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ENSINO

“O engenheiro tem que ser técnico”

Publicado: Quinta, 24 de Outubro de 2024, 13h27 | Última atualização em Sexta, 25 de Outubro de 2024, 01h36

Sebastião Geraldo Guimarães Júnior, egresso dos cursos de construção do Câmpus Formosa, participa do projeto Movimenta Construção

Egresso ministra palestra para cursos de Edificações e Engenharia Civil
Egresso ministra palestra para cursos de Edificações e Engenharia Civil

Um bocado de experiência na área da construção civil, apesar de ainda jovem, é o que acumula o ex-aluno do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), Sebastião Geraldo Guimarães Júnior. O engenheiro civil participou como palestrante do projeto de ensino Movimenta Construção, na última segunda-feira (21), e compartilhou sua trajetória com estudantes dos cursos de Bacharelado em Engenharia Civil e Técnico Integrado em Edificações.

Sebastião apresentando trabalho em congresso internacional
Sebastião apresentando pesquisa em congresso internacional

Sebastião é “filho” do Câmpus Formosa. Boa parte do seu percurso de formação foi no IFG. O egresso aprendeu conceitos básicos cursando o Técnico Integrado ao Ensino Médio em Edificações, no tempo em que ainda eram quatro anos. Ele integrou uma das primeiras turmas de ensino médio do Câmpus, em 2011. Em seguida, em 2015, aprofundou os conceitos ingressando no curso da casa, Bacharelado em Engenharia Civil. Em 2018, durante a graduação, ele submeteu seu trabalho de iniciação científica ao 61° Encontro Anual/XIII Congresso  Geologia de Engenharia para um Mundo Sustentável (61st Annual Meeting/XIII IAEG Congress Engineering Geology for a Sustainable World) e partiu para a Califórnia, Estados Unidos, para defender o único trabalho de graduação presente, em meio a teses de doutorado e pós-doutorado.

Incansável na busca por conhecimento, o engenheiro passou a se especializar cada vez mais, conforme, segundo ele, foi encontrando desafios na carreira profissional. Tornou-se pós-graduado em Planejamento e Orçamento de Obras, pós-graduado em Patologia das Construções, pós-graduado em Gestão de Projetos e em Segurança no Trabalho, e atua como gerente de engenharia na Plena Incorporação. Mas não parou por aí. Em julho de 2025, seguirá para os Estados Unidos para fazer MBA em Gestão, pela Universidade de Akron, em Ohio.

 

Conhecimento

Com conhecimento de causa por ter formação técnica e superior, o profissional afirmou que “o engenheiro tem que ser técnico”. Para ele, foi fundamental a aprendizagem obtida durante o curso integrado em Edificações: “O técnico sai com conhecimento agregado muito importante, de vivência de obra, de projeto, com entendimento básico de estruturas”. “Entender de norma, entender como executa é muito importante”, afirmou.

Sebastião considera dois elementos valiosos na formação acadêmica de um profissional da área: os projetos de pesquisa e o estágio. Na iniciação científica, ele começou ainda no ensino médio, mas deu sequência na graduação. Para ele, o estudo por meio da pesquisa possibilita a prevenção de problemas que podem ser encontrados mais à frente, no trabalho de campo.

Ao lado da pesquisa, ele destacou o estágio. Conforme o relato, cerca de 80% do tempo em que passou no IFG contaram com estágios em empresas de ramos diversos, “obras metálicas, fábrica de materiais pré-moldados, obra residencial, obra horizontal, vertical, e consegui me encontrar na execução de projetos”. “A gente tem que experimentar para saber se gosta”, sugeriu.

 

Desafios

Os Desafios da Engenharia em Formosa, tema da palestra, são muitos, segundo Sebastião. Eles vão desde as relações interpessoais ao pós-obra. O planejamento e o orçamento foram pontos delicados também citados. “Ter prazo e ter um custo, e saber administrar esta balança não é tão fácil quanto parece. O que é mais importante? Prazo ou orçamento? Você descobre que são os dois”.

Qualidade da mão de obra dos profissionais foi outro problema pautado. “A mão de obra às vezes acaba aprendendo com vícios”. Um processo de aperfeiçoamento profissional na empresa por meio de capacitação e da criação de um setor de controle de qualidade pode ser uma solução para este problema.

 

Presença feminina

“O campo da construção civil é extremamente machista” de acordo com Sebastião. As profissionais mulheres devem “conseguir se impor para as pessoas entenderem a sua atribuição ali”. Quando isso acontece, segundo ele, “o pessoal de obra respeita mais as mulheres, ouve mais as mulheres e consegue ter uma boa relação”, mas o engenheiro salienta a necessidade do cuidado com a forma de abordagem. Outro ponto positivo que ele destaca nas profissionais é a organização e a facilidade de trabalhar. “As mulheres têm, sim, que querer entrar em campo e se impor neste ambiente”.

Por fim, o egresso enfatizou o papel do conhecimento na carreira profissional.  “O estudo contínuo, a necessidade de estudar, de não parar de estudar é gigantesca. O profissional fica para trás, as demandas mudam muito e a gente precisa se adaptar a isso”.

 

Movimenta Construção

O projeto de ensino Movimenta Construção tem como objetivos promover a integração entre os alunos dos cursos Técnico Integrado em Saneamento, Edificações - EJA e Engenharia Civil do Câmpus e estimular o engajamento com a área, abordando temas relevantes para o mercado de trabalho local, por meio de palestras, divulgações por rede social e e-mail, e competições estudantis.

A palestra ofertada nesta semana é a segunda atividade proposta pelos coordenadores do Movimenta Construção, professores Alécio Junior Mattana, Agno Alves Vieira, Divino Gabriel Lima Pinheiro e pela aluna de Engenharia Civil, Ângela Gabriele Dias França. A execução do projeto teve início durante o período do movimento grevista dos servidores da educação pública da rede federal.

 

Siga o perfil do Movimenta Construção (@movimentaeng_ifg), no Instagram.

 

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Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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