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Goiânia, 10 de novembro de 2017

Publicado: Sexta, 10 de Novembro de 2017, 11h43 | Última atualização em Sexta, 10 de Novembro de 2017, 12h04

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Base Nacional Comum Curricular entra na reta final com aperfeiçoamento da terceira versão

Inep corrigirá provas de quem não fez transcrição de frase

Novo Financiamento Estudantil é aprovado no Senado e ofertará 100 mil vagas a juro zero

UOL EDUCAÇÃO

Religião nas escolas pode constar em texto final da base comum curricular

Brasileiros medalhistas na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia dão dicas de estudos

CORREIO BRAZILIENSE

Base Nacional entra na reta final com aperfeiçoamento da terceira versão

DF é pioneiro em curso público de instalação de sistema de energia solar

A receita para uma fala de impacto

GLOBO.COM

Após carta racista, estudante indígena faz Enem para incentivar irmã a entrar na universidade

Post em página do governo gera críticas por conteúdo machista e racha equipe no Planalto

Após aprovação do Novo Fies no Senado, MEC confirma oferta de 310 mil contratos de financiamento em 2018

FOLHA.COM

Redução de 'novos surdos' e evasão explicam tema da redação do Enem

Senado aprova projeto que permite renegociação de dívida estudantil

 

N O T Í C I A S      D  A      E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

 

EDUCAÇÃO

Base Nacional Comum Curricular entra na reta final com aperfeiçoamento da terceira versão

Representantes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 9, para tratar do andamento dos trabalhos da etapa de educação infantil e ensino fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também foram discutidas as propostas de aperfeiçoamento na terceira versão do documento.

“A Base tem sido uma prioridade e temos dezenas de especialistas trabalhando ao mesmo tempo. O documento do ensino fundamental nos toma uma atenção especial neste momento e estamos tendo reuniões diárias com o CNE e com os diversos atores para tratar dela. Estão sendo feitos ajustes, aperfeiçoamentos e melhorias”, comentou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva.

O secretário informou que durante todo o mês de novembro haverá conversas com CNE, para avaliar as colaborações oriundas das audiências públicas. “Estamos sistematizando todas as contribuições que foram dadas, localizando quem são os atores e identificando se é algo que tem a ver com a educação básica. Temos modificações, mas não é uma nova versão; não será grande o suficiente para dizer que mexemos substancialmente na estrutura. São aperfeiçoamentos, pois é o documento mais complexo e importante da educação em décadas.”

Entre as propostas consideradas, destacam-se a incorporação das tecnologias nas diversas partes da BNCC e as sugestões do grupo de trabalho étnico-racial do CNE. Outro ponto em destaque é a explicitação dos critérios de organização e progressão no componente língua portuguesa, incluindo a sistematização da alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. A proposta de aperfeiçoamento inclui, ainda, o componente ensino religioso na BNCC.

A Base é resultado do diálogo constante entre o MEC e o CNE para aprimoramento e ajustes do documento, considerando contribuições recebidas durante as audiências públicas realizadas pelo CNE em todas as regiões do país. “Temos estabelecido um diálogo com o MEC de pontos ouvidos nas audiências públicas, para que o MEC possa fazer sua avaliação. Nessas audiências, vários tópicos foram apresentados e eles têm sido trabalhados a partir de comissões do Conselho. Então, estamos muito alinhados e trabalhando em conjunto”, destacou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps.

A construção da BNCC segue rigorosamente o cronograma estabelecido e pactuado desde o início. Prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, a BNCC foi elaborada pelo MEC, em articulação e colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, e encaminhada ao CNE, que realizou cinco audiências públicas em diferentes regiões do país. “O cronograma está em dia e o que foi planejado está sendo cumprido. Temos um mês de trabalho ainda, mas o Conselho está em dia e o ministério vai dar todo apoio para que se conclua no prazo”, complementou Rossieli Soares.

O resultado dessas audiências, em forma de contribuições de diversos segmentos da sociedade, serve de subsídio para que o CNE elabore parecer e projeto de resolução da BNCC, que, uma vez homologada pelo ministro da Educação, se transforma em norma nacional. O CNE, entre as atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação, é responsável pela apreciação da proposta da Base e por emitir parecer e resolução para sua implantação.

O objetivo é a elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diferenças e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. O MEC mantém interlocução permanente e produtiva com o CNE e confia na conclusão da tramitação do documento para que a BNCC seja homologada neste ano.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM

Inep corrigirá provas de quem não fez transcrição de frase

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC, vai corrigir a prova dos participantes que se esqueceram de transcrever a frase do caderno de questões para o cartão resposta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. A decisão foi adotada pela Comissão de Demandas do Inep, instituída pela Portaria nº 586, de 6 de julho de 2017, para tratar “das situações excepcionais que surgirem durante a realização do exame, oriundas da própria gestão, dos canais de atendimento ao cidadão e das instituições aplicadoras, não resolvidas em instâncias inferiores”.

Essa flexibilização só foi possível porque os novos mecanismos de segurança do Enem – a prova personalizada, a partir de 2017, e a coleta do dado biométrico, desde 2016 – podem ser combinados para cumprir a função da transcrição da frase. Pode prescindir, por essa razão, a função da transcrição da frase, excepcionalmente em caso de esquecimento por parte do participante, de forma a impedir que outra pessoa faça a prova no lugar de um inscrito.

A frase permitia a verificação grafológica, com o objetivo de checar se o autor da redação era realmente a pessoa inscrita. Com o dado biométrico, a Polícia Federal pode checar todas as digitais. Já a prova personalizada impede a troca de cadernos de questões.                        

O Inep deixa claro que não está interrompendo a necessidade da transcrição. Todos os participantes devem ficar atentos às orientações na capa do caderno de questões e transcrever a frase no segundo dia de aplicação das provas, domingo, 12. A decisão pela correção dos participantes que se esqueceram da transcrição é uma decisão extraordinária. Tal medida, em caráter excepcional, visa evitar qualquer tipo de prejuízo ao participante que, por esquecimento, deixou de transcrever a frase.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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FIES

Novo Financiamento Estudantil é aprovado no Senado e ofertará 100 mil vagas a juro zero

As novas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram aprovadas nesta quarta-feira, 8, pelo plenário do Senado Federal, que manteve as alterações da Medida Provisória (MP) 785/2017. Entre as novidades, estão a oferta de vagas a juro zero, flexibilização no prazo de carência e mais atenção à qualidade dos cursos que oferecem o financiamento. O texto segue agora para sanção presidencial e, em seguida, se converte em lei. As novas regras passam a valer a partir do próximo ano para contratos fechados já no primeiro semestre de 2018.

“Essa votação assegura a manutenção do Fies, atendendo os estudantes mais pobres do Brasil com juro zero para 100 mil contratos e a sustentabilidade em termos de médio e longo prazo para o programa, o que mostra um compromisso nosso com o acesso do jovem à educação superior”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. Atualmente, a taxa de juros é de 6,5% ao ano.

O Novo Fies vai gerar 310 mil vagas e será composto por três faixas. Na primeira, serão oferecidas 100 mil vagas a juro real zero para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos. Os recursos deste financiamento serão provenientes da União. Já as modalidades dois e três estão destinadas a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos. Terão como fonte de financiamento recursos de fundos constitucionais, no caso da modalidade dois, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na modalidade três.

As mudanças propostas para o Fies visam garantir a sustentabilidade e a continuidade do programa. No antigo desenho, o Fies registrou uma inadimplência de 46,4% e um fundo garantidor insuficiente para manutenção do ritmo de cessão de bolsas. Em 2016, o ônus fiscal do Fies chegou a R$ 32 bilhões, valor 15 vezes superior ao custo apresentado em 2011.

A necessidade das alterações propostas foi ressaltada pela revisora da matéria, a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), em discurso no plenário. “Não se questiona a importância e necessidade de se financiar o estudo de milhares de alunos. O Fies é uma das ferramentas de que dispomos para isso, mas é preciso saneá-la, aperfeiçoá-la e torná-la sustentável e permanente. Nesse sentido, é muito bem-vinda a MP”, disse a senadora. Ela pontuou, ainda, que “a proposta foi exaustivamente debatida”. “Realizamos audiências e consultas públicas e buscamos a participação de todos os segmentos interessados, e o relatório aprovado reflete perfeitamente esse trabalho de conciliação”, afirmou.

Como forma de minimizar riscos, a proposta cria ainda o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies). Será de adesão obrigatória pelas faculdades que participam do programa e terá o objetivo de garantir o crédito para os financiamentos. Dessa forma, mesmo com o aporte da União, este fundo será formado, em maior parcela, por aportes das instituições. A previsão é de tenha caixa de R$ 3 bilhões.

A MP aprovada no Senado indica caminhos, ainda, para que os estudantes em situação de inadimplência possam regularizar a dívida. O texto cria o Programa Especial de Regularização do Fies, por meio do qual aqueles que tiverem contratos atrasados com parcelas vencidas até 30 de abril de 2017 possam fazer o pagamento quitando 20% do saldo em cinco vezes e o restante em até 175 parcelas.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

 PNE

Religião nas escolas pode constar em texto final da base comum curricular

A oferta de ensino religioso nas escolas do país deve ser tratada no texto final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai embasar os currículos da educação básica em estados e municípios. O assunto está sendo tratado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que deve votar a versão final da BNCC até dezembro."Há uma sensibilidade clara de que ensino religioso deve ser tratado na base. Mas a forma ainda será definida por uma comissão especial do CNE que está debruçada em trazer uma proposta. O certo é que, tanto nas audiências públicas quanto nas reflexões do CNE e do MEC, é importante que tratemos do assunto dentro da Base Nacional Comum Curricular", disse hoje (9) o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares.

O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, afirmou que, mesmo com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o ensino religioso de natureza confessional nas escolas públicas, a disciplina continua sendo facultativa para os alunos. Segundo ele, a decisão do STF mostrou que faltam diretrizes para disciplinar a oferta do ensino religioso no país, que é o que está sendo trabalhado dentro do CNE.

"A interpretação original do conselho sempre foi na lógica do não confessional. Essa era a linha que o conselho sempre trabalhou. Mas é lógico que o voto do STF será levado em consideração pela equipe do CNE na organização da regulamentação", disse Deschamps.

O CNE recebeu a terceira versão da BNCC em abril, e realizou cinco audiências públicas regionais para colher sugestões de aperfeiçoamento ao texto. Foram recebidos 234 documentos com sugestões e críticas ao texto que foi enviado pelo Ministério da Educação.

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ENEM 2017

Brasileiros medalhistas na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia dão dicas de estudos

A rotina de aulas expositivas não é a única prática de estudos para alguns alunos dos ensinos fundamental e médio do Brasil. Diversas Olimpíadas Escolares movimentam estudantes, professores e escolas, promovendo conhecimento e competição.

É assim no caso de diversas disciplinas: Matemática, Língua Portuguesa e História, por exemplo. Mas há quem prefira conteúdos que não estão na grade da educação básica, como Astronomia.

Em 2017, um grupo de brasileiros participou da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia (OLAA), que aconteceu durante o mês de setembro, no Chile. E o Brasil foi premiado na competição com quatro medalhes de ouro e uma de prata.

As provas da OLAA foram divididas em parte teórica, prática e de reconhecimento do céu. A primeira foi organizada em duas etapas: individual e em grupo, mesclando as delegações. Os competidores ainda participaram de uma prova de lançamento de foguetes em grupos multinacionais. A avaliação de reconhecimento do céu real foi individual e exigiu o manuseio de telescópio.

A estudante Miriam Harumi, de 17 anos, já participou de outras competições, mas sempre tendeu para as disciplinas de exatas, por influência do pai que é engenheiro. Miriam é estudante do 3º ano do ensino médio em um colégio de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Durante a preparação para as Olimpíadas, tanto a edição brasileira (OBA) quanto a Latino-Americana, a estudante conta que usou de muitas questões anteriores para estudar e teve acesso a livros da área. Além disso, a ajuda dos professores na escola foram de fundamental importância.

Na preparação para as competições de Astronomia, das quais participa desde o 8º ano do ensino fundamental, Miriam aproveitou muito os conteúdos estudados, especialmente no que diz respeito à disciplina de Física. “A única desvantagem foi ter que abdicar um pouco do tempo que seria dedicado às matérias de humanas”, completa.

Além da influência do pai, as competições ajudaram na escolha do curso superior. Miriam quer fazer Engenharia de Materiais, que une Matemática, Química e Física.

Para o estudante Henrique Barbosa de Oliveira, de 18 anos, o grande benefício das Olimpíadas de Astronomia é ver alguns conceitos aprendidos na escola serem aplicados na prática. Segundo ele, isso contribui para aumentar o interesse pelos estudos, especialmente pelas disciplinas de exatas.

Outra vantagem em participar de disputas escolares, segundo Henrique, é o fato de o espírito de competição manter os concorrentes focados e motivados para seguir aprendendo. O estudante paulista considera vantagem o caráter interdisciplinar das provas da OLAA, pois isso ajuda na preparação para as provas do Enem.

O estudante Bruno Piazza, de 17 anos, também foi medalhista de ouro na OLAA 2017 e aponta como benefício da competição a autonomia nos estudos. Além das aulas específicas que a escola ofereceu durante a preparação para as provas, o estudante explica que “foi necessária uma dedicação extrema em casa, com a resolução de muitos exercícios de livros e listas indicados pelos professores”.

Bruno pontua também que a participação em olimpíadas escolares proporciona uma facilidade em perceber o melhor jeito de estudar. “As olimpíadas despertam o interesse pelos estudos, mesmo que seja por uma área específica, tendo em vista que requer um conhecimento aprofundado da matéria”, completa.

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CORREIO BRAZILIENSE

          

EDUCAÇÃO BÁSICA

Base Nacional entra na reta final com aperfeiçoamento da terceira versão

Representantes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 9, para tratar do andamento dos trabalhos da etapa de educação infantil e ensino fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também foram discutidas as propostas de aperfeiçoamento na terceira versão do documento.

“A Base tem sido uma prioridade e temos dezenas de especialistas trabalhando ao mesmo tempo. O documento do ensino fundamental nos toma uma atenção especial neste momento e estamos tendo reuniões diárias com o CNE e com os diversos atores para tratar dela. Estão sendo feitos ajustes, aperfeiçoamentos e melhorias”, comentou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva.

O secretário informou que durante todo o mês de novembro haverá conversas com CNE, para avaliar as colaborações oriundas das audiências públicas. “Estamos sistematizando todas as contribuições que foram dadas, localizando quem são os atores e identificando se é algo que tem a ver com a educação básica. Temos modificações, mas não é uma nova versão; não será grande o suficiente para dizer que mexemos substancialmente na estrutura. São aperfeiçoamentos, pois é o documento mais complexo e importante da educação em décadas.”

Entre as propostas consideradas, destacam-se a incorporação das tecnologias nas diversas partes da BNCC e as sugestões do grupo de trabalho étnico-racial do CNE. Outro ponto em destaque é a explicitação dos critérios de organização e progressão no componente língua portuguesa, incluindo a sistematização da alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. A proposta de aperfeiçoamento inclui, ainda, o componente ensino religioso na BNCC.

A Base é resultado do diálogo constante entre o MEC e o CNE para aprimoramento e ajustes do documento, considerando contribuições recebidas durante as audiências públicas realizadas pelo CNE em todas as regiões do país. “Temos estabelecido um diálogo com o MEC de pontos ouvidos nas audiências públicas, para que o MEC possa fazer sua avaliação. Nessas audiências, vários tópicos foram apresentados e eles têm sido trabalhados a partir de comissões do Conselho. Então, estamos muito alinhados e trabalhando em conjunto”, destacou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps.

A construção da BNCC segue rigorosamente o cronograma estabelecido e pactuado desde o início. Prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, a BNCC foi elaborada pelo MEC, em articulação e colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, e encaminhada ao CNE, que realizou cinco audiências públicas em diferentes regiões do país. “O cronograma está em dia e o que foi planejado está sendo cumprido. Temos um mês de trabalho ainda, mas o Conselho está em dia e o ministério vai dar todo apoio para que se conclua no prazo”, complementou Rossieli Soares.

O resultado dessas audiências, em forma de contribuições de diversos segmentos da sociedade, serve de subsídio para que o CNE elabore parecer e projeto de resolução da BNCC, que, uma vez homologada pelo ministro da Educação, se transforma em norma nacional. O CNE, entre as atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação, é responsável pela apreciação da proposta da Base e por emitir parecer e resolução para sua implantação.

O objetivo é a elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diferenças e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. O MEC mantém interlocução permanente e produtiva com o CNE e confia na conclusão da tramitação do documento para que a BNCC seja homologada neste ano.

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EDUCAÇÃO

DF é pioneiro em curso público de instalação de sistema de energia solar

José Raimundo Seabra, de 47 anos, abriu, em maio, a Cooperativa de Energia Solar (CoopeSolar), especializada em energia elétrica. Entre outros serviços, ele instala placas solares, atividade que aprendeu na unidade 2 da Fábrica Social, no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento.

“O curso da Fábrica Social foi um aprendizado muito grande. Agora, tenho uma profissão definida e que acredito que será o futuro do Brasil, já que, com escassez de água, a energia solar deve substituir a hidrelétrica”, disse Seabra, na visita do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, à Fábrica Social nesta quinta-feira (9).

Trata-se do primeiro curso público com aulas de instalação de placas solares e de manutenção do sistema fotovoltaico, que converte a luz solar em energia elétrica sustentável.

A iniciativa integra o programa Brasília Solar, que incentiva o uso da energia solar em escolas e prédios públicos do DF, além de impulsionar a qualificação profissional.

“O nosso objetivo agora é aliar isso com programas de financiamento, como o Prospera, para que essas pessoas tenham o recurso para comprar os equipamentos e exercer a profissão que aprenderam aqui”, disse Rollemberg.

Cinquenta e um alunos estão matriculados na atividade. É o terceiro módulo do curso desde que foi lançado, em novembro de 2016. Cada um tem duas turmas, uma no turno matutino e outra no vespertino. Setenta e duas pessoas já foram aprovadas no curso.

A utilização da energia solar é uma tendência mundial. “Especialmente em Brasília, onde temos muito sol na maior parte do ano”, avalia o governador. “Estamos contratando um estudo para que a área do lixão [que será desativado em janeiro de 2018] possa ser utilizada, por exemplo, para abrigar placas solares.”

Rollemberg acrescentou ainda que há empresas interessadas em instalar as placas na superfície de reservatórios hídricos, como do Descoberto. “Além de gerar energia, isso vai reduzir a evaporação de água”, disse.

O que é a Fábrica Social

A Fábrica Social tem como objetivo promover a inclusão socioprodutiva e difundir a economia solidária, por meio da educação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Há 636 alunos inscritos em cursos de formação profissional nas áreas:

   Confecção de vestuário, acessórios e materiais esportivos

   Construção civil

   Produção e cultivo de alimentos saudáveis

   Marcenaria criativa

Greve no Metrô e na CEB

Questionado sobre a greve dos funcionários da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), iniciada hoje, e da Companhia Energética de Brasília (CEB), parados desde segunda-feira (6), o governador disse contar com o bom senso das categorias.

“O governo está sempre aberto ao diálogo. [No caso do Metrô], atendemos a uma reivindicação do sindicato: que era a contratação de novos metroviários. Já publicamos a nomeação dos primeiros 63 — o processo terá três etapas.”

O chefe do Executivo local espera que a categoria cumpra o que foi determinado pela Justiça, de com 90% da capacidade nos horários de pico, 60% nos outros períodos e 100% nos dias de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em relação à CEB, o governo apresentou proposta de recomposição salaria pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). “Especialmente nesse período de fortes chuvas, é muito importante retomar o trabalho.”

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EDUCAÇÃO

A receita para uma fala de impacto

Profissionais dos mais diversos ramos podem ser convocados para fazer algum tipo de apresentação perante a própria equipe, a diretoria da firma, um grupo de alunos e visitantes ou o público de um congresso. Apenas ser extrovertido não basta para garantir boa performance. Do mesmo modo, só dominar o assunto, sem técnica para expor, não é suficiente. Confira dicas de especialistas sobre o tema

Em algumas carreiras, falar em público faz parte da rotina — é o caso de professores e palestrantes. No entanto, mesmo quem exerce outras atividades (independentemente da área de formação ou do ramo de atuação) pode ser, com mais ou menos frequência, convocado para dar uma palestra. A própria equipe, a diretoria executiva, todos os funcionários da organização, um grupo de visitantes e participantes de um congresso estão entre os prováveis espectadores. Para os mais retraídos, a simples ideia de se apresentar perante um grupo causa calafrios, mesmo quando dominam o assunto a ser tratado. Os mais extrovertidos podem acreditar que estão com a vida feita. No entanto, apenas ficar à vontade em frente a uma plateia não é suficiente para garantir que farão uma apresentação a contento. Segundo especialistas, todos são capazes de atingir bom desempenho — basta treinar e munir seu discurso dos elementos necessários.

O problema é que identificar quais são eles não é tarefa das mais fáceis. A equação é complexa, pois o tom deve mudar conforme a plateia, o ambiente e o assunto. Então, qual é o segredo para impactar positivamente o público no palco? A lista de ingredientes é ampla e envolve dominar o assunto, adotar abordagem que combine com você, transparecer paixão pelo tema e vontade de sensibilizar os presentes. Há ainda erros dos quais é preciso fugir, como o discurso de vendedor. Por mais que o apresentador suba ao palco com objetivo de vender um produto, ele deve estar lá com a intenção de dar algo, não de receber. É preciso evitar dramaticidade ou sensacionalismo para convencer os participantes. Aprofundar-se nos tópicos mais relevantes, evitando a superficialidade, também é fundamental para o sucesso de uma apresentação.

Pernas bambas, gagueira e esquecer o que precisa falar: esse era o sofrimento de Cida Xavier, 40, todas as vezes que precisava se apresentar em público. O pavor tomava conta até nas apresentações de trabalhos durante a faculdade de publicidade e propaganda. “Sempre sentei no fundo da sala de aula para não chamar atenção”, lembra. Desde 2015, é analista de recursos humanos na Faculdade LS e diz ainda sentir frio na barriga todas as vezes que precisa subir ao palco. “Mas agora tenho a consciência de que posso fazer isso”, conta. No emprego, ministra treinamentos e, de vez em quando, palestras motivacionais. Como também é coach, esporadicamente é convidada para falar em outros locais.

O primeiro convite surgiu em 2013. A proposta veio de uma amiga que tinha uma equipe de enfermeiros desmotivada. A missão era dar ânimo para o grupo. “Mal dormi na noite anterior à palestra e torci para que a enfermeira-chefe desistisse da missão”, confessa. Apesar do nervosismo, o discurso, feito para cerca de 40 pessoas, foi bem-sucedido. “Foi ali que percebi que eu era capaz”, recorda ela, que foi dona de uma loja de roupas e trabalhou como vendedora numa operadora de telefonia. Em suas apresentações, Cida não costuma usar slides, pois esse recurso a desconcentra. “Faço um estudo prévio e um roteiro do que vou falar, mas tudo pode mudar, dependendo da interação do público”, explica.

“As pessoas percebem quando falamos de maneira mecânica ou superficial. Por isso, trago exemplos de vida ao falar sobre empreendedorismo, impacto da tecnologia nas nossas vidas ou gestão pública moderna e eficiente”, explica Thiago Jarjour, 34 anos, secretário adjunto de Trabalho e Empreendedorismo do Governo de Brasília. Por causa da função, ele passou a ser requisitado para diversas apresentações. Só na edição da Campus Party em Brasília, em junho, ministrou quase 100 palestras sobre tecnologia. Ele se orgulha do fato de ninguém ter deixado uma apresentação dele no meio este ano. “É um bom sinal”, comemora. Thiago nunca fez treinamento formal para a atividade e aprendeu o que funciona para ele na prática. Dominar o que fala é o ponto-chave, na opinião do secretário. “Falar com o coração, estudar e se aprofundar no assunto, além de criar um roteiro de apresentação” são outros truques para impactar a audiência.

Depois de 20 anos na assessoria jurídica do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Kátia Machado se desencantou com o funcionalismo público e resolveu abandonar a carreira. Abriu uma loja de chocolates, mas descobriu que aquilo também não era para ela. Entretanto, com a experiência, adquiriu conhecimento sobre empreendedorismo e passou a repassar saberes em palestras. Nas primeiras apresentações, a sócio fundadora da K&P Educação Executiva e idealizadora do curso “Bravo! Experiência de palestra sentia bastante medo de enfrentar o temido “branco” durante as falas. Depois de palestrar para um grupo de microempresárias, Kátia conseguiu, finalmente, se sentir à vontade em cima do palco. “Tudo mudou porque foi o dia em que percebi o quanto era importante passar informação útil para a audiência”, lembra. A bacharel em direito e em letras, com especializações em storytelling, design thinking e liderança, não gosta de usar slides na apresentação e, caso recorra ao recurso, utiliza apenas para exibição de imagens, sem texto. Ela aposta mais em vídeos e na conexão com os participantes. “Apesar de as minhas palestras serem de conteúdo, não motivacionais, ainda preciso que sejam inspiradoras”, define.

Habilidade importante

Coach, mentor e formador de palestrantes, Joel Ruocco defende que saber se comunicar bem, seja numa palestra, seja em outros contextos, ajuda a transparecer a competência de um trabalhador. “Todo mundo tem algum conhecimento útil — quem não o compartilha está desperdiçando. Além disso, não basta ser bom em algo se as pessoas não souberem disso”, alerta o fundador da escola ApresentArte. Silvia Noara Paladino, cofundadora da agência Essense, especializada em storytelling focada em líderes e formadores de opinião, concorda e alerta que a importância dessa habilidade não deve ser menosprezada. “Conseguir palestrar bem tem muito a ver com a capacidade de vender uma ideia e isso acaba sendo importante para todo mundo”, afirma a jornalista, especialista em escrita criativa pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.

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GLOBO.COM

 

EDUCAÇÃO

Após carta racista, estudante indígena faz Enem para incentivar irmã a entrar na universidade

Após receber uma carta com ofensas racistas, a universitária de pedagogia Kethyla Taiane Shawanava de Almeida, de 18 anos, está fazendo o Enem para incentivar a irmã, Jhenifer Nayane Shawanava de Almeida, de 16 anos, que está no terceiro ano e pretende ingressar na Universidade Federal do Acre (Ufac).

As irmãs, que estudaram juntas para o exame, ficaram na mesma sala na Escola São José. Kethyla conta que resolveu fazer a prova para incentivar a irmã e dar mais segurança para ela. “Ela tava muito nervosa, com muito medo de não passar para o que queria. Então, decidi me inscrever e estudar com ela para fazer o Enem”, disse.

Jhenifer conta que o grande sonho sempre foi cursar direito e disse que o medo é de não conseguir entrar para o curso. Apesar da insegurança, ela diz que encontrou na família o apoio que precisava.

“Eles são tudo.A mana está fazendo a prova por minha causa e me ajudou a estudar e tirava minhas dúvidas Isso significa muito mesmo para mim”, conta.

Kethyla disse que, após o ocorrido, quando recebeu a carta com ofensas na Ufac, sentiu medo pelos irmãos, porque a família nunca tinha passado por nada parecido. “Não consigo nem imaginar algo do tipo acontecendo com meus irmãos, acho que não vai acontecer, mas medo a gente sempre tem. Fico pensando que poderia ter sido um deles e isso dói”, conta.

Jhenifer conta que ficou muito irritada com as coisas escritas na carta. “Sempre tive ela como inspiração, ela é a mais velha, então, é meu espelho e saber que algo feriu quem você admira dessa forma dá uma raiva grande, mas ela sabe que temos uma a outra, ela é minha melhor amiga”, afirma.

Kethyla procurou a Polícia Federal após encontrar a carta com ofensas racistas contra ela embaixo do caderno. A carta é carregada de discurso de ódio e ofensas contra a descendência e cultura indígena da estudante.

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MEC

Post em página do governo gera críticas por conteúdo machista e racha equipe no Planalto

Uma das páginas nas redes sociais usadas oficialmente pelo governo tem gerado críticas e provocou um racha entre integrantes da equipe do presidente Michel Temer, após ter publicado um post com conteúdo machista.

(Atualização: após a publicação deste texto, o post foi retirado da página oficial do governo na qual tinha sido divulgado. Este texto foi atualizado às 20h14.)

Na publicação de 31 de outubro (veja na imagem acima) o governo dá dicas de como se preparar para o Enem, mas usa um casal de namorados para fazê-lo.

No exemplo do governo, o namorado é o estudante, e a namorada é uma maratona de séries.

Mas a imagem mostra o estudante (namorado) olhando para outra mulher – retratada como o Enem – enquanto é observado com olhar de reprimenda pela namorada.

A comunicação do governo é responsabilidade da Secretaria de Comunicação Social, mas desde agosto as redes sociais estão sob os cuidados do marqueteiro Elsinho Mouco.

Mouco foi contratado pela empresa Isobar, que tem um contrato milionário com o governo.

Mouco é também o marqueteiro do PMDB e fez as campanhas de Temer quando ele foi vice de Dilma Rousseff.

A divisão de tarefas provocou um racha no Planalto.

E, nas últimas semanas, as críticas ao trabalho de Mouco se intensificaram após o post de cunho machista ter sido publicado em uma das páginas oficiais do governo.

A produtora da TV Globo Roniara Castilhos questionou oficialmente o Palácio do Planalto sobre o post e também a respeito da página.

A assessoria do Planalto confirmou que a página é um canal oficial do governo. Hoje, o governo tem dois canais oficiais nas redes sociais, segundo auxiliares do presidente.

O Planalto justificou informando o seguinte:

"O post usa um meme, difundido em milhares de outras postagens entre o público ao qual se destina a peça em questão: estudantes que irão participar do Enem. Não houve intenção de utilizar linguagem imprópria ou provocar qualquer tipo de ofensa. Apenas buscou-se interação, bom humor e descontrair alunos que, neste período, estão sempre tensos em razão da pressão por resultados."

Procurado pelo blog, o marqueteiro não respondeu.

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EDUCAÇÃO

Após aprovação do Novo Fies no Senado, MEC confirma oferta de 310 mil contratos de financiamento em 2018

Horas depois que o Senado Federal aprovou a medida provisória do Novo Fies, nesta quarta-feira (8), o Ministério da Educação confirmou que vai oferecer 310 mil vagas para contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2018. Dessas, 100 mil serão destinadas a estudantes de baixa renda das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, com taxa de juros real igual a zero. Atualmente, a taxa é de 6,5% ao ano. A proposta aprovada agora segue para sanção presidencial.

Em julho, quando anunciou a medida provisória, o governo federal havia anunciado a oferta mínima das 310 mil vagas, mas, a partir de 2018, os recursos para o financiamento não sairão mais apenas da União. "As vagas anunciadas para 2018 foram resultado das negociações já realizadas com os diversos parceiros. Elas podem apenas aumentar", afirmou o MEC, na época.

O preenchimento das vagas, porém, depende da demanda dos estudantes.

Três modalidades

A mudança faz parte da reformulação do programa, que, a partir de 2018, dividirá as vagas em três modelos de contrato. Veja abaixo como ficam as modalidades após a aprovação no Congresso:

Fies 1 (sucessor do atual modelo)

   Para estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos per capita

   Taxa de juros real igual a zero

   Acaba a carência de 18 meses após o fim do curso e o estudante terá que começar a pagar assim que se formar

   Os recursos virão de um Fundo Garantidor, mantido obrigatoriamente pelas faculdades, que terão que fazer aportes proporcionais à sua taxa de inadimplência. A União está autorizada a colocar até R$ 3 bilhões nesse fundo. O texto-base previa que a União não poderia fazer aportes adicionais, mas esse trecho foi retirado do projeto.

Fies 2 (nova modalidade)

   Para estudantes com renda familiar de até 5 salários mínimos per capita

   Taxas de juros usadas para empréstimos dos fundos regionais, hoje na ordem de 2,5% a 3%

   Os recursos virão de bancos regionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e os fundos constitucionais de financiamento dessas regiões. Os empréstimos serão geridos por esses bancos

   Os financiamentos só poderão ser concedidos nessas regiões. O objetivo é diminuir as desigualdades regionais.

Fies 3 (nova modalidade)

   Para estudantes com renda familiar de até 5 salários mínimos per capita

   Recursos virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os contratos serão geridos por bancos privados.

   Financiamentos poderão ser concedidos para estudantes de todo o país.

Fontes de recursos diferentes

As três modalidades terão fontes de recursos diferentes, segundo explicou o MEC. No Fies 1, os recursos deste financiamento serão provenientes da União. "Já as modalidades dois e três estão destinadas a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos. Terão como fonte de financiamento recursos de fundos constitucionais, no caso da modalidade dois, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na modalidade três."

Fim da carência

Outra mudança é a que acaba com a carência de 18 meses após o término do curso para o estudante começar a pagar as parcelas do financiamento. Agora, ele começará a pagar assim que se formar, mas a parcela será proporcional à renda e ao valor do curso.

Caso o estudante não tenha emprego, o valor da parcela será proporcional ao que ele vinha pagando durante o curso (taxa operacional do banco, seguro de vida e uma co-participação).

Senadores tentaram restabelecer a carência, mas o destaque (sugestão de alteração) apresentado pela bancada do PT foi rejeitado.

Desconto na folha de pagamento

A MP também prevê que, se o estudante quiser, as parcelas poderão ser descontadas da folha de pagamento até o limite de 20% da sua renda.

A proposta cria o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), que será de adesão obrigatória pelas faculdades participantes e terá como objetivo garantir o crédito do programa.

A União poderá investir, mas o fundo será mantido pelas instituições, que deverão fazer aportes proporcionais à sua taxa de inadimplência.

Originalmente, o projeto previa ainda que o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pudesse ser usado para pagar o Fies, mas esse dispositivo foi retirado durante análise na Câmara dos Deputados.

Programa para reduzir inadimplência

A proposta aprovada cria o Programa Especial de Regularização do Fies para tentar reduzir a inadimplência – atualmente, segundo o MEC, ela é de 46,4%. Por esse instrumento, os estudantes com parcelas vencidas até 30 de abril de 2017 poderão renegociar as suas dívidas pagando 20% do saldo em cinco parcelas e o restante em até 175 parcelas.

O texto-base já previa o programa, mas o PT aprovou uma emenda detalhando as modalidades de pagamento e incluiu 31 de setembro como data de adesão.

Durante votação na Câmara, o ministro da Educação, Mendonça Filho disse aos jornalistas que esse trecho será vetado e a data será definida por meio de uma resolução.

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FOLHA.COM

 

EDUCAÇÃO

Redução de 'novos surdos' e evasão explicam tema da redação do Enem

Tema da redação do Enem, o "desafio da formação educacional de surdos" foi ilustrado na prova com um gráfico indicando uma queda de matrículas entre esse público –algo que nem o Ministério da Educação soube explicar.

Agora, tabulações feitas pela Folha nos microdados do censo escolar jogam luz sobre o que de fato ocorreu. Ao mostrar uma redução de 23% no universo de estudantes surdos de 2011 a 2016, o gráfico dá a entender que esse público estaria deixando a escola. Mas esse é apenas um entre dois outros fatores: a queda no número de alunos que adquirem a surdez ao longo da vida e a própria transição demográfica por que passa o Brasil.

A mudança do perfil populacional atinge todo o país: com menos crianças em idade escolar, houve uma queda geral de 5% nas matrículas da educação básica de 2011 a 2016. Essa redução ocorreu entre crianças com e sem deficiência e ajuda a explicar uma parte do que está acontecendo com os surdos.

Um outro fator, porém, é específico dessa deficiência. Todos os anos, pessoas que não eram surdas perdem a audição. Desde 2012, isso ocorre cada vez menos nas escolas, segundo os registros do censo da educação básica. O levantamento é coordenado pelo Inep, instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação. Nele, cada escola do país preenche um cadastro que inclui a eventual deficiência de cada aluno.

Esses dados mostram que a quantidade de estudantes que antes tinham audição e, depois, passaram a ser classificados como surdos caiu 44% daquele ano para 2016 –de 4.927 para 2.743, ou de 14% para 10% do total de estudantes surdos.

Um fator que pode ajudar a entender essa queda é o maior acesso a tratamentos, afirma José Ricardo Gurgel Testa, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia.

Ele explica que grande parte dos casos de surdez adquirida é causada por infecções bacterianas, como a meningite. "Esses casos têm diminuído com o uso de medicamentos cada vez melhores e com um maior acesso da população a eles", afirma.

Além disso, também tem se disseminado o uso de tecnologias que amplificam a audição, algo que pode interferir na forma como os alunos com deficiência são retratados no censo pelas escolas. É o caso do implante coclear, feito na parte interna da orelha.

Ele não dispensa a necessidade de atendimento especial ao aluno, já que, principalmente no início, o recém implantado enfrenta dificuldades para entender os sons.

O atendimento especializado aos surdos, porém, tem falhado no Brasil, de acordo com educadores e estudantes com a deficiência.

As dificuldades vão desde o professor virar as costas para o aluno que precisa de leitura labial até a falta de tradutores de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e de material didático diversificado para esse público.

A falta de preparo das escolas para receber os surdos é apontada como um dos fatores que aumenta a evasão escolar desse grupo.

Para dimensionar o tamanho do problema, a Folha verificou a trajetória escolar de todos os alunos que tinham até 11 anos de idade em 2011. Isso é possível porque cada estudante tem um código único no censo.

Cinco anos depois, 15% dos alunos surdos não estavam mais na escola. Entre os que não tinham a deficiência, o índice era de 9%.

Para Martinha Clarete Dutra dos Santos, ex-diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, é preciso investir em formação de professores e intérpretes e mudar a cultura das escolas, acostumadas ao atendimento "padronizado".

Em sua opinião, porém, a evasão não pode servir de pretexto para que alunos surdos voltem a ser segregados em classes exclusivas, como antes ocorria no país.

"Historicamente, esse tipo de política sempre resultou em marginalização, e o Brasil assumiu diversos compromissos internacionais de reverter isso", diz ela, atualmente pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). "Apartar [os alunos surdos dos demais] é uma afronta aos direitos humanos. A inclusão é fundamental para as pessoas com e sem deficiência."

DEFICIÊNCIAS

Também a partir dos dados do censo escolar, estudo feito pelo movimento Todos pela Educação mostra que a redução do número de matrículas entre 2011 e 2016 ocorreu não só entre surdos, mas também entre pessoas com deficiência auditiva (queda de 3%), surdocegos (32%), cegos (10%) e pessoas com baixa visão (8%).

O movimento vai na contramão do que aconteceu com outros grupos de crianças com necessidades especiais. Entre autistas, por exemplo, houve alta de 169% nas matrículas, atribuída não só à inclusão, mas também a uma possível ampliação do diagnóstico.

Entre pessoas com deficiência física, também houve aumento, de 22%. Uma possibilidade levantada é que a adaptação para pessoas com deficiência física exija da escola um esforço que pode ser concentrado: feita a intervenção de infraestrutura necessária (elevador, por exemplo), resolve-se boa parte do problema da acessibilidade –ainda que seja preciso avançar mais nesse setor.

Já com outros grupos, como o dos surdos, há necessidade contínua de formação de profissionais e de atenção individual ao aluno.

Chama a atenção também no estudo do Todos pela Educação a idade avançada de ingresso no ensino fundamental entre alunos com necessidades especiais: 9,6 anos, quase três a mais do que os demais estudantes.

Para Priscila Cruz, presidente-executiva da entidade, o país deveria aproveitar que a discussão virou o centro das atenções para fazer um diagnóstico preciso da educação especial e adotar medidas de formação e infraestrutura.

"Esse tem sido um tema jogado para baixo do tapete em um momento em que o país tem dificuldade de avançar em grandes médias", diz Cruz, ressaltando a importância de a escola fazer um esforço para lidar com as diferenças entre os estudantes.

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EDUCAÇÃO

Senado aprova projeto que permite renegociação de dívida estudantil

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a medida provisória do novo Fies, o programa federal de financiamento estudantil para o ensino superior.

Pelo texto aprovado na Câmara e no Senado, os estudantes com contratos em atraso poderão renegociar seus débitos. Como os senadores não alteraram o texto, a MP segue para sanção do presidente Michel Temer (PMDB).

Uma das mudanças no Fies é que não haverá mais carência de 18 meses para que o estudante comece a pagar o financiamento, após o término de seu curso. O fim dessa previsão foi criticado por senadores do PT, como Lindbergh Farias (RJ).

A relatora do projeto, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), minimizou as críticas e disse que apesar do fim do prazo o pagamento só terá início quando o estudante conseguir seu primeiro emprego. O Congresso aprovou o refinanciamento de débitos com pagamento de 20% do valor em até 5 parcelas e, depois, o restante em até 175 meses, com desconto a depender do modelo escolhido.

A taxa de juros no financiamento –atualmente os juros anuais são de 6,5%– foi reduzida a zero para os beneficiários com menor renda. Em julho, o governo do presidente Michel Temer anunciou a proposta de novo modelo de Fies, sob o argumento de que o modelo anterior era insustentável.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, esteve presente na votação tanto na Câmara quanto no Senado.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.


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