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Goiânia, 27 de abril de 2018

Publicado: Sexta, 27 de Abril de 2018, 11h51 | Última atualização em Sexta, 27 de Abril de 2018, 12h02

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Plataforma de Recursos Educacionais ganha novos colaboradores e será ainda mais útil ao professor

Representantes de 250 comunidades de todas as regiões apresentam reivindicações ao ministro

Mais de 1,2 mil brasileiros usam notas do Enem em Portugal

Ministério da Transparência e CGU promovem concurso de redação

Mais de 1 milhão de estudantes brasileiros já se inscreveram na edição de 2018 do Encceja

UOL EDUCAÇÃO

Projeto Goiás + Enem 2018 recebe inscrições para 40 mil vagas gratuitas

IFG: Vestibular 2018/2 via Enem está com inscrições abertas

Subsaarianos nos EUA estudaram mais do que americanos

CORREIO BRAZILIENSE

Escolas desafiam e dão aula de bolsa de valores a alunos de 14 anos

UnB notifica estudantes e exige desocupação da Reitoria até as 23h59

GLOBO.COM

Encceja Nacional 2018 recebe inscrições até esta sexta-feira

Com projeto para idosos, equipe de Americana vence mundial de robótica nos EUA: 'Experiência incrível', diz estudante

Robô desenvolvido por alunos da UFU é o único representante brasileiro em competição mundial no Canadá 

FOLHA.COM

Estudo inédito indica alta chance de fraude em mil provas do Enem

Uso intenso de celular por jovens prejudica o ensino, diz educador finlandês 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Plataforma de Recursos Educacionais ganha novos colaboradores e será ainda mais útil ao professor

A Plataforma Integrada de Recursos Educacionais Digitais, que reúne material digital nos mais diversos formatos para o uso do professor, será ainda mais enriquecida a partir de agora, graças a um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Educação e instituições reconhecidas pela produção desse material. A plataforma integra o Programa de Inovação Educação Conectada, que tem como foco apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.

O acordo assinado entre o ministro da Educação, Rossieli Soares, e instituições como Fundação Roberto Marinho, Instituto Natura, Fundação Telefonica, Instituto Península, Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima), pretende combinar esforços de órgãos e entidades da União, estados, Distrito Federal, municípios, escolas, setor empresarial e sociedade civil no intuito de assegurar a inserção da tecnologia como ferramenta pedagógica de uso cotidiano nas escolas públicas de educação básica.

“Temos trabalhado muito para colocar a educação básica no centro efetivo das discussões”, afirmou o ministro. “É lógico que o ensino superior é importante, que as universidades e os instituto federais são importantes, inclusive para apoiar a educação básica”, frisou o ministro, que também participou da assembleia geral anual do Movimento Todos Pela Educação.

Outras instituições que também passam a colaborar com a Plataforma são Instituto Educadigital, Fundação Lemann, Instituto Crescer, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Safernet Brasil, Fundação Telefonica e Oi Futuro.

A plataforma reúne arquivos de vídeos, animações, jogos e outros formatos, destinados ao uso nas escolas. É dinâmica, com ferramentas eficientes de busca e de fácil manipulação para os profissionais da educação. Ela combina um modelo de ambiente de conteúdos digitais com um modelo de rede social. Isso torna a navegação intuitiva e, consequentemente, rápida.

Lá os usuários podem buscar, baixar e navegar por cerca de 30 mil arquivos digitais. Além disso, ainda é possível guardar recursos em coleções pessoais ou públicas, a fim de auxiliar professores na organização e elaboração de suas aulas. Também é possível indicar recursos aos colegas pelas redes sociais, por e-mail e por meio dos perfis na Plataforma.

A partir dessa interação, é possível compartilhar experiências didáticas a respeito da utilização desse material no cotidiano escolar, sugerir e conhecer novos usos para um mesmo recurso.

A plataforma é colaborativa e tem como foco professores da educação básica, mas também é aberta para alunos e comunidade. Atualmente, professores podem pesquisar e encontrar material que se encaixe aos objetivos das suas aulas.

Desde o seu lançamento, em novembro passado, já foram armazenados na plataforma 29.423 arquivos digitais e realizadas mais de 23 mil pesquisas. Também foram contabilizados acessos a partir de 41 países, além do Brasil, como Estados Unidos e Portugal.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO INDÍGENA

Representantes de 250 comunidades de todas as regiões apresentam reivindicações ao ministro

Representantes de mais de 250 comunidades indígenas brasileiras que participam da 15ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), realizada na área ao redor do Museu da Memória dos Povos Indígenas, em Brasília, reuniram-se com o ministro da Educação, Rossieli Soares, para apresentar demandas da educação indígena no Brasil. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira, 25, no auditório do Ministério da Educação, e foi o primeiro contato do ministro com as etnias, desde que ele assumiu a pasta, no início deste mês.

Conhecedor da realidade da educação indígena brasileira, após sua atuação como secretário de Educação do estado do Amazonas, durante quase quatro anos, entre 2012 e 2016, Rossieli Soares ouviu os pontos abordados pelas lideranças que representaram as regiões brasileiras. Foram relatadas as principais necessidades na área de educação, como melhoria na qualidade do ensino, garantia de recursos, maior acesso à formação e pós-graduação nas universidades, por meio da bolsa permanência, reconhecimento de notório saber e oferta de tecnologia, entre outros.

O ministro ressaltou que tem conhecimento sobre a questão indígena e que está aberto para avançar nas políticas públicas. “Estamos de portas abertas para que possamos buscar avanços importantes. O mais importante que vocês disseram aqui é que a educação indígena seja feita por indígenas e respeitando a língua e cultura de vocês. Acho que é um ambiente de debates que precisa ser ampliado. Precisamos trazer secretarias como a de Educação Superior (Sesu) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) para participar, ter um debate mais próximo e ouvir realmente as angústias que vocês têm. Isso é algo que podemos e devemos fazer imediatamente”, afirmou.

Além do ministro, participaram do encontro a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira, a diretora de políticas de educação do campo, indígena e para as relações étnico-raciais, Rita Nascimento; o secretário de Educação Superior, Paulo Barone, e Gilmar Veron Alcântara, membro da a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (CNEEI). Estiveram presentes, entre outros, membros das etnias caiapó, terena, uai-uai, chanenaua, oiampi, caripuna e xicrin.

Após a reunião, Ivana de Siqueira disse que a Secadi está atenta às solicitações das comunidades indígenas no Brasil e destacou a participação do ministro nos pleitos. “Há 15 anos eles vêm a Brasília para discutir as diferentes pautas de educação e saúde e é importante que o ministro tenha vindo. Não são todos os órgãos que o titular da pasta desce para ouvir as demandas. Isso é importante; é a segunda vez que o ministro vem ouvir de perto as reinvindicações. É uma valorização e um reconhecimento das demandas deles”, afirmou.

Índio da etnia terena, Gilmar Veron Alcântara, membro suplente do Fórum Nacional de Educação (FNE) e representante do órgão no Movimento Nacional de Educação Escolar Indígena e da CNEEI, explicou que dois problemas mais comuns dos indígenas na área de educação estão relacionados ao ensino superior, com a Bolsa Permanência e o preconceito nas universidades. “É importante para nós apresentar as demandas que a comunidade indígena tem. Eu penso que esse diálogo que tivemos com o ministro foi bem produtivo para que nós possamos nos aproximar dele e mostrar as demandas que cada comunidade tem”, ressaltou.

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INTERCÂMBIO

Mais de 1,2 mil brasileiros usam notas do Enem em Portugal

Os resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já foram usados por mais de 1,2 mil brasileiros para ingressar em instituições de educação superior  portuguesas. A informação tem como base o  primeiro levantamento, de abril deste ano, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministéro da Educação. Foram consideradas 23 das 29 instituições portuguesas com as quais o Inep tem acordos interinstitucionais de cooperação firmados. Seis instituições ainda não consolidaram os dados de seleção com a nota do Enem. O número, portanto, é superior a s 1,2 mil  apurados.

De acordo com o documento do Inep, a Universidade do Porto, parceira desde março de 2016, tem 316 estudantes brasileiros selecionados a partir das notas do Enem. Já a Universidade do Algarve, parceira desde setembro de 2014, registra 308 estudantes brasileiros. Outro destaque é a Universidade de Beira Interior, parceira desde setembro de 2016, com 173 matrículas. E, em menos de um ano, a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias já selecionou 64 estudantes nesse formato.

No segundo semestre de 2018, a assessoria internacional do Inep, responsável pelos acordos e pelo levantamento, fará uma consolidação anual dos dados para acompanhar a evolução do número de estudantes que ingressaram em instituições portuguesas com notas do Enem. O mapeamento do uso desse recurso em Portugal é uma das iniciativas da atual gestão do Inep. Em 2017, além de reuniões com órgãos responsáveis, foi realizada uma missão ao país europeu para visitar algumas instituições conveniadas.

Histórico – Desde 2014, quando ocorreu o primeiro acordo, o Inep tem reunido esforços no sentido de simplificar a utilização de informações de desempenho nas provas do Enem para seleção de candidatos a ingresso em cursos de ensino superior de Portugal. Tais ajustes interinstitucionais permitem o acesso e a utilização de informações sobre o desempenho de estudantes que prestaram o Enem. Cada instituição define qual será a nota de corte para os seus cursos. Com o acordo firmado, aciona-se o Inep a fim de conferir os resultados dos brasileiros que submetem suas notas do Enem para obtenção de uma vaga.

Como muitas instituições portuguesas já usavam as notas do Enem, o Inep investiu na oficialização e institucionalização dessas parcerias. Devido à flexibilização das regras, na atual gestão do Inep, os convênios aumentaram. Desde 2016, podem ser feitos convênios, também, com instituições particulares. Dessa maneira, os convênios passaram a permitir a assinatura remota, por meio de correspondências oficiais, não exigindo um encontro presencial.

Atualmente, nove instituições portuguesas estão pleiteando assinatura de acordo interinstitucional. Cinco estão em andamento e serão oficializadas em breve:  Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Lusíada, Universidade Lusíada – Norte, Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida e Instituto Leonardo da Vinci. Com isso, o número de parcerias será ampliado de 29 para 34.

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CONCURSO

Ministério da Transparência e CGU promovem concurso de redação

Com o objetivo de despertar nos estudantes o interesse por assuntos relacionados ao controle social, à ética e à cidadania, por meio do incentivo à reflexão e ao debate destes assuntos nos ambientes educacionais, na família e na comunidade, o Ministério da Transparência e a Controladoria Geral da União (CGU) promovem, anualmente, o concurso de desenho e redação da CGU. Na edição de 2018, que tem como tema “Ser honesto é legal!”, as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 31 de agosto.

O concurso, realizado desde 2007, é direcionado a estudantes regularmente matriculados em escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Assim, o público alvo são alunos da educação básica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Dividida em 14 categorias, a competição já mobilizou, nesses 11 anos, mais de dois milhões de participantes.

Nas categorias do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo desenho. Já os trabalhos do tipo redação devem ser inscritos por candidatos das categorias do sexto ao nono ano do ensino fundamental e primeiro ao terceiro ano do ensino médio, incluindo estudantes matriculados na modalidade EJA. Há ainda a categoria Escola Cidadã, pela qual as escolas poderão concorrer com trabalhos do tipo plano de mobilização, que subentende o planejamento de estratégias de mobilização para debater o tema do concurso com os alunos por meio de atividades conduzidas no ambiente escolar ou na comunidade.

A primeira etapa de julgamento dos trabalhos é realizada na escola, que escolhe um trabalho por categoria para ser enviado ao concurso. Em 2017, foram mobilizados mais de 350 mil estudantes e mais de 7 mil trabalhos foram finalistas para julgamento.

Serão premiados os três melhores trabalhos em cada categoria, desenho e redação. Os alunos e os professores orientadores receberão um tablet e um certificado de premiação e reconhecimento emitido pela CGU. Na categoria Escola Cidadã, também serão premiados os três melhores trabalhos do tipo plano de mobilização, sem distinção de posição, sendo destinados às escolas vencedoras um notebook e um certificado de premiação e reconhecimento emitido pela CGU.

Edital – O concurso tem edital próprio, portaria de comissão julgadora composta por servidores da CGU e conta com um sistema exclusivo de processamento de inscrições, envio e julgamento dos trabalhos. Trata-se de um recurso tecnológico que confere rapidez e confiabilidade a todas as fases da competição. A equipe da CGU se coloca à disposição de professores e diretores de escolas para prestar quaisquer orientações acerca do processo de inscrições e envio de trabalhos.

A inscrição e o envio dos trabalhos deverão ser realizados pela escola, somente pela internet, no site Criança Cidadã.

Assessoria de Comunicação Social

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CERTIFICAÇÃO

Mais de 1 milhão de estudantes brasileiros já se inscreveram na edição de 2018 do Encceja

Até as 10h desta terça-feira, 24, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) 2018 registrou 1.021.233 inscrições, sendo 196.435 para o ensino fundamental e 824.798 para o ensino médio. As inscrições ficam abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 27 de abril, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Em 2017, quando o exame voltou a certificar o ensino médio, foram registrados 1,5 milhão de inscritos

O Encceja é direcionado a jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada. A participação é voluntária e gratuita, mas existe uma idade mínima exigida. Quem visa à certificação de conclusão do ensino fundamental precisa ter 15 anos completos na data de realização do exame, em 5 de agosto. Já os candidatos à certificação de conclusão do ensino médio devem ter 18 anos completos. Maiores de 18 anos, se desejarem, podem se inscrever diretamente para o ensino médio.

Os resultados individuais do Encceja permitem a emissão de dois documentos distintos: a certificação de conclusão de ensino fundamental ou do ensino médio, para o participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação; e a declaração parcial de Proficiência, para o participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas.

Requisitos – Com o objetivo de auxiliar os participantes, o Inep preparou um tutorial com orientações para as inscrições. Os candidatos devem ficar atentos, algumas escolhas não podem ser alteradas – caso das respostas ao questionário socioeconômico. Outras informações só podem ser modificadas durante o período de inscrição, caso da cidade onde prefere fazer as provas, o nível de ensino e áreas do conhecimento.

Durante o processo de inscrição, o participante deve escolher a instituição certificadora na qual pretende solicitar o certificado ou a declaração parcial de proficiência, caso consiga a nota mínima exigida. Também é necessário ficar atento à seleção das áreas de conhecimento. Quem visa ao certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio precisa ter proficiência nas quatro áreas do conhecimento e na redação.

O estudante que já tem alguma declaração parcial de proficiência, obtida em edições passadas do Enem ou do próprio Encceja, fica liberado de fazer a prova da área na qual já tem proficiência comprovada. Quem não possui uma declaração parcial de proficiência deve escolher fazer todas as provas do nível de ensino para o qual busca a certificação.

Inovações – Uma novidade da edição de 2018 é que o participante que obteve nota mínima em qualquer área do conhecimento no Encceja 2017 não terá a opção dessa área. Automaticamente, o sistema de inscrição apresentará para seleção apenas as áreas de conhecimento que o participante ainda precisa fazer para solicitar o certificado.

 Outra melhoria é relacionada aos atendimentos. Os participantes que solicitaram atendimento especializado no Encceja 2017 e tiveram seu documento comprobatório aprovado não precisarão enviar novamente a documentação. Se a solicitação for a mesma, será aprovada automaticamente. As solicitações de atendimento por nome social são posteriores à inscrição, devendo ser feitas entre 30 de abril e 4 de maio.

O Encceja Nacional será realizado em 5 de agosto. As provas no turno matutino serão aplicadas às 9h e as do turno vespertino, às 15h30. Em todas as localidades, deverá ser seguido o horário de Brasília (DF). A divulgação dos resultados está prevista para o último trimestre de 2018. Além do Encceja Nacional, o Inep aplicará o Encceja Exterior, em 16 de setembro, para brasileiros que vivem em outros países. Também serão realizadas edições para pessoas privadas de liberdade (PPL) no Brasil e no exterior. Essas duas edições serão realizadas em setembro, sendo no exterior entre os dias 17 e 21, e no Brasil, nos dias 18 e 19.

Encceja – O exame é composto por quatro provas objetivas por nível de ensino e uma redação. Cada prova tem 30 questões de múltipla escolha. No ensino fundamental, as áreas de conhecimento avaliadas são ciências naturais; matemática; língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação; e história e geografia. No ensino médio, as áreas são ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens e códigos e suas tecnologias e redação; e ciências humanas e suas tecnologias.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Projeto Goiás + Enem 2018 recebe inscrições para 40 mil vagas gratuitas

O projeto Goiás + Enem está com inscrições abertas para a edição de 2018. Os interessados podem ser inscrever até o dia 5 de maio, pela internet, gratuitamente.

O projeto é destinado aos estudantes matriculados no terceiro ano do ensino médio de escolas públicas estaduais; do terceiro período da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e também do Programa de Fortalecimento do Ensino Noturno (PROFEN/2017).

Vagas

Para 2018, a oferta do Goiás + Enem é de aproximadamente 40 mil vagas. As oportunidades são para aulas ministradas em 200 polos distribuídos por 110 cidades do estado, atendendo 40 Coordenações Regionais de Educação, Cultura e Esporte (Creces).

Cursinho

Criado em 2015, o projeto é de responsabilidade da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) do Governo de Goiás e prepara estudantes da rede pública para o Enem e vestibulares.

As aulas do Goiás + Enem 2018 começam em 12 de maio e seguem até outubro. O cursinho será ministrado por professores da Seduce e o material didático é totalmente gratuito.

São oferecidas aulas em polos (localizados em escolas estaduais) por todo o estado. O conteúdo abrange as áreas do Enem: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Códigos e Matemática, além da Redação.

O projeto teve um aumento no número de vagas para 2018, passando de quase 5 mil da última edição para 40 mil. Com isso, a Seduce optou por mudar o nome de Goiás Enem para Goiás + Enem.

Para este ano, além das aulas expositivas, atividades e simulados, o projeto terá um programa de TV, o qual irá ao ar aos domingos, das 10h30 às 11h, na TV Brasil Central (TBC). A programação contará com personagens que vão esclarecer com os professores as dúvidas dos conteúdos que os estudantes tiveram durante a semana.

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EDUCAÇÃO

IFG: Vestibular 2018/2 via Enem está com inscrições abertas

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) inscreve até dia 27 de maio para o Vestibular 2018/2 via Enem. Para realizar a inscrição é necessário acessar o site do instituto, preencher o formulário e pagar uma taxa no valor de R$ 20.

Estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas ou bolsistas da rede privada com renda familiar de até 1,5 salário-mínimo pode solicitar isenção da taxa de inscrição. Neste caso, os pedidos serão recebidos até dia 16 de maio e a lista de isentos deve sair no dia 25 seguinte.

Critérios

Para participar deste Vestibular do IFG é necessário ter feito as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em edições de 2013 a 2017. Serão homologadas as inscrições dos estudantes que alcançaram nota acima de 300 pontos na prova redação, sem ter zerado nenhuma das demais áreas avaliadas no exame.

Além das notas do Enem, os candidatos que se inscreverem para o curso de Música deverão participar de uma Verificação de Habilidades Específicas, com provas de Escrita Musical, Solfejo e Leitura Rítmica e Prática de Instrumento ou Canto. Para estes, o local de provas será informado no dia 6 de junho e o exame será aplicado no dia 10 seguinte.

Resultado e vagas

Segundo o Edital do Vestibular 2018/2 via Enem do IFG, a lista de aprovados deve ser liberada no dia 13 de julho. As informações sobre matrículas devem ser publicadas posteriormente.

Ao todo são disponibilizadas 336 vagas para cursos de graduação ministrados em Goiânia, Formosa, Itumbiara, Luziânia e Uruaçu. Para mais informações acesse o site do IFG.

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MUNDO

Subsaarianos nos EUA estudaram mais do que americanos

Cérebros interessam, seja lá de onde venham. Estima-se que o Projeto Manhattan, ponto crucial do programa de armas atômicas dos Estados Unidos, não teria sido viável sem as perseguições da Alemanha nazista. Nas últimas décadas, com o elevado custo econômico – e político – da admissão de imigrantes, sucessivas administrações americanas passaram a restringir a chegada de mais estrangeiros, mas a porta para o conhecimento seguiu escancarada.

O recém-liberado relatório do Pew Research Center – uma das principais instituições independentes de análise de dados e demografia do país – sobre imigração originária da África Subsaariana deixa isso bastante claro. Segundo esses números, 69% desses imigrantes com mais de 25 anos tinham pelo menos alguma experiência com o ensino superior, cujo primeiro nível nos Estados Unidos é o chamado “college”. Esta cifra supera a média global dos cidadãos americanos que chegaram ao ensino superior, de 63%. O escritório oficial do censo estima que 1,5 milhão de africanos subsaarianos viviam legalmente nos Estados Unidos em 2015. O Pew calcula que outros 250 mil estejam no país de forma ilegal e exclui essa parcela do atual estudo.

O fenômeno se repete em três dos quatro principais destinos europeus dos imigrantes subsaarianos. Na Grã-Bretanha, esses estrangeiros que chegaram ao ensino superior são 49%, enquanto a população global nativa com essa escolaridade é de 30%. Em Portugal, essa relação é de 27% de subsaarianos com ensino superior para 18% de nacionais. Na França, há 30% de subsaarianos com esse grau de instrução – quase o mesmo da média nacional, de 29%. Entre esses principais destinos, a situação só se inverte na Itália, onde a média dos nativos que chegaram à faculdade é de 15% e a dos subsaarianos é de 10%.

De acordo com outro estudo recente do Pew, 1 milhão de imigrantes subsaarianos chegaram à Europa entre 2010 e 2017. No mesmo período, outros 400 mil foram para os Estados Unidos.

O queniano George Njoroge é um exemplo bem-acabado de imigrante que se destacou pela excelência científica. No ano passado, ele se tornou o primeiro africano a acumular mais de 100 registros no escritório de patentes dos Estados Unidos. Pesquisador de laboratórios farmacêuticos como Eli Lilly e Merck, Njoroge foi agraciado em 2012 com o título de Herói da Química pela Sociedade Química Americana.

Depois de emigrar para os Estados Unidos, ele passou a aproveitar seu conhecimento de substâncias encontradas nas florestas africanas para o desenvolvimento de medicamentos utilizados no combate a doenças infecciosas e alguns tipos de câncer. É dele, por exemplo, em parceria com outros três colegas, a patente da droga Boceprevir, considerada a mais eficaz contra a hepatite C.

Outro ícone da imigração subsaariana, mas de uma leva anterior é o matemático nigeriano Phiplip Emeagwali, que chegou a ser citado num discurso do presidente Bill Clinton como exemplo “do que os imigrantes africanos são capazes quando lhes dão uma oportunidade”. Emeagwali foi recrutado como menino-soldado na guerra civil da Nigéria, no fim dos anos 60. Completou os estudos que equivaliam ao ensino médio por conta própria e emigrou para os Estados Unidos onde, em 1989, ganhou o Prêmio Gordon Bell por desenvolver uma aplicação de computador de alto desempenho ao custo de 1 mil dólares. Na Nigéria, ele é conhecido – segundo especialistas, um pouco exageradamente – como “o pai do supercomputador”.

O fator que explica nos dias de hoje a chegada de cada vez mais estrangeiros que rompem com o estereótipo do morador de rua desassistido está na própria origem da imigração para os Estados Unidos. O programa conhecido como “loteria de vistos” do Departamento de Estado, entre 2010 e 2016, exigia alta escolaridade para boa parte dos candidatos.

Com isso, o grau de empregabilidade desses imigrantes também se manteve alto. Em 2015, 92,9% dos imigrantes subsaarianos maiores de 15 anos tinham trabalho com remuneração regular nos Estados Unidos. Nos países europeus, 91,5% dos subsaarianos da Grã-Bretanha estão empregados. Em Portugal, eles são 84,9%; 83,7% na França e 80,3% na Itália.

Segundo o estudo do Pew, nem todo imigrante permanece no mesmo nível de escolaridade do momento em que deixa seu país de origem. Como, em grande medida, emigram para países que foram metrópoles coloniais, dominam o idioma do país de destino numa proficiência suficiente para dar continuidade à sua formação. Assim, políticas de imigração e histórias coloniais ajudam a moldar o perfil dos imigrantes.

Seis das dez principais origens de imigrantes subsaarianos para a Grã-Bretanha – e para os Estados Unidos – são países onde o inglês é idioma importante: Nigéria, Gana, Quênia, África do Sul, Zimbábue e Tanzânia. Angola, Moçambique e Cabo Verde são origem de 80% dos imigrantes subsaarianos que vivem em Portugal. Assim como Madagascar, Senegal e Costa do Marfim são fonte de um terço dos imigrantes subsaarianos que estão na França.

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CORREIO BRAZILIENSE

EDUCAÇÃO

Escolas desafiam e dão aula de bolsa de valores a alunos de 14 anos

Ter entre 14 e 17 anos e poder simular uma operação na bolsa de valores em uma disputa envolvendo 453 instituições em todo o mundo. Esse foi o desafio assumido por estudantes de colégios paulistanos, como Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, e o Decisão, no Aeroporto. Eles se destacaram nas primeiras fases da disputa em que se busca o melhor plano de investimento para US$ 100 mil (R$ 347 mil). O dinheiro entregue a cada equipe é virtual, mas a disputa tem por base fatos reais.

Em uma plataforma digital, os alunos investem em ações de empresas verdadeiras, e os preços variam de acordo com o seu desempenho no mercado.

O plano de investimento também deve ser ajustado ao perfil de um empresário real, como se os estudantes estivessem prestando uma consultoria financeira, e tomando decisões de compra e venda de ações para um cliente.

Um ranking com as escolas participantes, incluindo as dez participantes brasileiras, mede o desempenho financeiro de cada grupo na bolsa de valores e, ao fim da disputa, ganha quem tiver o relatório com as melhores justificativas para as decisões que tomou.

Ética como opção

Para uma competição que simula o investimento em bolsa de valores, os alunos do Colégio Santa Cruz se classificaram para a final, entre os 12 melhores do mundo, com uma estratégia incomum

Em vez de focar nas ações que mais valorizavam quantitativamente, apostaram nas empresas com melhor desempenho em aspectos como responsabilidade social, ética e relações justas com fornecedores, além de bons indicadores de sustentabilidade.

Agora, os estudantes farão uma apresentação nos Estados Unidos, na etapa final do programa de educação financeira. "Tentamos nos apropriar mais dos conceitos de uma estratégia com análise qualitativa, fazer ecoar mais o caráter do nosso cliente e não só tentar ganhar o máximo de retorno possível", explicou Lucas Mazzuchelli, do 2.º ano do ensino médio. "A competição para a gente foi muito mais um passo de aprendizado do que ficar pensando em como ir melhor do que os outros", disse Gustavo Dias, do 3º ano, que foi quem descobriu a competição, na internet, reuniu os colegas e conversou com a escola.

Um professor de Matemática orientou os estudos, mas a estratégia do grupo foi definida pelos estudantes. A final está marcada para o dia 5 de maio. Os alunos do Santa Cruz devem participar por meio de videoconferência - uma vez que não deverão viajar para a Pensilvânia.

Diferencial

Na fase preliminar, a disputa já incluiu uma apresentação pública a empresários, profissionais renomados da Wharton School, escola americana vinculada à Universidade da Pensilvânia, e promotora do evento. A oportunidade assustou os alunos da zona sul.

Era a primeira vez que Jucélio Brandão, Luiza Lopes e Christopher Reis, todos de 14 anos, fariam uma apresentação para uma plateia de economistas e empresários - e em inglês. Estavam intimidados e nervosos.

Não bastasse o desafio, se deram conta que destoavam no figurino: vestidos com calça jeans, camiseta e peças do uniforme escolar, eram os únicos estudantes que não usavam terno ou traje formal.

Mais cedo, haviam pegado uma carona para sair da Cidade Ademar, na zona sul da capital, e chegar à sede do BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimento do País, no Itaim-Bibi, onde ocorreria a apresentação. "A gente era novo no pedaço", disse Luiza. Seus colegas mantêm os estudos com bolsas parciais.

A impressão dos alunos é de que o grupo se prejudicou pelo nervosismo e pela defasagem no inglês, apesar de ter aplicado os conceitos de economia tão bem quanto os adversários. A maior parte do grupo já decidiu que quer participar novamente no próximo ano. "Tínhamos um conteúdo muito bom, mas não conseguimos nos apresentar direito porque foi nossa primeira vez", disse Luiza, líder do grupo, que está decidida fazer graduação em Economia.

'Não tinha a mínima ideia do que era', conta estudante

No fim, o Colégio Decisão, que ficou entre os 20 primeiros colocados durante boa parte do programa, acabou em 23º no ranking mundial. Diferentemente de outros colégios finalistas, que estão em disputa mundial de investimentos e educação financeira, o Decisão tem um modelo de negócios com base na oferta de educação acessível a regiões periféricas da capital. A mensalidade é mais barata que a média praticada no mercado: os preços variam de R$ 600 a R$ 800, seguindo a renda média da população no entorno.

Para se preparar para a competição, os alunos receberam lições de casa para o período das férias. Eram vídeos e textos sobre o mercado financeiro que deveriam estudar para se inteirar do assunto. Cada um dos cinco integrantes ficou responsável por um setor da economia, e as decisões sobre compra e venda de ações eram definidas em reuniões semanais, durante cerca de três meses

"Não tinha a mínima ideia do que era bolsa de valores e investimentos, não sabia muito bem no que estava me metendo", diz Jucélio, do 1º ano do ensino médio.

A evolução dos alunos foi rápida, segundo os professores. "Eles chegaram no fim de dezembro sem saber nada e ao longo de fevereiro e março já estavam trazendo notícias de política e de macroeconomia e fazendo links de como que essas notícias poderiam influenciar as empresas em que investiam", diz Rafael Camacho, sócio da Rede Decisão, mentor dos alunos. "Mais do que a evolução do conhecimento técnico, eles cresceram muito no trabalho em grupo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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EDUCAÇÃO

UnB notifica estudantes e exige desocupação da Reitoria até as 23h59

Universidade de Brasília (UnB) entregou notificação extrajudicial pedindo aos manifestantes que ocuparam o prédio da Reitoria há 14 dias que deixem o local até as 23h59 desta quinta-feira (26/4). O documento, registrado no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil e Casamentos (Cartório Marcelo Ribas), foi entregue ao movimento à tarde, pelo chefe de Gabinete, Paulo César Marques.

Segundo a UnB, testemunharam a entrega da intimação o prefeito do câmpus, Valdeci Reis, e o procurador-chefe em exercício da Procuradoria Federal na UnB, Tiago Coutinho.

Reprodução/Internet

"A notificação extrajudicial tem fé pública e, portanto, alto valor jurídico. Tem o objetivo e ser uma prova incontestável de que o movimento tomou o conhecimento da demanda pela desocupação imediata do prédio", escreveu a instituição de ensino, em nota oficial.

Em entrevista ao Correio, Paulo César Marques informou que ainda não recebeu resposta dos estudantes e a expectativa da instituição é de que “tudo corra bem”. “Vamos esperar a resposta deles. Solicitamos a desocupação sem nenhuma ameaça no documento. Estamos com uma expectativa positiva”, concluiu.

O Correio tentou contato com os representantes do Ocupa UnB, movimento responsável pela ocupação, mas não obteve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Protestos

Pela manhã, estudantes, com apoio de professores, protestaram na Esplanada dos Ministérios e entraram em confronto com a Polícia Militar. Quatro foram detidos e liberados no fim da tarde. Houve confusão na delegacia.

Essa é a segunda manifestação em 16 dias. Os estudantes se reuniram em frente ao prédio do MEC, na Esplanada dos Ministérios e, após confronto com a polícia, seguiram para o edifício do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que foi ocupado.

Dois dias depois, manifestantes ocuparam a Reitoria da UnB, em protesto pelas informações desencontradas em relação ao deficit orçamentário da universidade. A instituição calcula que faltarão R$ 92 milhões para fechar o ano.

Diante do problema orçamentário, a gestão anunciou cortes de servidores, de estagiários e aumento do valor das refeições do Restaurante Universitário. As medidas, ainda não implementadas, levaram à deflagração de greve de trabalhadores terceirizados e técnicos-administrativos da UnB.

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GLOBO.COM

CERTIFICAÇÃO

Encceja Nacional 2018 recebe inscrições até esta sexta-feira

As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) terminam às 23h59 desta sexta-feira (27) e devem ser feitas pelo endereço http://enccejanacional.inep.gov.br/encceja. As provas estão marcadas para 5 de agosto.

A partir da próxima segunda (30) e até 4 de maio os candidatos inscritos poderão solicitar o atendimento por nome social.

O Encceja é indicado para quem não concluiu os estudos no tempo regular poder tirar o certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio.

Quem pode fazer o Encceja?

Quem tiver pelo menos 15 anos completos na data do exame (5 de agosto) pode se inscrever para o Encceja do ensino fundamental. Já quem quer o certificado do ensino médio na idade regular precisa ter pelo menos 18 anos completos.

As inscrições são gratuitas e, dependendo da nota dos candidatos em cada uma das provas objetivas e da redação, será possível tirar o certificado de conclusão ou uma declaração parcial de proficiência em uma ou mais provas.

Confira o passo-a-passo do processo de inscrições do Encceja produzido pelo Inep.

Calendário do Encceja 2018

O Encceja Nacional terá provas em 5 de agosto e o Encceja Exterior, em 16 de setembro. As edições direcionadas a adultos submetidos a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas que incluam privação de liberdade (PPL) serão realizadas em setembro.

Enquanto o Encceja Exterior PPL terá as provas aplicadas entre 17 e 21, o Encceja Nacional PPL será realizado em 18 e 19.

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EDUCAÇÃO

Com projeto para idosos, equipe de Americana vence mundial de robótica nos EUA: 'Experiência incrível', diz estudante

Garantir que idosos em asilos bebam a quantidade necessária de água. Esse é o objetivo do projeto da equipe de alunos do Sesi de Americana (SP), campeã da First Lego League World Festival, campeonato mundial de robótica realizado em Houston, nos Estados Unidos, no último fim de semana. O tema da competição foi "Hidrodinâmica". A equipe volta ao Brasil nesta quinta-feira (26).

   "Foram dias intensos de treino lá na nossa cidade [Americana]. A gente chegou a treinar dez horas por dia, inclusive de finais de semana. E foi muito bom ser reconhecida por tudo isso, saber que tudo valeu a pena. A gente abriu mão de muitas coisas para isso", conta a aluna Bianca Araújo Marcelo, de 17 anos.

Os alunos desenvolveram uma pulseira que funciona em conjunto com um aplicativo para monitorar a quantidade de água ingerida por idosos em asilos. Ao todo, 108 equipes de 43 países participaram da competição. Os estudantes que apresentaram projetos têm entre 9 e 18 anos.

"Foi uma experiência incrível pra todos nós e foi muito gratificante. O torneio foi incrível", completa a estudante.

Segundo o professor Denis Rodrigo Santana, analista de suporte em informática e técnico do time, foi a primeira vez que uma equipe brasileira venceu esse campeonato, trazendo um troféu e reconhecimento para casa.

    "A hora que saiu o resultado final foi inacreditável, principalmente porque é a 1ª vez que o Brasil ganha essa competição. É um resultado inédito. Foi muita emoção mesmo", conta o Santana.

O professor também disse que essa foi a segunda vez que a "Red Rabbit", nome dado ao grupo do Sesi de Americana, participou da competição.

"É um reconhecimento impressionante. Nesse torneio, só participam os times que foram melhores classificados nos torneios nacionais", explica o professor Mário Eugênio, coordenador geral do Programa de Robótica do Sesi-SP.

Outra equipe, do Sesi de Jundiaí (SP), também foi para o pódio do campeonato. Chamada de Jedi's, o time é composto inteiramente por alunas e levou o título de vice-campeã da competição, junto com outra equipe norte-americana. De acordo com professor Eugênio, o projeto das meninas tinha como tema aproveitamento de água na agricultura.

Pulseira e app: como funcionam

A pulseira faz o monitoramento da temperatura corporal do usuário. Isso porque, quanto mais alta a temperatura da pessoa, maior seu nível de desidratação. Dessa forma, sempre que a temperatura do corpo do idoso se elevar, a pulseira "avisa" o software, que emite um alerta para o programa dizendo que o usuário precisa se hidratar.

Além do aviso, o aplicativo define a quantidade de água que o idoso deve tomar durante o dia e recomenda os intervalos de tempo para isso. O software, que funciona tanto em computador quanto em celular, monitora a quantidade de água ingerida e registra a temperatura corporal.

    "O programa vai indicar para o próprio idoso, ou para um cuidador, que essa pessoa está desidratando e precisa ingerir água", explica o professor Mário Eugênio.

Segundo informações do projeto, esse tipo de monitoramento é necessário porque os idosos têm uma percepção limitada da falta de água em seu corpo. Isso leva a outro problema: a desidratação, que é uma das principais causas de internação de pessoas de idade avançada.

Experiência e reconhecimento

A equipe de Americana é composta por dez integrantes: oito alunos, um técnico e uma mentora. O G1 conversou com três integrantes e um ponto foi consenso entre eles: depois de muito trabalho duro, a conquista e o reconhecimento fazem tudo valer a pena.

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EDUCAÇÃO

Robô desenvolvido por alunos da UFU é o único representante brasileiro em competição mundial no Canadá

Um robô construído pela Equipe de Desenvolvimento em Robótica Móvel da Faculdade de Engenharia Mecânica (Edrom), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), representará o Brasil na competição mundial de robótica. Sakura, como foi nomeada, está entre as nove melhores do mundo.

O G1 conversou com o professor e tutor do projeto, Rogério Sales Gonçalves, que contou como Sakura foi desenvolvida e quais são as expectativas para a competição. “É importante dizer que antes de Canadá, Sakura já venceu grandes batalhas para estar entre as nove melhores do mundo".

O professor destacou ainda que Sakura é o único robô brasileiro a participar da Robocup 2018, competição robótica considerada a Copa do Mundo para robôs que acontecerá entre os dias 16 e 22 de junho, em Montreal, no Canadá.

De Uberlândia, quatro alunos irão para o país competir com a Sakura, que é um robô humanoide e está na fase de ajustes finais. Ela competirá na categoria Humanoid League Teen Size e o torneio coloca robôs autônomos construídos para jogar partidas de futebol.

    “Nós temos as melhores expectativas possíveis para esta competição, de chegar à final e até mesmo ganhar a competição. Estamos ensinado Sakura a andar, fazendo a implementação dos movimentos para ela jogar. Ela é um robô autônomo, com inteligência artificial, e deve ter movimentos similares aos dos humanos”.

Quando o professor se refere a robô autônomo, quer dizer que ele define os próprios movimentos, sem a necessidade de controle remoto para controlá-lo na partida.

Rogério também explicou sobre a escolha do nome do robô que representará o Brasil. “Na equipe temos mais mulheres que homens, então é uma brincadeira nossa, que todo robô que criarmos será uma menina, e com a Sakura não foi diferente”.

O robô está sendo desenvolvido por cerca de 13 alunos e orientado pelo professor há cerca de um ano. Rogério afirmou ainda que a pretensão da equipe é ter um time de robôs humanoides até 2050.

A construção de um robô humanoide pode chegar até R$ 100 mil, como é o caso de Sakura por se tratar de um material importado com custo alto.

O projeto é custeado por recursos da universidade e na última semana a Prefeitura de Uberlândia passou a apoiar o projeto como estímulo às iniciativas de inovação e tecnologia na cidade. Também conta com o auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de patrocínio de empresas de tecnologia.

Robocup

A Robocup 2018 Montreal, organizada pela Robocup Federation, é uma iniciativa científica e tem como objetivo promover avanços na arte da inteligência robótica. Quando foi fundada, em 1997, a missão original era criar um time de robôs capaz de ganhar uma partida de futebol contra o time de humanos campeões da Copa do Mundo de 2050.

Hoje, a federação continua mantendo esse sonho, porém reconhece que é necessário que as tecnologias em inteligência artificial demandem muita dedicação, pesquisa e trabalho. Na competição desse ano, participarão 35 países, envolvendo aproximadamente 4000 humanos e 5000 robôs no evento.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Estudo inédito indica alta chance de fraude em mil provas do Enem

Análise estatística inédita aponta alta probabilidade de ter havido fraude, de diferentes formas, em ao menos 1.125 provas do Enem, exame nacional que seleciona estudantes para universidades públicas no país.

Essas provas estão dentro de grupos com padrão de respostas tão semelhantes entre si que, estatisticamente, é improvável que não tenha havido algum tipo de cola nesses casos.

Segundo o modelo estatístico desenvolvido pela Folha, a chance de essas provas serem semelhantes apenas devido ao acaso em uma edição do Enem é de no mínimo 1 em 1.000.

Ou seja, seria necessário repetir o exame mil vezes para que duas provas, sem interferência, fossem tão parecidas como os gabaritos suspeitos.

Investigações conjuntas do Inep (órgão federal responsável pelo Enem) e da Polícia Federal confirmaram até hoje apenas 14 casos de fraude. A gestão Michel Temer diz que usa estatística e outros meios para combater as colas.

O estudo da Folha identificou tanto duplas de provas suspeitas, o que indica algum tipo de cola rudimentar, quanto grupos com até 67 candidatos suspeitos, apontando para um esquema mais sofisticado de transmissão de respostas.

A pesquisa considera apenas candidatos que ficaram entre as 10% melhores notas, entre as edições 2011 e 2016, o que representa um montante total de 3 milhões de provas analisadas. Com essa pontuação, o candidato consegue ingressar em cursos concorridos como medicina, direito ou administração.

O modelo adotado é mais rígido do que o aplicado em outros estudos que buscaram identificar fraudes em exames e concursos públicos.

A estatística foi usada, por exemplo, para detectar cola em universidade da Força Aérea dos EUA, ano passado, ou fraude em concurso para vaga na Receita Federal do Brasil.

O Enem cobra 180 questões dos candidatos, com cinco alternativas cada. O levantamento da Folha calculou a probabilidade de duas ou mais provas terem o mesmo padrão de acertos e de erros.

Foi considerado como altamente suspeito, por exemplo, candidatos que erraram questões marcando a mesma alternativa errada (podiam ter errado escolhendo outras três opções também incorretas).

Outro ponto considerado foi a probabilidade de esses estudantes de alto rendimento errarem questões de dificuldade média ou fácil. Se eles falham nessas perguntas, fica mais improvável que as semelhanças entre as respostas sejam ao acaso, pois espera-se que eles acertem essas questões.

Foram descartadas cinco questões de língua estrangeira, pois os estudantes podem ter padrões diferentes de respostas (eles optam entre inglês e espanhol).

As informações processadas pela Folha são oficiais, chamadas microdados do Enem. O banco mostra todas as respostas de todos os candidatos no exame, onde eles fizeram a prova, onde residiam à época da avaliação e outros dados.

Nos últimos três meses, a reportagem buscou padrões inesperados nessas respostas.

O banco de dados não mostra nome dos candidatos ou qualquer número de identificação como CPF ou RG.

Cruzando as informações do Enem com as dos ingressantes nas universidades, a reportagem conseguiu identificar um candidato cuja prova está entre as suspeitas.

Justimar Leal Teixeira, 48, teve na edição de 2015 padrão de respostas muito parecido ao de 24 provas.

Para encontrar conjunto de exames tão semelhantes ao acaso, seria necessário aplicar uma edição do Enem por ano desde a criação do universo (há 14 bilhões de anos).

Em relação a dez dessas provas suspeitas, o gabarito dele diverge em apenas 5 das 175 questões analisadas, incluindo mais de 30 respostas erradas na mesma alternativa.

Se a semelhança fosse apenas ao acaso, o modelo indica que deveria haver ao menos 39 questões divergentes.

Teixeira nasceu em Patos (PI), cidade de 6.000 habitantes. Outras duas provas suspeitas foram feitas por pessoas naturais da mesma cidade.

Questionado sobre a semelhança de seu gabarito com os demais, Teixeira afirmou que “se você pegar a redação, há diferenças” —a reportagem havia questionado sobre a parte objetiva, não sobre a redação.

Teixeira negou que tenha participado de esquema. “Em universo grande, podem existir [semelhanças]. Quantas pessoas fazem o Enem?”

O modelo estatístico adotado pela Folha já considera que o exame é feito por milhões de estudantes, o que aumenta a probabilidade de haver duas ou mais provas parecidas, mesmo que não haja fraudes.

Mas os gabaritos considerados suspeitos são tão semelhantes que é improvável que seja apenas obra do acaso.

Teixeira foi aprovado em 2016 em biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, mas está com o curso trancado, após cursar dois semestres. Ele diz que o trabalho, como advogado e militar, não permite que siga na graduação.

O levantamento estatístico identificou também uma estudante com prova suspeita, dentro do mesmo grupo de Teixeira, que ingressou em medicina na Universidade Federal do Vale do São Francisco, na Bahia, no segundo semestre de 2016. A reportagem não conseguiu contato com ela.

3 milhões: Número de provas analisadas  no estudo estatístico

1.125: Número de provas identificadas como suspeitas, por serem muito semelhantes

1 em 35 mil: É a probabilidade média de se encontrar provas tão semelhantes de forma aleatória (ou seja, é preciso aplicar o Enem 35 mil vezes para o resultado se repetir sem interferência)

254: Número de cidades em que foi encontrada ao menos uma prova suspeita entre 2011 e 2016

26: Número de estados em que houve ao menos uma prova suspeita (apenas Roraima não apareceu)

21: Esquemas encontrados com mais de três provas (o que sugere um sistema mais organizado do que um aluno colando de outro)

O grupo com maior número de candidatos suspeitos foi identificado na edição de 2016 do exame, com 67 provas, espalhadas por dez estados (Nordeste, Sudeste e Sul).

Picos (PI), com 77 mil habitantes, foi a cidade que mais concentrou casos desse grupo, com 11 provas. Oito desses candidatos viajaram para o município para fazer o exame, sendo quatro de Teresina (trajeto que leva mais de quatro horas de carro).

O Enem é aplicado em mais de mil municípios do país, incluindo Teresina e outras cidades do entorno.

Duas provas de pessoas que viajaram de Teresina para Picos tiveram 115 questões certas iguais, 48 erradas na mesma alternativa e apenas 12 divergentes. Simulação com provas aleatórias, com desempenho parecido a esse grupo, indica que deveria haver ao menos 62 divergentes.

Os dois exames suspeitos foram feitos por homens com 34 e 29 anos à época. Não foi possível identificar seus nomes.

Delegado regional da Polícia Civil em Picos, Jonatas Brasil disse que não recebeu notícia envolvendo fraude no Enem.

Ao longo dos anos, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal têm deflagrado operações que identificam quadrilhas que agem para passar respostas certas a candidatos que contratam o serviço, tanto no Enem quanto em concursos públicos.

As investigações apontam que os contratantes em geral têm interesse em ingressar em medicina nas universidades públicas. Eles chegam a pagar R$ 180 mil para receber respostas certas.

Os esquemas descobertos contavam com “pilotos”, em geral universitários ou professores, que resolviam rapidamente a prova, buscando acertar o máximo possível de questões (é quase impossível acertar as 180 perguntas).

Eles, então, transmitiam as respostas para os demais candidatos, por meio de rádio ou mensagens de celular. Os clientes usavam ponto ou celular, apesar de proibidos.

A transmissão era complexa. No Enem há quatro tipos de provas, identificados por cores. A ordem das questões muda em cada cor de prova.

Se um piloto resolveu a prova amarela, ele não podia simplesmente passar o gabarito para cliente com a prova azul.

Uma das possibilidades usadas pelos fraudadores foi falar no rádio a primeira palavra de cada uma das 180 questões e a palavra que indica a alternativa certa. Cabia então ao contratante encontrar essas opções em sua versão de prova.

A complexidade dificulta que provas dentro dos esquemas sejam exatamente iguais.

A Polícia Federal encontrou uma quadrilha como essa na edição 2016 do exame. As respostas eram passadas por pilotos que estavam em Montes Claros (MG) para candidatos em Minas, Bahia e Ceará.

Outros dois esquemas foram divulgados pela polícia no fim do ano passado, quando foram expedidos 42 mandados de condução coercitiva e 5 mandados de prisão (um grupo investigado por equipe da PF de Juazeiro do Norte, no Ceará, e outro pela equipe policial de Pernambuco).

O estudo da Folha mostra que há grande chance de grupos identificados terem agido também em outros anos.

A PF identificou suspeitos nas cidades cearenses de Juazeiro do Norte, Brejo Santo e Barbalha em 2016. O modelo estatístico apontou provas suspeitas nas mesmas cidades em 2016, 2015 e 2013.

A estatística tem sido usada no Brasil e no exterior como ferramenta para detectar fraudes em exames.

Em 2017, a Justiça confirmou em segunda instância suspensão de candidatos a concurso público para analista de finanças da Receita Federal.

Laudo apontou como estatisticamente improvável que fosse apenas coincidência a semelhança na prova de 28 candidatos. Em 170 questões, alguns tiveram os mesmos 122 acertos e erraram 40 marcando a mesma alternativa.

Os candidatos, que recorrem desde 2005, afirmam que modelo estatístico não é suficiente para determinar que houve fraude. Até o momento, o argumento não foi aceito.

Nos Estados Unidos, um dos casos mais emblemáticos envolvendo uso de modelos estatísticos em exames ocorreu em 2009, na Georgia (EUA).

Investigação do jornal Atlanta Journal-Constitution apontou que era estatisticamente improvável variação de notas de algumas escolas no teste aplicado a alunos do estado, pois subiam e caiam drasticamente em um ano.

Relatório posterior do governo apontou que 38 diretores e 140 professores haviam alterado respostas dos estudantes, para melhorar notas.

No ano passado, foi analisada suspeita de fraude em provas da universidade da Força Aérea dos Estados Unidos.

Análise estatística mostrou que duas pessoas tiveram as mesmas respostas em 289 de 300 questões, distribuídas em seis exames. O caso foi analisado por comitê que acompanha recursos de processos contra servidores federais.

“Era mais provável o ganhador da loteria dos EUA vencer os próximos quatro sorteios do que esses resultados acontecerem sem interferência”, disse Dennis Maynes, cientista-chefe da empresa Caveon, que presta serviços para instituições como o departamento de Educação da Flórida, IBM e Microsoft.

Maynes fez estudo que embasou o julgamento e criou modelo que inspirou a metodologia da Folha. “As evidências estatísticas foram suficientes para convencer os juízes de que houve trapaça”, disse o cientista da empresa americana que busca detectar fraudes.

Ele afirma que, em outros casos, a estatística pode ser vista como passo inicial para uma investigação mais ampla.

A reportagem consultou o cientista para uma verificação do método estatístico adotado para analisar o Enem.

Maynes sugeriu que alguns critérios poderiam ser menos rígidos, como o limite para considerar prova suspeitas.

A reportagem adotou o patamar de ao menos 1 chance em 1.000 para considerar os candidatos como suspeitos.

Maynes disse que poderia ser a partir de 1 chance em 100 (patamar usado em algumas pesquisas acadêmicas).

Neste formato, o número de exames suspeitos no Enem subiria de 1.125 para 1.513. A Folha, porém, preferiu enfatizar o modelo mais conservador.

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OPINIÃO

Uso intenso de celular por jovens prejudica o ensino, diz educador finlandês

O ano de 2001 chocou especialistas em educação. Um pequeno país na Escandinávia aparecia como o melhor do mundo em leitura e top 5 em matemática e ciências, com políticas contrárias ao que o senso comum sugeria.

A Finlândia tinha uma das menores jornadas escolares entre as nações desenvolvidas e se preocupava pouco com avaliações de estudantes.

Dezessete anos depois, o país segue entre os melhores no Pisa, a avaliação internacional que trouxe fama ao país. Mas suas notas estão em queda. Em matemática, agora ocupa a 13ª posição; em ciência, 5º; em leitura, 4º.

O Brasil ocupa a 65ª colocação, entre 72 países.

O que levou a Finlândia ao topo, e agora seus desafios atuais, são discutidos no livro “Lições Finlandesas 2.0” (SESI-SP Editora), do educador Pasi Sahlberg.

A versão em português da obra será lançada nesta segunda (23), em São Paulo.

Sahlberg, 58, foi professor de educação básica na Finlândia, ocupou cargo no Ministério da Educação do país e hoje é professor visitante na Escola de Educação da Universidade Harvard (EUA).

O SUCESSO FINLANDÊS

O educador diz no livro que há uma conjunção de fatores que levaram a Finlândia ao topo.

Um deles foi o investimento público grande na educação básica (o Brasil investe mais no superior), com gestão descentralizada e estabilidade na política pública, mesmo quando há mudança da linha política no governo.

Desde 1970, quando começou esse conceito de educação pública na Finlândia, já se passaram mais de 20 governos.

O país também foi atrás de políticas de outros países para inspirar o seu. Ele cita como exemplos modelos curriculares do Reino Unido, Califórnia e Ontário (Canadá); aprendizagem cooperativa nos EUA e Israel; e trabalho cooperativos de equipes escolares no Canadá e Países Baixos.

O terceiro ponto é a profissão do magistério. Boa remuneração aos professores, mas  combinada com rigor para seleção dos novos docentes.

Pasi Sahlberg

Professor visitante da Escola de Educação da Universidade de Harvard (EUA). Foi diretor no Ministério da Educação da Finlândia e professor na educação básica no país escandinavo, onde nasceu. Trabalhou também no Banco Mundial.

QUEDA E USO DE CELULAR

Sahlberg afirma que um dos motivos que levaram a Finlândia a cair nas avaliações foi justamente seu sucesso no Pisa. O país passou a ter receio de alterar e aprimorar seu sistema educacional, tão elogiado.

Em entrevista à Folha por email, Sahlberg diz também que o uso pesado de smartphones, redes sociais e de outras tecnologias tem “retirado o tempo de leitura dos jovens, de lição de casa, e afeta habilidades como concentração e persistência para aprender”.

Em termos de políticas públicas, o educador afirma não ter havido nenhuma grande mudança que possa ter impactado negativamente o desempenho dos estudantes.

“Temo que seguiremos vendo mais desafios para aprendizado da leitura, matemática e ciências, a não ser que pais e escolas, juntos, consigam encontrar formas de colocar limites aos estudantes, em termos de tempo gasto em redes sociais e tecnologia, assim como os próprios pais usam seus aparelhos em casa”, disse.

SUGESTÕES PARA O BRASIL

O finlandês afirma que simplesmente copiar modelos de outros países tende a não funcionar. O ideal, afirma, é se inspirar em outros sistemas e construir o seu próprio.

Ele diz que a Finlândia tem ideias “grandes e de baixo custo” que podem ajudar o Brasil.

Uma delas é o princípios de “discriminação positiva, o que significa atender melhor escolas e estudantes que precisam de mais recursos”.

Segundo, todas as escolas e professores devem trabalhar em espírito colaborativo e de responsabilidades compartilhadas, não em competição de um contra o outro.

Terceiro, garantir que todas as crianças no ensino infantil e fundamental tenham pausas diárias durante a jornada escolar, para que possam brincar e ter atividades físicas. “Eles ficarão engajados, saudáveis e felizes na escola.”

Esses três princípios, diz ele, podem ser encontrados em todas as escolas da Finlândia.

AUTONOMIA

No livro, o educador afirma que os professores no seu país controlam a grade curricular, as avaliações estudantis, a melhora da escola e o envolvimento da comunidade.

“Espera-se que os professores na Finlândia exercitem todo o seu conhecimento profissional e seu bom julgamento de forma independente e coletiva em suas escolas.”

Em entrevista à reportagem, Sahlberg pondera que esse grau de autonomia aos professores não necessariamente funciona em qualquer país.

“Esse sistema no Brasil iria requerer ainda mais supervisão externa, guias e apoio do que na Finlândia, onde todos os professores têm formação acadêmica de alto nível.”

Além disso, ele afirma que essa autonomia não significa que o professor possa fazer o que quiser na escola.

“Na Finlândia e em outros sistemas educacionais, liberdade profissional aos professores é chamada de autonomia coletiva, que significa que professores têm mais autonomia em relação a autoridades e à burocracia, mas ao mesmo tempo eles têm menos autonomia entre eles.” Ou seja, as decisões são tomadas dentro de grupos de professores e nas escolas, não individualmente.

BASE CURRICULAR

Uma das apostas no Brasil para melhorar a qualidade de ensino é documento que serve de base para todos os currículos do país, das redes pública e particular, a chamada Base Nacional Comum Curricular.

Segundo o finlandês, a política pode funcionar se houver flexibilidade para que professores possam adaptar o modelo às suas realidades.

“Com os consideráveis desafios em relação ao ensino no Brasil, um certo nível de unidade curricular é necessária.”

Por Fábio Takahashi

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

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