Goiânia, 27 de janeiro de 2017
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
MEC anuncia prorrogação da inscrição no Sisu
Usuário tem acesso a arquivos de grandes jornais do exterior
UOL EDUCAÇÃO
6 famosas universidades nos EUA com suporte para estudantes internacionais
Proibição de livros que falam de diversidade sexual dissemina ódio, diz MP
Adolescentes devem entrar mais tarde na escola, mostra estudo
CORREIO BRAZILIENSE
Ministério Público no Ceará denuncia grupo que fraudava Enem e vestibulares
Educação aprova projeto que permite deduzir do IR doação para alfabetização
GLOBO.COM
Retirada de páginas didáticas com união gay é uma afronta, diz MEC
FOLHA.COM
Combate à corrupção passa por maior equidade
N O T Í C I A S D A E D U C A Ç Ã O
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Quinta-feira, 27/01/2017
ENSINO SUPERIOR
MEC anuncia prorrogação da inscrição no Sisu
O Ministério da Educação informa aos interessados em concorrer a vagas em instituições públicas de educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que o prazo para que se inscrevam será prorrogado. O sistema, aberto desde terça-feira, 24, estará disponível para receber inscrições até o próximo domingo, 29. O Sisu é a ferramenta do MEC por meio da qual instituições públicas oferecem vagas a estudantes, com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A respeito da prorrogação do Sisu, o MEC esclarece:
1. Em atenção aos estudantes que manifestaram o pedido e em virtude das dificuldades de acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nos primeiros dias, o MEC decidiu prorrogar o prazo de inscrições em 48 horas, ou seja, até o próximo domingo, 29 de janeiro, às 23h59 (horário de Brasília). A divulgação dos resultados está mantida para segunda-feira, dia 30;
2. O Sisu registrou até as 18h desta quinta-feira 2.090.451 de inscritos e 4.033.178 de inscrições. Vale lembrar que cada candidato pode escolher até duas opções de curso;
3. O único critério para a aprovação é a nota do Enem 2016; não importa o dia em que o candidato faça a inscrição;
4. As inconsistências encontradas no sistema, que dificultavam o acesso de candidatos das primeira e segunda aplicações, foram sanadas. Se houver qualquer outro problema pontual, o candidato deve entrar em contato com o MEC por meio do telefone 0800-616161 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.;
5. Os calendários dos processos seletivos do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) seguem normalmente, marcados para os dias 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e 7 a 10 de fevereiro, respectivamente.
Assessoria de Comunicação Social
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PORTAL DE PERIÓDICOS
Usuário tem acesso a arquivos de grandes jornais do exterior
O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação, oferece aos usuários dados históricos que contemplam os últimos 400 anos de informações publicadas em grandes veículos de comunicação internacionais, a Gale NewsVault, da editora Gale Cengage Learning. O acesso é gratuito.
A plataforma reúne arquivos com mais de 10 milhões de páginas digitalizadas de publicações periódicas, como The Economist, Financial Times, Liberty Magazine, Listener, Picture Post, Sunday Times e Times. Na base da dados é possível fazer pesquisa cruzada de dados, procurar jornais publicados em determinada data, visualizar publicações em tela cheia, salvar, marcar e imprimir resultados, entre outras funcionalidades.
Mais informações sobre as coleções da Gale NewsVault na página da Capes na internet. Os arquivos estão acessíveis on-line no Portal de Periódicos.
Assessoria de Comunicação Social
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UOL EDUCAÇÃO
Quinta-feira, 27/01/2017
INTERCÂMBIO
6 famosas universidades nos EUA com suporte para estudantes internacionais
Nós listamos a seguir seis fortes instituições de ensino superior norte-americanas bastante populares entre os leitores do Hotcourses Brasil. Para ajudá-lo a conhecê-las um pouco melhor em um lugar só, nós fizemos um apanhado de suas principais qualidades e destaques, inclusive algumas vantagens oferecidas exclusivamente para estudantes estrangeiros.
1. Florida Internacional University
A Florida International University, em Miami, já diz tudo no seu nome: ela é verdadeiramente internacional. A sua Escola de Pós-Graduação (University Graduate School) oferece 106 mestrados, 33 doutorados e 60 certificados nas áreas de artes, arquitetura, música, ciências, meio ambiente, humanas, relações públicas e internacionais, direito, administração de empresas, engenharia, entre várias outras. A instituição acomoda aproximadamente 3 mil estudantes em seus residenciais dentro do campus e tem uma página em seu site oficial para orientar os estrangeiros interessados em encontrar uma bolsa de estudo ou ajuda financeira.
Na FIU, você receberá orientação de uma equipe dedicada aos estudantes internacionais antes mesmo de partir. O International Student & Scholar Services (ISSS) oferece atendimento online, orientação de imigração, aconselhamento para o processo de admissão, mentoria internacional entre os estudantes, sem contar todos os serviços durante os seus estudos até a sua graduação.
2. Michigan State University
A Michigan State University é uma das 100 melhores universidades do mundo e, muito provavelmente, a sua perspectiva internacional é um dos fatores que a levaram a este resultado: a Universidade recebe estudantes estrangeiros de 138 países diferentes! Ao ser admitido na MSU, você automaticamente se torna um Spartan e passa a integrar uma comunidade estudantil global. A Universidade se empenha em orientar seus estudantes sobre as regras de imigração; a conduzir orientações e outros serviços que ajudem na adaptação; e a contribuir com a internacionalização da MSU, oferecendo oportunidades para o crescimento por meio de interações interculturais.
São mais de 200 cursos acadêmicos oferecidos por 17 faculdades nas áreas de recursos naturais, artes e letras, comunicação, gestão, engenharia, medicina, direito, música, enfermagem, medicina veterinária, etc. Além disso, a MSU tem oito opções de bolsas de estudo para estudantes internacionais. Uma delas é a Global Spartan Scholarship, no valor de US$ 6.000 anuais, outorgada a um número limitado de candidatos academicamente talentosos. Para saber mais sobre elas, você deve entrar em contato diretamente com a Secretaria para Estudantes e Acadêmicos Internacionais (Office for International Students and Scholars).
3. University of Miami
Um dos grandes destaques da University of Miami é o seu Programa de Inglês Acadêmico, conhecido por IEP (Intensive English Porgram), com mais de 60 anos de experiência lecionando o idioma a estrangeiros interessados em se preparar para um curso acadêmico nos Estados Unidos. O site oficial da UM tem uma página em português, que vai facilitar a sua pesquisa. O Intensivo é formado por cinco níveis, cursados em aproximadamente um ano e meio. No entanto, se o estudante já tiver certa fluência no idioma, poderá começar em diferentes níveis e terminar os estudos em menos tempo.
Com a conclusão do IEP na University of Miami, o estudante internacional já tem os requisitos obrigatórios de proficiência na língua inglesa e pode dar início à graduação sem precisar prestar o TOEFL ou o IELTS. Esta opção é excelente para quem ainda não tem a proficiência necessária para começar uma graduação imediatamente. O curso intensivo ajudará a melhorar suas habilidades no idioma – em conversação, escrita, leitura, compreensão oral, gramática, vocabulário, pronúncia, etc. – em um curto período de tempo e a se transferir facilmente para um bacharelado da UM ou de outra instituição americana.
A UM tem cursos nas áreas de arquitetura, artes, administração de empresas, comunicação, desenvolvimento humano, engenharia, direito, medicina, música, saúde, entre outras. Novos estudantes internacionais com forte histórico escolar são automaticamente avaliados para a Bolsa de Estudo do Presidente (President’s Scholarship) que valem de US$ 8.000 a US$ 28.000; basta preencher a sua inscrição em um dos cursos de graduação da UM como estudante do primeiro ano com todos os requisitos obrigatórios.
4. Valencia College
A Valencia College, em Orlando, na Flórida, tem 100 cursos acadêmicos e um Programa de Inglês Intensivo. Uma das diferenças desta instituição em relação às citadas acima são os seus cursos de Associate of Artes (A.A.), que são similares a graduações tecnológicas, com quatro semestres de duração, e equivalem aos dois primeiros anos de uma graduação. Além de ser muito mais prática, esta é também uma opção mais financeiramente acessível. Os cursos de Associate costumam sair bem mais baratos do que graduações e você evita passar por dois processos seletivos. Com a conclusão de um desses diplomas, o estudante pode pedir a transferência para uma universidade norte-americana diretamente no terceiro ano. Um A.A. da Valencia garantirá a sua admissão em uma das 12 universidades estaduais da Flórida, inclusive na University of Central Florida.
O Programa de Inglês Intensivo aceita estudantes a partir de 15 anos em novas turmas o ano todo. O seu objetivo principal é ajudar estudantes internacionais a alcançar suas metas pessoais, acadêmicas e profissionais, enquanto proporciona um ambiente de compreensão e apreciação intercultural.
5. Juilliard School
A Juilliard School é uma das melhores escolas de artes do mundo inteiro! Localizada em Nova York, no Lincoln Center, ela forma estudantes talentosíssimos nas áreas de dança, música e dramaturgia. A taxa de admissão da escola é de 7,2 por cento. O processo é rigoroso e os critérios de seleção, ainda mais. Para ser admitido, os candidatos precisam passar por uma audição ou teste prático, além de todo o processo universitário padrão norte-americano. Por isso, para se inscrever, você precisa ter um histórico de prática em uma das áreas oferecidas pela Escola.
Estudantes internacionais com inscrições finalizadas corretamente podem concorrer a bolsas de estudo oferecidas pela Juilliard. A Escola tem a Secretaria de Orientação Internacional (Office of International Advisement) para fornecer informações e suporte sobre a admissão, o visto de estudante, a possibilidade de trabalhar nos EUA durante os estudos, a extensão da sua estadia, e muito mais.
6. Harvard University
Deixamos a melhor para o final: a renomada e imponente Harvard University. Com 380 anos de história, esta é uma das maiores potências acadêmicas dos EUA, eleita a sexta melhor universidade do mundo pelo famoso ranking da Times Higher Education. Harvard já formou mais de 360.000 ex-alunos do mundo inteiro – entre eles sete presidentes dos Estados Unidos.
Não é a toa que o seu processo de admissão é um das mais difíceis e criteriosos do mundo. Segundo o site oficial da universidade, durante o último processo seletivo, de 39.041 inscritos, apenas 2.106 foram admitidos! Apesar de os estudantes internacionais se qualificarem à mesma quantia de ajuda financeira que os americanos e o processo de inscrição ser basicamente o mesmo, dificilmente receberão uma bolsa de estudo integral. O que significa que você deve estar preparado financeiramente para a experiência. Sem contar que o seu currículo escolar precisa ser impecável. Inscrever-se em uma escola concorrida e renomada como a Harvard necessita de muito preparo, mas, não é impossível. Na página Applying for Financial Ad at Harvard (Inscrevendo-se à ajuda financeira na Harvard) há um vídeo bastante informativo e didático para explicar como se solicitar ajuda financeira.
Localizada em Boston, Massachusetts, a Harvard University é formada por 15 impressionantes escolas e faculdades, como a Escola Médica de Harvard e a Escola de Direito de Harvard.
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EDUCAÇÃO
Proibição de livros que falam de diversidade sexual dissemina ódio, diz MP
A pedido do MP (Ministério Público) de Rondônia, a prefeitura de Ariquemes (cerca de 200 km de Porto Velho) tem até o dia 27 de janeiro para se manifestar sobre a decisão de retirar as páginas de livros didáticos que abordem diversidade sexual e familiar e doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo o MP, o prefeito Thiago Flores (PMDB) deve assinar até a data um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) se comprometendo a não suprimir as páginas que tenham conteúdos considerados de "ideologia de gênero e diversidade familiar".
Para o órgão, "medidas como estas disseminam o ódio contra os homossexuais e ferem de morte o fundamento constitucional da promoção da igualdade e da sociedade livre de qualquer preconceito". Além disso, ele considera que a retirada das páginas causará prejuízo aos alunos, pais e professores "que se veem no meio de um verdadeiro processo inquisitorial medieval, na contramão de toda a literatura pedagógica que visa esclarecer e preparar jovens para sociedade atual, sem qualquer carga de preconceito."
A medida adotada pelo MP é resultado de uma reunião realizada na última terça-feira (24) com a promotora de justiça da cidadania, Priscila Matzenbacher Tibes Machado, com a promotora de justiça da probidade, Joice Gushy Mota Azevedo, e com atual prefeito.
O órgão também apura conduta similar adotada pela gestão anterior da prefeitura. À época, o então prefeito, Lorival Amorim (PDT), mandou recolher os livros encaminhados pelo MEC em decorrência da presença de conteúdos de ideologia de gênero nas publicações.
Entenda o caso
No início do ano, o prefeito Thiago Flores recebeu um ofício de vereadores que formam a bancada evangélica propondo a suspensão e o recolhimento dos materiais que abordassem a ideologia de gênero.
O argumento utilizado foi que os livros estavam em desacordo com o PME (Plano Municipal de Educação), que foi aprovado sem a presença do tema, e por apresentarem "arranjos familiares de gays, lésbicas, com adoção de filhos [...] bigamia, poligamia, bissexualismo e doenças sexualmente transmissíveis" a crianças do ensino fundamental-- do 1º ao 5º ano.
Poucos dias depois, representantes do Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia)- Regional Estanho, entregaram um outro ofício ao prefeito solicitando que a petição dos vereadores não fosse atendida.
De acordo com uma nota da prefeitura, o sindicato defendeu que a adoção de crianças por casais homoafetivos já está consumada no país. Além disso, consideram que a abordagem sobre doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos são temas transversais contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Na segunda-feira (23), Thiago Flores e outros 11 vereadores se reuniram e decidiram que as páginas deveriam ser retiradas dos livros didáticos. Uma audiência pública estava prevista para ser realizada no dia 31 de janeiro, mas foi suspensa diante da decisão conjunta.
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PESQUISA
Adolescentes devem entrar mais tarde na escola, mostra estudo
Vários estudos já sugeriram que atrasar o horário de entrada na escola melhora o sono e, consequentemente, o desempenho dos alunos durante a adolescência. Um deles, que acaba de ser publicado, contou com dados de 30 mil estudantes canadenses de 362 escolas de todas as partes do país.
Os pesquisadores, da Universidade McGill, compararam jovens que entram às 8h com os que começam entre 9h e 9h30 (sim, lá essa possibilidade já foi adotada por algumas escolas para os mais velhos). E a associação entre entrar mais tarde e ter uma boa qualidade de sono foi muito forte.
Adolescentes têm o ciclo circadiano, ou seja, o relógio biológico atrasado em cerca de duas ou três horas durante essa fase. Quando chegam ao ensino médio, é quase impossível, para eles, dormir antes das 11h da noite e acordar antes das 8h da manhã. Para cumprir os horários, eles têm que, literalmente, lutar contra o próprio corpo.
Os pesquisadores explicam que a privação crônica de sono não só prejudica o desempenho escolar dos jovens, como também os torna mais vulneráveis a problemas de comportamento, ansiedade e depressão.
No artigo com os resultados, publicado no Journal of Sleep Research, os autores admitem que mudar o horário de entrada nas escolas não é fácil, já que exige o envolvimento de diversos setores. Mas eles acreditam que o esforço beneficiaria muita gente.
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CORREIO BRAZILIENSE
Quinta-feira, 27/01/2017
EDUCAÇÃO
Ministério Público no Ceará denuncia grupo que fraudava Enem e vestibulares
O Ministério Público Federal no Ceará ((MPF/CE)) denunciou na Justiça Federal um grupo que agia no estado acusado de fraudar edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares. Segundo o órgão, o esquema visava a aprovação de candidatos principalmente em cursos de medicina em instituições públicas e privadas de ensino superior.
De acordo com a denúncia, professores de um cursinho pré-vestibular com sede em Campina Grande (PB) atuavam como “pilotos” - pessoas com alto grau de conhecimento que faziam as provas e passavam os gabaritos para os candidatos. As fraues ocorriam em quatro municípios do Sul do Ceará: Juazeiro do Norte, Barbalha, Porteiras e Brejo Santo.
Para ter sucesso, alguns candidatos se inscreviam como sabatistas – religiosos que suspendem as atividades laborais até o pôr do sol. Eles entravam nos locais de prova no mesmo horário dos demais, mas só iniciavam a prova à noite. Nesse período, os “pilotos” respondiam a prova e passavam o gabarito por mensagens de celular para os que ainda não haviam começado o exame.
O Ministério Público lista ainda outras estratégias, como a inscrição de estudantes indevidamente como deficientes visuais, para receberem prova ampliada e terem uma hora a mais para responder e, também, como oriundos de escola pública, para ter acesso às vagas pelo sistema de cotas.
Sete pessoas foram denunciadas à Justiça por associação criminosa. Destas, duas são proprietárias do cursinho. O Ministério Público também pede que as aprovações dos denunciados nos vestibulares sejam anuladas e que eles sejam desligados dos cursos nos quais ingressaram por meio das fraudes.
Agência Brasil
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CÂMARA
Educação aprova projeto que permite deduzir do IR doação para alfabetização
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4362/16, do deputado Weverton Rocha (PDT-MA), que permite abater do imposto de renda doações feitas para instituições com programas gratuitos de alfabetização de pessoas com mais de 14 anos. Os programas deverão ter cadastro no Ministério da Educação e devem enviar relatórios mensais ao órgão.
Pela proposta, o contribuinte poderá abater todo o valor doado, observado o limite de 5% da renda bruta anual. Já as empresas que fizerem a doação devem seguir o teto de 5% do imposto a pagar no abatimento e podem incluir a doação como despesa operacional.
Para o relator, deputado Damião Feliciano (PDT-PB), a proposta se justifica porque na última pesquisa de domicílios (Pnad) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda há cerca de 13 milhões de analfabetos acima dos 15 anos de idade, representando 8,3% da população brasileira.
Além disso, o relator ressalta que apenas 1,5% do potencial de doação do imposto devido é cumprido pelas pessoas físicas. “Devemos fomentar a prestação de serviços sociais no país, especialmente quando o objetivo for o de cooperar na formação de uma política pública que privilegie a integração entre governo e sociedade”, disse.
Penalidades Quem desviar recursos destinados a esses programas ou omitir informações será condenado a pena de 2 a 5 anos de reclusão com multa por crime contra a Fazenda Pública. A fiscalização ficará a cargo dos ministérios da Educação e da Fazenda.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para votação do Plenário.
Agência Câmara
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GLOBO.COM
Quinta-feira, 27/01/2017
EDUCAÇÃO
Retirada de páginas didáticas com união gay é uma afronta, diz MEC
O Ministério da Educação (MEC) afirmou, nesta quinta-feira (26), que a proposta da prefeitura de Ariquemes (RO) em retirar páginas de livros didáticos com casais gays é ilegal. A medida de suprimir o conteúdo foi anunciada no início da semana pelo prefeito Thiago Flores (PMDB). Segundo o MEC, a supressão dos livros distribuídos no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) afronta à legislação dos materiais didáticos, pois as escolas possuem o dever de zelar dos livros.
Conforme o poder executivo de Ariquemes, as páginas com estes conteúdos com diversidade familiar, como casamento e adoção de crianças por homossexuais, serão retiradas e uma comissão vai fiscalizar todo trabalho.
Quatro dias após o anúncio da proibição de entregar os livros aos alunos do ensino fundamental, por ter conteúdo de ideologia de gênero, o MEC se manifestou contra a decisão. "É competência das secretarias e escolas zelar pela conservação e bom estado do material distribuído Entendendo-se com isso manter o material em sua integridade, uma vez que são distribuídas apenas obras avaliadas e aprovadas segundo critérios publicados em edital e amparados por legislação", diz em nota.
O MEC ressalta que o recebimento de obras do PNLD é realizado mediante adesão da rede, ou seja, não é obrigatório, mas que todas as obras recebidas são escolhidas pelos professores e diretores escolares. Já sobre a temática de gênero nos livros didáticos dos anos iniciais do ensino fundamental, o órgão informou que ela segue a norma vigente da constituição e do plano nacional de educação.
"Os conteúdos estão em conformidade com a legislação vigente, que tem como fundamentos a dignidade humana, a igualdade de direitos, o reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades, entre outros, as coleções e os livros devem possuir os mesmos fundamentos", finaliza.
O G1 teve acesso aos conteúdos presentes nos livros didáticos e constatou a presença de questões relacionadas à diversidade sexual nas formações de famílias. Em um livro de geografia do 3º ano, o texto apresenta que as famílias podem ter diversas composições e apresenta uma foto com duas mães e as filhas.
Em um livro de história do 2º ano, uma imagem conta a história de Theodora. "Theodora e seus pais, Vasco e Dourival – o primeiro casal de união homoafetiva a adotar uma criança no Brasil, em 2006".
Em um livro de geografia do 3° ano, o material indica a leitura ao aluno sobre um texto de um casal homossexual que adotou uma criança com necessidades especiais.
Já em um livro do 1º ano, um exercício leva aos alunos completar as legendas das fotografias escrevendo o número de pessoas de cada família. Entre as imagens, está a de uma família formada por dois pais e uma criança.
Para o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), a decisão acordada entre vereadores e o prefeito do município de retirar os conteúdos de diversidade sexual é absurda e ilegal. A não utilização desses livros incentivaria o preconceito e incitação ao ódio contra as pessoas homossexuais.
Caso
No início do mês de janeiro, oito dos treze vereadores protocolaram um ofício para solicitar a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) que serão distribuídos neste ano, a fim de evitar a discussão sobre ideologia de gênero nas escolas do município.
Em agosto de 2016, os livros com o conteúdo foram entregues às escolas, mas foram retirados dos alunos pelo município
De acordo com um dos vereadores responsáveis pelo ofício, Amalec da Costa (PSDB), existe uma lei municipal em vigência a qual não permite a exposição de conteúdos com ideologia de gêneros aos alunos do ensino fundamental.
"Todos estes livros enviados pelo MEC vêm com conteúdo de formação de família por homossexuais, orientação sexual, uso de preservativo. Entretanto acreditamos que estes assuntos devem ser abordados pelos pais e não nas salas de aulas, principalmente, por lidar com crianças", analisa.
Na segunda-feira (23), o prefeito de Ariquemes, Thiago Flores (PMDB), realizou uma reunião com 12 vereadores para debater sobre o assunto. Na ocasião eles decidiram retirar os trechos com ideologia de gênero e diversidade familiar dos livros.
Repercussão
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) publicou, na página oficial do Facebook, um texto de repúdio contra a escolha dos vereadores e prefeito de Ariquemes (RO) em mandar retirar trechos de livros escolares sobre união homossexual e ideologia de gênero. No texto, o parlamentar pergunta se a sociedade está "voltando para época de inquisição" e relata que está estudando, junto com a assessoria, a melhor maneira de impedir tal "arbitrariedade".
Horas depois da postagem, já na noite de terça-feira (24), o prefeito Thiago Flores (PMDB) rebateu a crítica do deputado Jean Wyllys na mesma rede social. "E ai pessoal!! Tô pensando aqui se respondo ao Jean Wyllys ou lavo a louça da minha pia... Ah! Decidi: vou lavar a louça", postou o gestor.
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FOLHA.COM
Quinta-feira, 27/01/2017
OPINIÃO
Combate à corrupção passa por maior equidade
Há poucos dias, foi publicado o relatório anual Índice de Percepção da Corrupção Global, organizado pela respeitada ONG Transparência Internacional, cobrindo 176 países. No lançamento, a ONG alertou que haveria fortes sinergias entre corrupção e desigualdade social. De fato, a corrupção afeta desproporcionalmente os mais pobres, que dependem mais de serviços públicos.
No caso do Brasil, a percepção de corrupção se manteve estável desde o ano passado, mas piorou no ranking. Por outro lado, a desigualdade social, que havia melhorado de forma importante nos últimos 20 anos, vem mostrando preocupante tendência de crescimento.
Políticas sociais como o Bolsa Família, o aumento real do salário mínimo e o fomento à escolarização tiveram um impacto relevante na redução da desigualdade. Mas isso pode não ser sustentável no longo prazo. Há que se combater a corrupção por um lado e fortalecer as políticas públicas para que a desigualdade diminua de forma consistente, já que, a despeito de progressos, ainda somos um dos países mais desiguais do mundo.
Entre as políticas sociais, a que pode ter efeitos mais efetivos no crescimento de longo prazo e na diminuição da desigualdade, segundo o economista Eric Hanushek, é a educação. Mas para tanto, ela deve focar não apenas o acesso, mas sobretudo a qualidade do ensino. Sem educação de qualidade para todos, não há diminuição de desigualdade que se sustente.
Há muito que pode ser feito para melhorar a qualidade da educação, mas como evitar que o melhor ensino seja restrito a poucos? É aqui que entra a equidade: sem uma forte ação afirmativa, que assegure os melhores professores e recursos para os alunos mais vulneráveis, dificilmente teremos qualidade para todos.
Isso quer dizer priorizar as crianças do Bolsa Família no acesso a creches, aumentar os incentivos para que professores mais experientes deem aulas em escolas periféricas ou em favelas e montar um bom monitoramento da aprendizagem vinculado a um sistema de reforço escolar. Precisamos saber quem não está aprendendo para agir antes que as lacunas se acumulem.
Para que a equidade e a qualidade caminhem juntas, é preciso também preparar os professores para um processo de ensino que incorpore não apenas competências cognitivas, mas habilidades de vida ou competências socioemocionais, como persistência, autocontrole, resiliência, empatia e abertura a novas experiências.
Relevantes para todos os alunos, ganham particular relevância para os alunos mais pobres, que têm de enfrentar maiores adversidades, entre elas, os efeitos deletérios da corrupção.
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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as terças e quintas.
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