ao debate político, não importa: o essencial é que o candidato siga desenvolvendo o poder da escrita sobre qualquer assunto.

Lucas Rodrigues, 18 anos, conta que é um adepto do treino da dissertação. “Eu estava escrevendo uma redação por semana, mas agora aumentei o ritmo e faço até mais do que isso. O desempenho em redação é muito importante, pode ser um diferencial para elevar a nota final”, afirma. Ele aprova a iniciativa do Correio. “É muito show!”, diz o jovem. “Quem não estudou, vai estudar um pouco mais. Quem está preparado, vai poder revisar.” Maria Luiza Campos, 21, compartilha a opinião. “Será muito bom ter esse material disponível, especialmente para quem não está fazendo cursinho. Para mim, redação é o principal. Acho que, se você se preparar bem, tem muitas chances de tirar uma nota boa e elevar a sua média final.”

Elis Marina Brito, 17, morava em Tocantins e se mudou para Brasília para fazer cursinho e tentar a sonhada vaga em medicina. “Julgo que não tenho que aprender do zero, porque meu ensino médio foi razoavelmente bom. Também tive resultados bons no primeiro semestre, não do jeito que eu queria, mas agora estou revisando.”

E não para por aí. Estão previstas ainda três oficinas presenciais gratuitas, abertas a todos. No auditório do jornal, Squarisi ministrará três atividades de três horas cada, duas delas sobre redação e uma com dicas de português. As datas serão divulgadas em breve no site.

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EDUCAÇÃO

STF adia julgamento de ensino domiciliar

O Superior Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento sobre a constitucionalidade do ensino domiciliar no Brasil. Devido às atividades que ocorreram nesta quinta-feira (30/8) no Plenário do STF, como a votação da terceirização irrestrita das atividades-fim das empresas, o julgamento ficou previsto para a semana que vem. O relator do caso é o ministro Roberto Barroso.

O tema aguarda uma determinação da corte desde 2015 e coloca em lados opostos pais que desejam educar filhos em casa e o Poder Público, que defende a obrigatoriedade da matrícula e a frequência escolar das crianças e adolescentes. O julgamento irá definir um entendimento único para todos os casos desse tipo que tramitam na Justiça Brasileira, estabelecendo o que o Tribunal chama de tese de repercussão geral.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina aos pais ou responsáveis "efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatros anos". No entanto, de acordo com a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), o número de famílias que optam pela educação em casa, prática popularizada como homeschooling, tem crescido no Brasil.

A prática, já legalizada em 63 países teve um saldo de 7,5 mil família adeptas em 2018. O número ultrapassa o dobro de 2016, onde 3,2 mil famílias optavam pelo homeschooling no país. Segundo a Aned, a estimativa é de que 15 mil crianças recebam educação domiciliar atualmente.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Revolução digital deixa cinco profissões à beira da extinção, diz estudo

Um estudo do Instituto Sapiens revelou que cinco profissões correm risco de extinção. Para alguns, esses dados são angustiantes. Para outros, fonte de inspiração. A revolução digital está transformando o mundo do trabalho e as mudanças parecem estar só começando.

Mais de dois milhões de pessoas “têm uma forte probabilidade de ver seus empregos desaparecem nos próximos anos”, diz o estudo. Profissionais da área de contabilidade, caixas de lojas e supermercados, funcionários de bancos e seguradoras, secretárias e agentes de manutenção verão de perto as transformações ligadas à robotização e à inteligência artificial

Bancos não terão mais funcionários em 2050

O Instituto Sapiens, que baseou seus dados na DARES – serviço de estudos estatísticos do ministério do Trabalho da França – concluiu, por exemplo, que empregos em bancos, cujo o número caiu 40% entre 1986 e 2016, poderiam desaparecer totalmente em 2050. Seis anos antes do que o previsto para os contadores, que devem ser extintos em 2056.

Apesar dos dados alarmantes, Erwann Tison, economista e diretor do instituto, afirma que a intenção não é assustar a sociedade, mas fazer com que as atitudes para enfrentar essas novas situações sejam tomadas.

As consequências da revolução digital são reais e precisam ser levadas a sério desde já. Se não fizermos isso, não conseguiremos antecipar as mudanças que já estão acontecendo. Isso pode ser um desastre para uma grande parte da população", afirma o economista.

"Quisemos mostrar que cinco profissões estão à beira da extinção, causada pela chegada de alternativas tecnológicas. É preciso encontrar, de forma coletiva, soluções para poder acompanhar essas pessoas na reconversão profissional”, aconselha Tison.

Os pesquisadores levantaram, em um primeiro momento, os dados dos empregos que podem ser mais facilmente automatizados. Na sequência, compararam com a lista de profissões que mais perderam vagas de emprego. A partir daí, as projeções foram calculadas seguindo duas hipóteses: a linear, mais otimista, e a exponencial, bastante pessimista, já que considera uma tendência acelerada do fechamento de vagas.

Anos difíceis pela frente

Para Gil Giardelli, professor e criador do MBA de Gestão da Mudança e a Transformação Digital para o Conselho Nacional da Indústria Brasileira, os estudos são demasiadamente alarmistas.

Hoje existe um alarde muito grande das pesquisas em dizer que ‘os empregos vão acabar’, mas na verdade teremos uma sociedade com menos tempo de trabalho por dia, com muitas empresas que já estão adotando semanas com quatro dias de trabalho, jornada de menos horas” - Gil Giardelli, professor e criador do MBA de Gestão da Mudança e a Transformação Digital para o Conselho Nacional da Indústria Brasileira

Mas Giardelli reconhece que os próximos anos serão os mais difíceis, principalmente pelo setor acadêmico não conseguir acompanhar o processo de mudança.

A gente não está tendo tempo de preparar as pessoas para essa transformação. O mundo acadêmico não consegue preparar as pessoas e por isso acreditamos que esses próximos 30 anos serão tempos bem preocupantes sobre como estaremos vivendo essa nova era”, afirmou.

Cursos ignoram mudanças tecnológicas

Erwann Tison também descreve um cenário parecido na França. O economista critica um dos cursos mais tradicionais por não adotar as principais mudanças tecnológicas em sua grade curricular.

Se você for hoje em uma universidade de medicina na França, em hora alguma você verá matérias falando da robótica. Nada se diz de como a profissão está sendo transformada pela tecnologia”, afirmou Tison. “Não falar disso é quase um crime, pois hoje há, por exemplo, o Google que criou uma inteligência artificial, que permite fazer diagnósticos de câncer 30 vezes mais assertivos que os humanos. Ou seja, a máquina, em certos aspectos, é muito mais competente que o homem em alguns setores da medicina”, completou.

Tison lembra, no entanto, que a revolução digital cria uma onda de “destruição construtiva”, ou seja, que ao mesmo tempo que profissões desaparecem, outras surgem em dobro, segundo o economista. Ele também lembra que a arte de fazer previsões é complicada, já que nem sempre tendências se confirmam. Mas, por enquanto, as transformações decorrentes do desenvolvimento da inteligência artificial parece estar apenas no começo

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COTAS

Faculdade de Medicina da USP não alcançou meta de cota racial para 2018

No primeiro ano de aplicação de cotas sociais e raciais na Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina não conseguiu matricular o número mínimo esperado de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI). A USP diz, porém, que considerando todos os mais de 11 mil calouros de todos os cursos, conseguiu atingir a proporção mínima determinada pela política de cotas.

Dados obtidos pelo G1 mostram que, das 250 vagas oferecidas no vestibular para as quatro carreiras da FMUSP (medicina, fisioteria, fonoaudiologia e terapia ocupacional), 248 acabaram preenchidas. Dessas, 109 matrículas foram feitas por estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública, sendo que 33 deles também se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas.

Para cumprir a cota mínima de estudantes de escola pública (categoria chamada de EP na instituição), e a de estudantes de escola pública pretos, pardos ou indígenas (categoria EP-PPI), a Faculdade de Medicina deveria ter, respectivamente, pelo menos 92 estudantes da categoria EP e, dentre eles, 35 calouros da categoria EP-PPI.

Matrículas na carreira de medicina

Para 2018, a regra de cotas da USP é obrigatória para a soma total de matrículas de cada faculdade, escola ou instituto. Os cursos específicos só terão que cumprir uma cota mínima a partir do vestibular 2019.

De acordo com os dados obtidos pelo G1, a carreira de medicina já cumpriu a cota de escola pública em 2018, mas não a da cota racial. No total, as 175 vagas oferecidas foram preenchidas, e, segundo as novas regras, pelo menos 65 deveriam ser destinadas a alunos da rede pública, e dessas, 24 tinham que ser preenchidas por alunos da rede pública e pretos, pardos ou indígenas.

Na prática, esses números foram, respectivamente, de 82 calouros que saíram do ensino médio em escola pública e 23 que são de escola pública e também se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.

Entenda a política de cotas da USP:

O sistema de cotas na USP foi aprovado em julho de 2017 pelo Conselho Universitário (CO); por ser uma universidade estadual, ela não está sujeita à Lei Federal de Cotas.

Pelas regras da USP, até 2021 a universidade terá metas graduais sobre a proporção de estudantes de escola pública entre os calouros matriculados a cada ano.

Para 2018, a proporção fixada foi de 37% para o total de matrículas de cada unidade, mas em 2019, 2020 e 2021 ela sobe para 40%, 45% e 50%, respectivamente, e vale especificamente para as matrículas de cada curso.

Já a cota racial segue o mesmo critério da Lei Federal de Cotas: o número de vagas reservadas para pretos, pardos e indígenas (PPI) deve corresponder à mesma proporção da população no Estado; no caso de São Paulo, a USP usa como referência a proporção de 37,5%.

Porém, o cálculo deve ser feito dentro da parcela de cotistas sociais: isso quer dizer que o número de vagas para os candidatos PPI na USP tem que representar 37% das vagas reservadas para quem estudou na rede pública, e não das vagas totais.

Além disso, apenas os estudantes pretos, pardos ou indígenas que estudaram em escola pública podem concorrer pela cota racial.

Meta foi cumprida globalmente

A USP ainda não divulgou o perfil dos calouros de todos os cursos da instituição neste ano, mas antecipou ao G1 a proporção final de estudantes de escola pública e pretos, pardos ou indígenas em relação ao total de ingressantes nos cursos de graduação em 2018.

De acordo com os dados declarados pelos estudantes no ato da matrícula, a USP matriculou 11.030 calouros neste ano, sendo que 4.744 (ou 43% do total) estudaram em escola pública, e 1.855 desses são da categoria PPI.

A USP diz ainda que a maior parte das unidades conseguiu alcançar a meta estabelecida para este ano.

Edmund Chara Bacarat, pró-reitor de Graduação da USP, afirmou que a meta da universidade é "ampliar o percentual de ingressantes de escolas públicas e PPI, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo governo do Estado de São Paulo".

O próximo vestibular da Fuvest, que está com inscrições abertas até 14 de setembro, será o primeiro em que as vagas serão reservadas em diferentes modalidades desde o início.

"Assim como já ocorre no Sisu, ao escolher sua carreira e seu curso, o vestibulando terá três opções: Ampla Concorrência (AC), Ação Afirmativa Escola Pública (EP) e Ação Afirmativa Preto, Pardo e Indígena (PPI)", afirmou Bacarat. "Dessa forma, com a institucionalização da reserva de vagas, a concessão de bônus deixa de existir", explicou ele sobre o Inclusp, o programa pelo qual a USP oferecia bônus sobre a nota do vestibular para alunos de escola pública.

Maior diversidade

Estudantes e professores contaram ao G1 que, após o aumento de ingressantes que estudaram em escola pública, alguns já conseguem perceber mais diversidade na turma que ingressou em 2018.

"A impressão que eu tenho é que há sim um aumento de alunos ingressantes vindos de escola pública, resultado da ação dos programas de cotas", diz Alexandre Ramada, calouro do curso de medicina. "Comparando as turmas do meu ano com as mais antigas, que estão no quinto ou sexto ano, por exemplo, a diversidade de alunos na minha turma é maior", estimou ele.

"Aquele estereótipo marcante de aluno/aluna branco e rico diminuiu bastante, ainda que seja maioria. Dá para ver isso comparando com as turmas dos anos mais velhos."

Uma professora afirmou que a maior diversidade de estudantes facilita em algumas aulas, como na hora de explicar o Sistema Único de Saúde (SUS). "Ter alunos cujas famílias são usuárias do SUS, por exemplo, é ótimo! Porque facilita dar aula sobre o SUS. Quem usa conhece melhor e dá testemunho mais próximo da realidade", disse ela.

Falta do critério de renda

Apesar do aumento da percepção de diversidade, uma estudante que preferiu não se identificar diz que ainda são raros os estudantes de medicina da FMUSP que vêm de famílias de baixa renda.

"Não tenho como saber quem entrou com cota de escola pública ou não, mas a impressão que se tem é que a grande maioria das pessoas ali tem um poder aquisitivo alto. Creio que pode ter acontecido de algumas terem feito escola pública mesmo tendo condições financeiras, e portanto puderam pagar um cursinho de alta qualidade ao mesmo tempo", disse a jovem.

Para ela, a falta de critérios de renda familiar na política de reserva de vagas "acaba distorcendo um pouco o objetivo dessas cotas". Ela também afirma que conhece estudantes de baixa renda que solicitaram, mas não conseguiram auxílio financeiro da faculdade.

Para Maria José Menezes, coordenadora do Núcleo de Consciência Negra na USP, a renda dos estudantes é um fator importante para ser considerado na hora do ingresso na universidade.

"Essas políticas são voltadas à inclusão social e, se a renda não é considerada, você não engloba todo mundo. Na prática, favorece somente um grupo, e o direito ao conhecimento tem que ser alcançável por todos, a inclusão tem que ser efetiva", afirma ela.

De acordo com a USP, nenhuma das ações consideram "critério de renda" do candidato para seleção das vagas. Mas, segundo o pró-reitor de Graduação, 39,5% dos ingressantes pela Fuvest têm renda de até cinco salários mínimos. Os dados dos estudantes que ingressaram pelo Sisu não são fornecidos pelo Ministério da Educação, que coordena a seleção.

Sisu pouco acessível

O ano de 2018 foi o primeiro em que a FMUSP aderiu ao Sisu. No total, foram oferecidas por lá 40 vagas do curso, todas para ações afirmativas: 25 para estudantes que se formaram em escola pública e 15 para estudantes de escola pública que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.

Em nenhuma das duas modalidades o sistema conseguiu calcular as notas de corte parciais, o que significa que não houve candidatos inscritos em número maior do que as vagas oferecidas. Um dos fatores determinantes para isso foi a alta exigência de nota: para concorrer às vagas no Sisu do curso de medicina na USP era preciso uma nota de pelo menos 700 pontos em todas as cinco provas do Enem 2017.

No fim do processo do Sisu, apenas uma estudante foi aprovada pela cota racial em medicina na FMUSP. As demais vagas não preenchidas foram selecionadas por candidatos da Fuvest. A USP afirmou, na época da seleção, que cumpriria os critérios das cotas, mas não informou como isso seria feito, já que a inscrição por modalidades de concorrência não existiu no ano passado.

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FOLHA.COM

REDE PÚBLICA

Em 11 anos, ensino médio dá salto de qualidade apenas em quatro estados

Nos últimos 11 anos, apenas 4 das 27 redes estaduais do país conseguiram fazer com que seus alunos do ensino médio tivessem avanços significativos de aprendizagem em português e matemática. O quadro geral nesse período é de estagnação, em níveis muito baixos. Há queda em diferentes estados, mesmo entre aqueles que apresentam os melhores resultados.

O ensino médio é considerado o maior gargalo da educação básica brasileira. De cada dez alunos na etapa, oito estão em escolas estaduais.

Os resultados da prova de 2017 do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) foram divulgados nesta quinta-feira pelo governo federal. A avaliação de português e matemática, com as taxas de aprovação, compõe o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de escolas e redes de ensino do país.

Essa avaliação federal é feita com estudantes ao fim de três etapas de ensino: anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental e ainda o ano final do ensino médio.

As notas dos dois ciclos do ensino fundamental melhoraram no ano passado, considerando as redes pública e privada de todo o país. Só nove redes estaduais tiveram avanço em português e matemática no ensino médio na comparação com a prova de 2015. Mas a situação é ainda mais dramática ao se ver a série histórica.

Somente Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Sergipe obtiveram avanço considerável desde 2007. No intervalo, essas redes subiram ao menos 12 pontos na escala de notas nas duas disciplinas. Essa variação é considerada relevante por estudiosos e representa a progressão de um ano inteiro de aprendizado.

Em matemática, 15 redes tiveram queda de desempenho de 2007 a 2017. Na média, os alunos aprendiam mais há 11 anos do que aprendem agora.

Já em língua portuguesa, o salto relevante ocorreu em oito estados, e cinco caíram.

A Folha comparou os resultados da avaliação de 2017 com os de 2007, quando houve criação do Ideb. O Ideb será conhecido apenas na segunda-feira (3). Esses dados são produzidos a cada dois anos.

Em 2017, o Espírito Santo lidera o ranking das redes, com 281 pontos em matemática e 277 em português. São consideradas ideais notas de 350 e 300, respectivamente.

O histórico de resultados do ensino médio desde 2007 não é positivo nem mesmo para aqueles estados com as melhores notas no ano passado.

As redes de Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, por exemplo, estão entre as cinco maiores médias de matemática. Mas, além de as notas estarem abaixo do adequado, são piores do que eram há 11 anos.

Também há redes que avançaram consideravelmente, como Sergipe e Piauí (em português), e permanecem abaixo da média nacional.

Não dá pra dizer que há redes boas, há as menos piores e algumas boas escolas isoladas”, diz Ernesto Faria, diretor do instituto Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional).

O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse que o ensino médio está falido. “Os resultados demonstram o quanto o ensino médio não está agregando ao jovem brasileiro”, disse.

O governo Temer se esforça para aprovar ainda neste ano o texto final da Base Nacional Comum Curricular referente à etapa. A base define o que os estudantes da educação básica devem aprender.

A parte até o ensino fundamental já foi finalizada. Já o texto do ensino médio está em fase final de discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação), mas a versão encaminhada pelo MEC tem sofrido muitas críticas. Pressionado, o governo se comprometeu a melhorá-la, mas há o risco de não aprovar neste ano.

O educador Mozart Neves Ramos também ressalta a importância da base. “Não dá mais para continuar sem uma mínima unificação que a base pode oferecer”, diz ele, que é diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna.

Professor da Universidade Federal Fluminense, Paulo Carrano diz que a etapa tem problemas, mas o governo apresenta um “remédio precário”, referindo-se à base e à reforma do ensino médio.

É uma rede que cresceu recentemente para amplas maiorias e não se adaptou, não se investiu, não se construiu laboratórios”, diz. “Não adianta dizer que vai melhorar só porque vai fazer arranjo curricular ou lei para institucionalizar a desigualdade”.

Mesmo com alta taxa de evasão, de 11%, o percentual de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio cresceu nos últimos anos. Em 2001, eram 41% dos jovens da faixa etária na etapa. Passou para 63% em 2015.

A definição da base tem ligação com a reforma do ensino médio, aprovada por medida provisória pelo governo Temer em 2017. A reforma prevê flexibilização e parte da grade curricular será escolhida pelo aluno a partir de cinco áreas: ciência humanas, da natureza, matemática, linguagens e educação profissional. Isso só passa a valer após a base.

Com relação ao ensino fundamental, os anos iniciais mantiveram a tendência consistente de melhoria. A etapa passou de 219 para 224 em matemática —um ponto do considerado adequado. Em português, a média foi de 208 para 215, já acima dos 200 pontos exigidos como adequados.

Nos anos finais, matemática passou de 256 para 258 (adequado é 300) e foi de 252 para 258 em português. O adequado nessa matéria é de 275.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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