Servidores do Câmpus Goiânia do IFG participam de ação junto à UFG para realização de diagnósticos da Covid-19
As equipes de voluntários das duas instituições utilizarão o Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde da UFG para o projeto
Servidores docentes e técnicos do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG) juntamente a professores, técnicos e estudantes vinculados ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolvem ação que visa à realização de diagnóstico molecular de pacientes suspeitos de estarem contaminados pelo novo coronavírus causador da Covid-19 no estado de Goiás. O grupo mobiliza-se para dispor a infraestrutura do Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (Laces), vinculado ao ICB/UFG, e as equipes de voluntários das duas instituições, para ofertar o diagnóstico laboratorial em larga escala, em atenção às demandas das unidades de saúde de Goiânia e do estado de Goiás.
A iniciativa é mais uma das ações interinstitucionais entre IFG e UFG no enfrentamento ao novo coronavírus. O projeto de título: Diagnóstico molecular de Coronavírus (Sars-CoV-2) - Laces-ICB/UFG busca aumentar a capacidade de diagnóstico da doença em Goiânia e no estado de Goiás, com intuito de contribuir com soluções para o problema de subnotificação da doença, ou seja, baixo registro de pacientes acometidos pela Covid-19 devido às dificuldades na realização de testes para o diagnóstico.
O diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, professor Gustavo Rodrigues Pedrino, explica que o projeto é desenvolvido por 20 servidores (13 professores e 7 técnicos-administrativos) do ICB/ UFG e mais 21 voluntários. Segundo o professor, além de contribuir para a diminuição da subnotificação dos casos, a ação colaborará também para a tomada de decisões mais assertivas das políticas públicas do município e do estado de Goiás para o enfrentamento da pandemia. “O aumento no número de diagnósticos impactará na tomada de decisões para os indivíduos infectados, resultando em subsídio para o tratamento médico, isolamento dos doentes bem como monitoramento e mapeamento dos sítios de contágio”, destaca o professor Gustavo Pedrino.
A iniciativa começou quando grupo de docentes do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Goiás (UFG) mobilizou-se para ofertar a realização do diagnóstico molecular do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos âmbitos municipal e estadual. A ideia ganhou o apoio do Diretor do ICB, professor Gustavo Pedrino, que cedeu o espaço do Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (Laces), o qual é vinculado ao ICB/UFG, para realização dos testes moleculares. A ação também conta com a apoio da Reitoria da UFG e dos gestores dos serviços de saúde municipal e estadual de Goiás para firmar o convênio entre as instituições.
Posteriormente, foi realizado um recrutamento de servidores (docentes e técnicos) e de estudantes (pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e graduandos em Ciências Biológicas e Biomedicina) interessados em participar da ação voluntariamente. Nesta etapa, os servidores do Câmpus Goiânia do IFG se dispuseram a participar como voluntários da ação, e os participantes receberam capacitação no dia 17 de abril.
Voluntários
Conforme explica a servidora técnico-administrativa do Câmpus Goiânia do IFG, bióloga e pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular, vinculado ao ICB/UFG, Francyelli Mello Andrade, ela se voluntariou para participar do projeto e se tornou a responsável pela coordenação de uma equipe que represente o IFG na ação. Além dela, participam também a servidora técnico-administrativa e bióloga do Câmpus Goiânia do IFG, Patrícia Thieme Onofri Saiki, e o professor do Câmpus Goiânia do IFG e biólogo, Ronney Fernandes Chagas.
“A realização do diagnóstico laboratorial rápido e preciso em larga escala é, também, uma importante estratégia para conter a disseminação do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. O teste de RT-PCR, em tempo real, é um teste molecular considerado padrão ouro para diagnóstico de doenças, incluindo a Covid-19”, explica a servidora Francyelli Mello Andrade.
O professor do Câmpus Goiânia do IFG e também um dos voluntários da ação, Ronney Fernandes Chagas, ressalta que a realização do projeto viabiliza o desenvolvimento de ações conjuntas, promovendo uma maior integração entre as duas instituições de ensino, IFG e UFG, potencializando ainda mais a implementação de estratégias de enfrentamento da Covid-19, além de promover a difusão do conhecimento, formação de recursos humanos qualificados e fomento de inovações tecnológicas.
Infraestrutura
Todo o espaço físico do Laces está preparado para a execução do projeto, de acordo com o diretor Gustavo Pedrino, e também já foram realizados a capacitação da equipe dos voluntários e os primeiros ensaios de padronização. No entanto, os testes das amostras dos pacientes do SUS suspeitos da Covid-19 ainda não começaram, pois o grupo aguarda a entrega dos kits diagnósticos para o início da ação.
As equipes de voluntários estão trabalhando também na captação de recursos financeiros para o desenvolvimento da ação. Segundo Francyelli, os servidores do IFG estão buscando recursos para destinação de compras de insumos junto à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).Já os servidores da UFG estão buscando recursos junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), à Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A servidora do Câmpus Goiânia do IFG, Francyelli Andrade, frisa que o Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (Laces) do ICB/UFG conta com uma infraestrutura que atende os requisitos de biossegurança (NB2+) para manipulação de amostra de pacientes possivelmente infectados com o SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19), possibilitando o recebimento das amostras de convênios municipais e estaduais. Ela afirma que a capacidade inicial do laboratório permite liberar 120 laudos diariamente. Para a disponibilização do resultado online ao paciente, é estimado o prazo de 48 horas, considerando desde o cadastro da amostra no Laces até a emissão do laudo final.
Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG.
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