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Goiânia, 27 de setembro de 2019

Publicado: Sexta, 27 de Setembro de 2019, 12h28 | Última atualização em Sexta, 27 de Setembro de 2019, 12h37

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Um milhão de alunos realizam provas da segunda fase da OBMEP neste sábado

Prazo de recursos para gestantes, deficientes e inclusão de nome social termina sexta-feira, 27

Secretário do MEC debate desafios da educação básica na Câmara dos Deputados

Ministro defende autorregulação para instituições privadas de ensino superior

Weintraub reafirma compromisso com universidades federais brasileiras

CORREIO BRAZILIENSE

UnB abre inscrições para o PAS na próxima segunda-feira (30)

MEC envia ofício sobre 'ambiente sadio' e 'não doutrinação' às escolas

GLOBO.COM

MEC retira apoio de proposta que prevê Fundeb permanente com 40% de recursos da União

MEC e Capes lançam programa Ciência 10, voltado para professores do ensino fundamental do 6º ao 9º ano

Apenas 2% das escolas públicas de ensino médio oferecem condições satisfatórias de aprendizado, diz estudo

FOLHA.COM

Proposta para fundo de educação prevê gasto maior da União

Precisamos falar sobre educação midiática

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

OLIMPÍADAS

Um milhão de alunos realizam provas da segunda fase da OBMEP neste sábado

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) de 2019 entra em sua segunda fase neste sábado, 28 de setembro. Cerca de um milhão de alunos de escolas públicas e privadas de todo o Brasil farão a prova a partir das 14h30 (horário de Brasília).

Para conferir a classificação para esta fase e descobrir onde será aplicada a prova, o candidato deve acessar a página da OBMEP.

A 15ª edição da Olimpíada, que tem como tema os povos indígenas, bateu recordes: foram 54.830 escolas inscritas, distribuídas em 99,71% dos municípios brasileiros. Na primeira fase, a Obmep 2019 contou com a inscrição de 18,1 milhões de estudantes de 54.831 escolas públicas e privadas.

“A prova da OBMEP permite detectar alunos com talento para a Matemática. Uma premiação na olimpíada abre portas”, destaca Claudio Landim, diretor-adjunto do Impa e coordenador-geral da competição.

A iniciativa é realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) apoia a competição.

O foco da OBMEP são estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e premia separadamente alunos de escolas públicas e privadas. Aos primeiros serão concedidas 6.500 medalhas (500 ouros, 1.500 pratas e 4.500 bronzes) e até 46.200 certificados de menção honrosa. Estudantes de instituições particulares receberão 975 medalhas (75 ouros, 225 pratas e 675 bronzes) e até 5.700 certificados de menção honrosa.

Os premiados com medalha de ouro, prata ou bronze serão convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento acadêmico dos participantes. A divulgação dos vencedores está prevista para 3 de dezembro, segundo o Impa.

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ENADE

Prazo de recursos para gestantes, deficientes e inclusão de nome social termina sexta-feira, 27

Os estudantes que fizeram a solicitação de atendimento diferenciado no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019 e tiveram o pedido negado podem pedir recurso. O prazo vai até esta sexta-feira, 27 de setembro. Entram nesses casos, por exemplo, pessoas com deficiência física, gestantes e quem optou por inclusão de nome social.

Para isso, os candidatos devem enviar novos documentos pelo Sistema Enade. O resultado dos recursos será divulgado a partir de 1º de outubro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado Ministério da Educação (MEC).

O Inep faz três tipos de classificações. O atendimento especializado destina-se a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo e/ou discalculia. Já o específico é oferecido a gestantes, lactantes, idosos ou pessoa com outra condição específica.

Existe ainda o atendimento por nome social. Podem solicitar pessoas que se identifiquem e queiram ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero.

Edição – O Enade de 2019 vai avaliar os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

O objetivo do exame é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, bem como o desenvolvimento de competências para a formação geral e profissional, e a atualização do estudante em relação à realidade brasileira e mundial.

Questionário – Os coordenadores de curso devem orientar os estudantes inscritos no Enade 2019 a responder ao Questionário do Estudante, prazo que vai até 21 de novembro. O documento faz parte do processo avaliativo e o seu preenchimento é obrigatório. O estudante que não responder ao questionário ficará em situação de irregularidade junto ao Enade e, ainda que cumpra todas as demais obrigações do exame, não conseguirá colar grau.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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EDUCAÇÃO

Secretário do MEC debate desafios da educação básica na Câmara dos Deputados

Um café para debater um melhor ensino na base. Foi assim que o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Janio Macedo, iniciou a manhã desta quinta-feira, 26 de setembro. Na Câmara dos Deputados, defendeu a importância dos investimentos nos primeiros anos das crianças.

Para o secretário, se não houver investimento de uma maneira adequada no período de 0 a 3 anos, aumentam as dificuldades de aprendizado. “O nosso conceito é que a creche tem que proporcionar o aprendizado. Não é apenas um espaço para a mãe deixar a criança enquanto trabalha. É um local adequado para contribuir para o desenvolvimento escolar de toda a vida”, afirmou.

Macedo também destacou a necessidade de um trabalho mais colaborativo entre os estados para o desenvolvimento da educação. “Seria um movimento coordenado, mas que respeitasse as particularidades e a autonomia de cada unidade da Federação. Para a educação não existe fórmula mágica. A mágica é trabalho duro e acompanhamento persistente sobre o desenvolvimento de alunos, professores e escolas”, afirmou.

Nesse sentido, o secretário lembrou do Compromisso Nacional Pela Educação Básica, lançado em julho pelo MEC em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O objetivo é impulsionar a educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação para jovens e adultos e tornar o Brasil referência na América Latina até 2030.

O café da manhã foi promovido pelo Livres, um movimento liberal suprapartidário com o objetivo de renovar a política e construir um Brasil mais justo. Além do MEC, estavam presentes deputados federais e organizações sociais que tratam do tema, como o Movimento Todos Pela Educação e o Banco Mundial.

Eu fico muito feliz de sermos convidados e participarmos de discussões a respeito da educação brasileira, a situação em que ela se encontra e as eventuais estratégias que nós temos para desenvolver uma educação de melhor qualidade”, afirmou o secretário.

Para Macedo, fóruns de discussões como esse são importantes por conta da participação da sociedade. “Podemos ouvir as percepções dos cidadãos, coletar sugestões e ouvir o feedback nas ações do MEC. Não temos como atuar sem ouvir todas as pessoas”, disse.

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Ministro defende autorregulação para instituições privadas de ensino superior

Maior liberdade, mas com responsabilidade. É isso que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende para instituições de ensino superior privadas no Brasil. Para alcançar esse patamar, ele propôs que o setor apresente uma proposta de autorregulação.

Ele participou do 21º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular nesta quinta-feira, 26 de setembro, em São Paulo. "Eu lancei um desafio. O princípio básico é que elas [instituições de ensino superior privadas] têm que organizar e apresentar uma proposta e, com base nesta proposta, a gente vai dar mais ou menos liberdade", disse o ministro.

De acordo com o ministro, autorregulação é respeitar indivíduos e instituições legítimas a se organizarem coletivamente e tomarem suas próprias decisões, penalizando ações que não estão alinhadas.

Weintraub destacou ainda que a medida não significa que o Ministério da Educação (MEC) deixará de fiscalizar o setor. “A supervisão do Estado é mantida. O setor se autorregula e o Estado fiscaliza e observa se está funcionando adequadamente. Isso já tem em várias áreas da economia. Você permite maior liberdade com responsabilidade [...] É uma mudança cultural muito grande”, afirmou.

O Fnesp discute as perspectivas do ensino superior no Brasil. O evento é promovido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). Na edição deste ano, o fórum traz como tema: “Mudança de Mindset, uma nova forma de pensar a Educação”.

O encontro reúne gestores, educadores e especialistas de vários países. Outro foco é a internacionalização da educação para a renovação cultural e acadêmica das Instituições de ensino superior.

Segundo o presidente do Semesp, Hermes Ferreira Figueiredo, o Brasil é um país cheio de desafios e eles estão, principalmente, na educação. “O Fórum é uma oportunidade única para nos prepararmos para novas realidade do ensino superior [...] Como educadores temos que ser os primeiros a absorver e implantar as novidades”, afirmou.

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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Weintraub reafirma compromisso com universidades federais brasileiras

Orçamento e políticas públicas para as universidades e institutos federais. Esse foi o tema da reunião desta terça-feira, 24 de setembro, entre o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e deputados federais da bancada da Bahia. Na ocasião, foi destacado o compromisso da atual gestão do Ministério da Educação em dar suporte para as instituições de ensino superior.

“Temos que salvar as universidades. Há um contingente grande de pessoas que quer fechar as federais ou, pelo menos, privatizá-las. Eu sou contra, quero salvá-las. O Brasil tem e deve continuar tendo universidades públicas”, disse o ministro durante o encontro.

Diante de questionamentos sobre o contingenciamento ocorrido em 2019, Weintraub ressaltou que o Brasil enfrenta uma crise deixada por gestões anteriores, mas disse ver em 2020 uma possibilidade de melhora. Além disso, ele lembrou uma das soluções anunciadas pelo governo para promover o empreendedorismo e dar autonomia a institutos e universidades federais: o programa Future-se, lançado em julho deste ano.

A iniciativa deve suprir todas as necessidades das instituições, como o incentivo à capitação de receitas próprias. “O patrimônio imobiliário, [que também é um dos pontos do programa], pode gerar muita receita. Atualmente, se as universidades geram receita com o patrimônio mobiliário, essa verba fica presa [no Tesouro Nacional]. Com o Future-se, essa receita vai direto para a universidade, sem sofrer o risco de ser contingenciado”, explicou.

Participaram da reunião os deputados federais Raimundo Costa, Daniel Almeida, Alice Portugal, Dayane Pimentel, João Carlos Bacelar e Lídice da Mata. Eles ofereceram apoio ao ministro e deixaram o diálogo aberto para a construção de políticas públicas para educação. “Queremos ter uma relação com o MEC de caráter institucional. Estamos de olho naquilo que é interesse para a Bahia”, explicou o líder da bancada, deputado Daniel Almeida.

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CORREIO BRAZILIENSE

UNB

UNB abre inscrições para o PAS na próxima segunda-feira (30)

Os editais de todas as categorias do Programa de Avaliação Seriado (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) estão disponíveis no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Candidatos de qualquer ano do ensino médio deverão pagar uma taxa de R$ 118. As Inscrições vão das 10h de 30 de setembro até as 18h de 18 de outubro. Os alunos devem informar o seu número de Cadastro de Pessoa Física (CPF), o seu e-mail, número de telefone, opção de língua estrangeira e em qual das cidades listadas no edital deseja fazer a prova. Se o aluno for menor de idade, deve informar o e-mail e telefone dos responsáveis. A taxa é de R$ 118. A taxa de inscrição é R$118. O aluno deve imprimir o boleto bancário na página de acompanhamento do processo seletivo e pagar até 6 de novembro de 2019, em qualquer banco, casas lotéricas ou Correios.

Estudantes do terceiro ano devem informar, além dos documentos citados anteriormente, sua opção pelo sistema de concorrência, ou seja, se vai usar cotas de escola pública ou para negros ou, se vai concorrer no sistema universal. A opção sobre de cidade para realizar a prova é mais restrita, portanto, ele deve escolher entre Asa Norte, Asa Sul, Gama ou Taguatinga.

As cidades disponíveis para os alunos da primeira e segunda fase do PAS realizares a prova são Águas Claras, Ceilândia, Patos de Minas, Taguatinga, Anápolis, Formosa, Planaltina, Uberaba, Belo Horizonte, Gama, Recanto das Emas, Uberlândia,Asa Norte, Goiânia, Samambaia, Valparaíso de Goiás, Asa Sul, Guará, São Sebastião, Brazlândia, Paranoá e Sobradinho.

Foto

No ato de inscrição, é necessário fazer upload de uma foto individual do candidato, tirada nos últimos seis meses anteriores à data de publicação deste edital, colorida, com fundo branco e em que necessariamente apareça a sua cabeça descoberta e o seu tronco.

Em 21 e 22 de outubro, é possível entrar no site https://www.cebraspe.org.br/pas/acompanhamento e ver se a foto encaminhada foi reconhecida pelo Cebraspe, pois até 22, o candidato pode trocar a foto.

Isenção de taxa

Existem duas possibilidades para isenção de taxa. A primeira opção é se o estudante tiver um Cadastro para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Nesse caso, ele deve entrar na página de acompanhamento, das 10h do dia 30 de setembro de 2019 às 18h de 18 de outubro de 2019 e preencher o requerimento disponível no aplicativo de inscrição, com a indicação do Número de Identificação Social (NIS), atribuído pelo CadÚnico, e a declaração eletrônica de que é membro de família de baixa renda.

Também é possível solicitar isenção de taxa se o candidato for estudante do ensino médio de escola pública do Distrito Federal e comprovar que tem renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio, e, que tem frequência igual ou superior a 75% das aulas ministradas até o momento da solicitação de inscrição. Além do mais, ele terá o mesmo prazo do caso anterior para entrar no site e enviar os documentos e declarações solicitadas.

A relação provisória dos candidatos com o pedido de isenção de taxa será divulgada na data provável de 28 de outubro de 2019, no endereço eletrônico www.cebraspe.org.br/pas/subprogramas.

Solicitação de atendimento especial

Aqueles que necessitam de atendimento especial para fazer a prova devem, no ato da inscrição, assinalar a opção correspondente ao recurso especial e, enviar foto do laudo médico das 10h do dia 30 de setembro de 2019 às 18h do dia 18 de outubro de 2019 (horário oficial de Brasília/DF), via upload, por meio da página de acompanhamento.

A relação provisória dos candidatos com a solicitação de atendimento especial deferida será divulgada no endereço eletrônico www.cebraspe.org.br/pas/subprogramas, na data provável de 13 de novembro de 2019.

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MINISTÉRIO

MEC envia ofício sobre 'ambiente sadio' e 'não doutrinação' às escolas

O Ministério da Educação (MEC) enviou um comunicado, na tarde desta segunda-feira (23), para secretários de educação nos estados, municípios e no Distrito Federal, bem como para os presidentes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com as diretrizes batizadas de Escola de Todos. Em entrevista coletiva, o ministro Abraham Weintraub explicou e defendeu o programa, definido pelo MEC como forma de "assegurar um ambiente propício à cultura da paz na rede pública de ensino das diversas regiões do país".

Queremos ressaltar que o papel da escola é criar a próxima geração de forma sadia, humana e civilizada. Queremos que as estratégias de ensino possam potencializar o futuro das crianças, em um ambiente sadio, combatendo bullying e suicídio, respeitando o direito dos professores de ensinar, mas sem doutrinar”, disse o ministro.

Na prática, o documento serve como reforço do que o governo federal classifica como defesa contra o "viés ideológico" que rondaria escolas do país. Perguntado a respeito, Weintraub afirmou: “A lei já determina que o ambiente seja sadio, amistoso, de não doutrinação, plural. Acompanhar, dia a dia, o que o professor vai ensinando".

No documento, o MEC orienta sobre o desenvolvimento de ações com o objetivo de garantir a adoção de padrões educacionais que visem à cultura da paz, assim como à educação emocional e ao pleno desenvolvimento da pessoa, inclusive intelectualmente, para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Para isso, destaca alguns direitos como "ensino ministrado com base no pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, resguardada a liberdade de expressão", "a tolerância de opiniões e o acesso, em sala de aula, às diversas versões, teorias e perspectivas sociais, culturais, econômicas e históricas" e "não ser prejudicado por sua história, identidades, crenças e convicções políticas ou ideológicas".

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GLOBO.COM

MINISTÉRIO

MEC retira apoio de proposta que prevê Fundeb permanente com 40% de recursos da União

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta quinta-feira (19) que não apoiará, no Congresso, a proposta da deputada Dorinha Rezende (DEM-TO) para o novo modelo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A parlamentar, relatora do tema na Câmara dos Deputados, defendeu nesta quarta (18) o aumento da participação da União, dos atuais 10%, para 40% no longo prazo. O MEC defende um percentual máximo menor, de 15%.

“A gente não concorda. Considera uma proposta que fere o equilíbrio fiscal, não é solvente no longo prazo. A gente vai buscar uma outra solução”, disse o ministro.

“Tecnicamente apresenta alguns erros, não tem nosso apoio. (...) Temos pouco menos de 1 ano e meio para buscar uma solução para o problema. Tem vários aspectos técnicos que apareceram, sem a gente estar ciente. Nos surpreendeu. Nós somos contra”, disse.

O Fundeb é repassado pela União às secretarias estaduais e municipais. Os recursos são uma complementação para a educação básica, que vai do ensino infantil ao médio. A lei atual prevê o fim do fundo em 2020 e, por isso, o Congresso discute um novo formato para restabelece-lo.

O tema é analisado em uma comissão especial da Câmara e, em seguida, terá de ser aprovado no plenário da Casa e no Senado Federal. O projeto é de emenda à Constituição (PEC) e, por isso, precisa do aval de 3/5 dos deputados e dos senadores para entrar em vigor.

Cálculos divergentes

Para chegar aos 40%, a proposta de Dorinha prevê que novas fontes de arrecadação sejam destinadas ao Fundeb. A lista inclui 75% de tudo que União, estados, municípios e DF arrecadarem em royalties de extração mineral – inclusive, petróleo e gás.

Segundo Weintraub, o governo federal discorda dessa possibilidade. O MEC se baseia em estudos que estabelecem um investimento mínimo de R$ 4,3 mil por aluno, por ano, e diz que os 15% de verbas federais são suficientes para atingir esse patamar.

“A previsão do preço do petróleo é muito volátil. Quando ela introduz critérios como esse, e ainda dá um exponencial de trazer 40% em vez de 15%, ela aumenta essa volatilidade, trazendo mais instabilidade. Tecnicamente, foi uma surpresa. e a gente está retirando o apoio”, disse o ministro.

Estratégia em estudo

O MEC não informou como essa mudança de postura será colocada em prática no Congresso. O governo pode enviar um novo texto, com os 15% defendidos pela equipe econômica, ou pode só pedir que a base aliada rejeite o relatório da deputada Dorinha Rezende.

“Estamos abertos ao diálogo com o parlamento, respeitamos o parlamento. Falando em nome do Ministério da Economia e do governo federal, a proposta não está alinhada com o equilíbrio fiscal, a solvência fiscal a longo prazo do país”, disse Weintraub.

Nos últimos meses, equipes do Ministério da Economia e do MEC fizeram diversas reuniões com parlamentares ligados à educação para debater o novo Fundeb. Há, no Congresso, pelo menos três projetos simultâneos sobre o tema – o percentual de 40% é o mais ambicioso dentre eles.

Como funciona?

Atualmente, o Fundeb reúne percentuais fixos da arrecadação de impostos de estados e municípios. Depois que esse valor é calculado, o governo federal complementa o fundo com 10% adicionais do montante.

Esses 10% servem para complementar o orçamento de Estados e municípios que arrecadam menos, diminuindo as desigualdades regionais. Mas, especialistas argumentam que o valor é insuficiente e, por isso, alunos do Centro-Sul recebem mais verbas para educação pública que os do Norte e Nordeste.

O Ministério da Educação defende que esse percentual chegue aos 15%, gradativamente e com cláusulas de desempenho dos governos beneficiados.

Já a proposta elaborada pela deputada Dorinha prevê 15% no ano seguinte à entrada em vigor das novas regras, 25% no quinto ano e 40% no décimo primeiro ano. O governo federal diz que, se isso acontecer, todo o esforço de economia da Reforma da Previdência pode “escoar” para bancar esse repasse à educação básica.

Durante a apresentação do relatório na quarta, a deputada apresentou números da consultoria legislativa da Câmara que apontam impacto de R$ 279 bilhões para a União em 10 anos. Ela, no entanto, não soube informar a base do cálculo e nem se esses valores foram corrigidos pela inflação.

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CAPACITAÇÃO

MEC e Capes lançam programa Ciência 10, voltado para professores do ensino fundamental do 6º ao 9º ano

O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) divulgaram nesta sexta-feira (27), em Brasília, o lançamento dos editais para seleção de professores que queiram participar do Programa Ciência 10, voltado para professores de escolas públicas que dão aula do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

A expectativa é que 400 mil alunos da rede pública sejam beneficiado pela formação destes professores.

O edital será lançado no dia 30 de setembro. Serão abertas 3.920 vagas em 19 instituições de ensino superior federais e estaduais em 125 municípios do país. As inscrições deverão ser feitas juntas às instituições.

"Essa é a primeira vez que a gente está trazendo esse tipo de ação para a sala de aula, investindo na capacitação do professor para melhorar lá na ponta a qualidade da educação e a ciência na vida", afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), feito com 70 países, o Brasil ficou na 63ª posição em ciências. O foco na carreira de professores é o que tem feito outros países avançarem na classificação, como é o caso da Colômbia.

As aulas serão a distância, oferecidas por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Uma vez por mês os professores deverão se reunir em pólos da UAB para debater os temas aprendidos.

O programa havia sido anunciado em abril. De acordo com a Capes, o curso terá duração total de 480 horas e é dividido em quatro eixos temáticos: vida, ambiente, universo e tecnologia. A ideia é preparar o professor para estimular o ensino por investigação, "com uma abordagem criativa e transversal", segundo a Capes.

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EDUCAÇÃO PÚBLICA

Apenas 2% das escolas públicas de ensino médio oferecem condições satisfatórias de aprendizado, diz estudo

Em todo o território nacional, somente 2% das escolas públicas de ensino médio oferecem as condições necessárias para um aprendizado satisfatório. Este é o resultado de um levantamento feito com as instituições que atendem a alunos de baixa renda, divulgado na quinta-feira (26).

Entre as 5.042 unidades de ensino que atendem a alunos cuja renda familiar é de até 3 salários mínimo, apenas 100 apresentaram resultados satisfatórios.

O estudo "Excelência com Equidade no Ensino Médio: a dificuldade das redes para dar um suporte efetivo às escolas" da Fundação Lemman, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), e Instituto Unibanco destacou que entre as melhores escolas deste grupo, 82% são de período integral.

Melhor resultado é do Ceará

O estado do Ceará se destacou entre as escolas com melhor desempenho no estudo. Com 55 instituições, ficou à frente do Espírito Santo (14), Goiás (7) e Pernambuco (7).

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo não se destacaram e tiveram cada um, no máximo, três escolas entre as mais bem avaliadas.

Segundo os pesquisadores, as boas práticas que o levantamento constatou são casos ainda isolados e dependem de professores e diretores capazes de fazer a diferença.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Proposta para fundo de educação prevê gasto maior da União

O relatório final sobre a renovação do Fundeb prevê um salto de quatro vezes no papel da União no financiamento da educação básica, o que contraria o desejo do governo Jair Bolsonaro (PSL).

A complementação federal ao fundo passa, de acordo com o texto, dos atuais 10% para 40%, de forma escalonada.

O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento à educação básica, responsável por mais de 40% do que é gasto na etapa. O mecanismo vence em 2020. O Congresso analisa sua renovação e caminha para torná-lo permanente ao incluí-lo na Constituição.

A deputada Professora Dorinha (DEM-TO), relatora do texto na Câmara, vai apresentar a minuta nesta quarta-feira (18) na comissão especial que analisa o tema.

A proposta precisa ser votada nesta comissão, passar pelo plenário da Casa e, em seguida, seguir para o Senado —há, portanto, espaço para alterações.

O texto prevê que a complementação suba para 15% em 2021 e depois progrida 2,5 pontos percentuais a cada ano até alcançar 40%. Esse percentual converge com duas propostas que tramitam no Senado e reflete um esforço de aproximar as redações para garantir uma aprovação mais célere.

O Ministério da Educação e a área econômica do governo defendem uma complementação de até 15%, a ser alcançada de forma escalonada, sob o argumento de que esse percentual seria mais realista para as contas públicas.

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OPINIÃO

Precisamos falar sobre educação midiática

A aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe uma série de desafios para as salas de aula de todo o País, impactando diretamente o trabalho dos professores da educação básica. De modo geral, o documento, organizado em torno de competências, reforça a responsabilidade da educação como promotora de um ambiente informacional ético, respeitoso e responsável.

Observando o texto de maneira mais específica, vemos que a parte dedicada à língua portuguesa traz um campo denominado jornalístico-midiático. O foco é formar os estudantes para os diversos usos da linguagem e para a participação na sociedade de maneira reflexiva e criativa. Ou seja, a avaliação crítica das mídias e a produção de textos em formatos diversos ganharam destaque na BNCC, não só no que diz respeito à esfera do jornalismo e da comunicação social, mas também em um contexto de participação cívica, da pesquisa e documentação científica e histórica, e da expressão artística.

Tudo isso tem um nome: educação midiática, termo ainda pouco difundido no Brasil. Em linhas gerais, a educação midiática é um conjunto de habilidades que precisam ser desenvolvidas pelas crianças e jovens para que possam ler informações de maneira reflexiva, produzir conteúdos com responsabilidade e, com isso, participar ativamente da sociedade.

Essa demanda não é nova, mas ganha mais urgência à medida que saber filtrar e dar sentido ao enorme fluxo de informação é um exercício diário, além de fator de inclusão ou exclusão social, já que a tecnologia ampliou consideravelmente a velocidade e o alcance da desinformação.

Vivemos em uma era de “poluição informacional”, em que as chamadas “fake news” são as vilãs mais conhecidas - mas passam longe de serem os únicos atores maléficos. O ambiente de desinformação é bem mais complexo e envolve a dificuldade que temos para diferenciar os vários tipos de mensagens que chegam até nós.

Diferenciar uma “fake news” de uma sátira, um boato, opinião, conteúdo patrocinado ou erro de reportagem está cada vez mais difícil. Isto porque não estamos surfando apenas uma onda de desinformação: estamos em meio ao que podemos chamar de tempestade perfeita. Basta olhar em volta para ver que houve uma mudança radical na forma como produzimos e consumimos informação. Se antes vivíamos a escassez, passamos a viver uma realidade em que somos todos produtores de conteúdo, que podem ser criados em ferramentas cada vez mais acessíveis.

Tal situação não é exclusiva do Brasil. É uma preocupação global e, não à toa. Um estudo do MIT (uma das instituições de ensino mais prestigiadas dos Estados Unidos) mostrou que, no Twitter, informações falsas têm 70% mais chances de serem retuitadas do que as verdadeiras.

Os problemas gerados pela desinformação são muitos. Mas também são muitas as oportunidades de combatê-los. A hora é agora: se queremos jovens capazes de refletir sobre o conteúdo que consomem, de se expressar com responsabilidade e ter sua voz na sociedade, precisamos discutir educação midiática nas escolas.

Educar para a informação é educar para a vida em um mundo cada vez mais conectado. E, para isso, é fundamental o papel dos educadores. A partir de hoje, nesta coluna, discutiremos como a educação midiática pode ser tratada na sala de aula, trazendo insumos para você, professor, levar aos seus alunos e alunas esse tema tão fundamental para o futuro da cidadania no Brasil.

Por Patricia Blanco

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

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