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Goiânia, 16 de fevereiro de 2017

Publicado: Quinta, 16 de Fevereiro de 2017, 11h30 | Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 11h30

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Concurso premia propostas e experiências inovadoras

MEC reforça parceria com TCU e credencia instituto do tribunal

UOL EDUCAÇÃO

Briga, tiros e medo: 50% dos brasileiros dizem estudar em áreas violentas

Equipe brasileira é a 1ª do país aprovada em torneio mundial de física

Polícia Federal investiga "fraudes milionárias" em bolsas da UFPR

CORREIO BRAZILIENSE

Hélio José aponta precariedade de bibliotecas públicas

758 milhões de adultos não liam ou escreviam uma frase simples em 2015

GLOBO.COM

Projeto de escola pública de Alagoas aprova 31 alunos em universidades

Jovem da periferia apaixonado por matemática entra em 3 universidades

FOLHA.COM

Universidades participantes do Sisu liberam lista de espera nesta quinta

Recordista mundial, italiano de 70 anos obtém seu 15º título acadêmico

Persistência é mais importante do que inteligência

 

 

 

N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 16/02/2017

 

 

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Concurso premia propostas e experiências inovadoras

Interessados em participar da terceira rodada do Desafio da Educação Profissional e Tecnológica têm prazo até 24 de abril para apresentar propostas e experiências inovadoras para a educação profissional e tecnológica no Brasil. Promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, o Desafio é um concurso que visa estimular a divulgação de experiências exitosas nessa área.

Dos dez temas previstos no edital do concurso, seis já foram finalizados em duas rodadas anteriores. Os quatro temas dessa terceira e última rodada, que teve início em 23 de janeiro, são: impulsionar a captação e aplicação de recursos destinados ao desenvolvimento de inovações tecnológicas para aprimoramento do ensino; desenvolver métodos de avaliação de ensino e aprendizagem para a educação profissional e tecnológica; construir estratégias de formação inovadoras que compatibilizem a formação cidadã com a inserção profissional do trabalhador, e construir práticas pedagógicas inovadoras em educação profissional e tecnológica.

Categorias – Os participantes serão classificados de acordo com a sua contribuição e participação na consulta pública. Os vencedores serão premiados conforme as seguintes categorias: participantes individuais (pessoa física); cursos técnicos e de graduação de institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica; cursos técnicos e de graduação das universidades federais; e escolas públicas estaduais e municipais em cada uma das cinco regiões do país. As premiações para pessoas físicas chegam a R$ 2 mil.

Desde o início do concurso, em junho do ano passado, até o momento, foram mais de 6 mil propostas e experiências inovadoras que geraram mais de 400 mil interações, entre curtidas e comentários, tudo isso proporcionado pelos mais de 1.300 participantes cadastrados no desafio.

Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

MEC reforça parceria com TCU e credencia instituto do tribunal

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta terça-feira, 14, que a parceria do governo federal com o Tribunal de Contas da União (TCU) tem sido essencial para melhorar a educação no país, especialmente em programas importantes como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A declaração foi feita durante cerimônia de credenciamento pelo MEC do Instituto Serzedello Corrêa, da Escola Superior do TCU, em Brasília.

O ministro destacou o relatório do TCU, que mostrou uma radiografia profunda do programa, destacando elementos de má gestão e insustentabilidade. “Essa atuação é imprescindível para direcionar as ações do Ministério, gerando economia e boa aplicação dos recursos públicos, além do combate à corrupção e desvios que possam eventualmente existir”, afirmou. Segundo Mendonça Filho, no caso do Fies, está claro que a situação é insustentável, inclusive com problemas identificados pelo Tribunal de Contas.

“O nosso compromisso é de preservar o Fies para atender aos jovens que precisam se inserir no ensino superior e não têm oportunidade. O programa precisa ser aperfeiçoado”, completou. Para o ministro, uma avaliação correta e completa da realidade do ensino no Brasil é o primeiro passo para enfrentar desafios e dificuldades e encontrar soluções estruturantes. “Apesar de sermos a oitava economia do mundo, de investirmos mais de 6% do PIB em educação e de termos triplicado o volume orçamentário federal no setor, a situação do país ainda é bastante crítica. Investe-se bem, mas não na qualidade.”

Credenciamento – O credenciamento do Instituto Serzedello Corrêa, por portaria homologando o parecer favorável do Conselho Nacional de Educação (CNE), permitirá a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu. O objetivo é contribuir para a capacitação e o treinamento de gestores e representantes da sociedade civil, buscando o aperfeiçoamento da administração pública.

“Estabeleci como uma das diretrizes de minha gestão que, na medida do possível, sejam convidados gestores de outras instituições públicas para participar dos cursos oferecidos” informou o presidente do TCU, Raimundo Carreiro. “Essa orientação já será adotada no primeiro curso de pós‑graduação em análise de dados, a ser ministrado no segundo semestre deste ano. Um dos grandes desafios das modernas organizações reside na dificuldade em manter seus profissionais permanentemente preparados para enfrentar os obstáculos que se apresentam no dia a dia e, assim, dar-lhes respostas adequadas, com agilidade e eficiência.”

Durante a solenidade, o ministro Mendonça Filho foi condecorado com uma medalha pelos 125 anos do TCU.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 16/02/2017

 

 

 

EDUCAÇÃO

Briga, tiros e medo: 50% dos brasileiros dizem estudar em áreas violentas

Após uma semana do início das aulas, o vigilante desempregado Sérgio Rodrigues do Nascimento, 43, já havia pedido a mudança do filho de 10 anos da Escola Estadual Maria Augusta de Moraes Neves, na zona sul de São Paulo, para outra unidade. "No terceiro dia, dois alunos foram expulsos da sala, já vi um monte de gente pulando o muro da escola, e ontem meu filho disse que levou um chute de outro garoto na hora do intervalo", conta o pai.

"A gente fica de coração partido de deixá-lo aqui", afirma Nascimento, que nos últimos dias percorreu outras escolas da região em busca de vagas em turmas de sextos anos do ensino fundamental. "Não quero que meu filho vire bandido."

Na mesma região, outro pai tentava tirar o filho da Escola Estadual João Ernesto Faggin pelo mesmo motivo. "Eu estudei aqui quando tinha 10 anos e a escola já não era boa. Hoje tenho 41 anos e nenhum dos meus colegas de classe estão vivos", afirma o morador do bairro, que preferiu não dar o nome porque tem medo de represálias dos traficantes da região. Seu filho de 12 anos já havia faltado aos três primeiros dias de aula, porque o pai se recusou a aceitar a matrícula na Ernesto Faggin. "Parece que até a direção tem medo. Cheguei para pedir a transferência e a sala está cheia de grades", diz.

A sensação de insegurança não é exclusiva dos pais desses alunos nem da capital paulista. Os dados da Pense (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) compilados e publicados no 10º Anuário de Segurança Pública, de novembro de 2016, mostram que 50,8% dos alunos do nono ano do ensino fundamental estão em escolas localizadas em áreas de risco de violência. A pesquisa, realizada por amostragem, levou em consideração 2.630.835 entrevistas com estudantes de todo o país matriculados no nono ano do ensino fundamental das redes pública e privada.

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EDUCAÇÃO

Equipe brasileira é a 1ª do país aprovada em torneio mundial de física

Motivo de pânico para muitos, a física é o que tem movido os universitários André Juan, Henrique dos Santos, Ricardo Gitti, Pedro Rossini, Isabela Bijotti e Matheus Pessôa. Desde que souberam que haviam sido selecionados para participar do IPT (International Physicists' Tournment), competição mundial de física que acontece em abril na Suécia, eles transformaram suas rotinas para estudar e fazer experimentos relacionados ao torneio.

Formada por alunos dos cursos de física e engenharia da UFABC (Universidade Federal do ABC), a equipe é a primeira da história do Brasil a se classificar para a competição –na etapa de pré-seleção, o time se destacou como uma das 6 melhores equipes participantes.

Em ritmo de preparação para o torneio, os jovens pesquisam temas bastante curiosos: como projetar uma aurora boreal em laboratório, como construir uma torre de Legos de gelatina e até qual é o maior salto que uma pipoca de micro-ondas pode dar.

"Desde o dia 3 de janeiro estamos fazendo experimentos todos os dias em laboratório", conta Matheus, 19. Segundo ele, todos os experimentos fazem parte do conjunto de problemas apresentado pelo torneio às equipes participantes, que devem responder às questões de maneira aberta, em um tipo de debate.

"São problemas bem divertidos e relacionados com o nosso dia a dia", explica o jovem. "É diferente das olimpíadas de conhecimento, em que você tem que estudar bastante só para fazer uma prova. [O torneio] realmente testa seu conhecimento e sua habilidade de expor as ideias".

Espalhar o conhecimento

Para Matheus, a maior motivação da equipe é poder ter a chance de passar para outros jovens o conhecimento adquirido por eles através da participação no torneio.

"Todo mundo que está no time teve um momento na vida em que pensou 'putz, isso é física'. A gente quer aproveitar o fato de ser a primeira equipe a ir para o campeonato e gerar um impacto nacional, para que as pessoas vejam que nada é impossível", conta.

Para botar essa ideia em prática, a equipe pretende fazer uma série de seminários em escolas públicas, além de publicar vídeos explicando os fenômenos físicos estudados por eles.

"A gente não sabe exatamente como vai funcionar tudo ainda, mas estamos escrevendo um diário de bordo. Queremos transformar isso em um projeto", afirma Matheus.

Vaquinha

Além de toda a preparação para o torneio, o time brasileiro enfrenta mais um desafio: arrecadar R$ 26 mil para arcar com os custos de passagens aéreas até a Suécia e com a taxa de inscrição do torneio, que é de mil euros (pouco mais de 3 mil reais).

"Nós podemos ter acesso a um auxílio evento que a universidade oferece, mas ele tem um valor máximo de R$ 1.500 e não é certeza que a gente ganhe", explica Matheus. Ele conta que, por isso, a equipe organizou uma vaquinha para conseguir levantar o dinheiro.

"Alguns dos membros do time talvez consigam pagar a passagem para ir, mas a gente não tem certeza. E, mesmo assim, o ideal seria que todos os membros estivessem lá", ressalta o jovem.

Segundo Matheus, apesar de o site mostrar que há uma contribuição pendente de R$ 20 mil, o boleto apresentado é falso --tanto o e-mail quanto o CPF utilizados para o cadastro desse valor não são reais. "Enviei e-mail para esse endereço, perguntando se a pessoa tinha realmente interesse em pagar esse valor, e o e-mail voltou. Também não consegui localizar o CPF", explica.

Apesar disso, Matheus está esperançoso e destaca que poder participar de um campeonato como o IPT é uma grande oportunidade de apresentar a ciência brasileira fora do país, já que "o Brasil não tem muito destaque na ciência internacional".

"É um pequeno marco de que a gente está aqui, temos interesse e queremos fazer diferença".

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PARANÁ

Polícia Federal investiga "fraudes milionárias" em bolsas da UFPR

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (15) operação para apurar desvio de dinheiro destinado a bolsas de estudos na UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Segundo a PF, há suspeita de irregularidades em "pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016".

A operação, batizada de Research (pesquisa, em inglês), cumpre 73 ordens judiciais proferidas pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, titular da 14ª Vara Federal do Paraná. São 29 mandados de prisão temporária, oito de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Conforme a Polícia Federal, foram reunidos "indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos (desvio de recursos públicos federais) realizados no período de 2013 a 2016 a título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no Brasil e no a diversas pessoas desprovidas de regular vínculo de professor, servidor ou aluno da UFPR. Dentre os fatos até então apurados se detectou a participação de ao menos dois funcionários públicos federais nas fraudes, resultando na prisão cautelar de ambos."

A UFPR emitiu nota oficial sobre a operação, em que afirma já ter um procedimento iniciado na instituição para a apuração desses fatos. A previsão de término dos trabalhos, segundo a UFPR, é em meados de abril de 2017.

Leia a íntegra da nota da UFPR a seguir:

Diante da operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, a Universidade Federal do Paraná informa:

As suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal.

Assim que tomou conhecimento da suspeita de desvios de verba pública, em dezembro de 2016, a administração anterior da Reitoria determinou a abertura de sindicância para apurar responsabilidades. O procedimento é conduzido por uma comissão formada por dois professores e uma servidora técnico-administrativa e, por força de lei, corre em sigilo. O prazo para conclusão do trabalho é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A previsão de término dos trabalhos é meados de abril de 2017.

Por determinação do atual reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, as duas servidoras suspeitas de envolvimento no caso foram suspensas do exercício de suas atividades funcionais, nos termos da Lei 8112/90.

O reitor Ricardo Marcelo Fonseca também determinou a criação do Comitê de Governança de Bolsas e Auxílios, visando aperfeiçoar os mecanismos de controle sobre esse tipo de pagamento. Também está criada, por meio de portaria, uma comissão para trabalhar no Plano de Transparência e de Dados Abertos da Universidade, instrumento para garantir que a sociedade tenha acesso a todas as informações de caráter público.

A Universidade Federal do Paraná tomou todas as providências cabíveis para esclarecer os fatos e responsabilizar os eventuais envolvidos. Com o resultado da investigação, a UFPR solicitará a restituição dos valores ao erário.

A gestão do reitor Ricardo Marcelo Fonseca reafirma seu compromisso com a transparência e a ética. Reforça ainda que condena veementemente qualquer prática ilícita e que continuará colaborando com as investigações, tanto no âmbito do Tribunal de Contas da União quanto da Polícia Federal.

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CORREIO BRAZILIENSE

Quinta-feira, 16/02/2017

 

EDUCAÇÃO

Hélio José aponta precariedade de bibliotecas públicas

As bibliotecas públicas contam com estrutura precária, disse nesta quarta-feira (15) em Plenário o senador Hélio José (PMDB-DF). Ele apontou como exemplo o caso do Distrito Federal, onde mesmo as poucas bibliotecas que teriam "alguma estrutura", apresentam problemas sérios. Na Biblioteca Machado de Assis, em Taguatinga, e na da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, falta ar condicionado, disse o senador.

Chega-se a um ponto absurdo em que a causa fica parecendo ser a consequência. Brasilienses têm pouco hábito de leitura porque não há bibliotecas acessíveis. Não é verdade. Ou as bibliotecas são poucas porque o interesse dos cidadãos pela leitura é limitado. Nada disso é verdade. Precisamos é mudar essa situação.

Em relação ao acesso à internet, das 26 bibliotecas públicas de Brasília, somente quatro oferecem o serviço, segundo Hélio José. São elas as de Sobradinho, Ceilândia, Cruzeiro e Candangolândia. Helio José disse ser preciso expor o problema, por se tratar de uma “situação vergonhosa”.

Agência Senado

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UNESCO

758 milhões de adultos não liam ou escreviam uma frase simples em 2015

Apesar do avanço nas políticas de aprendizagem e de educação de adultos nos últimos anos, 758 milhões de adultos, incluindo 115 milhões de pessoas com idade entre 15 e 24 anos, não tinham capacidade de ler ou escrever uma simples frase em 2015. É o que mostra o 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos (Grale III), divulgado hoje (15) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

De acordo com o levantamento, a maioria dos 144 países signatários do Marco de Ação de Belém, assinado em 2009 no Brasil, informou não ter alcançado a meta da Educação para Todos (compromisso global firmado por 164 governos reunidos na Cúpula Mundial de Educação, em Dakar, em 2000), de atingir 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos até 2015.

Aprovado por ocasião da 6ª Conferência Internacional de Aprendizagem e Educação de Adultos, no Marco de Ação de Belém os países concordaram em melhorar a aprendizagem e a educação de adultos em cinco áreas: políticas, governança, financiamento, participação e qualidade. Os signatários do acordo se comprometeram a adotar ações em aprendizagem e educação de adultos por meio de políticas públicas e leis.

Segundo o Grale III, a maioria dos países signatários relatou progressos na implementação de todas as áreas do acordo. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, segundo a Unesco, especialmente na redução da desigualdade de gênero. Conforme o levantamento, a maioria dos excluídos da escola é formada por meninas: 9,7% das meninas de todo o mundo estão fora da escola, índice comparado a 8,3% dos meninos.

Da mesma forma, mostra a pesquisa, 63% dos adultos com baixas habilidades de alfabetização são mulheres. “A educação é essencial para a dignidade e os direitos humanos e é uma força para o empoderamento. A educação de mulheres também tem grande impacto nas famílias e na educação das crianças, influenciando o desenvolvimento econômico, a saúde e o engajamento cívico de toda a sociedade”, diz trecho do Grale III.

Segundo a Unesco, 81% dos países que responderam às perguntas do levantamento disseram que suas políticas tratam de adultos com baixos níveis de alfabetização e habilidades básicas. “Entretanto, vários grupos continuam marginalizados: as políticas de aprendizagem e educação de adultos de apenas 18% dos países tratam de minorias étnicas, linguísticas e religiosas. Somente 17% dos países tratam de imigrantes e refugiados e somente 17% tratam de adultos com deficiências”.

Conforme o estudo, 75% dos países relataram ter melhorado significativamente suas políticas e leis em aprendizagem e educação de adultos desde 2009. Em contrapartida, 70% disseram ter aprovado novas políticas nessa área desde 2009. Para 85% dos países, a alfabetização e as habilidades básicas são prioridades dos programas de aprendizagem e educação de adultos. Na Europa Central e no Leste Europeu, por exemplo, somente 57% dos países dão prioridade a essa área.

A terceira edição do Grale tem como tema “O impacto da aprendizagem e da educação de adultos na saúde e no bem-estar, no emprego e no mercado de trabalho e na vida social, cívica e comunitária”. O estudo apresenta dados e exemplos práticos que demonstram que a aprendizagem e a educação de adultos ajudam o indivíduo a se tornar e se manter mais saudável, a melhorar as perspectivas econômicas e a se tornar cidadão mais informado e ativo, onde quer que viva no mundo.

Agência Brasil

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GLOBO.COM

Quinta-feira, 16/02/2017

 

EDUCAÇÃO

Projeto de escola pública de Alagoas aprova 31 alunos em universidades

31 estudantes de uma única escola da rede pública de Alagoas conseguiram aprovação em universidades públicas por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O bom desempenho foi graças a um projeto voluntário da Escola Estadual de Educação Básica Pedro Joaquim de Jesus, localizada no município de Teotônio Vilela, a 122 km de Maceió.

Três deles conseguiram o 1º lugar nos cursos de engenharia civil, engenharia química e letras, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Houve aprovados também na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS) (veja a lista com os nomes e cursos dos aprovados ao fim do texto).

O número é quase oito vezes maior que o do ano anterior, quando apenas quatro alunos conseguiram aprovação. O desempenho da Escola Pedro Joaquim, entretanto, é exceção. Em 2015, apenas três escolas estaduais ficaram entre as que tiveram as 100 melhores médias do Enem em Alagoas.

Este ano, dos 200 alunos da escola aptos a prestar o Enem 2016, 50 se interessaram pelo projeto pedagógico e mais da metade conseguiu ser aprovada.

Luiz Elias da Silva Filho foi o 1º colocado no curso de engenharia civil da Ufal, com 980 pontos na redação. "Por pouco não consegui a pontuação máxima. Para alcançar todo esse desempenho, usei todas as estratégias do estudo em grupo e cheguei a citar o sociólgo Émile Durkheim na redação".

A estudante Maria Keliane da Silva Rocha (16) passou para o curso de licenciatura em letras, da Ufal. Filha de pais analfabetos que trabalham vendendo feijão verde na feira pública da cidade, ela é a primeira integrante da família a chegar ao ensino superior.

“Se eu fiquei feliz com a aprovação na Ufal, meus pais ficaram ainda mais porque mesmo analfabetos eles entendem a importância dos estudos. Pois acreditam que só assim não repetirei a história deles e terei mais oportunidades para uma vida melhor”, relata Keliane.

O projeto para a preparação dos estudantes foi idealizado pela diretora da escola, Fátima Pimentel, e concretizado com a ajuda da coordenadora pedagógica Anna Carolina e de ex-alunos da instituição, que atuaram como facilitadores voluntários.

“Eu queria mudar essa realidade porque sei que grande parte deles não pode pagar uma faculdade. Foi aí que criamos o Lab-Enem com ajuda de voluntários que adotaram didáticas para compartilhar conhecimentos e ajudar no estudo”, expõe a diretora.

“A convocação foi aberta a todos os estudantes, porém, a participação era voluntária. Na ocasião, foi estruturado uma didática dinâmica com a ajuda de recursos visuais, tecnológicos, discussões e simulados que integravam as diversas áreas do conhecimento”, conta a coordenadora Anna Carolina.

Ex-aluno da escola estadual e estudante de licenciatura em letras, Jhonatan Veloso, foi um dos voluntários que participaram como facilitadores no Lab-Enem.

“Por ter um pouco de conhecimento sobre as avaliação das redações do Enem, fiquei responsável pela correção dos simulados. O melhor de tudo é que, além da experiência como professor eu também me preparei para o Enem e consegui ser aprovado em outro curso na universidade pública”, relata.

A preparação para o ensino superior deveria começar na primeira etapa da vida escolar, mas na última avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Alagoas aparece entre os piores desempenhos do país, embora com uma pequena melhora em relação a anos anteriores.

O estado afirma que tem trabalhado na reestruturação do ensino público e que os índices já devem apresentar resultado nas avaliações de 2016 e nos anos seguintes.

Algumas escolas estaduais mais bem equipadas são exemplos para as demais. A diretora da Pedro Joaquim conta que a escola atende a mais de 2.200 alunos nos três turnos, com uma estrutura de 12 salas de aula refrigeradas, biblioteca, auditório, laboratório de ciências e linguagem, refeitório, pátio, quadra de esporte e campo de futebol, mas que não basta a parte física, é preciso haver empenho dos profissionais da educação.

“Por conta desse caso de sucesso de aprovação massiva de alunos em universidades públicas, houve um aumento de 980 novas matrículas para o ano. Um novo desafio que já estamos trabalhando para conseguir atender”, afirma Fátima Pimentel.

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INCLUSÃO

 

Jovem da periferia apaixonado por matemática entra em 3 universidades

Uma semente plantada na 6ª série do ensino fundamental, em uma sala de aula da Escola Estadual Professor Messias Gonçalves Teixeira, em Campinas (SP), germinou e deu frutos na vida de Alan Bonugli Oliveira, de 20 anos. Aprovado em matemática na Unicamp, Unesp e UFSCar, o jovem, morador da periferia de Sumaré (SP), conta que a paixão pela ciência nasceu graças a um professor.

"Foi o professor Alex Oliveira, quando eu tinha 12 anos, que me incentivou a gostar de matemática. A didática dele era diferente e fez crescer meu amor pela matéria. Tanto que pretendo dar aula, quem sabe em uma escola pública ou mesmo na Unicamp, e ajudar outros jovens da periferia, como eu, a desenvolver essa paixão pelos números", conta o jovem.

Só que apenas a paixão pela matemática não ajudaria o rapaz a chegar à vida acadêmica. Ele contou com o apoio de um cursinho popular para vencer as barreiras que separam jovens da periferia das universidades públicas.

"Infelizmente, grande parte das faculdades públicas são elitizadas. O vestibular prova isso cobrando conteúdos que nós, do ensino médio público, não obtivemos. Só que mesmo sem dinheiro para bancar os estudos, com os cursinhos populares chegamos longe", defendeu Oliveira, integrante do Cursinho Popular Dandara dos Palmares, de Campinas (SP), que atende alunos oriundos do ensino público ou de escolas particulares que tiveram bolsas integrais.

O futuro professor espera retribuir de alguma forma a ajuda que recebeu do seu antigo mestre e do cursinho popular, que pavimentaram o caminho para seu futuro.

"Tenho certeza que a Unicamp vai me dar conhecimento para eu passar para todo esse pessoal da periferia, que merece muito."

Desafio

Para Alan Oliveira, a nova etapa da vida é recheada de desafios. "Existem duas coisas que me incentivam. A primeira é sempre ter um desafio a ser resolvido, e isso é muito legal. E a segunda é o fato de aprender a educar. O índice de notas baixas em matemática em todos os vestibulares nacionais é alto, o que demonstra a necessidade do país em ter mais pessoas licenciadas na área. Não é uma matéria impossível. Só precisa ser ensinada com muita conhecimento e paciência. Quem sabe daqui a alguns anos não posso ajudar a mudar essa realidade", defende.

Pediu demissão

O rapaz contou que precisou abrir mão do trabalho, no começo do ano, quando saiu a lista de aprovados da UFSCar.

"O resultado saiu primeiro e não sabia como seria a Unicamp e a Unesp. Para conseguir moradia, tinha de sair do emprego. E eu ajudo em casa. Meu pai está desempregado desde outubro do ano passado e minha mãe é atendente de telemarketing", conta.

Agora, Alan Bonugli Oliveira vai buscar moradia na Unicamp e tentar, de alguma forma, ajudar os pais enquanto alicerça um futuro melhor. "O fato de eu sair de casa vai diminuir os custos, mas pretendo seguir oferecendo ajuda a eles", explica.

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FOLHA.COM

Quinta-feira, 16/02/2017

 

SISU

Universidades participantes do Sisu liberam lista de espera nesta quinta

As instituições públicas que utilizam o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) como seleção para o ensino superior disponibilizam a lista de espera dos convocados em segunda chamada nesta quinta (16).

A convocatória dos candidatos para a matrícula da segunda chamada cabe às próprias instituições de ensino. Cabe ao vestibulando acompanhar a divulgação da lista de espera junto à instituição de interesse.

Puderam participar da lista de espera os candidatos não selecionados em nenhuma das opções na chamada regular e aqueles selecionados na segunda opção, independentemente de terem efetuado a matrícula. A participação na lista de espera está restrita à primeira opção de vaga.

Quem não conseguiu a vaga desejada ainda pode usar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, critério para o programa, para conseguir uma vaga em instituições públicas no segundo semestre.

O cronograma do meio do ano ainda não foi liberado pelo MEC (Ministério da Educação). No primeiro semestre de 2017 foram disponibilizadas 238.397 vagas em 131 instituições públicas de ensino superior através do Sisu.

FIES E PROUNI

O resultado do Enem também é critério para o Fies (Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos), outros programas de acesso a cursos de ensino superior do governo federal. Os dois programas também têm inscrições para o segundo semestre.

O número de contratos do Fies ofertados no primeiro semestre deste ano foi inferior ao anunciado pelo MEC no começo de 2016, quando 250 mil vagas foram ofertadas. Outras 75 mil foram oferecidas no segundo semestre do ano passado.

Entretanto, o volume de contratos efetivamente firmados no ano passado foi bem menor: penas 192,5 mil no ano todo. O Fies sofreu enxugamento a partir de 2015, quando o acesso a financiamentos foi restringido como forma de reduzir gastos com o programa. Em 2014, no auge, foram assinados 732 mil contratos de financiamento.

Já a edição do primeiro semestre do ProUni teve o maior número de bolsas ofertadas desde a criação do programa, em 2004, segundo o ministério. Nesta edição, o MEC ofereceu 214.110 bolsas de estudo. Dessas, 103.719 são integrais e 110.391 parciais (50% de desconto). O número representa um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado (203.602).

Até o segundo semestre de 2016, segundo o MEC, o ProUni já atendeu mais de 1,9 milhão de estudantes, 70% com bolsas integrais.

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EDUCAÇÃO

Recordista mundial, italiano de 70 anos obtém seu 15º título acadêmico

Nada mais distante da imagem típica de um erudito. O italiano Luciano Baietti, 70, tem um desejo de superação que o converteu na pessoa com mais diplomas universitários no mundo, o que não o impede de levar uma vida normal.

"Através dos livros, me sinto mais livre. Efetivamente, as duas palavras têm a mesma etimologia", disse Baietti, que tem 15 títulos acadêmicos, um recorde mundial.

O escritório de sua casa de Velletri, uma localidade perto de Roma, decorado com um estilo kitsch, tem as paredes cobertas com seus diplomas. Uma cópia do retrato do escritor francês Louis-François Bertin, produzido pelo pintor Dominique Ingres em 1832, decora o espaço.

"Era um homem de cultura e conhecimento", diz Baietti, ex-diretor de uma escola de ensino médio, que entrou no "Guinness World Records", o "Livro dos Recordes", em 2002, depois de ter obtido seu oitavo diploma universitário, em ciências do esporte na Universidade Sapienza de Roma.

Entre os títulos alcançados há mais de 15 anos figuravam sociologia, humanidades, direito, ciências políticas e filosofia. Desde então somou outros sete diplomas à lista, entre eles o de ciências estratégicas da Universidade de Turim, de criminologia em Roma e o último, alcançado no dia 1º de fevereiro, em turismo, em Nápoles.

"A cada vez me sinto diante de um novo desafio, um desafio que impus a mim mesmo. Quero testar o limite do meu corpo e do meu cérebro, até onde posso chegar", conta com tom divertido este homem, que foi professor de educação física. Foi justamente enquanto estudava educação física, seu primeiro diploma obtido em 1972, que surgiu seu interesse pelo mundo acadêmico.

"Além dos eventos esportivos, tínhamos aulas teóricas que eu gostava muito e que fizeram com que eu me entusiasmasse pelo estudo", lembra Baietti, que é casado e tem um filho de 22 anos.

DESAFIOS

"Passei da pedagogia à sociologia, à literatura e à psicologia, depois ao direito para chegar a disciplinas mais profissionais, como a ciência da investigação e da estratégia", explica este estudioso.

O último diploma foi o que gerou mais problemas. "Foi organizado conjuntamente pelo Ministério da Defesa e pela Universidade de Turim e tratou de temas delicados relacionados à segurança nacional. Tinha que se apresentar de uniforme", lembra.

Para seu diploma número 15, da Universidade Pégaso se Nápoles, Luciano Baietti precisou encarar mais um desafio: a telemática. "Levando em conta que usar a internet não é algo tão fácil para alguém da minha geração, eu queria demonstrar que a educação a distância é tão boa quanto o ensino tradicional e quebrar um preconceito tenaz", explicou.

Outro diploma que deu trabalho para conquistar foi o de criminologia, já que precisou entrevistar vários detidos na prisão. "Depois de falar com eles, de ouvir seus argumentos, você se pergunta sobre o que é justo ou não", confessa.

Apesar de sua idade, prepara um novo diploma, o número 16, em ciências da alimentação. Assim como fez com os outros títulos, se prepara em silêncio, em seu escritório, entre as três e as cinco da madrugada.

"É a hora na qual meu cérebro está disponível para assimilar conhecimentos e que me permite manter uma vida familiar normal", confessa este estudioso, que também é voluntário da Cruz Vermelha italiana.

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OPINIÃO

Persistência é mais importante do que inteligência

"Por que a capacidade de trabalhar duro não é considerada um talento natural?"

A pergunta é feita por Garry Kasparov, um dos maiores jogadores de xadrez de todos os tempos, em sua biografia, publicada há uma década.

No livro, o enxadrista conta que, quando se tornou o mais jovem campeão mundial do jogo, aos 22 anos, em 1985, passou a ser questionado frequentemente sobre o segredo de seu sucesso. Rapidamente percebeu que suas respostas decepcionavam.

Isso acontecia, por exemplo, quando ele dizia que sua memória era boa, mas não exatamente fotográfica.

E o talento inato para o xadrez? Segundo Kasparov, seu pai percebeu muito cedo que ele tinha jeito para o jogo, mas que essa característica só se transformou em uma super-habilidade porque sua mãe o ensinou a estudar e praticar com afinco.

A capacidade de perseverar descrita pelo enxadrista pode ter menos glamour do que a inteligência, mas tem aparecido com frequência crescente nas pesquisas sobre educação.

Estudiosos do tema, como a psicóloga americana Angela Duckworth, da Universidade da Pensilvânia, têm afirmado que a determinação é crucial para a aprendizagem.

Em um de seus muitos experimentos detalhados sobre o assunto, Duckworth e Martin Seligman concluíram que a autodisciplina era um indicador duas vezes mais forte do que o QI (coeficiente de inteligência) para explicar as diferenças entre as notas de alunos dos EUA no fim do ensino fundamental.

A contundência de descobertas desse tipo fez a preocupação sobre como ajudar crianças e jovens a desenvolver habilidades como a persistência ultrapassar os muros da academia e chegar aos formuladores de políticas educacionais.

É um debate tanto instigante como complexo.

A crença na inteligência como principal explicação para o sucesso escolar, profissional e pessoal prevaleceu por décadas. Isso talvez se explique por que medir atributos como a capacidade de identificar padrões e fazer contas é mais fácil do que avaliar a tal habilidade para trabalhar duro descrita por Kasparov.

Ser dedicado pode significar estudar três horas por dia para um aluno e seis para outro. Quanta perseverança é necessária para melhorar a aprendizagem?

Experiências como a de alguns países asiáticos mostram que o excesso de disciplina pode acabar sendo prejudicial à saúde, ainda que garanta resultados brilhantes em testes de aprendizagem. Como atingir o equilíbrio?

A lista das chamadas habilidades socioemocionais ou competências do século 21 mencionadas como importantes é longa. Dedicação, autocontrole, extroversão, capacidade de trabalhar em grupo e de sentir empatia são apenas algumas delas. É viável trabalhar todas na escola? Como?

Estudiosos reconhecem a necessidade de mais pesquisas para responder a essas perguntas.

A falta de respostas mais conclusivas não invalida, porém, as tentativas de reformular currículos com base no que já é conhecido. As experiências nessa direção têm servido como insumo para avaliar as iniciativas de maior e menor êxito.

É, portanto, alentador o fato de que o governo brasileiro pretenda incluir as competências socioemocionais na Base Nacional Comum Curricular, como revelou o jornalista Paulo Saldaña em reportagem sobre o assunto.

A divulgação do documento é esperada, com atraso, para o próximo mês.

Embora seja o ponto de partida, a base precisará apresentar diretrizes claras, fundamentadas nas melhores experiências nacionais e internacionais. Só assim conseguirá guiar as redes na formulação de currículos capazes de melhorar o sofrível desempenho dos estudantes brasileiros.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.


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