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Goiânia, 19 de janeiro de 2017

Publicado: Quinta, 19 de Janeiro de 2017, 09h04 | Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 09h51

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MEC divulga datas dos processos seletivos do Sisu, Prouni e Fies

Cerca de 40% dos participantes já acessaram os resultados

Consulta Pública vai apontar novas mudanças no exame

UOL EDUCAÇÃO

Somente 77 participantes alcançaram a nota mil na redação do Enem 2016

Para especialistas, maior dificuldade para mudar Enem será infraestrutura

CORREIO BRAZILIENSE

Pauta do Plenário será aberta com votação da reforma do ensino médio

Fundação Estudar oferece nove cursos gratuitos por e-mail

GLOBO.COM

Só 7,7% dos candidatos do Enem tiveram nota mínima para pegar diploma

8 em cada 10 municípios têm baixa aprendizagem em matemática, diz ONG

FOLHA.COM

USP anuncia fechamento de creche e funcionários ocupam espaço

Em consulta on-line, MEC cogita fazer Enem em um dia e pelo computador

 

 

N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 19/01/2017

 

 

ENSINO SUPERIOR

MEC divulga datas dos processos seletivos do Sisu, Prouni e Fies

O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira, 18, as datas de inscrição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os candidatos devem ficar atentos aos calendários, que têm início em janeiro.

“São três dos maiores programas para a educação superior que provêm as condições para que grande parcela da população possa frequentar o ensino superior”, afirma o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Baroni.

Os estudantes que almejam uma vaga na educação superior pública podem inscrever-se no Sisu a partir do próximo dia 24. Nesta edição, referente ao primeiro semestre de 2017, serão ofertadas 238.397 vagas em 131 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais. As inscrições serão realizadas entre os dias 24 e 27 de janeiro.

O número de vagas subiu 4,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando a oferta foi de 228.071. Cada candidato pode fazer até duas opções de curso. A inscrição, que deve ser feita na página do Sisu na internet, está restrita aos estudantes que tenham participado do Enem de 2016 e que não tenham tirado zero na redação.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Enem. O processo ocorre duas vezes por ano.

ProUni – As inscrições para o ProUni podem ser feitas entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro, exclusivamente pela internet, na página do programa. A expectativa é atender cerca de 220 mil estudantes em 798 mantenedoras e mais de mil instituições de ensino superior. No ano passado, foram selecionados 203 mil estudantes.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação presencial em instituições de ensino superior privadas. É destinado aos estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública ou na rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos. A seleção dos candidatos é feita com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alinhando inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos.

O programa já atendeu, desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2016, mais de 1,9 milhão de estudantes, sendo 70% com bolsas integrais. O processo de seleção ocorre duas vezes por ano.

Fies — Os estudantes que têm interesse em se candidatar ao Fies podem fazer a inscrição entre os dias 06 e 09 de fevereiro, exclusivamente pelo site. O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar prioritariamente estudantes de cursos de graduação.

Para se candidatar, o estudante deve estar regularmente matriculado em instituição de ensino superior não gratuita cadastrada no programa, em curso com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Fies é operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM

Cerca de 40% dos participantes já acessaram os resultados

Algumas horas após ser aberta a consulta on-line aos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 2.331.022 candidatos já consultaram suas notas. Esse número representa aproximadamente 40% do total de 6.005.607 participantes da edição de 2016.

O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também abriram nesta quarta-feira, 18, a Consulta Pública que dará aos cidadãos brasileiros a oportunidade de opinar sobre o Enem. Até as 15h, 46.155 pessoas já haviam dado suas contribuições para as próximas edições do exame. A consulta será encerrada no dia 10 de fevereiro.

Três perguntas objetivas abordam alternativas de mudanças dos dias de aplicação de provas e a possibilidade de aplicação por computador. Uma pergunta discursiva dá ao cidadão a oportunidade de apresentar sugestões para o aprimoramento do exame. As contribuições devem ser apresentadas na página da Consulta Pública, no portal do Inep.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM

Consulta Pública vai apontar novas mudanças no exame

O Ministério da Educação abriu nesta quarta-feira, 19, Consulta Pública sobre possíveis mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já em 2017. O objetivo, segundo o ministro Mendonça Filho, em coletiva à imprensa, é aprimorar um instituto “que hoje é um patrimônio brasileiro”.

As sugestões devem ser apresentadas na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na internet. Os interessados precisam preencher quatro quesitos. O primeiro trata da aplicação das provas. O MEC quer saber se elas podem ser realizadas em apenas um dia.

No caso de permanecerem os dois dias do formato atual, quais seriam os ideais? As opções apontadas são: no domingo e na segunda-feira; em dois domingos seguidos; ou continuaria mesmo no sábado e domingo. Algumas religiões, como a adventista e a judaica, costumam guardar os sábados e uma troca nos dias atenderia a essa peculiaridade, por exemplo.

A consulta inclui, ainda, a possibilidade de o exame poder ser feito pelo estudante usando o computador e não apenas com a escrita, uma evolução importante e provável de ocorrer a partir de 2018. Por fim, o MEC reservou um espaço para sugestões de outras modificações no Enem que o cidadão brasileiro gostaria que fossem adotadas.

“Nenhuma dessas mudanças, se forem aprovadas, implicará qualquer queda na qualidade do exame”, garantiu Mendonça Filho. “É claro que a opção por apenas um dia de provas significaria a redução de custos, como o uso de um volume menor de papel e a contratação de segurança. Mas só ofereceremos essa possibilidade depois de receber estudos técnicos detalhados de especialistas.”

A inciativa já é um sucesso. O Inep registrou mais de 10 mil participações só na primeira hora em que esteve no ar. Mas ainda há bastante tempo para quem quiser acessar e dar a sua contribuição. A Consulta Pública sobre o Enem vai até 10 de fevereiro.

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UOL EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 19/01/2017

 

 

 

EDUCAÇÃO

Somente 77 participantes alcançaram a nota mil na redação do Enem 2016

O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 foi publicado nesta quarta-feira, 18 de janeiro, e um dado chamou a atenção nas informações divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC): a pontuação da redação. De mais de 6,3 milhões de participantes, apenas 77 conseguiram atingir a nota mil.

Houve uma queda considerável em relação aos anos anteriores, já que o Enem 2014 registrou 250 candidatos "nota mil" na redação e a edição de 2015 contou com 104 pontuações máximas. O desempenho baixo deste ano significa que a cada 76.380 participantes, apenas um conseguiu atingir a nota mais alta.

A maior parte dos participantes, composta por 1.940.504 estudantes, tirou entre 501 e 600 pontos na redação do Enem 2016.

Dois temas em um Enem

O Enem 2016 contou com uma peculiaridade. Por causa das ocupações de escolas que serviriam como locais de prova, mais de 271 mil participantes tiveram suas provas transferidas, ficando assim duas datas do exame: 5 e 6 de novembro e 3 e 4 de dezembro.

Com duas datas diferentes, foi preciso a elaboração de um segundo tema de redação para ser aplicado. A primeira prova, aplicada em novembro, trouxe a proposta "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil" , enquanto o Enem de dezembro trouxe para discussão "Os caminhos para combater o racismo no Brasil".

Assim como nos anos anteriores, os dois temas propostos para 2016 se basearam em questões presentes no cotidiano e que exigem propostas de intervenção baseadas nos Direitos Humanos.

Notas zero

O Enem 2016 registrou 291.806 redações com nota zero ou que foram anuladas. Entre elas, a maior parte foi entregue em branco (206.127). A maioria das redações anuladas foi por fuga ao tema (46.874). Os outros motivos são parte desconectada, cópia do texto motivador, texto com menos de sete linhas, não adequação ao modelo dissertativo e desrespeito aos direitos humanos.

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ENEM

Para especialistas, maior dificuldade para mudar Enem será infraestrutura

As mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) anunciadas na quarta-feira, 18, pelo Ministério da Educação (MEC) agradaram os especialistas, que dizem que as propostas já são discutidas há vários anos e são um "caminho natural" do exame. Está sendo discutido, por exemplo, que o exame seja realizado em um só dia, em vez de um fim de semana todo, e que seja feito pela internet.

A dificuldade, avaliam, será a implementação de toda a infraestrutura necessária. Outro problema é manter a qualidade técnica da prova.

A superintendente do Centro de Estudos e pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Anna Helena Altenfelder, elogiou a ideia de colocar as possíveis mudanças como consulta pública e diz que as medidas podem ser positivas para o exame. "O Enem digital é uma tendência irreversível, traz uma diminuição de custo", disse.

Sobre a mudança da prova para apenas um dia, destacou que o mais importante é garantir a qualidade técnica da prova.

Para o economista e ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Reynaldo Fernandes, o desafio é ter infraestrutura adequada para qualquer tipo de mudança. "O exame online não é o problema, mas haverá estrutura para isso? As pessoas não poderão fazer a prova da casa delas porque deixaria a prova insegura. Haverá computadores para 8 milhões de pessoas?", afirmou.

Ele ressaltou que a mudança no número de dias da prova também deve ser olhada sob o aspecto técnico. "Vai ter de reduzir a prova. É isso que se quer? Vão ser eliminadas algumas matérias? Sob o ponto de vista logístico, evidentemente é melhor que se faça em um dia, mas é preciso tornar o tamanho da prova compatível e discutir isto tecnicamente."

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, destacou que as ideias apresentadas não são novas e que é preciso ser apresentado o projeto piloto do Enem online para que verificar se, de fato, haverá redução de custos.

Sobre a prova ser feita em um dia, ele vê a mudança como positiva. "É um exame que tem uma dificuldade logística muito grande."

Já a certificação do ensino médio, segundo o especialista, deve passar por diálogo antes de qualquer decisão. "Na linha da economicidade, acredito que a prova deveria manter a sua função certificadora. Mas é preciso ter uma discussão aprofundada com os movimentos de educação de jovens e adultos, que têm sido ignorados nos últimos governos."

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CORREIO BRAZILIENSE

Quinta-feira, 19/01/2017

 

EDUCAÇÃO

Pauta do Plenário será aberta com votação da reforma do ensino médio

A reforma no ensino médio, que pode resultar na maior alteração na estrutura dessa etapa escolar desde a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDO), será a primeira matéria a ser analisada pelo Plenário do Senado no retorno das atividades legislativas, a partir de 2 de fevereiro. A Medida Provisória (MP) 746/2016, que trata do tema, tranca a pauta de deliberações e precisa ser votada antes de todas as que se encontram na agenda.

Desde sua edição pelo governo, em setembro de 2016, a matéria dividiu opiniões. O protesto dos estudantes contra a medida envolveu ocupações de escolas públicas secundaristas em todo o país. Com ajustes nos pontos mais criticados, a MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 30 de novembro. Porém, o texto resultante, na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 34/2016, chegou ao Senado apenas no dia 14 dezembro, o último de votações na Casa antes do recesso parlamentar. Por isso, o exame ficou para 2017.

A MP havia passado inicialmente pela análise de comissão mista de deputados e senadores. Como as discussões se prolongaram, o prazo de vigência foi prorrogado por mais 60 dias, até o dia 2 de março. Portanto, após a retomada das atividades, os senadores terão somente um mês para deliberar sobre a MP 746. Caso não seja aprovada até 2 de março, a matéria perderá a validade.

Tempo integral

Uma das importantes mudanças determinadas pela MP é a adoção do ensino médio em tempo integral. Originalmente, a proposta do governo ampliava a carga horária mínima anual, hoje fixada em 800 horas, para 1,4 mil horas, de forma progressiva, mas sem fixar prazos. Os deputados conservaram a carga de 1,4 mil horas, mas incluíram a previsão de que, em até cinco anos, a partir da publicação das mudanças na lei, os sistemas de ensino já garantam a oferta de ao menos mil horas anuais.

Para os críticos, a principal dificuldade para a implantação do tempo integral é a falta de recursos para investir nas escolas públicas, o que agravaria desigualdades em relação às escolas privadas, que podem viabilizar a ampliação de turno com aumento de mensalidades. Manifestaram esse temor três ex-titulares do ministério da Educação: Aloizio Mercadante, Renato Janine Ribeiro e Henrique Paim. O Ministério da Educação prevê programa específico com R$ 1,5 bilhão para incentivar a adoção pelas escolas do ensino em tempo integral.

Currículo flexível

Outro ponto central é a flexibilização curricular, com redução do conteúdo obrigatório para que sejam privilegiadas cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. A intenção do governo federal era incentivar as redes de ensino a ofertar ao aluno a oportunidade de dar maior ênfase em seus estudos a alguma dessas cinco áreas, também chamadas de “itinerários formativos”.

No texto original da MP, entre os conteúdos que deixariam de ser obrigatórios nesta fase de ensino estavam artes, educação física, filosofia e sociologia. A rigor, o conteúdo dessas disciplinas não seria eliminado, mas o que seria ensinado de cada uma delas ficara na dependência do que viesse a ser determinado como conteúdo obrigatório previsto na futura Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Diante das fortes críticas, centradas na necessidade de os jovens serem contemplados contassem com formação mais reflexiva, os deputados optaram por deixar claro no texto da MP a inclusão da obrigatoriedade das quatro disciplinas na base nacional comum. Além disso, a Câmara ampliou de 50% para 60% a composição do currículo da etapa preenchido por essa base comum. Os 40% restantes serão destinados aos itinerários formativos, por escolha do estudante.

Urgência questionada

As críticas à reforma do ensino médio se centraram ainda na opção do governo federal por tratar o assunto por meio de medida provisória. Para parlamentares oposicionistas, a proposta não atende pressupostos de urgência e relevância necessários à edição da MP e, por consequência, rito mais acelerado para a matéria. A justificativa é de que não se pode criar obstáculo ao debate de tema de natureza complexa, que depende de mais tempo para a formação de acordos.

O governo, contudo, argumentou que a relevância da reforma está na importância da educação para o desenvolvimento do país, e que a urgência se justificaria nos baixos índices de desempenho dos estudantes do ensino médio e na alta evasão escolar. Insatisfeito com a solução, o PSOL, um dos partidos de oposição ao governo, moveu ação junto ao Supremo Tribunal Federal questionando a constitucionalidade da iniciativa.

Ao opinar sobre a questão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou que de fato não estão presentes os requisitos de relevância e urgência para justificar a edição de MP sobre a reforma do ensino médio. A ação ainda não foi pautada para julgamento.

Agência Senado

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GLOBO.COM

Quinta-feira, 19/01/2017

 

EDUCAÇÃO

Só 7,7% dos candidatos do Enem tiveram nota mínima para pegar diploma

A edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai servir como diploma do ensino médio para que 83.434 brasileiros. Segundo o Ministério da Educação, esse é o número total de candidatos do exame que se inscreveram com o intuito de tirar o certificado de conclusão do ensino médio. No total, 1.076.092 participantes fizeram o Enem com esse objetivo, mas só 7,7% tiveram êxito.

Os dados equivalem tanto aos inscritos no Enem regular (que, em 2006, teve duas aplicações, em 5 e 6 de novembro e em 3 e 4 de dezembro) quanto aos inscritos no Enem para pessoas privadas em liberdade (PPL), aplicado nos dias 13 e 14 de dezembro. Porém, o peso que essa função do exame tem nos dois públicos é diferente.

De acordo com os números divulgados nesta quarta pelo Inep, na edição de 2016 do Enem, enquanto o número de candidatos visando à certificação no exame regular representava apenas 12,4% do total de participantes – 1.033.761 pessoas fizeram o Enem para isso. No Enem PPL, a certificação foi o objetivo de 42.331 candidatos, ou 77,9% dos inscritos.

Para conseguir o certificado, é preciso ter pelo menos 18 anos na data do exame e tirar pelo menos 450 pontos nas quatro provas objetivas e 500 pontos na redação. Porém, o MEC permite que um candidato use notas de edições distintas do Enem para isso. Por exemplo: caso o estudante atinja a pontuação mínima em metade das provas, na edição seguinte, ele pode fazer apenas a outra metade para tirar o certificado.

Desde 2009 o Enem é usado como alternativa para que adultos que não terminaram o ensino médio na idade certa consigam o certificado e possam ingressar no ensino superior ou participar de concursos públicos e seleções de emprego que exijam o ensino médio como formação mínima. Neste período, o número de pessoas interessadas em usar o Enem regular com esta finalidade cresceu 80,8% (em comparação, o número total de inscritos no Enem regular cresceu 64,6% entre 2009 e 2016).

Candidatos que fizeram o Enem tentando obter o certificado de conclusão do ensino médio (Foto: Editoria de Arte/G1) Candidatos que fizeram o Enem tentando obter o certificado de conclusão do ensino médio (Foto: Editoria de Arte/G1)

Candidatos que fizeram o Enem tentando obter o certificado de conclusão do ensino médio (Foto: Editoria de Arte/G1)

Último ano

Porém, a partir de 2017, o exame do MEC vai perder essa função, e passará a ser usado apenas como vestibular. O ministro da Educação, Mendonça Filho, confirmou a decisão nesta quarta-feira (18), afirmando que o exame "exige mais do que o necessário" aos candidatos que fazem as provas para conseguir o certificado.

Em um comunicado divulgado nesta quarta, o ministro afirmou que "não dá mais para aplicar uma avaliação tão abrangente, que exige mais do que o necessário, àqueles que têm objetivos distintos, impondo um ônus para quem não pensa no ensino superior".

Um dos efeitos esperados pelo governo federal é que, excluindo do Enem o público que usa as provas para concluir o ensino médio, a nota média do exame aumente. “O desempenho em todas as áreas está absolutamente estagnado. Não estamos conseguindo que nossos alunos do ensino médio aprendam mais desde 2008”, afirmou Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Inep não explicou como acontecerá na prática a mudança, ou se pessoas com mais de 18 anos que não estiverem matriculada no equivalente ao terceiro ano do ensino médio, e que não tiverem concluído o ensino médio, serão impedidas de se inscrever para o Enem.

Sobre o efeito que a alteração terá na população carcerária, Mendonça Filho afirmou que o governo ainda vai estudar uma alternativa. “A gente vai buscar algo mais enquadrado na demanda e estender aos apenados nas penitenciárias, assunto que levei à presidente do STF [Supremo Tribunal Federal], ministra Carmem Lúcia", disse ele.

Atualmente, o MEC também aplica o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). No Brasil, desde 2009, quando o Enem foi reformulado, o exame só pode ser usado para obter a certificação de conclusão do ensino fundamental. No exterior, brasileiros com pelo menos 15 anos podem pleitear o certificado tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio. Em 2016, o Encceja foi aplicado em nove países.

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PESQUISA

8 em cada 10 municípios têm baixa aprendizagem em matemática, diz ONG

Oito em cada dez municípios brasileiros têm menos de um quarto de alunos do 9º ano do ensino fundamental aprendendo o adequado à sua série em matemática, segundo levantamento do movimento Todos pela Educação. Em 2005, o número era nove em cada dez cidades (95,7%) e agora, em 2015, caiu para oito em cada dez (85,3%).

Em dez anos, desde o início da série histórica, é zero a parcela de municípios com mais de 75% dos alunos do 9º ano aprendendo o suficiente para a disciplina.

É a segunda vez que Todos pela Educação faz um recorte sobre o aprendizado dos alunos a partir dos municípios. Os dados fazem parte do monitoramento da meta 3 (todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano), realizado com base na proficiência nas avaliações da Prova Brasil e do Saeb 2015.

O movimento considera que tem aprendizado adequado o aluno que atinge ou supera as seguintes pontuações, respectivamente, em língua portuguesa e matemática: 200 e 255 no 5º ano do ensino fundamental; 275 e 300 no 9º ano do ensino fundamental; e 300 e 350 no 3º ano do ensino médio.

Em língua portuguesa houve avanço no índice de aprendizado dos alunos do 9º ano desde 2005. Em dez anos, houve uma grande migração de municípios classificados com “menos de 25% do aprendizado ideal” para “25% a 30%.” Porém, ainda são poucos os que atingem indicadores acima de 50%.

Entre as crianças do 5º ano, o resultado foi mais satisfatório: caiu o número de municípios com menos de 25% dos estudantes com aprendizado adequado e aumentou os que estão na faixa de 50 a 75%.

O 5º ano também avançou em língua portuguesa. O levantamento mostra que o número de municípios brasileiros com menos de 25% dos estudantes com aprendizagem adequada na disciplina despencou 48,9 pontos percentuais na última década. Eram 62,6% em 2005, agora, em 2015, são 13,7%.

Para Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Todos pela Educação, o Brasil precisa aprender com esta primeira etapa da educação básica, onde nota-se avanços. “Como, por exemplo, melhorar a transição entre um professor polivalente [que leciona todas as disciplinas] para um modelo em que são sete professores diferentes para cada disciplina. Melhoramos no acesso, mas não isso, não basta, há os desafios da qualidade e cada etapa da educação exige um olhar específico.”

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FOLHA.COM

Quinta-feira, 19/01/2017

 

SÃO PAULO

USP anuncia fechamento de creche e funcionários ocupam espaço

Funcionários da USP ocuparam na terça-feira (17) uma creche para 150 crianças que funciona dentro da universidade. O objetivo é impedir que o espaço seja fechado por ordem da reitoria.

A creche é atende filhos de funcionários, servidores e professores.

De acordo com o sindicato dos funcionários da universidade (Sintusp), os servidores mantêm a creche oeste do campus em funcionamento. A ocupação, dizem eles, serve para impedir que caminhões levem os esquipamentos do local, conforme ordem da reitoria enviada aos funcionários.

Documento interno ao qual a Folha teve acesso afirma que a mudança serve para "otimizar" as creches da USP. Os equipamentos, materiais e mobiliário serão transferidos para a outra creche da universidade, diz a notificação.

O Sintusp afirma que em nenhum momento os pais foram consultados sobre o fim da creche. Questionada sobre o assunto, a assessoria de imprensa da USP afirmou que não se manifestaria.

IMPROVISO

No fundo de um corredor do bloco A do Crusp (a moradia estudantil da USP, na zona oeste), num cantinho com paredes tomadas por desenhos infantis, funciona desde janeiro uma creche improvisada por mães estudantes.

Elas não podem colocar os filhos nas creches da universidade porque as vagas não são mais abertas desde 2015 -foram cortadas 141. A medida se deve à redução no quadro de servidores devido ao plano de demissão voluntária, segundo a instituição.

Por isso, as mães sem vaga se desdobram para estudar, trabalhar e cuidar dos filhos.

Outras áreas da universidade têm sofrido desmonte nos últimos anos. O HU (Hospital Universitário) da USP, por exemplo, teve demissão de profissionais, fechamento de leitos e o consequente recuo no número de atendimentos à população.

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OPINIÃO

Em consulta on-line, MEC cogita fazer Enem em um dia e pelo computador

Em consulta popular aberta na internet nesta quarta-feira (18), o MEC (Ministério da Educação) cogita a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em apenas um dia, e não mais dois. Também há uma pergunta sobre a possível realização da prova no computador.

A consulta faz parte da estratégia do MEC para mudar o exame. Um dos objetivos do governo é reduzir os custos com a prova. Os participantes do Enem 2016 já podem consultar suas notas a partir desta quarta-feira.

O Enem foi criado em 1998 como uma avaliação do ensino médio e algumas instituições de ensino superior usavam o resultado como parte da nota de seus vestibulares. A partir de 2009, na gestão do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, o exame ganhou o formato atual e começou a ser adotado por universidades federais para selecionar seus alunos.

Com provas separadas por área (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza, além da redação), o exame também passou a ser elaborado e corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). Esse modelo matemático permite comparação entre provas diferentes por categorizar as perguntas em níveis de dificuldades. Por isso, a quantidade de acertos não define a nota –o valor de cada questão varia conforme sua dificuldade.

Com essas mudanças, o Enem virou uma espécie de vestibular nacional. As instituições que adotam o exame como vestibular disponibilizam as vagas em um sistema on-line, chamado Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A prova também passou a ser critério para certificação do ensino médio, uso de que deve ser descontinuado.

Após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a nova equipe do MEC passou a cogitar mudanças no exame. Mas a aplicação do Enem em apenas um dia e a possibilidade de fazer a prova pela internet já era cogitada pela equipe do MEC no governo do PT. A ideia inicial para o Enem, desde 2009, era ter mais de uma edição por ano –o que nunca saiu do papel

Não há perguntas na consulta sobre o fim da redação, medida já defendida por alguns especialistas. Além de perguntas sobre a aplicação do Enem em apenas um dia, o MEC pergunta se, caso a prova seja mantida em dois dias, quais datas seriam mais adequadas (domingo e segunda-feira, em dois domingos seguidos ou no formato atual, em um único fim de semana).

Ainda há um campo para que os participantes da consulta deixem um texto de sugestão para aprimoramento do exame. A consulta pode ser acessada aqui. O questionário fica disponível até 10 de fevereiro.

E entrevista coletiva, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse que a aplicação do Enem por computador não vai ocorrer neste ano, independentemente do resultado da consulta, por falta de recursos tecnológicos. "Não descartamos um projeto piloto", disse.

Até as 12h30, a consulta já teria recebido 700 mil acesso, segundo o governo.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.

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