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Covid-19

Metabotix inicia a produção de máscaras em impressoras 3D para auxiliar no combate ao coronavírus

Publicado: Quinta, 16 de Abril de 2020, 17h50 | Última atualização em Quarta, 20 de Maio de 2020, 12h55

Inicialmente estão em processo de produção 60 máscaras

Máscaras serão doadas aos profissionais da saúde de Luziânia
Máscaras serão doadas aos profissionais da saúde de Luziânia

A tecnologia é aliada nesse momento de pandemia. Impressoras 3D são utilizadas para a produção de máscaras de proteção (face shields) já em quatro câmpus do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Uruaçu, Senador Canedo, Goiânia e Luziânia. Em Luziania, a ideia partiu de dois egressos do câmpus, integrantes do laboratório de robótica Metabotix. Giovanna Nogueira e Felipe Bertuol, ex-estudantes do IFG-Luziânia, junto da professora Christiane Borges, confeccionam as máscaras seguindo todos os protocolos de segurança recomendados pela Anvisa.

“A comunidade maker está mobilizada para ajudar na criação de EPI`s (Equipamento de Proteção Individual) para profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate a pandemia. Essas máscaras de proteção (face shields) são de código aberto e todos que possuem impressoras 3D podem ter acesso aos arquivos e realizar a impressão. Como temos no Laboratório duas impressoras, a Giovanna e o Felipe se disponibilizaram para ajustar e imprimir as peças”, disse a professora responsável pelo Metabotix, Christiane Borges.

 Para a confecção são usados filamento PLA e acetato. Cada máscara tem custo médio de R$10 e são feitas em duas impressoras, uma 3D clonner e uma Prusa Mendel. Até o momento, a equipe tem peças impressas para montar 60 máscaras. A professora Christiane Borges explicou que eles estão esperando os materiais chegarem para terminar essas máscaras e recomeçarem as impressões. Informou também que o material utilizado é o que já estava disponível no laboratório Metabotix, adquirido com recurso da própria professora. Segundo a docente, o diretor-geral do câmpus, professor Reinaldo Reis, e o chefe de departamento de Áreas Acadêmicas, professor Leonardo François, estão se empenhando para arrecadar mais materiais para aumentar a produção.

Giovanna Nogueira conta que a ideia surgiu de uma reportagem sobre a impressão de peças de respiradores e de equipamentos de proteção individual (EPIs) na Europa e depois viu que começou esse processo no Brasil. “Alguns dias depois eu vi sobre o início de uma campanha em Brasília para a impressão de EPIs e que estavam pedindo ajuda. Com isso, sugeri ao grupo do Metabotix e a professora Christiane respondeu que seria bom ajudar e, a partir daí, começamos a nos mobilizar para o processo de produção das máscaras”.

Sobre a importância dessa ação, Giovanna Nogueira é bem clara. “Nesse momento de pandemia é superimportante ajudar o próximo da maneira que pudermos. Eu estava ficando muito entediada e agoniada de ficar só em casa, eu precisava ajudar de alguma outra forma. Com a experiência que eu tive no IFG nesses últimos 3 anos, em especial no Metabotix (laboratório de robótica), eu ganhei a experiência e conhecimento necessários para isso. E agora, além de fazer o que eu gosto e provar mais uma vez a importância da ciência, da educação pública de qualidade e da tecnologia, eu posso ajudar a proteger aqueles que estão na linha de frente nessa batalha contra a Covid-19. A impressão 3D é algo que, felizmente, está ao meu alcance e eu fico muito feliz de poder ajudar, mais ainda pela professora Chris ter topado também, já que sem ela nada disso seria possível. Eu ficaria mal se depois de todas as oportunidades que eu tive no IFG, eu não retribuísse de alguma forma”, concluiu a ex-estudante do curso técnico integrado ao ensino médio em Informática para Internet.

Felipe Bertuol também concorda que é muito importante o que fazem. “Quando a Giovanna me falou, achei incrível poder ajudar com algo que aprendi durante o meu estágio no IFG. O que estamos fazendo é muito útil. É um equipamento que pode ser reutilizado diversas vezes desde que higienizado, e são utilizadas junto das máscaras comuns para maior proteção. É vantajoso também por conta da falta de máscaras cirúrgicas”, afirmou. Felipe contou que tiveram dificuldades com a produção. “Tivemos uma pequena dificuldade com os materiais, que são caros e ainda estamos precisando de alguns”.

Ao final dessa primeira etapa, as face shields serão doadas aos profissionais de saúde de Luziânia. Para Giovanna e Felipe, a produção só acaba “quando realmente não for mais necessária, mas até lá planejamos imprimir o máximo possível”.


Coordenação de Comunicação Social /Câmpus Luziânia.

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