Projeto IFG Acessível em Libras disponibiliza série temática abordando a Covid-19 e seus impactos sociais
Além desta primeira série, serão produzidas outras quatro voltadas à comunidade surda
Com o objetivo de produzir informações relacionadas à Covid-19 para a comunidade surda, o Projeto IFG Acessível em Libras disponibilizou no perfil do YouTube do Instituto Federal de Goiás uma série temática abordando a pandemia do coronavírus e seus impactos na sociedade. Nesta primeira leva de vídeos, foi publicada uma série intitulada “Coronavírus: a ciência explica”. Dela, fazem parte três vídeos com as seguintes temáticas: “A ciência como farol da saúde”; “Coronavírus – estado da arte: histórico, transmissibilidade, sinais e sintomas, prevenções individuais e coletivas” e “Coronavírus: fato ou fake? Você pergunta e a infectologista responde!”.
Desenvolvido no IFG, o projeto, que foi analisado e selecionado por um comitê interno para ser financiado pela Instituição, conta com a participação de sete câmpus: Inhumas, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa, Goiânia, Itumbiara e Jataí. Segundo a coordenadora-geral do projeto, professora Thaysa Romanhol, do Câmpus Inhumas, “o IFG Acessível em Libras foi criado para que o direito à informação, assegurado pela nossa Constituição Federal, possa ser ampliado para comunidade surda goianiense e brasileira”. Para a docente, “em uma sociedade democrática, o direito à informação é considerado fundamental a todos. Logo, a comunidade surda tem direito à acessibilidade de conteúdos e informações em Língua Brasileira de Sinais-Libras”.
Segundo o diretor de Pesquisa e Inovação, Thiago Eduardo Pereira Alves, “o projeto é muito importante, pois abarca uma parte da população que é desassistida. Além disso, o projeto tem como característica a reprodutibilidade e a reaplicabilidade em outras instituições”. Como explica o professor, o projeto é aplicável a toda a rede federal e será apresentado ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). “Isso é algo em que iremos trabalhar e iremos apresentar o projeto para toda Rede Federal”, ressaltou o diretor.
IFG Acessível em Libras
O IFG Acessível em Libras nasceu a partir da ideia de fazer jus ao direito à informação para a comunidade surda, partindo do cenário atual no mundo relacionado à pandemia do Coronavírus. De acordo com a professora Thaysa, “o projeto foi criado para que esse direito do surdo faça valer, principalmente neste período de crise instaurado pela pandemia da Covid-19”. Como destaca a docente, “os surdos têm sido privados de informações importantes, que contribuem para que vidas sejam poupadas”.
A ação que conta com recursos da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação envolve professores e intérpretes de Libras, profissionais da saúde e servidores de diversas áreas de seis câmpus. Para a professora, “uma parceria desta, de tamanho envolvimento, tem como objetivo dar visibilidade e levar informação à comunidade surda, proporcionando assim condições de inclusão social e cultural”.
Sobre o projeto, o diretor-geral do Câmpus Inhumas, Luciano dos Santos, destaca que “uma das principais preocupações de nossa instituição é a inclusão. Este princípio não só está em nossos documentos institucionais, como também faz parte das ações de nossos servidores. Um dos exemplos mais destacáveis, neste sentido, é sem dúvidas o projeto IFG acessível em Libras.”
Aplicativo IFG Acessível em Libras
Além da disponibilização de cinco séries de vídeos em Libras relacionados ao tema da Covid-19 e seus impactos sociais, com temas voltados à saúde física, emocional, relacional e financeira, além de direitos legais e trabalhistas dos sujeitos, o projeto prevê o aplicativo “IFG Acessível em Libras”. Nele, será possível o acesso de todos os conteúdos produzidos pelos integrantes do projeto.
Além dos vídeos, o aplicativo terá uma aba com links de documentos relacionados à Covid-19 para a comunidade surda. De acordo com o projeto, por meio do dispositivo, “será possível haver ainda interação entre os usuários por meio de vídeo-chamada ou fórum de debates. Os surdos poderão enviar suas dúvidas por meio de vídeo ou texto escrito em língua portuguesa, e as respostas serão produzidas pela equipe responsável em tempo previamente determinado.”
Para a equipe, “na primeira versão, será disponibilizado o acesso aos vídeos, documentos, notícias e, na segunda parte, a comunicação, fórum e interação entre os usuários”. A previsão é de que o aplicativo comece a funcionar até setembro. São responsáveis pelo desenvolvimento do aplicativo os professores do Câmpus Inhumas Nisval Ferreira Guimarães e Elymar Pereira Cabral e o bolsista Wellison Henrique de Sousa.
Clique aqui e confira os vídeos que foram disponibilizados no YouTube do IFG.
Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.
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