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Goiânia, 06 de abril de 2018

Publicado: Sexta, 06 de Abril de 2018, 12h08 | Última atualização em Sexta, 06 de Abril de 2018, 12h17

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MEC libera R$ 9,9 milhões para projeto do novo Hospital das Clínicas da UFPE

MEC estende prazo para inscrições de bolsas remanescentes do ProUni

MEC suspende criação de cursos de medicina e anuncia política de redefinição da formação médica

Mendonça Filho se despede do Ministério da Educação depois de quase dois anos à frente da pasta

Cadastro para programas sociais dá direito à isenção de taxa

 UOL EDUCAÇÃO

Mais de 1 milhão de estudantes já solicitaram isenção da taxa de inscrição

Abertas as inscrições para as vagas remanescentes do ProUni 2018/1 

CORREIO BRAZILIENSE

MEC entrega BNCC do ensino médio ao CNE

Feira apresenta rotina profissional a estudantes

GLOBO.COM

Inep cancela 1ª edição de 2018 de exame de proficiência em português para estrangeiros

Instituições de ensino superior federais podem emitir diploma em formato digital

Após revogar indicações feitas por Dilma, Temer nomeia membros do Conselho Nacional de Educação com seis meses de antecedência

FOLHA.COM

Carreira longa leva brasileiros com mais de 40 anos de volta à escola 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INVESTIMENTOS

MEC libera R$ 9,9 milhões para projeto do novo Hospital das Clínicas da UFPE

Nesta quinta-feira, 5, o ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou a liberação de R$ 9,9 milhões para a elaboração de projeto para a construção de um novo prédio para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), unidade hospitalar administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). “Esse é um primeiro passo para que possamos promover a ampliação do HC-UFPE, o que beneficiará não somente à população assistida por aquela formação de profissionais que atuam na área de saúde”, destacou o ministro.

“A nova edificação para o HC-UFPE representará benefícios aos trabalhadores e pacientes, sendo uma medida necessária para a prestação dos serviços de saúde, ensino e pesquisa, com segurança e qualidade”, explicou o presidente da Ebserh, Kleber Morais. Serão utilizados recursos orçamentários de funcionamento da própria Ebserh, alocados pelo MEC.

Com a medida, os projetos executivos de arquitetura e engenharia para o novo HC-UFPE deverão ser incluídos no objeto do Acordo de Cooperação Técnica 14/01, firmado entre a Ebserh e o Escritório das Nações Unidas de Serviços de Projeto (Unops), com intermediação da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE).

De acordo com uma análise preliminar, a primeira fase do novo HC deverá contemplar a ampliação do setor de radioterapia da unidade, com a construção de bunker para abrigar um acelerador linear, equipamento usado no tratamento contra o câncer, conseguido após tratativas entre MEC, Ebserh e Ministério da Saúde (MS), para que o Hospital das Clínicas do Recife fosse incluído no Plano de Expansão da Radioterapia do MS.

Para a vice-reitora da UFPE, Florisbela de Arruda Câmara, o HC-UFPE possui instalações antigas, necessitando de melhorias. “A autorização desse projeto executivo vai permitir um novo prédio para melhorarmos o atendimento no ensino, pesquisa e assistência na área da saúde”, afirmou.

Participaram ainda do ato, Paulo Henrique Costa, e da vice-reitora da UFPE, Florisbela de Arruda Câmara, dentre outras autoridades.

Sobre a Ebserh

Desde dezembro de 2013, o HC-UFPE é filiado à Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

MEC estende prazo para inscrições de bolsas remanescentes do ProUni

O Ministério da Educação ampliou as oportunidades para os estudantes interessados em participar do Programa Universidade para Todos (ProUni) e estendeu, até o dia 9 de abril, o calendário de inscrições destinadas às bolsas remanescentes para os candidatos não matriculados nas Instituições de Educação Superior (IES). Ao todo, serão ofertadas 112.800 bolsas remanescentes. O período de inscrição para os alunos matriculados nas IES, no entanto, permanece até o dia 30 de abril.

Pode se candidatar a uma bolsa remanescente quem for professor da rede pública de ensino ou que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e acima de zero na redação. As inscrições devem ser feitas pela internet na página do programa. O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em cursos de graduação de instituições privadas de educação superior.

Nesta edição, foram ofertadas aproximadamente 243 mil bolsas. Dessas, 113.863 são integrais e 129.124, parciais. As integrais foram destinadas aos estudantes com renda per capita de até 1,5 salário mínimo. Já as bolsas parciais contemplaram os candidatos que têm renda familiar per capita de até três salários mínimos.

Poderão concorrer à primeira opção de curso aqueles que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares ou foram pré-selecionados só na segunda opção de curso, mas não houve formação de turma. Estão aptos a concorrer às bolsas do ProUni brasileiros sem diploma de curso superior e que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017, tendo obtido nota superior a 450 pontos e não zerado a prova.

Além disso, é necessário que o candidato atenda a pelo menos um dos requisitos a seguir: ter cursado o Ensino Médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsista integral, possuir alguma deficiência, ser professor da rede pública ou estar enquadrado no perfil de renda exigido pelo programa.

"É importante destacar que todas as informações sobre o período das inscrições, bem como todo o procedimento para efetivar as inscrições para as bolsas remanescentes, já se encontram disponíveis na página do programa na internet", reforçou Vicente Almeida, diretor de políticas e programas de educação superior do MEC.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

MEC suspende criação de cursos de medicina e anuncia política de redefinição da formação médica

O Ministério da Educação suspendeu a publicação de novos editais para criação de cursos de medicina durante cinco anos e o pedido de aumento de vagas em cursos já existentes. A portaria que determina a suspensão, que não afetará editais em andamento nem universidades federais pactuadas com a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, foi assinada pelo ministro Mendonça Filho nesta quinta-feira, 5, durante uma reunião com o presidente da República, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília.

A medida, segundo o ministro, visa à sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino. “Temos a visão de que a formação médica tem que zelar pela qualidade”, destacou. “Isso é fundamental, tendo em vista, inclusive, a tradição da boa formação médica que o Brasil conquistou nos últimos anos e que precisa ser preservada. Nós teremos uma parada e, respeitando aquilo que vai ser planejado e deliberado por um grupo de trabalho, enxergaremos um horizonte para que a formação médica no Brasil passe por uma avaliação completa e uma adequação, tendo em vista a necessidade da população brasileira de um lado e o zelo pela formação médica do outro.”

Para a decisão, o MEC levou em conta os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e do monitoramento 2016-2019 do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, que indicam que o Brasil atingiu a meta estipulada de criação de 11 mil vagas/alunos em cursos de graduação em medicina por ano. “Isso se faz necessário até porque as metas traçadas com relação a ampliação da oferta de médicos no Brasil já foram atingidas”, afirmou Mendonça Filho. “Nós mais do que dobramos o número total de faculdades de medicina nos últimos anos, o que significa dizer que há uma presença em termos de formação médica em todas as regiões do Brasil, inclusive nas que tinham uma menor taxa de atendimento.”

A portaria também institui um grupo de trabalho para reorientar a formação médica. Durante o período de suspensão, o MEC promoverá um amplo e profundo estudo sobre a formação médica no Brasil, que contará com a cooperação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e de associações médicas nacionais.

“O grupo fará uma análise de todo o setor de educação médica – instituições e oferta – e do currículo atual dos cursos de medicina”, afirma o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Henrique Sartori. “É preciso considerar os avanços tecnológicos na área. Com o uso de novas tecnologias mais recentes, é preciso realinhar o campo da prática com o currículo que é dado nos cursos de medicina. Isso tudo precisa ser revisto, e o grupo de trabalho fará toda essa análise”.

Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, a portaria vem ao encontro de uma necessidade de controle da autorização de novas escolas. “Nós temos hoje 454 mil médicos registrados nos conselhos e algo em torno de 31 mil vagas de cursos de medicina. Esse controle de novas escolas é fundamental”, enumera.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira, elogiou a medida e disse que a sua contribuição terá como foco a melhoria na qualidade profissional. “Essa medida do MEC estabelece bases para a reorganização da formação médica. Objetivo é a melhoria da qualidade profissional, preservando a qualidade assistencial da medicina à população.”

Crescimento – De 2003 a 2018, foram criados mais de 178 novos cursos de medicina no país. Com a estreia do programa Mais Médicos, em 2013, houve um crescimento de escolas médicas e de novas vagas para cursos de medicina. De 2013 a 2017, o número de vagas saltou de 19 mil para 31 mil em todo o país, sendo 12 mil vagas a mais, por ano.

No mesmo período, foram selecionados 67 municípios para oferta de cursos de graduação em medicina. Desde que assumiu o MEC, em maio de 2016, a gestão de Mendonça Filho retomou e deu agilidade aos processos de criação de cursos de medicina que estavam morosos e até parados. Os editais nacionais que contemplam principalmente as regiões Sul e Sudeste seguem normalmente. Nesses dois anos, foram criadas 6.125 vagas em cursos de medicina em todo o país.

Assessoria de Comunicação Social

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GESTÃO

Mendonça Filho se despede do Ministério da Educação depois de quase dois anos à frente da pasta

O ministro Mendonça Filho se despediu, na tarde desta quinta-feira, 5, do Ministério da Educação. No ministério, Mendonça inaugurou um painel, que destaca em uma linha do tempo as principais ações da pasta desde sua fundação aos dias atuais. O painel fica localizado na passarela que liga o edifício-sede do MEC aos anexos. “Estive no cargo de Ministro da Educação por menos de 2 anos, e tive que priorizar as ações mais importantes, mais relevantes para a educação brasileira”, disse o ministro.

“Tivemos que cuidar de assuntos desde os institutos federais e universidades federais, que viviam uma crise severa do ponto de vista de custeio e manutenção e continuidade dos investimentos. Nós conseguimos resgatar todos os recursos de custeio de manutenção dessas instituições”, completou. O ministro também foi ao auditório do MEC, onde agradeceu o apoio dos servidores e colaboradores da pasta. Ele também participou da cerimônia que marcou o fim de sua gestão, com sua foto anexada à galeria dos ex-ministros da Educação.

O ministro relembrou as principais ações de sua gestão, como a Reforma do Ensino Médio e a Política de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. “A Reforma do Ensino Médio é uma política pública de grande impacto que lançamos ao longo de nossa gestão frente ao MEC, que vem ao encontro de um anseio antigo da educação brasileira”, lembrou. “O Brasil, diferente do resto do mundo, tinha a imposição de 13 disciplinas obrigatórias, inflexível, que não leva em conta a personalidade e o desejo do aluno”.

Outro ponto importante destacado pelo ministro foi o aumento de matrículas no Ensino Médio em Tempo Integral, projeto iniciado, de forma pioneira, quando foi vice-governador e governador de Pernambuco (1999-2016). “Nós tínhamos uma oferta muito reduzida de matrículas nas escolas em tempo integral no Brasil, uma realidade que difere do mundo todo e nós lançamos a política nacional de ampliação da educação em tempo integral, ofertando 500 mil novas matrículas para todo o Brasil”, pontuou.

Para um auditório lotado, Mendonça Filho falou dos desafios de comandar uma pasta tão complexa e que impacta de maneira tão forte a vida das pessoas. “Naquela oportunidade (quando assumiu o ministério), eu tinha a noção clara de que, para dar certo à frente do MEC, eu precisaria compor uma boa equipe, com pessoas que tivessem de fato algo a contribuir em favor da educação no Brasil. E essa equipe que nós montamos representa exatamente isso, o que há de melhor em termos de qualificação. Pessoas que dedicaram e dedicam suas vidas em favor de um país melhor e mais justo”, reconheceu.

Depois quase dois anos à frente do MEC, Mendonça Filho destacou o empenho da equipe em melhorar a vida dos estudantes de todo o país. Segundo ele, graças a esse trabalho em conjunto foi possível alcançar diversos avanços na educação. “Essa equipe é que proporcionou as mudanças no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), as mudanças no âmbito da educação básica, que foram muitas desde o programa Mais Alfabetização, à política de formação de professores, incluindo a residência pedagógica, e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, disse Mendonça.

“O mesmo eu posso dizer com relação ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Ficamos gratificados de expressar que entregamos melhor do que encontramos”, ressaltou. Por fim, o ministro participou da cerimônia onde sua foto foi anexada à galeria dos ex-ministros da Educação. “Jamais esquecerei os grandes e importantes momentos que vivi no Ministério da Educação. Muito obrigado”, concluiu.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM 2018

Cadastro para programas sociais dá direito à isenção de taxa

A isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 é garantida aos estudantes que se declararem em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para isso, é necessário que o solicitante seja membro de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), por ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

O participante que solicitar isenção da taxa de inscrição, por estar incluído no CadÚnico, deverá informar o seu Número de Identificação Social (NIS) único e válido de acordo com o Decreto nº 6.135/2007. O pedido deve ser feito por meio da Página do Enem 2018 na internet.

Os estudantes contemplados por esse decreto fazem parte do grupo que tem direito à gratuidade da inscrição do Enem. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) preparou um tutorial explicando o passo a passo para a solicitação da isenção da taxa.

Além desses estudantes, terá direito à isenção o participante que: tenha participado do Encceja 2017, na modalidade do ensino médio e que tenha obtido proficiência que permita certificação na área de conhecimento em que se inscreveu; tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio (Lei nº 12.799/2013); e estiver cursando a última série do ensino médio em 2018, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo da Educação Básica.

O período de recursos será entre 23 e 29 de abril, quando o interessado terá a oportunidade de apresentar novos documentos caso tenha a solicitação negada. A relação de documentos aceitos no caso de recursos está listada no página do Enem 2018, na opção “solicite a isenção” e no Portal do Inep.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

ENEM 2018

Mais de 1 milhão de estudantes já solicitaram isenção da inscrição

Mais de 1 milhão de estudantes já solicitaram isenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. A expectativa do Inep é de que até o fim do prazo, no dia 11 de abril, cerca de 4 milhões de pessoas solicitem o benefício.

Além de pedir isenção, os estudantes que conseguiram a dispensa da taxa em 2017, mas não compareceram às provas, podem justificar a ausência. Segundo o Ministério da Educação, somente serão aceitas justificativas oficiais, como boletim de ocorrência e atestado médico. Autodeclaração não será aceita como justificativa.

Solicite isenção no Enem 2018

Segundo o Edital do Enem 2018, a taxa estipulada para esta edição será de R$ 82 e esta é a primeira vez que os pedidos de isenção serão feitos antes das inscrições. Até o Enem 2017 a isenção era pedida no ato de inscrição. Podem requerer o benefício os candidatos que se enquadrarem em uma das seguintes condições:

Estudantes que estão cursando em 2018 o 3º ano do ensino médio na rede pública;

    Estudantes que fizeram em 2017 o Exame de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja) para ensino médio e que conseguiram a certificação;

    Estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública ou em escola particular como bolsista integral e que têm renda familiar mensal de até 1,5 salário-mínimo por pessoa (R$ 1.431);

    Estudantes com Número de Identificação Social (NIS), único e válido, com renda familiar por pessoa de até meio salário-mínimo (R$ 477) ou renda familiar mensal de até três salários-mínimos (R$ 2.862).

No dia 23 de abril deve ser liberada a lista de candidatos beneficiados, e quem não for contemplado poderá entrar com recurso até 29 de abril. A resposta dos recursos deve sair no dia 5 de maio.

Enem 2018

Quem ganhar a isenção não estará automaticamente inscrito no exame. Assim como os demais candidatos, deverá fazer a inscrição no Enem 2018 entre os dias 7 e 18 de maio.

Os estudantes farão as provas em 4 e 11 de novembro. No primeiro dia, eles vão produzir uma redação e responder 90 questões objetivas de Linguagens e Códigos e Ciências da Natureza.

No segundo dia do Enem 2018 será a vez de 90 itens de Matemática e Ciências da Natureza. A novidade nesse dia é que os estudantes terão mais meia hora para fazer as provas, em comparação ao ano passado.

Por que fazer?

Fazer o Enem possibilita participar de programas de ingresso ao ensino superior, tais como o SiSU, o ProUni e o Fies. Com as notas, os estudantes também podem fazer vestibulares e se inscrever em processos seletivos em Portugal.

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EDUCAÇÃO 

Abertas as inscrições para as vagas remanescentes do ProUni 2018/1

O Programa Universidade para Todos (ProUni) 2018/1 está com inscrições abertas para bolsas remanescentes. Para participar é necessário ter realizado as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em edições a partir de 2010.

Do total de 242.987 bolsas de estudos oferecidas na primeira edição de 2018 do programa, 112.800 não foram ocupadas e estão disponíveis neste período.

Estudantes que ainda não estão matriculados em cursos superiores devem se inscrever até esta segunda-feira, dia 9 de abril. Aqueles estudantes que estão matriculados em instituições de ensino superior podem se inscrever até dia 30 de abril.

Todos os candidatos devem ter média acima de 450 pontos na prova do Enem, sem ter zerado a redação. Além disso, deve preencher pelo menos um dos seguintes requisitos:

- Ter estudado todo o ensino médio em escola pública;

- Ter estudado todo o ensino médio em colégio particular na condição de bolsista integral;

- Ter feito parte do ensino médio em escola pública e a outra parte em colégio particular, desde que de forma gratuita;

- Ter alguma deficiência;

- Ser professor de ensino básico na rede pública e comprovar o magistério, desde que concorra às vagas em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Esta modalidade não leva em consideração a renda do candidato.

As bolsas integrais são para estudantes com renda familiar per capita mensal de até um salário mínimo e meio. Os participantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos têm direito ao desconto de 50% nas mensalidades.

Sobre o ProUni

O programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação ministrados em instituições privadas de educação superior. As integrais são para candidatos com renda familiar per capita de até 1,5 salário-mínimo, as demais para aqueles com renda familiar de até três salários-mínimos por pessoa.

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CORREIO BRAZILIENSE

BASE NACIONAL

MEC entrega BNCC do ensino médio ao CNE

A parte do ensino médio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi entregue pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta terça-feira (3). O documento será analisado separadamente das etapas de educação infantil e ensino fundamental e será de suma importância para nortear a reforma do ensino médio. Em fevereiro e em março, o MEC chegou a fazer duas apresentações sobre o texto para o Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação), acatando sugestões de técnicos sobre o assunto entre uma e outra.

Mendonça Filho, ministro da Educação, agradeceu aos professores que “colaboraram de forma efetiva para a elaboração do documento, permitindo sucesso na entrega do texto, o que cumpre uma determinação do PNE (Plano Nacional de Educação) e da própria Constituição”. Na visão dele, a BNCC é um passo essencial para mudar parâmetros da educação do país. “Mas é algo que antecede minha gestão como ministro, é um assunto de estado, não de governo”, destacou. “Esta entrega é algo muito relevante. E acredito que o CNE, com os debates subsequentes, deixará o texto ainda melhor”, completou.

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, também ressaltou a importância da participação de professores para a redação desta primeira versão da BNCC do ensino médio. “Muitos professores participaram de oficinas, tiveram enorme disponibilidade. Em pleno carnaval, estávamos reunidos em São Paulo discutindo a base. Então, deixo a eles meu agradecimento mais profundo”, afirmou. “Agora, o CNE terá um grande trabalho pela frente, colocando em discussão, fazendo audiências, estabelecendo o diálogo com a sociedade brasileira.”

O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, ressaltou como positivo o grande engajamento popular na elaboração das outras etapas da base. “As audiências públicas tiveram participação maciça da população", diz. A expectativa é que, agora, quando a base do ensino médio estará em debate, a participação continue sendo alta. "Num país tão grande e diverso como o nosso, dificilmente teríamos como ter um currículo único. A base comum, a tentativa de criar uma referência para todos, é um marco para a educação brasileira”, comemorou Deschamps, destacando o legado que o ministro da Educação, Mendonça Filho, que abrirá mão do cargo esta semana, deixará para o ensino do país.

Júlio Gregório, secretário de Educação do Distrito Federal, chama a atenção para a importância de atualizar o modo como se dá aula e, principalmente, de ter mais flexibilidade para ensinar algo que realmente seja relevante para os alunos. E ele acredita que a BNCC será o pontapé para isso. “Eu não posso chegar aqui e dar aula como eu dava lá na década de 1970, mas isso continua acontecendo”, observa ele, que é professor de química. “Apesar de eu ter passado vários anos da minha vida ouvindo que havia flexibilidade na construção do currículo, nunca consegui flexibilizar de fato. A legislação estabelecia a flexibilidade, mas as amarras dos conselhos impunham limites que levaram ao ensino médio que temos hoje”, comenta.

“Durante muito tempo, o ensino médio de sucesso era preparatório para exames vestibulares. Hoje, não pode ser esse o conceito”, defende. Para o secretário, vestibulares e provas como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) engessam o aprendizado e forçam professores a ensinarem conteúdos unicamente porque são cobrados no teste, mesmo que não tenham aplicação prática. “Como professor de química, abordei inúmeros assuntos só porque cairiam no vestibular, sendo que, no dia seguinte, seriam esquecidos. Eu me pergunto se vocês sobreviveriam sem saber qual é o produto da ozonólise do buteno”, exemplificou. “Tantas vezes, cobramos temas assim dos alunos, dando zero para os que não os compreendem, causando, nas classes menos abastadas, até o provável abandono da escola”, aponta.

Para Maria Helena Guimarães de Castro, secretária-executiva do MEC, a desconexão entre o que o é ensinado em sala de aula e a vida do aluno gera graves problemas, sendo uma das culpadas pelo mau desempenho dos estudantes brasileiros em avaliações educacionais, pela defasagem idade-série e pelo abandono escolar. “Boa parte dos alunos do ensino fundamental nem chega a entrar no ensino médio porque terminam o 9º ano com atraso e vão trabalhar ou se transformam em nem-nem (pessoas que nem estudam nem trabalham)”, aponta.

“O currículo atual está desconectado do mundo do jovem.” Essa realidade tende a mudar quando a BNCC passar a valer. “Agora, teremos um currículo conectado com o mundo digital e as culturas juvenis”, garante. “Trabalhamos com os desafios listados pela Unesco e pela OCDE de preparar cidadãos para o mundo do trabalho da 4ª Revolução Industrial e para os desafios do século 21. Com a BNCC, procuramos aprofundar a relação entre teoria e prática, dando grande ênfase para a solução de problemas”, comenta.

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EDUCAÇÃO

Feira apresenta rotina profissional a estudantes

Neste sábado (7), o Colégio Marista de Brasília, na Asa Sul, promove a Feira de Profissões. O evento, que é gratuito, receberá estudantes de ensino médio que vivenciam o dilema da escolha profissional. Eles terão oportunidade de conhecer o dia a dia de diferentes carreiras, especialistas nas áreas pretendidas, universidades e cursos oferecidos.

A programação está disponível no site de inscrição do evento bit.ly/feiradeprofissoes2018 e é composta por palestras, workshops, mesas redondas e oficinas. Entre os convidados, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Nefi Cordeiro e outros profissionais jurídicos atuantes em Brasília que compõem uma mesa redonda com o tema Carreiras jurídicas.

Para quem pretende ingressar na área de exatas, o professor e coordenador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Sergio Pellegrino, ministrará palestra sobre os cursos ofertados pela instituição e as possibilidades de carreira na área. Um bate-papo sobre universidades de fora e a carreira diplomática com representantes da Embaixada dos Estados Unidos consta da programação.

Longe das universidades, o empreendedorismo vira foco em um workshop com a empresa R2 Produções e Eventos. Oficinas de design thinking, desenhos técnicos, engenharia, comunicação on-line, programação de aplicativos e games também estão entre as atrações da Feira.

Para as famílias dos estudantes, será direcionada palestra com Antônio Carneiro, diretor educacional do IBMEC, com o tema: “Meu Filho cresceu, e agora? Saiba como a família pode ajudar os estudantes na fase dos vestibulares e com a nova rotina”.

O evento ocorre das 8h às 14h, no Colégio Marista de Brasília (Maristão), localizado no SGAS Qd. 615, Módulo "C" – Asa Sul.

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GLOBO.COM

EDUCAÇÃO

Inep cancela 1ª edição de 2018 de exame de proficiência em português para estrangeiros

O governo federal decidiu cancelar a edição do primeiro semestre do Celpe-Bras, o exame que mede a proficiência de estrangeiros em português brasileiro. A decisão foi tomada em 29 de março, segundo documento enviado aos coordenadores dos postos aplicados do exame, menos de dez dias depois de o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciar as datas de inscrições e aplicação das provas.

De acordo com as informações recebidas pelos postos aplicadores, as inscrições do Celpe-Bras começariam na última segunda-feira (2) e iriam até o dia 13 de abril. As provas seriam aplicadas entre os dias 5 e 7 de junho.

Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (5), a assessoria de imprensa do Inep confirmou que o Celpe-Bras terá uma única edição neste ano.

"Estavam previstas duas edições, porém, após reuniões de ajustes do cronograma, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em conjunto com os ministérios da Educação (MEC) e das Relações Exteriores (MRE), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) definiram realizar uma única aplicação no segundo semestre deste ano", afirmou o Inep, em nota, explicando ainda que o edital com a data da prova do segundo semestre será divulgado "em breve".

Na quarta-feira (4), a Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira (Siple) publicou um comunicado manifestando "preocupação com o cancelamento".

"Considerando a visibilidade que o exame Celpe-Bras tem alcançado nas últimas edições como uma política linguística do Brasil, e não só como um instrumento de avaliação em/de língua portuguesa, nos preocupa o tratamento que o exame vem recebendo", afirmou a entidade.

"São exames como o Celpe-Bras, reconhecido internacionalmente e inspirador de exames para outras línguas, os embaixadores da língua e da(s) cultura(s) de um povo, instrumento chave de política linguística e das Relações Exteriores para consolidar a imagem e as relações (não só econômicas e comerciais) do Brasil com o bloco regional Sul, com extensão para a América Latina e o mundo", diz a nota.

20 anos de Celpe-Bras

Em 2018, o exame de proficiência em português oferecido pelo governo brasileiro completa 20 anos. De acordo com o Inep, responsável pela aplicação do Celpe-Bras desde 2009, nos últimos oito anos o exame teve mais de 68 mil participantes.

Segundo a Siple, desde 1999 o Celpe-Bras tem sido realizado duas vezes por ano, e a mudança em 2018 pode provocar prejuízos a profissionais que necessitam revalidar seus diplomas e estudantes de convênios internacionais. O Inep, porém, ressaltou, em nota, que "a supressão da primeira edição não trará prejuízo para os mais de 200 participantes do Programa Estudante-Convênio Graduação (PEC-G), já no país, e os futuros participantes do Programa Estudante-Convênio Pós-Graduação (PEC-PG), uma vez que os resultados da edição a ser realizada no segundo semestre poderão ser utilizados para acesso e continuidade nesses programas".

Decisão 'excepcional' para a implementar melhorias

De acordo com a Diretoria de Avaliação da Educação Básica do Inep, "a decisão de realizar uma única edição do Celp Bras em 2018 foi baseada na necessidade de implementação de melhorias urgentes na execução do exame e de ampliação do número de postos aplicadores no Brasil e no exterior".

A diretoria afirma que, atualmente, há uma demanda de credenciamento de 33 instituições brasileiras vinculadas ao Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) e 48 no exterior, o que "praticamente dobrará o número de postos aplicadores atualmente credenciados, ampliando o alcance dessa política".

O órgão diz que a decisão de cancelar a edição do primeiroa semestre "é absolutamente excepcional" e que, "a partir de 2019, com o credenciamento dos novos postos e a implementação das melhorias necessárias, o Inep retornará a aplicar duas edições anuais".

Falta de tempo hábil

Em uma carta enviada aos postos aplicadores nesta semana, o Inep explicou que o motivo do cancelamento foi o curto prazo. A autarquia também citou o fato de que o processo de tomada de decisão em torno do Celpe-Bras se tornou "mais moroso e complexo", depois do aumento da abrangência e visibilidade do exame.

De acordo com o documento, depois de anunciar as datas, os responsáveis pelo exame realizaram "uma série de reuniões a fim de ajustar o cronograma para a aplicação de duas edições" do Celpe-Brasil, mas, "à medida que as discussões avançaram, vários riscos foram levantados pelos atores envolvidos no processo cuja aplicação estava prevista para ocorrer em junho".

O Inep afirmou, na carta, que os três riscos são "o curto período de construção dos instrumentos", "a dificuldade de entrega e devolução dos malotes de prova dentro do prazo previsto" e o "tempo hábil para processamento dos resultados a fim de atender aos programas vinculados ao exame".

"Pedimos desculpas pelas alterações intempestivas no cronograma 2018", continuou o Inep. "Contamos com a compreensão de todos, considerando a complexidade do exame, principalmente, no que diz respeito à logística, a quantidade de atores externos envolvidos no processo, a abrangência e a visibilidade que o exame tem alcançado nas últimas edições, o que tem tornado o processo de tomada de decisão mais moroso e complexo."

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CERTIFICAÇÃO

Instituições de ensino superior federais podem emitir diploma em formato digital

A partir de agora as instituições de ensino superior da rede federal podem emitir os diplomas em formato digital.

A portaria que permite a mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5).

Segundo a portaria, o diploma digital abrange o registro, o respectivo histórico escolar e deve atender as diretrizes de certificação previstas em lei fixadas pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação que garantem a autenticidade do documento.

As instituições de ensino superior terão 24 meses para implementar a medida.

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PROUNI

Após revogar indicações feitas por Dilma, Temer nomeia membros do Conselho Nacional de Educação com seis meses de antecedência

Menos de dois anos depois de revogar a indicação de 12 membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), feita por Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer decidiu antecipar em seis meses a indicação de novos membros. A troca só ocorrerá em outubro, mas, em dois decretos publicados em uma edição extra na última quinta-feira (29) do "Diário Oficial da União", o presidente oficializou a recondução de cinco membros e a substituição de outros cinco.

O CNE é composto de um total de 24 membros, sendo que dois deles – os secretários de Educação Básica e de Educação Superior do Ministério da Educação – são considerados membros natos. O mandato dos conselheiros é de quatro anos, e pode ser prorrogado por mais dois. Historicamente, as indicações ocorrem a cada biênio.

Indicação revogada

A última foi feita em maio de 2016, um dia antes de Dilma Rousseff ser afastada da Presidência. Na época, ela indicou 12 membros. Um mês depois, porém, Temer revogou a indicação. O MEC, já chefiado por Mendonça Filho, explicou que a revogação foi feita "com base em pareceres jurídicos da Ministério da Educação, da Advocacia Geral da União e respaldados pela subsecretaria de assuntos jurídicos da Presidência da República".

O órgão afirmou, na época, que o CNE é formado por 24 membros e a renovação desses integrantes deve obedecer prazos previstos em lei. Dilma, segundo o MEC, renovou 12 dos membros antes de seu afastamento e não seguiu os prazos. Mendonça Filho afirmou que o ato teria sido feito para "impedir que o novo governo, dentro do cronograma normal, pudesse indicar novos membros do CNE".

Ao indicar seus próprios membros, Temer manteve seis dos 12 nomes que estavam na lista de Dilma.

Indicação antecipada

Já neste ano, na última semana de Mendonça Filho à frente do MEC, a nomeação foi feita com seis meses de antecedência, a poucos dias de o ministro deixar o cargo, no prazo para poder concorrer nas eleições deste ano.

Em edição extra publicada na última quinta, os membros Ivan Claudio Pereira Siqueira, da Câmara de Educação Básica, e Joaquim José Soares Neto, Maurício Eliseu Costa Romão e Yugo Okida, da Câmara de Educação Superior, foram reconduzidos para mais um mandato de quatro anos.

Outros cinco membros foram indicados para novos mandatos, incluindo a atual secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, indicada para a Câmara de Educação Básica ao lado de Mozart Neves Ramos; para a Câmara de Educação Superior, foram indicados Marco Antonio Marques da Silva, Sergio de Almeida Bruni e Robson Maia Lins.

Os cinco conselheiros atuais que deixarão o CNE em outubro são Cesar Callegari, Malvina Tuttman, Gilberto Garcia e Artur Roquete de Macedo.

Questionado pelo G1 sobre a indicação antecipada, Mendonça Filho afirmou, nesta terça-feira (3), que as escolhas foram feitas pelo presidente da República.

"Ele quis acelerar o processo de escolha dos conselheiros nacionais de Educação, tendo em vista ainda os prazos legais do processo eleitoral de 2018, em outubro", disse Mendonça Filho. "Tanto é que parte do Conselho Nacional de Educação foi reconduzida, não tem nenhuma indisposição com qualquer conselheiro. Quem afirmou um posicionamento mais crítico está absolutamente equivocado. Alguns, como a conselheira Malvina [Tuttman], não poderiam sequer ser recolocadas."

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Carreira longa leva brasileiros com mais de 40 anos de volta à escola

O envelhecimento nem sempre é uma barreira à busca por maior escolaridade.

O desejo de continuar trabalhando ou simplesmente de aprender coisas novas vem levando os adultos brasileiros a alçarem pequenos voos educacionais.

Uma análise feita pelo economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, mostra que, ao passar de 40 para 50 anos de idade, a geração nascida em meados do século passado aumentou sua escolaridade média de 5,64 para 5,96 anos.

Um crescimento de 5,7%. Ao fazer essa mesma transição etária, os brasileiros nascidos uma década mais tarde tiveram um avanço maior, ao ampliar seus anos médios de estudo 7,08 para 7,59. Um salto de 7,2%.

Os números levantados pelo economista a pedido da Folha, a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), indicam que os brasileiros têm buscado estudar à medida que envelhecem e que essa tendência vem se tornando mais rápida.

“A gente vai envelhecendo, e a mente da gente atrofia se não exercitar”, diz Geraldo Hilário Pontes, 67.

A história do ex-garçom, hoje aposentado, ilustra bem o progresso educacional capturado pelas estatísticas.

Já adulto, Pontes fez o ensino fundamental a distância e, posteriormente, cursou o ensino médio no supletivo. “Era garçom, e, você sabe, garçom não tem muito tempo para estudar, né?”, diz.

Escola universal era uma realidade distante da infância da geração de Pontes.

O Brasil acordou tardiamente para a importância da educação. A universalização da matrícula no ensino fundamental só ocorreu no início dos anos 2000.

Ao longo das últimas décadas, o volume de pesquisas mostrando o impacto da educação –ou do “capital humano”– sobre o desenvolvimento econômico disparou.

O efeito positivo do aumento da escolaridade sobre a renda também se tornou mais conhecido.

Essas informações contribuíram para ações que levaram a um salto na escolaridade média dos brasileiros, puxado pela inclusão escolar de crianças e adolescentes.

Ainda que num ritmo mais lento, porém, os adultos vêm correndo por fora, aproveitando oportunidades como o antigo supletivo –hoje chamado de EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população com mais de 30 anos duplicou entre 1992 e 2015, de 56 milhões para 113 milhões de pessoas.

No mesmo período, o número de brasileiros nesse grupo etário matriculado na escola se multiplicou por quatro, de 759 mil para 3 milhões. Com isso, passaram de 2% para 5,5% do total de alunos do ensino básico no país.

Outros dados, como os compilados pelos economistas Robert J. Barro e Jong-Wha Lee para algumas dezenas de países, incluindo o Brasil, também apontam na direção do aumento da escolaridade entre os adultos.

Eles mostram, por exemplo, que, no início da década de 1980, apenas 7,6% da população brasileira com idade entre 20 e 24 anos possuía o ensino médio completo. Quando essa geração se tornou cinquentenária, por volta de 2010, 21,2% de seus representantes tinham atingido essa escolaridade.

O avanço educacional capturado pelos números pode ser, em parte, efeito estatístico da mortalidade mais alta entre os mais pobres e, portanto, menos escolarizados.

Mas, segundo especialistas, isso não explicaria todo o crescimento da escolaridade entre os adultos, até porque a expectativa de vida vem aumentando no país.

Segundo Menezes Filho, esse é, aliás, um dos motivos que leva os adultos a estudarem à medida que envelhecem: “As pessoas estão vivendo mais e, por isso, buscando se educar mais, em parte porque sabem que precisarão trabalhar por mais tempo”, diz o economista.

Gisela Castro, professora do programa de pós-graduação em comunicação e práticas de consumo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) confirma a tendência. Ela diz que há procura crescente de profissionais experientes por pós-graduação com o objetivo de adotar a carreira acadêmica como uma nova opção de trabalho.

“São pessoas de 50 anos ou mais ativas, procurando maximizar seu tempo numa vida produtiva”, diz ela.

O desejo de se manter ativo por muito tempo ainda foi exatamente o que motivou o desenhista industrial Paulo de Tarso, 55, a cursar uma segunda faculdade.

Ele fez a primeira graduação na década de 1980 e trabalhou com desenho e desenvolvimento de produtos. Depois mudou para marcas e patentes, com o que ainda atua. Mas nunca perdeu o interesse por computadores.

Até que seu filho Rafael, 22, que estuda engenharia de computação na Fundação Salvador Arena –instituição sem fins lucrativos– lhe perguntou por que ele não voltava a estudar. Tarso acabou conseguindo uma vaga no mesmo local e curso do filho.

“Se vou mudar de emprego, não sei. Mas a gente precisa estar preparado. Eu gostaria imensamente de trabalhar nessa área. Talvez voltar a dar aulas para retribuir o que estou recebendo”, diz ele.

O ex-garçom Pontes conta que ter voltado a estudar não o levou a mudar de área, mas o tornou um profissional mais completo: “Como o garçom lida com o público, eu passei a trabalhar melhor tendo mais conhecimento”.

O propósito de se tornar mais versátil também levou a pequena empresária Herenice Cavalcante Teixeira a voltar a estudar. Aos 68, ela toca um negócio de bordados computadorizados com o marido José Luiz, 69. Embora ele já cuide da parte técnica, Herenice também quer participar dessa etapa da produção.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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