Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial
Início do conteúdo da página

Goiânia, 18 de maio de 2018

Publicado: Sexta, 18 de Maio de 2018, 11h44 | Última atualização em Sexta, 18 de Maio de 2018, 11h55

O POPULAR

IFG terá duas árvores solares em Goiás

IFG publica edital de concurso público com vagas para nível médio e superior

CURTA MAIS

IFG Goiânia inaugura primeira árvore solar da cooperação em Goiás

Peça de teatro gratuita mescla música e poesia é apresentada em Goiânia

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Professora trans encontrou na escola a ferramenta para combater preconceitos

Recursos para nome social devem ser apresentados até sexta, 18

Alunos de escola do ensino médio no DF aprendem robótica e saem com dois diplomas

MEC e Andifes se reúnem em busca de soluções sustentáveis para o ensino superior

Portaria do MEC autoriza a contratação de 1.205 novos professores e técnicos administrativos

UOL EDUCAÇÃO

Hoje é o último dia para inscrições no Enem 2018

China lidera ranking universitário de países emergentes; Brasil perde posições 

CORREIO BRAZILIENSE

Nauta, com idealização da Google, será lançado nesta quinta-feira (17)

GLOBO.COM

'Ser professor não é um emprego': a frase que norteou a revolução na educação de um país asiático

Cresce o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham

Reino Unido faz campanha para proteger crianças do uso de redes sociais

FOLHA.COM

Somos acacianos

Escola pública envolve a comunidade e se mantém acima da média em SP

 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

============================================================

O POPULAR

SUSTENTABILIDADE

IFG terá duas árvores solares em Goiás 

O Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), na Rua 75, nº 46, Centro, vai receber uma árvore solar, resultado da cooperação técnica entre a instituição e a Enel Distribuição Goiás/Aneel. A primeira delas será inaugurada na noite desta quarta-feira (16) no Teatro do IFG.

Na mesma ocasião, será lançado oficialmente o Projeto de Eficiência Energética do IFG, que prevê a instalação de usinas fotovoltaicas, ações nos sistemas de iluminação, aquecimento solar de água, geração de energia elétrica através de sistemas fotovoltaicos, monitoramento e gestão de energia, além da realização de pesquisas.

Os Termos de Cooperação Técnica foram assinados em 5 dezembro de 2017, sendo um para o Câmpus Goiânia, e outro para as ações nos câmpus Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Valparaíso, Uruaçu e Senador Canedo. Em breve, também será instalada no campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

A árvore solar é uma palmeira metálica de 11 m² composta por uma estrutura tubular e dez folhas, sobre as quais estão instalados dez painéis fotovoltaicos. Ela ocupa uma área aproximada de 20 m², e resultará em economia de energia elétrica pela unidade do IFG onde está instalada. A vida útil de cada árvore é de 20 anos.

A potência de sistema de cada árvore será de cerca 2.6 kWp (potência gerada pelo sistema fotovoltaico) e uma geração estimada média de 300 KWh/ mês, o equivalente ao consumo médio mensal de energia de duas famílias com cerca de quatro pessoas. Além de contribuir para economia de energia, o equipamento contribui para a redução da emissão de gás carbônico (CO2).

 “A árvore funciona como uma pequena usina solar, aproveitando ao máximo a incidência da luz solar para gerar energia”, afirma o responsável por Eficiência Energética da Enel Brasil, Odailton Arruda.

Para o reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva, as ações tem grande importância pois “além dos benefícios para a economia de energia, para a pesquisa e para a sustentabilidade e meio ambiente, teve origem em um trabalho de mestrado feito por um egresso do IFG”.

O projeto

Pelos termos da Cooperação, o projeto tem previsão de ser executado durante o ano de 2018. Em todos os câmpus, devem ser substituidos cerca de 50 mil lâmpadas e luminárias, além da instalação de quase 4 mil placas solares, de 315 Wp cada, e 37 inversores, o  que deve gerar uma economia de 80% na conta de energia elétrica de todo o IFG, após a total implementação do Projeto.

Já foram instalados os sistemas de micro e minigeração solar fotovoltaico para eficiência energética nos câmpus Itumbiara e Uruaçu e em breve será inaugurada a segunda árvore solar do IFG, que está em fase final de implantação no Câmpus Itumbiara.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

CONCURSO

IFG publica edital de concurso público com vagas para nível médio e superior

O Instituto Federal de Goiás (IFG) publicou na tarde desta quinta-feira (10), o edital de concurso público para seleção de servidores técnico-administrativos em Educação.

As inscrições serão abertas amanhã, a partir das 12 horas, exclusivamente pela Internet, na página de concursos em andamento, e poderão ser feitas até o dia 3 de junho. O valor da taxa será de R$ 70, para os cargos de nível médio, e de R$ 100, para os de nível superior.

São ofertadas nesse certame 17 vagas para os cargos de nível médio: Assistente em Administração (Uruaçu, Aparecida de Goiânia e Luziânia), Técnico de Laboratório – Áreas Eletrotécnica (Itumbiara), Informática (Cidade de Goiás e Uruaçu) e Ciências (Cidade de Goiás), Técnico de Tecnologia da Informação (Uruaçu, Formosa, Aparecida de Goiânia e Cidade de Goiás), Técnico em Audiovisual e Técnico em Contabilidade (Reitoria, em Goiânia), Técnico em Eletrotécnica (Senador Canedo) e Técnico em Enfermagem (Águas Lindas de Goiás).

Para o nível superior, o concurso oferece sete vagas: Administrador (Jataí), Analista de Tecnologia da Informação (Reitoria), Bibliotecário – Documentalista (Itumbiara), Engenheiro de Segurança do Trabalho (Reitoria), Jornalista (Águas Lindas), Tecnólogo em Produção Audiovisual e Técnico em Assuntos Educacionais (Cidade de Goiás).

A seleção será feita por meio de prova objetiva de múltipla escolha no dia 17 de junho, das 9 às 12 horas, em Goiânia, e em cidades da Região Metropolitana de Goiânia. Os locais serão divulgados posteriormente pelo Centro de Seleção do IFG, conforme consta no cronograma do concurso.

Os salários de servidor técnico-administrativo em Educação são de R$ 2.446,96, para os cargos de nível médio, e de R$ 4.180,66, para o nível superior. Os servidores recebem ainda um auxílio-alimentação no valor de R$ 458 mensais e outros benefícios concedidos pela Lei nº 11.091/2005, que trata do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação.

Mais informações acesse a página de concursos: http://ifg.edu.br/concursos/em-andamento

============================================================

CURTA MAIS

INOVAÇÃO

IFG Goiânia inaugura primeira árvore solar da cooperação em Goiás

Esse ano será de economia de energia elétrica e redução de gastos no Instituto Federal de Goiás (IFG). Serão instaladas duas árvores solares na Instituição, como parte da cooperação técnica entre o IFG e a Enel Distribuição Goiás/Aneel.

Além da inauguração do equipamento, será lançado oficialmente o Projeto de Eficiência Energética do IFG, que prevê a instalação de usinas fotovoltaicas, ações nos sistemas de iluminação, aquecimento solar de água, geração de energia elétrica através de sistemas fotovoltaicos, monitoramento e gestão de energia, além da realização de pesquisas.

A árvore solar tem cerca de 11 m², ocupa uma área aproximada de 20 m², conforme informações divulgadas à época da formalização dos acordos, e resultará em economia de energia elétrica pela unidade do IFG onde está instalada. A vida útil de cada árvore é de 20 anos. A potência de sistema de cada árvore será de cerca 2.6 kWp (potência gerada pelo sistema fotovoltaico) e além de contribuir para economia de energia, o equipamento contribui para a redução da emissão de gás carbônico (CO2).

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EVENTO

Peça de teatro gratuita mescla música e poesia é apresentada em Goiânia

A peça de teatro Ânima e Ânimo começa entremeada inicialmente pelos harmônicos nas cordas, depois também pelos rítmicos, juntamente com o poema “Palhaço morte/vida”.

Na sequência, o grupo apresenta Oferenda Musical de Bach, mesclado ao poema “Ricardo ou Deborita”, com um repertório de Tuyo Rodrigo Amarante e a poesia “Deborita”.

Depois será a vez de Fuga, de João Fernandes, aliada ao poema “Anne Brecht”.

O repertório destaca ainda “O Dia em que o Morro descer e não for carnaval”, encerrando com harmônicos versus desarmônicos e as últimas apresentações da composição “Palhaço morte/vida”.

Serviço

Apresentação do espetáculo poético-musical Ânima e Ânimo

Data: 17 de maio

Horário: 20 horas

Local: Teatro Basileu França

Informações: Assessoria de Imprensa do Basileu França (62) 3988-8954/ 99914-3430

============================================================

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

TRILHAS DA EDUCAÇÃO

Professora trans encontrou na escola a ferramenta para combater preconceitos

Filha de agricultores analfabetos, a professora doutora Luma Nogueira de Andrade teve uma infância humilde no interior do Nordeste, percebendo-se diferente e enfrentando preconceitos. Na trajetória escolar, as descobertas do menino que se via como menina não foram fáceis. O mundo se mostrava adverso, mas ela conseguiu reverter as dificuldades e o preconceito por meio da educação.

Na semana de Combate à Homofobia, o programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, entrevistou a professora Luma. Ela é docente e gestora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), na cidade de Redenção, no Ceará. Luma é uma mulher trans e agente de transformação em território acadêmico e social.

“Às vezes eu não entendia por que que eu estava sendo cobrada em algumas posturas, por que que eu não poderia brincar com certos brinquedos, me comportar da forma como eu queria, me vestir da forma como eu gostaria de me vestir” recorda a professora. “Eu sempre teria que me adequar ao que os outros queriam. Então, isso foi um conflito desde a infância.”

Luma destaca que, quando saía na hora do intervalo, era espancada porque se identificava com as meninas e ia brincar com elas. “Voltava para a sala de aula chorando, as minhas colegas falavam para a minha professora e ela simplesmente chegava ao meu lado e dizia: ‘Bem feito! Quem manda você ser assim?’”  

Depois de muitos casos de violações e privações, como não poder usar o banheiro na escola, Luma encontrou uma forma de melhorar a convivência e de se resguardar de possíveis episódios de violência. A fórmula foi virar a melhor aluna da sala. “Eu tinha que me destacar em alguma coisa. E aí, eu passei a ser a melhor da sala. E aí, eu dava aula para os meus colegas de sala.”

Passado o período escolar e a faculdade, Luma conquistou um espaço na cidade que ninguém tinha. A formação em ciências lhe permitia lecionar matemática, ciências, física, biologia, o que lhe deu oportunidade para contratação na rede escolar e, mais à frente, para que ela passasse em primeiro lugar num concurso estadual.

Hoje, seis anos depois de conquistar o doutorado, ela segue como docente e gestora na Unilab, que conta com dois campi no Ceará e um campus na Bahia. Nesse período, ela conquistou o direito de mudar seu nome nos documentos e anos mais tarde viu essa possibilidade se estender como um direito dentro da escola.

Desde o início deste ano, o Ministério da Educação autorizou o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. Alunos maiores de 18 anos podem solicitar que a matrícula nas instituições de ensino seja feita usando o nome social. No caso de estudantes menores de idade, o pedido deve ser apresentado pelos representantes legais.

Assessoria de Comunicação Social

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ENCEJA

Recursos para nome social devem ser apresentados até sexta, 18 

Quem teve a solicitação de atendimento especializado ou por nome social reprovada no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2018 tem prazo até esta sexta-feira, 18 de maio, para entrar com recurso. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) receberá até 23h59, pela Página do Participante, os novos documentos comprobatórios para as situações que dão direito aos atendimentos.

A oportunidade de atendimento pelo nome social para participantes travestis ou transexuais e o atendimento especializado fazem parte da Política de Inclusão e Acessibilidade do Inep, que ainda inclui atendimento específico para gestantes, lactantes, idosos e outras condições específicas. O atendimento especializado é garantido àqueles que comprovarem ter baixa visão, cegueira, deficiência auditiva, deficiência física, deficiência intelectual (mental), déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdez, surdocegueira e visão monocular. Para comprovar a condição é preciso apresentar documentação, conforme previsto no edital.

Nome – O atendimento dá direito ao participante travesti ou transexual ser distribuído pelas salas de aplicação de acordo com seu nome social, e não de acordo com o nome civil. Todos os documentos relacionados à aplicação também serão identificados com o nome social. Para ter direito ao atendimento, o participante também deve apresentar documentos que comprovem a condição que motiva a solicitação, como: fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça (descoberta) e do tronco; cópia digitalizada (frente e verso) de um dos documentos de identificação oficial com foto; e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponível na Página do Participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

Assessoria de Comunicação Social

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO NO AR

Alunos de escola do ensino médio no DF aprendem robótica e saem com dois diplomas

O ensino médio em tempo integral impulsionou em 22% o número de matrículas nas escolas públicas do Brasil, de acordo com o Censo Escolar 2017. O interesse por essa modalidade de pedagogia pode ser explicado pela forma como o ensino em tempo integral transforma a educação e pela como os jovens passam a ver a escola. Para falar sobre esse assunto, o programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e exibido pela NBR, convidou o diretor do Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro (Brasília, DF),  Getúlio Cruz.

A escola se projeta como referência nessa categoria, e os alunos que por ela passam recebem dois diplomas: um do ensino médio e outro de informática. Para obter os dois certificados, os estudantes do terceiro ano fazem estágio supervisionado dentro da própria escola ou em uma empresa. “A intenção é que eles saiam daqui e já entrem no mercado de trabalho”, destaca Cruz.

Oportunidades – O professor conta que, além das disciplinas obrigatórias, são oferecidas aulas de música, teatro, oficinas de esporte, projetos de meio ambiente e robótica – disciplina obrigatória entre os estudantes dessa unidade. “O ensino integral vai muito além de passar o dia na escola”, explica. “O aluno tem a oportunidade de se descobrir dentro dela. Há um leque de oportunidades. ”

A qualidade do ensino oferecido e o empenho dos alunos permitiram que a escola estivesse representada na Olímpiada Brasileira de Robótica e na Mostra Nacional de Robótica. A oferta dessa disciplina tem ajudado os estudantes a definir o futuro profissional, promovendo também maior interação da comunidade com o Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro, que criou o Clube de Robótica para levar os ensinamentos a alunos de outras instituições.

O ensino em tempo integral, afirma o diretor, reforça os laços familiares e faz com que os alunos passem a dar maior valor ao ambiente escolar. “Eles passam a ver a escola como um prolongamento da sua casa. ” Como passam um longo período na instituição, todos os estudantes recebem quatro refeições diárias. Além disso, durante o horário do almoço, são oferecidas atividades lúdicas como cinema, teatro, música e dança.

Assessoria de Comunicação Social

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PARCERIA

MEC e Andifes se reúnem em busca de soluções sustentáveis para o ensino superior

O ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciou, nesta quarta-feira, 16, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho entre técnicos do MEC e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), para debater a buscar soluções financeiras sustentáveis voltadas ao ensino superior público no Brasil.

O anúncio foi feito durante um encontro do ministro com os representantes da associação, parte da reunião do conselho pleno do órgão, que seguiu a agenda de compromissos oficiais. A meta é fortalecer a parceria institucional entre a pasta e a associação.

 “Esse grupo terá cinco representantes da Andifes e técnicos do MEC para fazer uma construção coletiva, efetiva, de como discutir, debater os problemas, para encontrar soluções conjuntas”, explicou Rossieli Soares, após a reunião. “Vamos discutir, inclusive, o orçamento de 2019, a fim de chegar a soluções diversas para os problemas que estão sendo apresentados”.

Na avaliação do ministro, a criação do grupo de trabalho é importante para encontrar soluções em conjunto. Dentro dessa meta, situou, a equipe se reunirá regularmente para elaborar um calendário de atividades voltadas aos objetivos coletivos da Andifes e do MEC, apresentando soluções para as demandas do ensino superior. O ministro também comunicou que, em setembro ou outubro, poderá haver um debate final conjunto entre o MEC e reitores das universidades que fazem parte da Andifes.

Para o ministro Rossieli Soares, debates dessa natureza sempre enriquecem a busca por melhorias no ensino superior. (Foto: André Nery/MEC)

Melhorias – Sobre a reunião, Rossieli Soares disse que debates dessa natureza sempre enriquecem a busca por melhorias no ensino superior. “Acho que o principal resultado desse encontro é a construção contínua de um processo que enfrente todas as dificuldades que temos combatido em conjunto, entre o MEC e as universidades”, pontuou.

Emmanuel Zagury Tourinho, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente da Andifes, reforçou que o sistema de universidades públicas federais desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil e que deve ser formando por equipes qualificadas para atuação em todas as áreas de ensino, produzindo conhecimento a fim de que o país se desenvolva em todas as áreas. Ele defendeu o interesse mútuo entre o MEC e as universidades no sentido de avançar para atender de modo mais eficiente a expectativa da sociedade.

“Hoje, tivemos a oportunidade de estabelecer um importante diálogo com o ministro, que abriu a possibilidade de trabalharmos em parceria”, destacou Tourinho. “Decidimos construir um grupo de trabalho que busque soluções necessárias às instituições, para que continuem cumprindo esse papel fundamental de oferecer educação superior pública de qualidade, produzir conhecimentos científicos de ponta e interagir com setores da sociedade que precisam usar a inteligência instalada nas universidades para enfrentar os grandes desafios que temos hoje na nossa nação”.

Assessoria de Comunicação Social

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Portaria do MEC autoriza a contratação de 1.205 novos professores e técnicos administrativos

Algumas instituições que fazem parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica estão autorizadas a contratar professores e técnicos administrativos. Essa decisão do Ministério da Educação veio por meio da portaria nº 447 e foi publicada nesta quarta-feira, 16, no Diário Oficial da União. As vagas autorizadas servem tanto para nova seleção pública quanto para concursos ainda em validade.

As contratações atenderão 32 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. No total, serão 1.205 vagas em todo o país, sendo 810 para professores e 395 para técnicos administrativos em educação.

De acordo com o ministro da Educação, Rossieli Soares, as novas vagas são importantes porque garantem a continuidade da oferta e a qualidade do ensino nas instituições da Rede Federal. “Como nós temos o processo de expansão da Rede Federal e da oferta do ensino técnico, precisamos garantir que essa oferta seja 100% executada”, explicou. “Então, a cada ano, os institutos vão pedir novas contratações porque eles ampliaram a quantidade de matrículas, ou porque aquele curso começou com um número de professores, e para continuar precisa contratar professores”, disse o ministro.

A secretária de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eline Nascimento, reforçou as contratações e destacou que os técnicos administrativos em educação têm um papel muito específico dentro da educação profissional. “Por isso, é importante não só garantir o quadro de professores, mas também o quadro de técnicos para atendimento à população. Isso é fundamental para melhorar a qualidade do ensino”, disse Eline Nascimento.

Regras – Todos os anos, as instituições precisam enviar ao MEC, até o mês de abril, a previsão de provimento para o ano seguinte. Essa previsão considera a expansão das matrículas, o próprio crescimento da Rede Federal e a suplementação do quadro de professores. “Muitas vezes o curso começa com um número de professores e, à medida que caminha para os estágios finais, precisa contratar novos professores para a finalização daquela demanda”, observou a secretária da Setec.

Para receber novas vagas, os institutos precisam atender a alguns critérios, como o aumento no número de matrículas de um ano para outro, a possibilidade de aposentadoria e também a relação aluno-professor.

Rede – A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica tem hoje mais de um milhão de matrículas e 650 unidades de ensino. Integram a Rede 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica, o Colégio Pedro II e 23 escolas técnicas.

Assessoria de Comunicação Social

==================================================================

UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Hoje é o último dia para inscrições no Enem 2018

Chega ao fim nesta sexta-feira, dia 18 de maio, o prazo para inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Até as 17h15 de ontem, 17, mais de 5,5 milhões de pessoas haviam feito o cadastro. A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é receber 7,5 milhões de inscrições.

A taxa do Enem 2018 é de R$ 82 e pode ser paga até o dia 23 de maio em agências bancárias, casas lotéricas, aplicativos bancários, internet banking e agências dos Correios que tenham o serviço do Banco Postal. A confirmação do pagamento pode levar até cinco dias.

Esta foi a primeira edição que os pedidos de isenção da taxa de inscrição foram recebidos antes do prazo de inscrições. Os participantes de escolas públicas e de baixa renda puderam solicitar a gratuidade da taxa entre os dias 2 e 15 de abril.

O resultado definitivo dos pedidos de isenção foi divulgado em 5 de maio e pode ser conferido na Página do Participante. Quem conseguiu a isenção da taxa do Enem 2018 também precisa realizar a inscrição até hoje. Para esses estudantes, alguns dados já estarão preenchidos no sistema, como as informações socioeconômicas.

Excepcionalmente para esta edição, o MEC vai conceder isenção automática aos estudantes matriculados no terceiro ano do ensino médio de escolas públicas, mesmo que estes não tenham solicitado isenção em abril.

Como se inscrever no Enem

O primeiro passo para a inscrição no Enem 2018 é acessar a Página do Participante e preencher o espaço com o CPF próprio e senha a ser cadastrada. Se o estudante tiver solicitado isenção de taxa, a senha será aquela já cadastrada.

Na inscrição do Enem 2018 alguns itens poderão ser trocados até o prazo final de inscrições: instituição de ensino, local de realização da prova e opção de Língua Estrangeira da prova de Linguagens e Códigos (Inglês ou Espanhol). Posteriormente não será possível mudar.

O participante precisa escolher a cidade na qual estará nos dias do Enem 2018 (4 e 11 de novembro), não tendo necessidade de ser seu município de residência. Em relação à língua estrangeira, se a opção não for marcada, as questões referentes ao idioma estrangeiro da prova de Linguagens e Códigos serão de Inglês.

Se o estudante for isento, basta finalizar a inscrição após o preenchimento de todos os dados e a inscrição no Enem 2018 estará confirmada. Os demais terão que pagar o boleto até 23 de maio para que estejam confirmados no exame.

Atendimento Especial

O Inep disponibiliza dois tipos de atendimento especial no Enem: específico e especializado. A solicitação do auxílio e o envio da documentação que comprova o direito também serão recebidos somente até hoje.

Os participantes terão acesso às respostas dos pedidos pelo acesso no site, por SMS ou e-mail cadastrados na inscrição. Entre os atendimentos especiais estão provas ampliadas; provas em videolibras; auxílio de intérprete; salas com acesso para cadeirantes; permissão para aleitamento materno em local específico; condições especiais para gestantes; permissão para usos de aparelhos necessários para candidatos com algum tipo de doença, como diabetes, problemas cardíacos e afins.

Nome Social

Assim como nas últimas edições, travestis e transexuais poderão solicitar o uso do nome social no Enem 2018. Neste caso, o prazo para os pedidos de inclusão do nome social no formulário do(a) participante será de 28 de maio até 3 de junho.

Novidades

O Inep anunciou algumas novidades no Enem 2018, além do período específico para os pedidos de isenção e a necessidade de justificativa de faltas. Acompanhe as principais mudanças:

    Ampliação do tempo de prova do segundo dia: o segundo domingo (11 de novembro) terá 30 minutos a mais para a realização das provas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias;

    Aumento do prazo para recursos no atendimento especial: As solicitações de atendimentos especiais negados terão prazo de recurso ampliado de três para cinco dias após o estudante ser avisado pelo Inep. O aviso é feito por SMS e e-mail;

    Pedidos de atendimento hospitalar após a inscrição no Enem 2018: Outra novidade do Atendimento Especial é que os estudantes que se encontrarem em condições hospitalares após o período de inscrição do Enem 2018 terão o direito de solicitar a aplicação específica pela Central de Atendimento ao Cidadão, pelo 0800 616161. Os pedidos serão analisados pela Comissão de Demandas e os participantes serão avisados nos meios de contato como SMS e e-mail;

    Reforço na segurança: a revista será intensificada para evitar que os participantes fraudem as provas. Saiba mais neste link.

Provas

As provas do Enem 2018 serão realizadas nos dias 4 e 11 de novembro, dois domingos consecutivos, a partir das 13h30. Os estudantes deverão chegar até as 13h.

Primeiro dia do Enem (4 de novembro) => 45 questões objetivas de Ciências Humanas e suas Tecnologias; 45 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e a Redação.

Segundo dia do Enem (11 de novembro) => 45 perguntas de múltipla escolha de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 45 de Matemática e suas Tecnologias.

O gabarito oficial do Enem 2018 será publicado três dias úteis após o fim do segundo dia de provas. Já o resultado final do exame é esperado para janeiro de 2019.

Os participantes privados de liberdade (PPL) e pessoas que tiverem a autorização do Inep para a reaplicação do exame por motivo de doença ou outro terão suas provas em 18 e 19 de dezembro.

As notas do Enem 2018 poderão ser usadas para o ingresso em instituições públicas em 2019 por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU); bolsas de estudos com o Programa Universidade Para Todos (ProUni); e para financiar a faculdade particular no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Estude no Brasil Escola

Após realizar a inscrição no Enem 2018, nada melhor do que estudar online e gratuitamente para o exame! O Brasil Escola traz videoaulas no site; vídeos no nosso canal do YouTube; provas anteriores e suas correções comentadas; Simulado; correção de redação, dicas e muito mais!

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO 

China lidera ranking universitário de países emergentes; Brasil perde posições

Sete das dez melhores universidades dos países emergentes são chinesas, de acordo com o último ranking divulgado pelo THE (Times Higher Education). No topo também aparecem universidades da Rússia (3º lugar), da África do Sul (9º) e de Taiwan (10º). A primeira brasileira a figurar na lista, a USP, está em 14º lugar no mesmo ranking — caiu três posições desde a primeira avaliação de países emergentes do THE, publicada em 2014. Já a China, no mesmo período, aumentou em 43% a quantidade de universidades no “topten” do ranking de universidades de países emergentes.

O que está acontecendo com o ensino superior da China? E do Brasil?

Primeiro, vamos entender esse ranking de universidades. A lista do THE avalia e compara instituições de 42 países como China, Argentina, Brasil, Polônia e  África do Sul. Em tese, são países que têm certa semelhança econômica e que desenvolveram seu ensino superior recentemente (as universidades de países desenvolvidos são mais antigas — as melhores instituições dos EUA são dos século 17 e 18; na Europa Ocidental, há instituições de até mil anos).

A diferença dos resultados da China e do Brasil no ranking evidencia que as políticas de ensino superior daqui e de lá têm andando bem diferentes.

A China tem investido pesadamente nas chamadas universidades de nível mundial (world-class), que são instituições grandes, com orçamento parrudo, intensivas em pesquisa e fortes internacionalmente. Desde o final da década de 1990, o governo chinês tem colocado recursos extras em nove instituições de ensino superior chinesas para literalmente bombá-las globalmente.

A Universidade de Pequim (foto), líder do ranking das emergentes do THE, está entre as nove escolas chinesas que tem recebido dinheiro extra do governo. Isso, claro, tem melhorado significativamente seus indicadores. Para se ter uma ideia, em outra avaliação de universidades, a ARWU, conhecida como “Ranking de Shangai”, a Universidade de Pequim passou da classificação no grupo 201-300 (em 2003) para 71º lugar (em 2017). Um salto gigante.

MENOS DINHEIRO

Já no Brasil, houve um ensaio de aportes extras de recursos em universidades de nível mundial no segundo mandato de Dilma Rousseff, que acabou não saindo do papel. Em sentido contrário, as universidades brasileiras estão perdendo dinheiro. Todas elas.

Nas universidades federais, há cortes de recursos de investimento e de custeio (manutenção). Nas estaduais, como a USP, o orçamento cai junto com a queda na arrecadação de ICMS. As particulares perderam recursos de financiamento estudantil.

Intensificar pesquisa científica, que vale metade das notas recebidas pelas universidades no ranking THE dos países emergentes, também está difícil por aqui. O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de onde sai boa parte do fomento à ciência nacional, perdeu metade do seu orçamento desde 2014.  Mal dá para manter o ritmo da produção acadêmica.

Outros países emergentes estão seguindo o caminho da China. Como lembra Lara Thiengo, que acabou de defender uma tese de doutorado sobre universidades de nível mundial na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Rússia também tem investido mais dinheiro em um grupo de universidades. “Na Rússia, foi implantado, em 2015, o Projeto 5-100, que tem como objetivo promover a ‘educação russa de classe mundial’’, diz.  A ideia do governo, conta Lara, que é pesquisadora da rede de estudos de rankings Rankintacs, é que cinco universidades russas estejam entre as cem melhores do mundo até 2020, tendo como medida rankings como o THE.

Bom, parece que o projeto tem dado resultados. Hoje a Universidade Estadual Lomonosov de Moscou ocupa o 3º lugar no ranking THE de países emergentes –subiu seis posições desde a primeira listagem, de 2014. Há onze instituições russas entre as cem melhores dos países emergentes. Em 2014, havia apenas duas universidades da Rússia no mesmo grupo.

A questão é que rankings universitários são comparações entre instituições. Se universidades de países emergentes como Rússia e China recebem mais recursos, intensificam sua pesquisa e sobem de posições em listagens como o THE, outras instituições vão perder casas — e o Brasil tem ocupado esse papel.

No lugar de refletir sobre a queda de posição isolada de uma universidade como a USP, seria bacana a gente analisar o ensino superior do país todo como uma política nacional.

==================================================================

CORREIO BRAZILIENSE

EMPREENDENDORISMO 

Nauta, com idealização da Google, será lançado nesta quinta-feira (17)

Às 20h nesta quinta-feira (17) o Nauta, base de apoio para empreendedores da educação e dos negócios e professores, será lançado na Casa Thomas Jefferson (CTJ) do Lago Sul. Idealizado pelo Google Innovators, o projeto é uma parceria da Oni e da Amplifica com a CTJ e oferece cursos, jornadas de impulsionamento, eventos e networking.

Os gestores e empresários poderão contar com uma rede de conhecimentos para fazer os negócios crescerem, enquanto os educadores podem inovar as práticas pedagógicas visando a formação de cidadãos empreendedores. O nauta terá um grupo de facilitadores convidados pelo destaque nas áreas de atuação, cujo objetivo é "impulsionar o mindset empreendedor e apoiar pessoas que querem ditar o futuro".

Com a temática espacial, o ambiente promete ser inovador e estimulante. De 28 de maio a 2 de junho, a entrada será aberta ao público, com eventos gratuitos para empreendedores dos negócios e da educação.

Confira a programação:

28 de junho

"SABatina: o que você entrega é bom mesmo?"

Sara, Ana e Bruna (SAB)

"Cultura: a vantagem competitiva do século XXI"

Kaio Serrate (LabFazedores)  

29 de junho

"Construindo uma Capital mais Empreendedora"

Milton Camargo (idealizador do Capital Empreendedora)

"O que sei hoje que gostaria de saber quando estava começando?"

Rodrigo Bindes (CEO da Nutrifresh)

5 de junho

“5 Grandes Aprendizados Não-Óbvios para a Nova Educação”

Painel de Educação

Carla Arena (Amplifica)

Samara Brito  (Amplifica)

Leila Ribeiro (SALA)

Rafael Parente (AONDÊ | CONECTURMA)

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

Educadora norte-americana debate sobre educação do futuro

A norte-americana Esther Wojcicki, líder da Google Teacher Academy, será a principal palestrante do evento “Campus do Amanhã”, que ocorre nesta quarta feira (16) e quinta (17) a partir das 19h, em Brasília no CICB - Centro Internacional de Convenções do Brasil. O tema do evento é Educação inovadora para transformar o futuro e será abordado pela especialista em inovação. Esther defende um modelo de ensino com maior autonomia do aluno e relacionamento com professores baseado na confiança, respeito, independência e colaboração.

A iniciativa faz parte da programação dos 50 anos do UniCEUB. Na ocasião será feita a entrega do título honoris causa para Esther Wojicicki. Na sequência, o futurólogo dinamarquês Peter Kronstrom abordará o “Olhar para o Futuro”. O diretor do Instituto Copenhagen de Estudos do Futuro e fundador do Futuro Lounge acumula ampla atuação em Gestão de Transição, Comportamento do Consumidor e Negócios.

Líder e educadora norte-americana, jornalista e mãe. Autoridade em Blending Learning (metodologia que conjuga o ensino tradicional com mídias digital) e engajada na integração da tecnologia com a educação. Vice-diretora de Creative Commons e já trabalhou como jornalista em diversas publicações, além de escrever regularmente para o Huffington Post. Fundadora da Media Arts, na Escola de Ensino Médio de Palo Alto, onde construiu programa de jornalismo com um grupo de 20 estudantes, que cresceu para 600 e se tornou um dos maiores do país

Professora de inovação na Singularity University, escritora do livro Moonshots in Education, recebeu diversos prêmios, tais como: Gold and Silver Crowns da Columbia Scholastic Press Association, o PaceMaker Award and Hall of Fame Award da National Scholastic Press, e a melhor da nação da Time Magazine em 2003. A revista digital The School concedeu a ela dois Webby Awards em 2005, entre outros.

Está intimamente ligada com a Google e GoogleEdu desde o seu começo, onde foi líder na criação da Google Teacher Academy e continua como uma das chefes desse projeto. Já trabalhou como consultora no Departamento de Educação dos Estados Unidos, Fundação Hewlett, Fundação Carnegie para Avanços na Educação, Google, Fundação Educativa do Silicon Valley e Revista Time. Com dois títulos de Doutora Honoris Causa – da Universidade de Palo Alto (2013) e Escola Rhode de Design da Islândia (2016). Também foi condecorada com o título de California Teacher em 2002.

============================================================

GLOBO.COM

EDUCAÇÃO NO MUNDO

'Ser professor não é um emprego': a frase que norteou a revolução na educação de um país asiático

Entre os anos 1950 e 60, Singapura era um pequeno entreposto comercial, com uma população majoritariamente analfabeta e empobrecida. Hoje, poucas décadas mais tarde, é um hub financeiro internacional que lidera o mais importante ranking mundial de educação.

Na faixa etária de 15 anos, os estudantes de Singapura foram os que tiveram melhor desempenho em matemática, ciência e leitura na mais recente avaliação do PISA, exame internacional em que o Brasil ainda se mantém estagnado nas posições mais baixas.

Essa transformação na educação singapuriana teve como norte uma ideia: "Ser professor não é um emprego, é uma profissão responsável por moldar as futuras gerações. Tratamos os professores como joias", explicou Goh Chor Boon, gerente-geral da Universidade Tecnológica de Nanyang, que abriga o Instituto Nacional de Educação de Singapura.

Goh esteve no Brasil neste mês para explicar o salto educacional de seu país em um seminário promovido pelo Instituto Ayrton Senna e pelo Itaú Social.

Na prática, disse Goh, a abordagem significou elevar o status dos professores em Singapura: eles passaram a ser escolhidos entre os 5% dos alunos com o melhor desempenho acadêmico do país e tiveram equiparação salarial inicial com outras profissões de prestígio.

"Um novo professor tem a mesma remuneração que um novo advogado ou médico no serviço público", explicou Goh durante o seminário. Há também bônus por desempenho em sala de aula, que pode ser de quatro a cinco salários. Ao avançar na carreira, o professor pode se tornar, por exemplo, pesquisador em educação ou mentor.

Em troca, é exigido que os docentes entreguem "profissionalismo, paixão e gana de moldar o futuro da nação", além de encararem a profissão como uma "missão" - a de formar alunos autônomos em seu aprendizado "que possam sobreviver em qualquer lugar do mundo".

Também cabe aos professores manter uma formação constante: segundo Goh, eles passam, obrigatoriamente, por 100 horas anuais de treinamento, para se atualizarem com as práticas de ensino mais eficientes e modernas. A "sinergia" entre o Ministério da Educação, as instituições de ensino superior e as escolas têm a missão de garantir que os docentes desenvolvam e apliquem pedagogias inovadoras e cada vez mais voltadas a "valores e à resolução de problemas da vida real".

"Os professores têm de ser alunos a vida inteira", argumentou o singapuriano. "Quando eles param de aprender, o ensino sofre."

Rápida mudança

Para entender o sistema educacional e seu rápido processo de reforma, é preciso voltar no tempo na história de Singapura. Antiga colônia britânica, a cidade-Estado começou a se autogovernar em 1959. Em 1963, passou a fazer parte da Malásia, mas tornou-se independente apenas dois anos depois.

Até essa época, a educação era restrita à elite. O então premiê Lee Kuan Yew, fundador do Estado de Singapura, viu a educação universalizada como uma forma de unificar o país (pequeno, porém multiétnico - formado sobretudo por pessoas de origens chinesa, malaia e indiana) e prover mão de obra para o avanço econômico que viria em seguida.

Uma nova reforma, em 1997, procurou novamente adaptar o ensino à economia tecnológica e financeira em que o país - desprovido de recursos naturais e obrigado a importar desde comida e água até areia para a construção civil - passou a se destacar.

Foi criada, então, a política de "escolas pensantes, nação aprendiz", com um currículo baseado na ideia de que todas as crianças têm potencial a ser desenvolvido, de valorização da diversidade e de inteligência emocional e social.

É, segundo Goh, um sistema "pragmático", abordagem que o país usou para enfrentar o pós-colonialismo britânico e unificar o país.

"A nação decidiu deixar o legado colonialista, mas adotamos o (idioma) inglês, obrigatório em todas as escolas." Deixaram de existir escolas específicas para grupos étnicos, e todo o sistema passou às mãos do Estado - não há, segundo Goh, escolas privadas em Singapura.

Pressão excessiva

Vale destacar, porém, que Singapura tem características únicas, que tornam comparações internacionais difíceis.

A pequena ilha abriga 5,8 milhões de pessoas, menos da metade da população da cidade de São Paulo. O sistema de governo é altamente centralizado e de caráter autoritário - o mesmo partido domina a política singapuriana desde a independência, dando pouco espaço a manifestações por parte da oposição ou da imprensa. O país não é considerado uma democracia eleitoral.

E até mesmo os pensadores do sistema educacional singapuriano se deram conta de que o modelo exigente e meritocrático passou a exercer grande (e pouco saudável) pressão sobre os alunos para manter o alto desempenho e para entrar nas melhores escolas.

"As escolas se tornaram espaços estratificados e competitivos. Famílias com renda mais alta têm mais capacidade de oferecer às crianças atividades extras. (...) Os que não podem arcar com esses custos dependem da motivação individual das crianças e dos recursos oferecidos pela própria escola para recuperar um possível atraso", afirmou, em artigo à BBC no ano passado, Lim Lai Cheng, diretora da Universidade de Administração de Singapura.

Feito esse diagnóstico, ela explicou que Singapura tem tentado desestimular a obsessão por notas e vagas nas melhores escolas, passando a enfatizar "valores e princípios" e o bem-estar das crianças - a exemplo do que é feito na Finlândia, outro país que é referência na educação global.

"Também houve iniciativas pedindo que escolas e faculdades tivessem um processo de admissão mais flexível, com a avaliação de qualidades como motivação, resiliência e entusiasmo", disse Lim. "Trata-se de uma abordagem mais suave, enfatizando valores e princípios e tentando aprimorar o elo entre escola e trabalho. É a busca para a próxima fórmula da educação em Singapura."

Prestígio e formação

Além dessa evolução no modelo de ensino, o que outros países como o Brasil podem tirar de lição de Singapura, dizem especialistas, é justamente seu empenho em melhorar exponencialmente a formação e o prestígio dos professores.

Em relatórios recentes, a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que aplica o exame PISA) afirmou que, assim como na pequena nação asiática, os países devem se esforçar para tornar a carreira docente mais atraente aos melhores alunos. Os professores devem ter "status, (bons) salários e autonomia profissional", diz a OCDE, uma vez que a qualidade do corpo docente é vista como condição fundamental para elevar a qualidade da educação como um todo.

Segundo Goh, a orientação dada aos interessados na carreira de docente em Singapura é: "se você quer só um emprego, procure outro". "Porque o futuro do país depende dos professores. Então, ele precisa demonstrar paixão e o desejo de fazer o seu melhor."

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO

Cresce o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham

Em 2017, o Brasil tinha 48,5 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, mas 11,1 milhões delas não trabalhavam e também não estavam matriculadas em uma escola, faculdade, curso técnico de nível médio ou de qualificação profissional.

Conhecido como 'nem-nem', esse grupo representava 23% do total de jovens brasileiros no ano passado, e aumentou em relação ao ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgados na manhã desta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Geração 'nem-nem'

De acordo com os números, a variação entre 2016 e 2017 foi de 619 mil jovens de 15 a 29 anos a mais nessa condição – em 2016, 21,8% das pessoas nessa faixa etária estavam no grupo 'nem-nem'.

Ao G1, Marina Águas, coordenadora da pesquisa, ressaltou que os dados apresentam um "estudo ampliado", ou seja, não consideram apenas se a pessoa está matriculada no ensino regular, mas também em outros tipos de educação informal, como os cursos pré-vestibulares, curso técnico de nível médio ou um curso de qualificação profissional.

Jovens, educação e trabalho

Pessoas com entre 15 e 29 anos, segundo a ocupação, em 2017

Só estudam: 28,7 %Só trabalham: 35 %Estudam e trabalham: 13,3 %Não estudam nem trabalham: 23 %

Redução da ocupação

De acordo com o estudo, entre 2016 e 2017 o número de jovens estudando permaneceu estável, o que ocorreu foi uma "redução da ocupação": tanto a porcentagem da população ocupada nessa faixa etária recuou de 35,7% para 35% quanto a de jovens que estudavam e trabalhavam, que caiu de 14% para 13,3%.

Entre as diferentes faixas etárias da juventude, os índices se mantiveram estáveis entre os adolescentes de 15 a 17 anos e entre 25 e 29 anos, mas aumentou entre quem tem de 18 a 24 anos.

Abaixo da meta

De acordo com a meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 33% das pessoas entre 18 e 24 devem estar matriculadas no ensino superior. Em 2017, essa porcentagem foi de 23,2%, e se manteve estável em relação a 2016, segundo a Pnad.

No total, 25,1 milhões de jovens, não estavam matriculados em 2017 em nenhum tipo de curso de ensino regular, pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional, mas não haviam concluído uma graduação, ou seja, ainda tinham o ensino superior incompleto.

Desses, 64,2% eram pessoas de cor preta e parda, segundo a Pnad. "De 2016 para 2017, foram 343 mil pessoas a mais nessa situação, equivalendo a um aumento de 1,4% desse grupo", diz a pesquisa.

Diferenças de gênero

A Pnad também oferece dados sobre os motivos dados pelas pessoas para não estarem estudando. Do total de pessoas nessa situação, 7,4% afirmaram que já haviam concluído o nível de esnino que desejavam. Mas os demais motivos tiveram respostas variáveis de acordo com o sexo

Entre os homens, 49,4% afirmaram que as razões eram ou porque trabalhavam, ou porque estavam buscando emprego ou já conseguiram trabalho, que começariam em breve. Entre as mulheres, essa justificativa foi usada em 28,9% dos casos.

O segundo motivo mais comum para os homens não estudarem é a falta de dinheiro para pagar a mensalidade, o transporte, o material escolar ou outras despesas educacionais. Ele foi apontado por 24,2% dos homens e 15,6% das mulheres.

Cuidados com os filhos e a casa

Por outro lado, entre as mulheres, o segundo motivo mais citado para estarem fora da sala de aula é ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com necessidades especiais. Essa razão foi apontada apenas por 0,7% dos homens.

Marina Águas explica que esse tipo de cuidado doméstico ou com a família, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), configura trabalho.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO NO MUNDO

Reino Unido faz campanha para proteger crianças do uso de redes sociais

O Reino Unido procura proteger os menores do uso de redes sociais e, para isso, o ministro de Saúde britânico, Jeremy Hunt, afirmou neste domingo (22) que o governo não hesitará em endurecer as leis se essas plataformas não não for feito algo a respeito.

O ministro publicou uma carta no jornal britânico "The Sunday Times" dirigida a Facebook, Twitter, Instagram e Snapchat, na qual os acusou de "fazer vista grossa" quanto ao impacto que o uso tem sobre as crianças.

Hunt deu um prazo de um mês para que informem sobre as medidas tomarão para proteger os menores ou, caso contrário, antecipou que o ministro de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes, Matthew Hancock, está considerando endurecer a legislação.

"Me preocupa que suas empresas pareçam satisfeitas com uma situação na qual milhares de usuários descumprem seus próprios termos e condições quanto à idade mínima de acesso", escreveu o responsável da pasta de Saúde.

"Temo que estejam fazendo vista grossa com toda uma geração de crianças que estão expostos aos daninhos efeitos secundários emocionais das redes sociais de forma prematura", acrescentou.

Algo que qualificou de "moralmente incorreto" e "profundamente injusto para os pais" que têm de enfrentar a desagradável "escolha" de permitir que as crianças utilizem "plataformas às quais são muitos jovens para acessar" ou "excluí-las da interação social que frequentemente estão tendo a maioria de seus companheiros".

Atualmente, a idade mínima para acessar o Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat é de 13 anos, ainda que esta última conta com uma versão para menores de 13.

"Estou preocupado com os meus filhos, de 3, 6 e 7 anos, porque a excessiva dependência das redes sociais está sendo normalizada", lamentou o político, que pediu que as autoridades revisem o impacto destas tecnologias na saúde mental dos jovens.

A presidente do Real Colégio de Psiquiatras do Reino Unido, Wendy Burn, concordou com o ministro ao considerar que "o autoregulamento" das redes sociais neste terreno "fracassou".

Por sua vez, o diretor de políticas do Facebook, Karim Palant, manifestou que seu grupo dá "as boas-vindas ao compromisso do ministro de Saúde" e assegurou que "compartilha sua ambição de criar um ambiente seguro e de apoio para os jovens 'on-line'".

Na semana que vem, o ministro de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes se reunirá com 17 representantes das redes sociais mais populares entre os menores de 18 anos, entre elas, Facebook, Google, Instagram, Snapchat, YouTube, Twitter, AskFM, Tumblr e Pinterest, para abordar este assunto.

"Se não pudermos confiar em suas políticas, deveremos tomar a ação e não duvidaremos em endurecer a lei", afirmou Hancock.

Este debate ocorre após o escândalo que envolveu o Facebook, ao ser revelada a filtragem de dados de milhões de usuários da rede social.

============================================================

FOLHA.COM

OPINIÃO

Somos acacianos

O Conselheiro Acácio é um personagem supostamente menor do romance português “O Primo Basílio”, de Eça de Queirós (1845-1900). Digo “supostamente” porque o ridículo conselheiro não demorou a saltar das páginas do livro para aquela galeria de tipos imortais que nos ajudam a compreender civilizações inteiras.

Símbolo de pompa vazia, da frase torneada com capricho para dizer pouco ou nada, do empilhamento de clichês como substituto do pensamento, da mediocridade que se leva mais a sério que um pós-doutor em onanismo comparado, do grau zero do espírito, do moralismo militante e hipócrita, da subserviência untuosa aos ritos do poder e do saber estabelecido —Acácio é legião.

Não à toa, foi parar na linguagem comum, habitando desde as primeiras décadas do século 20 os dicionários de língua portuguesa sob a forma do adjetivo “acaciano”. Seu fantasma esguio assombra cada canto de nossa paisagem cultural.

Acácio está tão vivo no Brasil de hoje quanto estava naquele Portugal do século 19. É ele quem, nas agências dos Correios, dispensa de tarifa quem comprovar “hipossuficiência econômica”. Nos supermercados, prescreve “precificação diferenciada” para bebidas geladas.

Diante do elevador, prudente, nos ensina a confirmar que “o mesmo encontra-se parado neste andar”. E carimba no prontuário dos infelizes que ignoram seu conselho e caem no poço um “êxito letal” com ar gravíssimo, não sem antes murmurar uma fórmula piedosa como “os desígnios de Deus são inescrutáveis”.

O solteirão português de orelhas de abano também projeta sua sombra sobre o plenário do Supremo Tribunal Federal, ao lado daquele injustificável crucifixo (esta é outra história, mas nem tão distinta assim). E não têm outro autor as mesóclises embalsamadas —e o estilo como um todo, se pensarmos bem— do presidente Michel Temer.

Por enquanto estamos falando do Acácio clássico. O pedantismo furioso do juridiquês luso-brasileiro é acaciano em todas as suas alíneas, e transportado ao mundo mais pragmático da política e da burocracia costuma produzir aquele tipo de inanidade intelectual que Machado de Assis —contemporâneo e rival de Eça— satirizou com gênio no conto “Teoria do Medalhão” (lançado em 1881, três anos depois do nascimento do conselheiro).     

Mas Acácio é pujante demais em sua tibieza para ficar confinado ao tempo do pincenê ou aos ambientes institucionais que tentam congelar o espírito daquela época. Não sei se o dramaturgo Dias Gomes o tinha em mente quando criou o personagem de Odorico Paraguaçu na novela “O Bem-Amado”. Em todo caso, o prefeito de Sucupira me parece um descendente do conselheiro alterado por doses cavalares de rudeza e analfabetismo para caber no burlesco semifeudal brasileiro. Odorico é um tipo em si, claro, tão importante quanto Acácio em seu papel de iluminar uma nação. Mas a ascendência dos coronéis que satiriza é evidente.

Assumindo outros disfarces para se adaptar aos novos tempos, o conselheiro tem feito uma carreira brilhante nos círculos corporativos também. Veja-se esta frase onipresente no mundo do RH: “Para garantir sua trabalhabilidade, o colaborador deve agregar valor e novos conteúdos, sem perder o foco no resultado” —ou qualquer outra de suas variações.

Quem mais seria capaz de enfileirar tantos chavões e platitudes sem ficar com as bochechas ardendo? Um jogador de futebol daria o mesmo recado assim: “Vim para somar”. É por isso que Acácio tem como missão primordial na vida se diferenciar de toda aquela gente sem vintém e sem berço que fala de modo simples.

Por Sérgio Rodrigues

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO 

Escola pública envolve a comunidade e se mantém acima da média em SP 

"Meus filhos todos estudaram em boas escolas públicas", revelou o grande empresário numa conversa de elevador, para espanto dos demais passageiros, após uma reunião para discutir os caminhos da educação brasileira. E, em seguida, esclareceu, com um sorriso: "Nos Estados Unidos, é claro..."

Foi-se o tempo em que as melhores escolas brasileiras eram públicas. Mas não é preciso ir tão longe para encontrar um exemplo de qualidade para todos, e não só para filhos de empresários.

A apenas 48 km da capital, às margens da BR-116, que liga São Paulo ao Sul do país, em Embu-Guaçu, há 50 anos foi criado o Movimento Renovador Paulo VI, experiência educacional pioneira, capaz de envolver toda a comunidade para melhorar as condições do ensino público.

Como nos EUA, onde os alunos, seus pais, vizinhos, empresas e igrejas zelam pelas escolas, em Embu-Guaçu a educação pública não depende só dos recursos do estado.

Das 5.400 escolas estaduais, que têm 3,4 milhões de alunos, 20 ficam na cidade-dormitório de 68 mil habitantes.

Com pontuação acima da média no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar no Estado de São Paulo (Saresp), a escola estadual Paschoal Carlos Magno, a mais antiga da cidade, vai completar 70 anos em 2019, mantendo a tradição: os professores são em grande parte ex-alunos.

Em 2016, a escola foi a vencedora regional de São Paulo na 11ª edição do Prêmio Itaú-Unicef, com o projeto "Entre o sonho e a realidade", desenvolvido em parceria com o Movimento Renovador Paulo VI, que discutiu nas salas de aula os problemas da cidade.

Para entender essa história, é preciso recuar no tempo e contá-la desde a chegada em Embu-Guaçu de Frei Henrique de Pirassununga, primeiro vigário da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus.

O nome civil desse franciscano era Ângelo Verrussa Balduin. Um ano após chegar, ele criou o movimento, em 1968.

Dona de um escritório de contabilidade, a família de Lauro Yoshida assumiu o projeto que formaria a primeira turma do Mobral, programa de alfabetização de jovens e adultos, em 1970.

No salão paroquial, foi criada a primeira pré-escola. A PUC-SP deu assessoria para a criação da primeira creche, cuja implantação foi assumida pela comunidade, em 1978, em parceira com a LBA (Legião Brasileira de Assistência).

Com dezenas de outros convênios, trabalhos voluntários, ajuda de empresários e doações de igrejas da Alemanha e dos Estados Unidos, o Paulo VI não parou de crescer.

Dos EUA, em 1981, chegou o padre Thomas Francis Brown, ex-marinheiro que por dez anos cuidou de projetos educacionais e de famílias vulneráveis. Com o apoio da comunidade americana, continuou dando assistência ao movimento, ajudando a ampliar os espaços do Lar Irmã Inês.

Aos 18 anos, Maria Inês Conselles deixou o convento na Bahia e foi trabalhar com crianças abandonadas na zona leste de SP. Foi para a cidade em 1967, quando recebeu em doação um sítio onde plantou uma escola. Em 1968, em parceria com a família do empresário Luís Isamu Kukita, iniciou as obras do orfanato de meninas, onde hoje funcionam cursos profissionalizantes.

Outra irmã, Irmgard Fides saiu da Alemanha após da Segunda Guerra e, na década de 70, aportou em Embu-Guaçu para implantar o programa socioeducativo "Crê-Ser". Ex-bailarina, ajudou a formar grupos de dança e a ensinar música às crianças.

Também com a ajuda da família Kukita, Irmgard ergueu o primeiro ginásio de esportes da cidade. Ao voltar para a Alemanha, em 2014, conseguiu os recursos para a construção da Escola João Paulo II.

Maria Vani Pedroso de Oliveira é diretora do núcleo profissionalizante que leva o nome da religiosa e faz questão de dizer que ali não se educa apenas para o mercado de trabalho, mas se ensina valores para formar cidadãos conscientes os 240 alunos por ano.

"Hoje as empresas vêm procurar os nossos alunos, nem esperam a formatura", diz ela.

É o caso de Paloma Andrade, 20, que passou pelo Projeto "Crê-Ser", fez o curso profissionalizante e começou como aprendiz na União Química.

Paloma cursa agora a faculdade de enfermagem, com bolsa 100% do Prouni, e já trabalha em um hospital. "Minha formação de caráter foi toda construída aqui dentro. Foi aqui que aprendi a respeitar os mais velhos. Ficava o dia inteiro na escola. A base de tudo é o amor envolvido nas pessoas que me ensinaram."

Deborah Martini, diretora da escola estadual Paschoal Carlos Magno, ensina o segredo com uma frase de Paulo Freire, mestre da educação brasileira: "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo."

Do outro lado da rua, Jamilson Roberto Aragão, cuida de 200 crianças de 6 a 14 anos do projeto "Crê-Ser", que no contraturno têm reforço escolar e cursos como contação de histórias a capoeira, de graça.

Jamilson estudou no Paschoal Carlos Magno até o magistério, entrou para o Movimento Renovador Paulo VI e não saiu mais. "Este foi meu único emprego na vida. Me sinto feliz neste lugar."

É isso que mais chama a atenção nas conversas com as pessoas envolvidas nos projetos educacionais em Embu-Guaçu: todos parecem satisfeitos com o que fazem.

Agora, por exemplo, estão envolvidos com a organização do dia nacional de combate à exploração sexual de crianças, em 18 de maio, quando os alunos vão apresentar o que aprenderam nas aulas e oficinas das escolas. Paulo Freire iria gostar. Para ele, a educação era baseada na realidade da vida. Não tem milagre: educar dá trabalho, mas, se todos ajudarem, fica mais fácil. Em Embu-Guaçu, deu certo.

============================================================

Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

 


Fim do conteúdo da página