Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Clipping > 2017 > Janeiro > Goiânia, 17 de janeiro de 2017
Início do conteúdo da página

Goiânia, 17 de janeiro de 2017

Publicado: Terça, 17 de Janeiro de 2017, 09h04 | Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 09h51

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Resultado do exame será divulgado no dia 18; ministro anunciará mudanças para 2017

Sistema on-line está aberto para estudante fazer a renovação; prazo vai até 30 de abril

Professor concorre a prêmio por projeto ambiental no Amazonas

UOL EDUCAÇÃO

Escola pública do centro de SP entra em projeto internacional da Unesco

Sem dinheiro para pagar bolsas e docentes, Uerj adia início das aulas

IFG encerra inscrições do Vestibular 2017/1 de Música

CORREIO BRAZILIENSE

Feira de livros ajuda a economizar no material escolar

Comissão aprova obrigatoriedade de plano de evacuação em escolas

GLOBO.COM

UFSCar cria material para mulheres e homossexuais vítimas de violência

FOLHA.COM

Discalculia, o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática

Professores e currículo têm de estar alinhados, diz educador de Cingapura

 

 

N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O

====================================================================

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Terça-feira, 17/01/2017

 

 

ENEM

Resultado do exame será divulgado no dia 18; ministro anunciará mudanças para 2017

O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será divulgado nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. Os candidatos terão acesso às notas de cada uma das quatro provas – ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática – e da redação, que teve como tema a intolerância religiosa no Brasil.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, classifica o Enem 2016 como “um grande sucesso”. “A realização é uma conquista para todos os que participaram desse exame, que já é considerado um patrimônio de todo o Brasil”, afirma.

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, ressalta a garantia de igualdade de condições para os candidatos que realizaram as provas. “O Inep, com o apoio irrestrito do MEC, concluiu com êxito o Enem 2016. Apesar dos obstáculos que se apresentaram durante a prova, todos os participantes tiveram seus direitos garantidos com lisura e equidade”, disse.

Mais de 6 milhões de candidatos fizeram o Enem 2016. Destes, 5,8 milhões realizaram as provas na primeira edição, nos dias 5 e 6 de novembro, e 273 mil na segunda edição, que ocorreu em 3 e 4 de dezembro. Outros 53 mil participaram do exame em 13 e 14 de dezembro, datas voltadas para as pessoas privadas de liberdade.

As notas do Enem podem ser usadas para disputar vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu), bolsas no ensino superior privado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ainda, os candidatos com mais de 18 anos podem usar o Enem para receber a certificação do ensino médio.

Coletiva – O ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, vão divulgar os resultados do Enem 2016 em uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, 18. Neste dia também será anunciada a abertura da consulta pública sobre as mudanças propostas para o Enem 2017. A coletiva vai ocorrer na Sala de Atos do edifício-sede do Ministério da Educação, em Brasília, às 11h.

 

Assessoria de Comunicação Social

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

FIES

Sistema on-line está aberto para estudante fazer a renovação; prazo vai até 30 de abril

Estudantes interessados em renovar o contrato com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) podem fazê-lo a partir desta segunda-feira, 16. O processo on-line de aditamento está aberto no Sistema Informatizado do Fundo de Financiamento Estudantil (SisFies). O prazo vai até 30 de abril próximo. A previsão é de que o número de aditamentos chegue a 1,39 milhão no final do período.

O SisFies facilita o acesso, pela internet, para renovações, inscrições e informações sobre financiamento estudantil em instituições particulares de educação superior. As instituições de ensino usam o sistema para a inserção de dados sobre cada contrato. A confirmação desses dados é feita posteriormente pelos próprios estudantes.

O Fies encerrou 2016 com saldo positivo, ao contabilizar investimento de R$ 8,6 bilhões do governo federal. Os pagamentos aos agentes financeiros do Fies — Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil — e às instituições de ensino foram efetuados em 27 de dezembro último, graças ao empenho do MEC junto ao Congresso Nacional para a aprovação de crédito suplementar de R$ 702 milhões.

“O ministro Mendonça Filho realizou um trabalho impecável ao conseguir a aprovação dos recursos que faltavam”, disse o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação responsável pela operação do Fies, Silvio Pinheiro. “Para 2017 foram garantidos ao Fies R$ 21 bilhões, de forma a dar continuidade aos financiamentos, manutenção dos contratos com os agentes financeiros e abertura de vagas.”

A conclusão, pelos estudantes, dos processos de aditamento de contratos deve ser feita no sistema SisFies.

 

Assessoria de Comunicação Social

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Professor concorre a prêmio por projeto ambiental no Amazonas

Na zona rural de Parintins, Amazonas, o professor Valter Menezes desenvolve o projeto Água Limpa para os Curumins do Tracajá, que atende à comunidade ribeirinha. Menezes já conquistou o prêmio Educador Nota 10 pelo trabalho e está entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

Nascido em uma família de 11 irmãos, com pai pescador e mãe agricultora, Menezes, ainda na infância, deixou a família na zona rural de Parintins, município de 112,7 mil habitantes, em busca de oportunidade de estudo. Os pais não eram alfabetizados e viviam de forma modesta, mas sempre deram valor à educação.

“Meu pai dizia que a única herança que poderia deixar era a educação. Quem não quisesse seguir uma profissão, teria que seguir a dele, de pescador”, diz o professor. “O que eu via, o sofrimento dele ao chegar da pescaria, do seu trabalho, me comovia.”

Menezes lembra que aos sete anos de idade foi estudar longe da comunidade rural. “Lá não tinha o ensino fundamental; a partir dali, então, comecei a buscar o ideal para mim: eu queria ser professor por achar, e continuo achando, que a profissão de educador é uma das mais belas que existe.”

Assim começou a trajetória do professor, que leciona há 22 anos na Escola Municipal Luiz Gonzaga, na comunidade do Santo Antônio do Rio Tracajá, zona rural de Parintins. O município fica a 370 quilômetros de Manaus. Menezes foi diretor da escola por nove anos e em outros três atuou como coordenador pedagógico de dez outras. Hoje, dá aulas de ciências a 120 alunos dos quatro últimos anos do ensino fundamental. O trabalho vai além da escola e beneficia a comunidade ribeirinha.

“Trabalhamos um projeto voltado para o meio ambiente e a questão da saúde”, afirma. Como professor de ciências, ele procurou dar resposta ao questionamento de um aluno, em uma aula sobre meio ambiente e água. O estudante queria saber porque as crianças e demais moradores da região sofriam com diarreia. “A partir desse questionamento, buscamos alternativa. Adotamos a prática pedagógica do espaço não formal para trabalhar a questão da água, que é um problema mundial.”

Prêmio — O projeto que leva água limpa às famílias ribeirinhas, que não tinham acesso às redes de esgoto e de água potável, começou em 2014. No ano passado, Menezes foi reconhecido nacionalmente pelo empenho e ganhou o prêmio Educador Nota 10, oferecido por uma parceria de fundações voltadas para a área educacional. Em dezembro último, ficou entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

O trabalho, coordenado pelo professor, com o apoio de estudantes do nono ano, consiste na construção de fossas biológicas para evitar o despejo de dejetos no rio. O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo. “É um projeto, não um experimento, e já é realidade; o povo está vivendo isso aqui”, diz Menezes. “São 70 famílias beneficiadas com o projeto das fossas biológicas, abertas para impedir a contaminação do lençol freático da nossa comunidade, de onde o povo tira a água para o consumo.”

De acordo com o professor, 180 famílias que não contam com água encanada receberam o filtro bioativo. “Todas as dez comunidades da região do polo Tracajá foram beneficiadas com o projeto, e os alunos, de modo geral, estiveram envolvidos, assim como os professores. Foi um projeto inovador, e todos participaram.”

Construção — Segundo Menezes, as fossas biológicas podem ser usadas por até 30 ou 50 anos. Cavadas na terra, eles são revestidas de tijolos e reboco para evitar a infiltração no lençol freático. “Fazemos um corredor, que chamamos de pirâmide; essa pirâmide recebe todo o dejeto humano”, explica. “Esse corredor é coberto com bueiros; em seguida, são jogadas três camadas de cacos de pedra, e o corredor é preenchido com seixo ou brita acima da pirâmide e, por fim, com terra queimada e esterco de animal. No local, é plantado um pé de bananeira.”

A fossa, vista de cima, parece um canteiro. A raiz da bananeira absorve o líquido — podem ser usadas outras plantas, como a taioba ou tajá.

Além das fossas, a comunidade usa os filtros bioativos, preparados em recipientes de plástico ou vidro. Para funcionar, basta inserir camadas de brita ou seixo, areia grossa e fina. Ao passar pelas camadas, a água sai filtrada.

Bem-estar — Segundo o professor, com o projeto, os alunos se tornaram cidadãos mais conscientes e capazes de resolver problemas, especialmente na área ambiental. Mas ele garante que o maior impacto é o bem-estar da comunidade. “Não vemos mais surtos de diarreia, as crianças mostram aparência de uma vida mais tranquila e de bem-estar social, nossa comunidade não sente mais odor de banheiro nas ruas”, destaca Menezes. Hoje, nosso povo é mais consciente na questão da união para lutar pelo que é melhor para a comunidade.”

Em março, o professor Valter Menezes vai a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a cerimônia de premiação do Global Teacher Prize.

 

Assessoria de Comunicação Social

 

====================================================================

UOL EDUCAÇÃO

Terça-feira, 17/01/2017

 

 

 

EDUCAÇÃO

Escola pública do centro de SP entra em projeto internacional da Unesco

Quando alguém entra na recepção da EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Infante Dom Henrique, no Canindé, na região central de São Paulo, se depara com um grande mural colorido na parede: rostos estilizados de pessoas de diferentes etnias e culturas. Acima da pintura, uma inscrição: "Por uma escola pública inclusiva".

Esse conjunto, criado pela artista chilena Verónica Ytier, representa um bom resumo das políticas que vêm sendo implantadas no colégio, focadas no combate ao racismo e à xenofobia e na inclusão de minorias. Há pouco tempo, a instituição recebeu o convite da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para participar de um programa mundial de escolas associadas.

"Geralmente, a iniciativa é das escolas, que se candidatam e aguardam até três anos para serem reconhecidas e fazerem parte da rede, quando são certificadas. No entanto, o nosso processo foi mais rápido [iniciado em 2015]. Os documentos já foram enviados ao escritório da Unesco em Paris e estamos aguardando a certificação", diz o diretor da unidade, Cláudio Marques da Silva Neto.

A rede de colégios ligados à Unesco partilha um repertório comum de atividades anuais voltadas aos direitos humanos. Segundo a entidade, a intenção é promover a "ampliação da consciência à cidadania" e a "cultura de paz". No caso da EMEF Infante Dom Henrique, o que chamou a atenção do órgão internacional foram os projetos iniciados em 2012 para promover o respeito e a maior integração de alunos estrangeiros --eles somam cerca de um quinto dos 530 estudantes matriculados.

O principal projeto desenvolvido é o Escola Apropriada, que, a cada 15 dias, reúne todos os estudantes imigrantes ou descendentes de estrangeiros para debater temas importantes relacionados à sua situação. "Cada aluno pode chamar um colega brasileiro para participar dos encontros, caso queira", diz o professor Cesar Luís Sampaio, coordenador das atividades. As reuniões acontecem na sala de leituras, onde também são apresentados vídeos e músicas.

"A pauta sempre é aberta, pois desejamos que estas surjam por parte dos alunos e suas necessidades. Sempre temos parcerias que ajudam nas reuniões caso não apareça nenhuma necessidade naquele momento pelo grupo", explica Sampaio.

Na EMEF Infante Dom Henrique, há alunos de países como Bolívia, Angola, Peru, Colômbia, Estados Unidos e Síria. "Somos uma sucursal da ONU", costuma brincar Silva, o diretor. A comunicação visual interna é feita em quatro idiomas: português, espanhol, árabe e inglês. Antes das iniciativas adotadas pela atual gestão, eram rotineiros os casos de bullying sofridos por estudantes, principalmente bolivianos, que chegavam a ficar apartados dos demais nas salas de aula e nos intervalos. Os trabalhos rendem bons frutos, e essa separação já não é mais praxe.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

Sem dinheiro para pagar bolsas e docentes, Uerj adia início das aulas

Previsto para esta terça-feira (17), o início das aulas deste semestre na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foi adiado para a próxima segunda-feira (23) em função da crise financeira. A decisão foi tomada na última sexta-feira (13), durante reunião da reitora em exercício, Maria Georgina Muniz Washington, com os sub-reitores e os diretores de unidades acadêmicas e dos centros setoriais.

Em nota assinada pela reitora e por outros 51 componentes da direção, a Uerj elencou três fatores para justificar o adiamento: "o não pagamento regular das bolsas-permanência aos estudantes do sistema de reserva de vagas (cotistas) e o não pagamento regular das demais bolsas estudantis", "o não repasse das verbas de manutenção/custeio para a Uerj" e "o não pagamento regular dos salários aos servidores docentes e técnico-administrativos - ativos e inativos -, assim como o 13º salário de 2016".

"As atuais condições de funcionamento da Uerj ainda não permitem a plena retomada de todas as atividades em todos os seus campi", continua a nota. "O não pagamento de todas as bolsas estudantis inviabiliza o retorno dos estudantes às aulas, por incapacidade de custear sua alimentação e transporte".

A falta de verbas de manutenção e custeio da instituição "impede as condições plenas de funcionarmos com higiene e segurança, expondo toda a comunidade uerjiana a situações de grande risco", afirma a mensagem. "A irregularidade do pagamento dos salários a todos os servidores - ativos e inativos - amplia sobremaneira as condições indignas de trabalho e de sobrevivência", continua.

"Sem abrir mão do calendário acadêmico, fica assim transferido o início das aulas para o dia 23, com a continuidade das demais atividades acadêmico-administrativas nele previstas, respeitando-se o planejamento realizado por cada uma das unidades acadêmicas", diz nota.

Uma nova reunião da reitoria com os diretores será realizada na próxima quinta-feira, 19, "para reavaliar as reais condições de funcionamento da Universidade como um todo". Por volta das 18h desta segunda-feira, 16, estava prevista uma reunião de deputados federais eleitos pelo Estado do Rio com a direção da universidade, para debater soluções para a crise financeira que atinge a Uerj.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

IFG encerra inscrições do Vestibular 2017/1 de Música

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) encerra neste domingo, 15 de janeiro, as inscrições do Vestibular 2017/1 de Música. A seleção é exclusiva para participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A taxa é de R$ 40.

A primeira fase do Vestibular é composto pelas notas do Enem. Serão utilizadas as pontuações de 2014 até 2016. Estarão eliminados da seleção os candidatos com zero em qualquer uma das áreas objetivas do exame ou com menos de 300 pontos na redação.

Os classificados na análise do boletim do Enem seguem no Vestibular. A lista preliminar está prevista para 18 de janeiro, apesar do resultado da edição de 2016 sair no dia 19. Já a versão final será divulgada em 1º de fevereiro.

Os candidatos participarão dos Testes de Habilidades Específicas 12 de fevereiro, nos dois turnos, no IFG-Goiânia. Os locais de prova serão informados no dia 8 anterior.

Resultado e Vagas

O resultado final será publicado em 21 de março e as matrículas serão feitas em 22 e 23 seguintes. Outras duas convocações serão feitas em 27 e 31 próximos.

O IFG oferece 30 vagas para o curso de Música, o qual será ministrado em Goiânia. Mais informações no Edital da seleção.

Demais Cursos

As inscrições para o Vestibular dos demais cursos via Enem seguem até 22 de janeiro e a taxa é de R$ 30. A seleção utilizará as notas das edições de 2014 até 2016 do exame, sendo necessário tira mais que zero em qualquer prova objetiva e acima de 300 na redação.

O resultado preliminar será divulgado em 9 de fevereiro, cujos recursos serão recebidos no dia 10 seguinte. A versão final, com a lista de aprovados, será publicada em 16 do mesmo mês. As matrículas serão feitas entre 17 e 20/02.

A segunda convocação está prevista para 22 de fevereiro e as matrículas serão feitas em 23 e 24 seguintes. A terceira chamada será publicada em 3 de março e o registro será em 6 e 7 próximos.

A seleção via Enem preencherá 1.341 vagas em 12 campi do estado de Goiás. Do total, a metade destina-se aos estudantes de escolas públicas. Mais informações no Edital.

===========================================================================

CORREIO BRAZILIENSE

Terça-feira, 17/01/2017

 

EDUCAÇÃO

Feira de livros ajuda a economizar no material escolar

A compra dos livros didáticos solicitados pelas escolas nas listas de material costuma pesar no orçamento familiar no início do ano. Uma solução mais econômica e sustentável é o ptar por exemplares usados uma economia no bolso que pode passar de 80%. Ontem pela manhã, cerca de 100 pais e comerciantes se reuniram no Taguaparque numa feira de troca e venda organizada pelas redes sociais. Ao lado da administração do local, expuseram os produtos e, à procura de bons negócios na aquisição das obras, grande parte dos compradores caminhava com a relação de ma- terial escolar em mãos.

A comerciária Dirciara Albuquerque, 49 anos, saiu do evento carregando uma sacola com quatro livros usados para o filho, que cursará o 7º ano do ensino fundamental. “Consegui fazer uma boa economia”, garantiu. A pro- fissional autônoma Luciana Araújo Miranda Silva, 43, tam- bém economizou. Pelos cálculos dela, toda a lista de material do filho, que vai para o 9º ano do ensino fundamental, custaria R$ 2.874 em uma papelaria. “Fize- mos uma feira de troca de livros no colégio dele em dezembro passado. Consegui fazer um escambo. Troquei os livros usados do meu filho no ano passado pedelos que ele vai usar neste ano. Faltaram apenas quatro. Vou tentar adquirilos nesta feira e a minha previsão é de gastar ape- nas R$ 200”, afirmou.

O evento de troca e venda de livros atraiu a dona de casa Creu- za Laurinda, 47, que participou pela primeira vez de uma feira desse tipo. “O grupo de pais de alunos do colégio onde meu filho estuda me enviou um link a res- peito do evento e vim participar. Trouxe os livros de literatura e gramática e espero vender todos para ajudar na compra do mate- rial deste ano.”

A secretária escolar Renata Fitermanm, 35, também soube da feira por um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp. “Comprei o livro didático de his- tória por R$ 50. Esse mesmo exemplar novo, na livraria, custa hoje R$ 170. Portanto, consegui fazer uma boa economia, com- prando material de boa qualida-de e com um custo infinitamente menor”, esclareceu. A compra de livros usados já é um hábito para a servidora pública Wilma dos Santos, 47. “Além de econo- mizar, existe a consciência da reutilização. Trata-se de uma questão socioambiental importante”, avaliou.

Uma das barracas mais pro-curadas era a do empreende- dor Francisco de Assis Guedes, 47, dono de um sebo itinerante. “Há 10 anos trabalho nesse ramo. Com preço bom e ven- dendo livros usados bem cui- dados, conquistei a confiança de muitos clientes. E ainda consigo livros que estão em falta no mercado”, garantiu.

Solidariedade

A professora aposentada e voluntária na mediação de leitura no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Marlúcia dos Santos, 54, não estava à procura de material escolar. Ela fez ques- tão de assuntar não só pelos preços, como também levantar quais livros poderiam agradar o seu público. “Como faço a leitu- ra para crianças que estão inter- nadas e em recuperação, procuro histórias que sejam leves, ale- gres, com humor. Nas feiras de livros usados, sempre consigo fazer bons negócios”, revelou.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PROJETO

Comissão aprova obrigatoriedade de plano de evacuação em escolas

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia aprovou projeto de lei do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ) que obriga todas as escolas do País a terem plano de evacuação para situações de risco, como incêndios, eminentes ou já presentes.

O projeto (PL 5283/13) recebeu parecer favorável do relator, deputado Átila Lins (PSD-AM), que apresentou um substitutivo para ampliar a participação do Corpo de Bombeiros na elaboração e na fiscalização do plano de evacuação.

Atuação Segundo a versão aprovada, caberá aos bombeiros normatizar e aprovar os aspectos técnicos do plano, com prévia vistoria no estabelecimento de ensino; fiscalizar o cumprimento do plano e verificar sua adequação; e cooperar com o desenvolvimento de uma mentalidade de prevenção e proteção contra incêndio nas escolas.

Os corpos de bombeiros poderão firmar convênios ou acordos de cooperação com os órgãos de defesa civil estaduais ou municipais, principalmente para atender as localidades que não possuem bombeiros militares.

“É patente, portanto, a necessidade da elaboração, por todas as instituições de ensino, de planos de evacuação para situações de emergência. Especialmente diante do público que ocupa esses estabelecimentos, na maioria adolescentes e crianças, que não possuem a correta percepção dos riscos que as envolvem”, disse o deputado Átila Lins em defesa do projeto.

Atribuições do plano

O substitutivo aprovado determina que o plano de evacuação deverá conter, pelo menos, as atribuições e condutas dos professores, alunos e funcionários da escola diante dos avisos e alertas de emergência; a planta baixa do estabelecimento de ensino, com detalhamento de, no mínimo, portas, janelas, localização dos extintores de incêndio, rotas de fuga e saídas de emergência; e os procedimentos específicos para crianças e pessoas com deficiências.

O plano deverá conter ainda previsão de alarmes sonoros em toda área de circulação e acomodação de pessoas, como ginásios, auditórios e lanchonetes, e o responsável técnico pelo conteúdo do plano.

O texto determina também que a elaboração do plano de evacuação, e sua revisão e atualização, deverá ficar a cargo de profissional capacitado e legalmente habilitado.

O parecer aprovado na comissão rejeitou os dois projetos que tramitam apensados ao PL 5283 (PLs 5505/13 e 5668/13), que tratam de prevenção de acidentes em escolas.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara .A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia aprovou projeto de lei do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ) que obriga todas as escolas do País a terem plano de evacuação para situações de risco, como incêndios, eminentes ou já presentes.

O projeto (PL 5283/13) recebeu parecer favorável do relator, deputado Átila Lins (PSD-AM), que apresentou um substitutivo para ampliar a participação do Corpo de Bombeiros na elaboração e na fiscalização do plano de evacuação.

Atuação Segundo a versão aprovada, caberá aos bombeiros normatizar e aprovar os aspectos técnicos do plano, com prévia vistoria no estabelecimento de ensino; fiscalizar o cumprimento do plano e verificar sua adequação; e cooperar com o desenvolvimento de uma mentalidade de prevenção e proteção contra incêndio nas escolas.

Os corpos de bombeiros poderão firmar convênios ou acordos de cooperação com os órgãos de defesa civil estaduais ou municipais, principalmente para atender as localidades que não possuem bombeiros militares.

“É patente, portanto, a necessidade da elaboração, por todas as instituições de ensino, de planos de evacuação para situações de emergência. Especialmente diante do público que ocupa esses estabelecimentos, na maioria adolescentes e crianças, que não possuem a correta percepção dos riscos que as envolvem”, disse o deputado Átila Lins em defesa do projeto.

Atribuições do plano
O substitutivo aprovado determina que o plano de evacuação deverá conter, pelo menos, as atribuições e condutas dos professores, alunos e funcionários da escola diante dos avisos e alertas de emergência; a planta baixa do estabelecimento de ensino, com detalhamento de, no mínimo, portas, janelas, localização dos extintores de incêndio, rotas de fuga e saídas de emergência; e os procedimentos específicos para crianças e pessoas com deficiências.

O plano deverá conter ainda previsão de alarmes sonoros em toda área de circulação e acomodação de pessoas, como ginásios, auditórios e lanchonetes, e o responsável técnico pelo conteúdo do plano.

O texto determina também que a elaboração do plano de evacuação, e sua revisão e atualização, deverá ficar a cargo de profissional capacitado e legalmente habilitado.

O parecer aprovado na comissão rejeitou os dois projetos que tramitam apensados ao PL 5283 (PLs 5505/13 e 5668/13), que tratam de prevenção de acidentes em escolas.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

====================================================================

GLOBO.COM

Terça-feira, 17/01/2017

 

EDUCAÇÃO

UFSCar cria material para mulheres e homossexuais vítimas de violência

A Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (Saade) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu um material informativo para ajudar mulheres e homossexuais vítimas de violência.

"É um mapa para acolhimento das vítimas de violência. Ele foi desenvolvido através de muito diálogo, de visitas em instituições tanto internas à UFSCar quanto externas que são canais de apoio", contou Natália Rejane Salim, coordenadora de gênero da Saade.

O material reúne, entre outros dados, as instituições que cuidam de pessoas vítimas de violência e os diferentes tipos de atendimento oferecidos.

"Tem um link para acessar o mapa e também tem um fluxograma com informações sobre as vítimas de violência sexual em São Carlos", disse Salim.

Acesso

O mapa está disponível no blog da secretaria e os interessados também poder obter informações pelo telefone (16)

====================================================================

FOLHA.COM

Terça-feira, 17/01/2017

 

CIÊNCIA

Discalculia, o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática

"O fracasso na matemática –assim como o fracasso no amor– nos deixa machucados e vulneráveis", afirma o americano Ben Orlin em seu blog "Math with Bad Drawings" ("Matemática com desenhos ruins", em português).

Orlin diz ter experimentado na pele o que escreveu. Curiosamente, ele é professor de matemática, mas sua experiência lhe ensinou que a disciplina "faz com que muita gente se sinta estúpida". "E ficamos machucados quando nos sentimos estúpidos", acrescenta.

Orlin teve sorte. Para ele, as razões que causavam suas dificuldades eram superáveis. Além disso, "a combinação de grande ansiedade, baixa motivação, as lacunas do conhecimento" e os maus momentos pelos quais passou serviram para que ele entendesse o que enfrentam muitos de seus alunos.

"Nenhum professor de matemática deveria se tornar professor até ter sentido na pele as agruras do fracasso matemático", conclui ele.

Mas há pessoas para quem as dificuldades são mais sérias: um número estimado entre 3% a 6% da população sofre de discalculia. Segundo a literatura médica, a discalculia é uma desordem neurológica que afeta a habilidade de adquirir destrezas matemáticas.

Alunos discalcúlicos podem experimentar dificuldades para entender conceitos numéricos, carecem de compreensão intuitiva dos números e têm problemas para aprender operações matemáticas. Frequentemente, especialistas descrevem a discalculia como a "prima matemática" da dislexia.

Enterar-se de sua existência foi "simultaneamente uma fonte de irritação e alívio", conta a escritora americana Hannah Tomes, que desde de criança dizia ter "pavor de tudo relacionado a números". "Não podia ver a hora em um relógio desde que tinha 15 anos, e tive de praticar muito para conseguir superar essa barreira. Até hoje me dá um pouco de pânico quando alguém me pergunta que horas são".

Se tivesse sabido dessa condição, "talvez teria sido mais benevolente comigo mesma quando era criança", escreve ela.

Cabe ressaltar que a discalculia é um transtorno mental que consiste em ter dificuldade severa para fazer cálculos aritméticos. "Em algumas crianças, a memória do procedimento pode não funcionar bem, por isso as habilidades matemáticas não se automatizam", explica Tanya M. Evans, responsável por um estudo realizado pela Centro Médico da Universidade Georgetown e pela Universidade de Stanford nos EUA.

Várias pesquisas mostram que a discalculia tem um alto componente hereditário. Outras indicam que o problema se relaciona com o desenvolvimento do cérebro no útero da mãe ou nos primeiros anos de vida do recém-nascido.

Por outro lado, muitos especialistas concordam que, se o assunto for abordado no momento indicado e de forma adequada, é possível obter resultados tão promissores quanto os já registrados com crianças disléxicas. Eles ressaltam ser importante que a discalculia seja tão conhecida quanto a dislexia.

Há vários sinais de alerta para detectar essa condição, seja em crianças em idade pré-escolar seja naquelas que terminam a escola. Em linhas gerais, os indicadores mais comuns de discalculia são: fazer contas com a ajuda dos dedos em idade mais avançada do que o normal e ter dificuldades para fazer estimativas aproximadas.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OPINIÃO

Professores e currículo têm de estar alinhados, diz educador de Cingapura

O reconhecimento que já aparecia na economia chegou à educação para Cingapura, pobre ex-colônia inglesa que é hoje um dos países mais desenvolvidos do mundo.

Seus estudantes, pela primeira vez, apareceram no topo dos rankings do Pisa, a mais importante avaliação internacional de educação. A prova tem questões de ciência, leitura e matemática e é feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A pequena nação asiática deixou para trás antigos campeões do Pisa, como China e Finlândia. Os resultados foram divulgados em dezembro.

"A chave do sucesso é que todos os componentes do sistema educacional precisam estar alinhados. Se muda o currículo, a formação de professores precisa mudar também", contou à Folha, Lee Sing Kong, 65, um dos responsáveis pela transformação do ensino no país.

Em 2009, o Ministério da Educação de Cingapura determinou que as escolas precisavam formar estudantes "para serem relevantes no século 21" e remodelou todo o sistema com esse objetivo. Entre as habilidades que tinham que ser desenvolvidas estavam o forte pensamento crítico, a boa comunicação e o trabalho em grupo.

Lee liderou a mudança no instituto de formação de professores do país, ligado ao ministério. "Antes da aula, o aluno já procura no Google o tópico que será estudado. E faz perguntas muito difíceis. O professor precisa compreender esse cenário e entender como os estudantes aprendem."

Mas a base para o êxito atual no Pisa começou a ser construída assim que o país se tornou uma República, em 1965. Até então, quase metade dos jovens abandonava a escola. Um sistema flexível passou a permitir que crianças com dificuldade tivessem mais tempo para terminar os ensinos fundamental e médio. Bons profissionais foram atraídos para a carreira de professor, que teve o salário equiparado ao de um engenheiro.

A educação hoje é a segunda área com mais investimentos do governo. Perde apenas para defesa.

Lee foi um dos palestrantes deste mês na Academia de Ciências de Nova York, uma das mais importantes organizações científicas do mundo. O educador hoje ocupa o cargo de vice-presidente da Nanyang Technological University, universidade pública que abriga o único instituto de formação de professores do país.

Ele diz não haver contradição entre o esforço para formar jovens com pensamento crítico e a situação política de Cingapura. O país é governado há décadas pelo mesmo partido, elogiado pela eficiência e incorruptibilidade, mas acusado de restringir liberdades.

Cingapura tem 5,5 milhões de habitantes. Suas 369 escolas atendem 450 mil estudantes, metade da rede municipal de ensino de São Paulo.

Folha - Como o resultado do Pisa foi recebido no país?

Lee Sing Kong - Ficamos felizes porque ele mostrou que estamos indo no caminho certo. Mas não faremos nenhum evento específico para festejar. O Pisa não é o objetivo da nossa educação, queremos educar nossos alunos para serem relevantes no século 21.

Que mudanças foram feitas para que eles passassem a ser formados dessa maneira?

Fizemos uma grande revisão em 2009 e desenvolvemos uma modelo de formação de professores para o século 21. O estudante agora é o centro da educação. O aprendizado no século 20 era passivo, hoje é ativo. Nós temos que permitir que os alunos sejam responsáveis pelo seu próprio aprendizado e os professores são os facilitadores, não o principal fornecedor de conteúdo.

Uma das competências que desenvolvemos foi ensinar com questionamentos corretos, com perguntas, ajudando a criança no processo do conhecimento. Isso faz com que desenvolvam um pensamento extremamente crítico.

Como é a formação na prática?

Criamos as chamadas salas de aula colaborativas em nosso instituto que forma professores. As ferramentas para o século 21 (colaboração, empreendedorismo, pensamento crítico, comunicação) não podem ser adquiridas em ambiente de conhecimento passivo. Então, nossos estudantes se sentam em grupos. Quando se tornam professores, levam essa experiência para a escola.

Formamos um thinking teacher (professor pensador), que sabe como se adaptar, inovar e reconfigurar a sala de aula. Ele precisa escolher o melhor jeito de ensinar cada assunto. Além disso, 35% do tempo do currículo é para prática nas escolas, com supervisão de professores seniores.

Vocês identificaram também um novo perfil de aluno.

Os alunos hoje gostam de aprender com experimentos, imagens interessantes, participando do processo e se conectando em grupo. Professores precisam criar atividades em que os jovens realmente façam parte. O conhecimento está em qualquer lugar. Antes da aula, o aluno já procura no Google o que será estudado e faz perguntas muito difíceis. O professor precisa compreender o cenário e entender como os estudantes aprendem.

O Pisa mostrou que os estudantes de Cingapura estão entre os mais motivados para estudar. Como conseguir isso?

Primeiro, é preciso mostrar a relevância do estudo. Depois, trazer para a sala de aula problemas do mundo real, para eles pensarem e aplicarem o conhecimento. Por exemplo, ao ensinar fotossíntese, dizemos por que ela é relevante, ou seja, porque muito da sua comida é produzida por meio dela.

Mas os professores também precisam estar motivados para fazer mudanças.

Desde os anos 90, passamos a mensagem de que o professor é crucial no desenvolvimento do país. O Ministério da Educação aumentou o salário de um professor inicial para se tornar igual ao de um engenheiro. Havia poucas oportunidades para ele ser promovido, apenas o caminho administrativo. Mas há ótimos professores que não querem ser diretores. Criamos a carreira de professor master e sênior, com salários equiparados aos do diretor. Aos poucos, a sociedade começou a reconhecer o valor deles.

No Brasil, o governo está criando uma Base Curricular Nacional. Como fizeram isso?

Se vamos viajar, precisamos saber bem o destino. Em Cingapura, ele é o que chamamos de Resultados Desejados da Educação (Desired Outcomes of Education).

Nós sabemos como queremos educar nossos alunos. Eles têm que ter habilidades para serem relevantes no tempo em que vivem (integridade, pensamento crítico, curiosidade, amor a Cingapura). Só quando estabelecemos isso, pudemos falar sobre qual currículo era necessário. Quais atividades e avaliações.

Nosso currículo é sempre revisado, quando se inclui tópicos, outros são tirados. Assim, os professores têm tempo suficiente para pensar em maneiras de aplicá-lo. E o mais importante é que os professores passaram a ser treinados assim também.

A chave do sucesso é: todos os componentes do sistema educacional precisam estar alinhados. Se o currículo vai para um lado, a formação dos professores vai para outro e avaliação para outro, como vai ter impacto? Se muda o currículo, a formação de professores precisa mudar também.

Isso é mais fácil de fazer em um país pequeno. Como ter essa integração em um país como o Brasil?

Não se pode teletransportar um modelo de um lugar para outro porque o contexto é diferente. Mas a lição que aprendemos aqui é: sim, somos um país pequeno e podemos trabalhar juntos, mas precisávamos planejar bem. No Brasil, você tem vários níveis de administração, estadual, municipal, você precisaria fazer isso talvez nesses níveis.

Outra discussão no Brasil é a flexibilização do currículo no ensino médio. Como é em Cingapura?

No ensino médio há vários caminhos vocacionais que os estudantes podem escolher. Alguns vão para o caminho mais acadêmico, outros para os práticos. Mas podem mudar se quiserem, o caminho não é um fim. O estudante pode fazer a formação prática e depois ir para os estudos acadêmicos.

O governo fala em pensamento crítico, mas Cingapura é visto como um país onde não há liberdade de expressão.

Essa é uma impressão errada. Somos um país multirracial, onde a harmonia e a paz são muito importantes. Um cidadão precisa respeitar o outro, respeitar a diversidade.

O que o governo desencoraja é falar coisas que podem afetar questões sensíveis na religião, por exemplo. Isso não é controlar sua liberdade de expressão, é uma maneira de manter harmonia e paz.

Então, os estudantes devem desenvolver pensamento crítico mesmo que seja para criticar o governo?

Claro, tem muita crítica ao governo no Facebook e o governo desliga o Facebook? Não. Os estudantes precisam saber como o mundo está se desenvolvendo e como eles vão se posicionar para se adaptar ao mundo.

====================================================================

Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.

Fim do conteúdo da página