Goiânia, 12 de janeiro de 2017
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Autarquia completa 80 anos com série de eventos comemorativos
Recursos de R$ 9,5 milhões vão atender 16 mil estudantes carentes, indígenas e quilombolas
UOL EDUCAÇÃO
'Ninguém sabe como formar professores inovadores', diz educadora americana
Piso salarial dos professores terá reajuste de cerca de 7,5%
GLOBO.COM
Faculdade do RS suspende matrícula de alunos que fizeram críticas na web
FOLHA.COM
Como lidar com o uso do videogame durante as férias das crianças?
N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Quinta-feira, 12/01/2017
INEP
Autarquia completa 80 anos com série de eventos comemorativos
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) completa 80 anos de fundação nesta sexta-feira, 13. Neste dia, às 9h30, será hasteada a primeira bandeira oficial da autarquia. Em seguida, às 10h, haverá uma solenidade no auditório do Inep, em Brasília, para abrir as celebrações.
Durante a cerimônia, a ser conduzida pela presidente Maria Inês Fini, com a presença de autoridades, será apresentada a marca comemorativa dos 80 anos da autarquia. Os Correios vão divulgar um selo postal e um carimbo comemorativo relacionados às festividades.
No mesmo dia, será anunciado o Prêmio Inep de Jornalismo – Avaliações e Estatísticas Educacionais, que visa estimular a reflexão sobre as informações geradas pelo instituto. Além disso, irá ao ar o novo portal do Inep na internet.
Os profissionais que trabalharam no Inep nos primeiros anos de funcionamento serão homenageados. Carlos Teixeira, filho de Anísio Teixeira, educador brasileiro que foi diretor do Inep e teve seu nome incorporado ao do instituto, receberá um troféu em reconhecimento à atuação do pai.
A história da fundação do Inep será contada em uma Mostra Histórica. Um dos destaques é a foto da primeira equipe de servidores em frente à sede original da autarquia no Rio de Janeiro. A Orquestra de Câmara da Academia Brasiliana vai encerrar a solenidade com uma apresentação musical.
Projeto – Para divulgar e recordar as oito décadas de atuação da autarquia, foi criado o Projeto Inep 80 anos, um conjunto de ações voltadas a conservar a memória coletiva do instituto. As atividades seguem até 30 de julho de 2018.
Entre elas, estão eventos comemorativos locais, nacionais e internacionais, abertos à sociedade, para homenagear e debater a trajetória do Inep e da educação no Brasil. Também serão lançadas publicações associadas à história e à contribuição da autarquia.
Ao longo desse período, haverá mostras e exposições baseadas em pesquisas em fontes bibliográficas e documentais, disponíveis no Centro de Informação e Biblioteca em Educação do Inep e em outros acervos sobre a educação brasileira. Serão realizados, ainda, encontros de memória – debates entre diferentes gerações de pessoas envolvidas com a autarquia. Por fim, será aberto um canal temporário de participação social voltado a professores e estudantes da educação básica e superior, servidores da área educacional e cidadãos, para recolher sugestões de inovação das ações do Inep.
História – O Inep foi fundado em 13 de janeiro de 1937 com o nome de Instituto Nacional de Pedagogia, como resultado de uma reforma do Ministério da Educação e Saúde Pública no governo de Getúlio Vargas. A Lei nº 378/37 criou um órgão “destinado a realizar pesquisas sobre os problemas do ensino, nos seus diferentes aspectos”.
No ano seguinte, tornou-se Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, com as competências e a estrutura definidas pelo Decreto-Lei nº 580, de 30 de julho de 1938. O primeiro diretor do instituto foi o educador Lourenço Filho; as atividades se realizavam no conjunto do Calabouço, no Rio de Janeiro. Só em 1972, o Inep recebeu o nome atual: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Em 1997, foi reestruturado e virou autarquia.
Ao longo de oitenta anos, o Inep consolidou-se como referência em políticas públicas educacionais no Brasil pelas informações que produz. Entre as principais ações da autarquia estão as avaliações da educação básica e superior, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O instituto também é responsável pelas estatísticas e índices educacionais, como o censo da educação básica e o da educação superior, além do cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Assessoria de Comunicação do Inep
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BOLSA-PERMANÊNCIA
Recursos de R$ 9,5 milhões vão atender 16 mil estudantes carentes, indígenas e quilombolas
O estudante Poran Potiguara tem um objetivo: ser professor e dar aula ao “seu povo”, como gosta de falar. Aluno do curso de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB), ele é um dos beneficiados pelo programa Bolsa-Permanência em instituições federais brasileiras de ensino. A ação é destinada a prestar auxílio financeiro a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, indígenas e quilombolas. Na terça-feira, 10, o Ministério da Educação repassou R$ 9,5 milhões ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que vai administrar o pagamento a 16 mil cadastrados.
Na comunidade indígena Potiguara, no litoral da Paraíba, 350 jovens estudam em universidades federais graças ao incentivo que recebem do programa. “Fui exatamente o milésimo indígena a conseguir a bolsa”, celebra Poran Potiguara. “Depois que me formar, quero dar aula aos jovens do meu povo.”
O gestor ambiental Adalberto Chaves, ex-aluno da mesma universidade, também contou com a bolsa para conseguir o tão sonhado diploma. “Eu vim de uma família de oito irmãos e fui o primeiro a me formar”, conta. Filho de pai agricultor e mãe dona de casa, o jovem saiu de Santa Filomena, no Piauí, em busca de um sonho e conseguiu mudar sua história. “A Bolsa-Permanência permitiu mudar minha realidade, que provavelmente seria eu me tornar agricultor, como meu pai”, afirma. “Hoje, sou formado, trabalho, sou independente e feliz. Um orgulho para minha família e um exemplo pra todo mundo.”
De acordo com o diretor de políticas e programas de graduação do MEC, Vicente Almeida Júnior, a bolsa visa a custear os gastos durante os cursos de graduação, como transporte, alimentação e moradia. “O programa é um auxílio financeiro concedido aos estudantes para contribuir na permanência deles nos cursos superiores, bem como na sua diplomação”, explica.
Os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica recebem auxílio de R$ 400. Para os estudantes indígenas e quilombolas, o valor concedido é de R$ 900, por terem prioridade constitucional e por algumas especificidades em relação à organização das comunidades, como condição geográfica e costumes.
Para esses estudantes, a concessão do benefício independe da carga horária. As inscrições podem ser feitas duas vezes ao ano. Aos demais, é necessário comprovar renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, ter pelo menos cinco horas de aula por dia e não ultrapassar dois semestres além do tempo regulamentar para obter o diploma.
“O programa é altamente importante porque ajuda os estudantes a permanecer e a concluir os seus estudos nas universidades. São pessoas que, do ponto de vista socioeconômico, não teriam condições de acesso à educação superior e muito menos de permanecer nele”, afirma Vicente Junior.
O programa Bolsa-Permanência tem como base de dados o cadastro de beneficiários das instituições de ensino. O sistema é validado mensalmente para maior precisão na previsão orçamentária do governo federal. Segundo informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, os valores vêm sendo pagos normalmente e não há risco de cortes futuros.
Assessoria de Comunicação Social
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UOL EDUCAÇÃO
Quinta-feira, 12/01/2017
EDUCAÇÃO
'Ninguém sabe como formar professores inovadores', diz educadora americana
Vinda de alguém que já trabalhou nas salas de aula, em uma grande empresa de tecnologia e no governo americano, a resposta de Karen Cator sobre como formar professores mais eficientes para o século é surpreendente: "Acho que ninguém descobriu ainda como fazer".
Segundo ela, os cursos superiores de Educação nos EUA e no Brasil enfrentam problemas semelhantes - mais teoria de ensino do que prática, além de pouca ênfase no uso da tecnologia para melhorar o aprendizado dos alunos. Mesmo que os novos professores já sejam nativos da era da internet.
"Além de conhecer a tecnologia, é preciso saber administrar uma sala de aula, arrebatar os corações e mentes dos alunos e engajá-los na resolução de problemas complexos usando a tecnologia. São habilidades diferentes", afirma.
Cator, que começou sua carreira como professora de escola pública no Alasca, tornou-se executiva da área de educação da Apple e, entre 2009 e 2013, foi diretora do Departamento de Tecnologia Educacional dos Estados Unidos, durante o primeiro governo Obama.
Atualmente, ela é CEO da organização sem fins lucrativos Digital Promise, que reúne educadores, empresários e pesquisadores para acelerar inovações no ensino usando a tecnologia. Ela veio ao Brasil em um evento do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), uma associação com objetivos semelhantes - aproximar as escolas da cultura digital dos alunos.
Confira os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil - Quais são os maiores desafios para o Brasil e outros países em desenvolvimento em usar tecnologia na educação? Por onde se deve começar?
Karen Cator - A educação pública no Brasil tem muito o que melhorar em termos de garantir que todos os estudantes tenham acesso a um ensino de qualidade. O que eu diria é que, como na maior parte do mundo, há boas iniciativas ocorrendo, mas não há muita equidade. Elas não são distribuídas igualmente.
O desafio real é dar acesso equitativo à tecnologia para todos os alunos, e em seguida melhorar a habilidade das pessoas de fazer bom uso deste acesso para uma educação de qualidade.
Uma das coisas que achamos que a tecnologia pode fazer é ajudar os professores a melhorarem e também o aluno, especialmente se o aluno está em um local sem um professor bem treinado.
Se eu e você precisássemos aprender algo novo hoje, provavelmente entraríamos na internet para procurar respostas, especialistas e recursos. A tecnologia primeiro dá a internet, com seus materiais, livros de domínio público, uma miríade de recursos que ajudam os alunos.
A segunda coisa é que ela oferece uma plataforma para publicar e conseguirfeedback. Alunos podem fazer um filme, compor uma música, fazer um trabalho. O site Kahn Academy, por exemplo, traz milhares de problemas de matemática que os estudantes podem praticar.
Que bons exemplos de uso da tecnologia da sala de aula os Estados Unidos podem fornecer?
Os EUA, assim como o Brasil e outros países, têm algumas escolas maravilhosas, alguns bolsões de excelência onde coisas inspiradoras e interessantes estão acontecendo em sala de aula.
Nesses lugares, vemos estudantes engajados na resolução de problemas complexos, em aprender o que chamamos de habilidades do século 21 e resolução de problemas. Eles estão usando tecnologia para ajudá-los a pensar em soluções.
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CORREIO BRAZILIENSE
Quinta-feira, 12/01/2017
EDUCAÇÃO
Piso salarial dos professores terá reajuste de cerca de 7,5%
O Ministério da Educação (MEC) deve anunciar amanhã (12) o índice de reajuste do piso salarial dos professores de 2017 que, de acordo com cálculos de entidades educacionais, deverá ser de aproximadamente 7,5%. Com isso, o menor salário a ser pago a professores da educação básica da rede pública deve passar dos atuais R$ 2.135,64 para um valor entre R$ 2.285 a R$ 2.298. Inicialmente, uma reunião com com representantes dos estados, municípios e trabalhadores para discutir o assunto estava marcada para amanhã, mas foi cancelada.
O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo aa regras da Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pela lei, o anúncio do reajuste deve ser feito sempre em janeiro. O ajuste deste ano deverá ficar 1,2 ponto percentual acima da inflação de 2016, que fechou em 6,29%.
A reunião é a primeira do ano do Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional, criado em 2015 com o objetivo de discurtir formas mais sustentáveis de pagar os professores. O Fórum é composto por representantes do MEC e por entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Crise
Para estados e municípios, em um contexto de crise orçamentária, o reajuste vai pesar nas contas. “Hoje, no Brasil, a grande dificuldade dos estados é conseguir responder às obrigações correntes. Temos pelo menos 15 estados que estão apresentando dificuldade para pagar os salários correntes, alguns precisam de renegociação de dívida com o governo federal”, afirma o diretor institucional do Consed, Antônio Neto. “Os estados estão apresentando dificuldade a qualquer tipo de reajuste do servidor público. Essa questão está diretamente ligada à dificuldade na arrecadação”.
Nos municípios, a situação é semelhante. “Nos dois últimos anos essa questão foi bastante complicada para os gestores municipais. O piso tem crescido, desde a criação, em velocidade maior que a inflação e maior que o crescimento real do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]”, diz o presidente da Undime, Alessio Costa Lima. Segundo ele, os municípios deverão apostar na gestão e reorganização das redes de ensino para cumprir o pagamento mínimo.
Para a CNTE, é preciso um esforço dos entes para garantir a qualidade da educação. “Precisa de muita determinação e muito compromisso com a educação por parte dos gestores públicos para entender que não vai ter educação de qualidade se não tiver professores e funcionários trabalhando com um salário decente. O reajuste deve ocorrer mesmo com toda a crise que possa estar acontecendo”, defende o presidente da confederação, Roberto Franklin de Leão.
Novas regras
Nem estados e nem municípios negam a importância do reajuste a da valorização dos professores, fundamentais para a melhoria da qualidade da educação. Os gestores defendem, no entanto, uma revisão da lei do piso, para que haja critérios de reajuste "mais factíveis" aos entes e que permitam um reajuste também para o restante da carreira.
A lei vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Pela lei, os demais níveis da carreira não recebem necessariamente o mesmo aumento. Isso é negociado em cada ente federativo.
“Defendemos o piso nacional, mas defendemos um mecanismo que seja compatível e tenha sustentabilidade financeira. Algumas possibilidades foram discutidas, mas o cenário econômico é outro e requer sentar à mesa e chegar a um reajuste compatível com a economia”, diz Lima. “Se não estabelecermos fontes claras de financiamento para que possamos organizar a educação do Brasil poderemos perder o bonde da história”, acrescenta Neto.
Já a CNTE defende a manutenção das regras atuais, que favorecem ganhos reais aos professores e a valorização desses profissionais. "De jeito nenhum vamos levar à reunião alguma proposta de mudança da lei”, diz Leão.
Valorização dos professores
Em 2009, quando a Lei do Piso entrou em vigor, o pagamento mínimo para professores passou de R$ 950 para R$ 1.024,67, em 2010, e chegou a R$ 1.187,14 em 2011. No ano seguinte, o piso passou a ser R$ 1.451. Em 2013, subiu para R$ 1.567 e, em 2014, foi reajustado para R$ 1.697. Em 2015, o valor era R$ R$ 1.917,78. Na série histórica, o maior reajuste do piso foi registrado em 2012, com 22,22%. No ano passado, o reajuste foi de 11,36%.
Apesar do crescimento, atualmente, os professores recebem o equivalente a 54,5% do salário das demais carreiras com escolaridade equivalente. A melhoria da remuneração dos professores faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE), lei que prevê metas para a educação até 2024. Até 2020, os docentes terão que ter rendimento equiparado ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Falta de dados
Não há oficialmente um levantamento que mostre com exatidão o valor da remuneração dos professores da rede pública no país, tanto nos estados, quanto nos municípios. No ano passado, a CNTE divulgou um levantamento no qual mostra que mais da metade dos estados brasileiros não cumpre o salário estipulado na Lei do Piso. Eram 14 os estados que pagam aos professores menos do que os R$ 2.135,64 por mês.
Para buscar mais transparência, o Ministério Público Federal assinou um acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para disponibilizar um sistema que estados e municípios possam informar o salário de cada professor. O cronograma para a implementação desse sistema vai até agosto de 2017.
Portal MEC
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GLOBO.COM
Quinta-feira, 12/01/2017
EDUCAÇÃO
Faculdade do RS suspende matrícula de alunos que fizeram críticas na web
Uma faculdade particular de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, suspendeu as matrículas de alunos que criticaram a instituição em uma rede social na internet. A direção diz que nove acadêmicos passarão por um procedimento administrativo por terem postado "mensagens ofensivas", mas uma estudante diz que há cerca de 20 pessoas nesta situação, e algumas temem perder as bolsas e os financiamentos do governo federal.
Uma das postagens foi feita por Carlita dos Santos Borba, aluna do sétimo semestre de Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria (Fisma). Ela diz ter escrito um texto após um professor ser demitido sem que os alunos fossem avisados. "O professor deu aula num dia e na outra semana não estava mais, com provas marcadas. Trocaram sem nos avisar. Eu achei um desrespeito, por isso fiz o desabafo", justifica.
Em um comentário de uma postagem da faculdade, Carlita relatou essa troca de professor e disse que o problema é recorrente. "Estou muito triste com esta situação, pois estou cursando Psicologia em uma instituição na qual os acadêmicos não são ouvidos, suas necessidades são ignoradas", diz trecho do texto.
Ela conta que, depois do desabafo, recebeu por e-mail o aviso de que teve a matrícula suspensa, mas sem uma explicação do motivo. Filha de Carlita, a advogada Lilian Borba diz ter pedido explicações à faculdade, mas não teve resposta. "Eles estão se comportando como uma criança de 12 anos que não sabe ouvir críticas", disse.
Carlita e Lilian contam que mais de 20 alunos que curtiram ou compartilharam a mensagem estão na mesma situação. Muitos têm financiamento estudantil, como é o caso de uma estudante que teme perder o benefício. "Sinto-me coagida, porque é o sonho da minha vida que está sendo ameaçado", diz a discente, que pediu para não ser identificada.
A direção da Fisma confirmou ter aberto um procedimento administrativo contra nove alunos, mas por causa de outras mensagens que seriam mais ofensivas, com palavras grosseiras, que estão no processo, mas foram apagadas das redes sociais. O diretor da instituição, Ailo Saccol, explicou ainda que o caso está sendo avaliado por uma comissão de professores, alunos e integrantes da comunidade, que analisará o parecer jurídico da instituição e ouvirá todos os estudantes.
"Eles estão denegrindo a imagem da instituição, dos professores e diretores que estão formando eles. Então eles estão denegrindo o próprio diploma", disse Saccol.
O diretor acrescentou a investigação deve ser concluída em 10 dias e que os alunos, se não forem punidos, poderão fazer a rematrícula até o dia 20 de fevereiro. A Fisma declarou também que está fazendo um recadastramento com todos os alunos que têm financiamento do Financiamento Estudantil (Fies) e bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), a pedido do Ministério da Educação, e que a solicitação de documentos aos alunos não tem relação com as mensagens postadas em redes sociais.
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FOLHA.COM
Quinta-feira, 12/01/2017
OPINIÃO
Como lidar com o uso do videogame durante as férias das crianças?
Algumas mães cujos filhos adoram jogar videogame, e que controlam rigorosamente os horários de jogo durante o período em que eles têm aulas, querem saber se podem liberar durante as férias e por quanto tempo ao dia. Como há muitas crianças nessa situação, vamos conversar sobre o tema.
Foi nos anos 1970 que esses jogos passaram a ser usados com frequência por crianças e adolescentes e, durante muito tempo, poucos estudos e pesquisas foram realizados para sabermos mais sobre o impacto deles na vida dos mais novos.
Hoje a situação é diferente, mas mais complicada. Temos pesquisas e estudos, mas estes não chegam às mesmas conclusões.
Alguns resultados permitem aos estudiosos e pesquisadores afirmar categoricamente que jogar videogame é prejudicial às crianças e aos adolescentes. Entre os efeitos negativos que eles apontam, os mais citados são o aumento da agressividade e o desenvolvimento da dependência do uso dos jogos eletrônicos, inclusive dos que estão na rede.
Mas há também os que afirmam que a prática de jogar não afeta em nada o rendimento escolar, o relacionamento familiar, o nível de agressividade e de atenção dos mais novos. Alguns estudos apontam, inclusive, que determinados jogos podem melhorar a socialização e até a cognição espacial dos jogadores. Permitir que os filhos joguem ou não, é uma escolha de cada família.
Impedir, pelo menos em casa, não fará mal algum a eles. Mas é bom saber que eles jogarão na casa de colegas e amigos, portanto sempre é bom conversar a respeito do tema dos jogos que eles conhecem. É que, a partir da década de 1990, jogos muito violentos foram –e seguem sendo– sucesso entre a garotada, e isso exige dos adultos orientações para que eles não confundam a realidade com o cenário dos jogos, ou seja, não achem "normal" agredir pessoas, por exemplo.
Permitir que os filhos joguem também não será prejudicial, desde que alguns pontos sejam ponderados. Vamos começar com a questão do tempo, que tanto preocupa os pais.
Há a orientação geral de que crianças e adolescentes não joguem por mais de uma hora seguida. Entretanto, esse tempo não pode ser aplicado para toda criança e todo adolescente porque para alguns será demais e, para outros, pouco.
Conhecer bem o filho e seu ritmo na vida ajuda bastante a determinar o melhor intervalo de tempo para ele. Mas, durante as férias, os pais podem dar uma relaxada e flexibilizar: permitir um pouco mais, ou o mesmo tempo duas vezes ao dia, por exemplo.
Jogar imediatamente antes do horário de se recolher pode prejudicar o relaxamento necessário ao sono, por isso, evitar esse horário é uma boa dica aos pais.
Finalmente, além de estar atentos ao conteúdo dos jogos, é importante também que os pais cuidem da postura das crianças e jovens enquanto eles se divertem no jogo, da distância do olho à tela do computador, principalmente, e da altura do som, caso eles usem fone de ouvido. Prevenir problemas posturais, da visão e da audição dos mais novos nesses tipos de jogos é fundamental!
Não é fácil tutelar os filhos com tantas tentações gostosas disponíveis a eles, não é verdade? Mas é melhor acompanhar, orientar e restringir horários mesmo com a reação negativa deles do que abandoná-los ou ser rígido demais.
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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.
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