Goiânia, 24 de agosto de 2018
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Alunos do IFSC criam brinquedoteca com materiais reciclados em escola de Florianópolis
Inep seleciona docentes para compor sistema de avaliação
Capes concederá bolsas para o Programa Antártico Brasileiro
Inep abre novas inscrições para prêmio a partir desta sexta, 24
UOL EDUCAÇÃO
Número de brasileiros estudando no exterior bate recorde
Como conseguir uma bolsa de estudo esportiva nos Estados Unidos
inscrições para bolsas remanescentes do 2º semestre estão abertas
CORREIO BRAZILIENSE
Inscrições para o campeonato de mecatrônica estão abertas
Inscrições abertas para formação de doulas no IFB até 29 de agosto
IFB abre vagas para curso gratuito de espanhol
GLOBO.COM
40% dos professores dizem já ter ajudado alunos a lidar com bullying na internet
FOLHA.COM
Só 4 em 10 estudantes da rede pública miram diploma universitário
Alunas se mobilizam para denunciar assédio em colégio do Rio
N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O
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TRILHAS DA EDUCAÇÃO
Alunos do IFSC criam brinquedoteca com materiais reciclados em escola de Florianópolis
Foi depois de uma visita a um projeto na Lagoa do Peri, em Florianópolis, que alunos do curso técnico de saneamento do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foram instigados a realizar uma ação de sustentabilidade voltada à comunidade. O que seria mais uma atividade curricular se tornou uma nova ação social e o grupo criou uma brinquedoteca com materiais reciclados e reaproveitados em uma escola municipal catarinense. Essa história você conhece na edição deste sexta-feira, 24, do Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.
O reaproveitamento de matérias primas descartadas foi o ponto de partida para toda a ideia. Como seria não só falar sobre questões como recuperação e conservação de plantas, animais e microrganismos, mas motivar para ações conjuntas e que ainda tivessem um retorno para a comunidade local? Foi esse debate que acabou ganhando força entre os estudantes, com o acompanhamento do professor de ensino técnico do Campus Florianópolis do IFSC, Ricardo Clemente de Lima.
Clemente se surpreendeu com o envolvimento dos estudantes. “Me surpreendi bastante justamente por conta dessa iniciativa deles. Porque, como foi algo informal, eles não tinham obrigação nenhuma de fazer, foi só um compromisso que eles assumiram verbalmente. E alguns alunos são muito dedicados e tomaram a frente, mas a participação de todos foi bem intensa. Eles mesmos foram lá alguns dias por conta própria e isso foi o que mais me chamou a atenção, a vontade deles de fazer algo útil, de retribuir de certa forma o bem para os demais”, revelou.
Interessados em desbravar a região, os estudantes foram em busca de uma escola para colocar em prática as ações que valorizassem o ambiente natural e já bonito por natureza. Foi na praia da Armação, no sul da Ilha de Santa Catarina, que localizaram a Escola Municipal Dilma Lúcia dos Santos, como contou Mariana de Souza, uma das estudantes a frente do projeto.
“Como ficamos em dúvida em qual escola de Florianópolis trabalhar, entramos em contato com o Projeto Lontras e eles comentaram que tinha uma escola na Armação onde trabalham muito com reciclagem. Então, pensamos em unir isso, já que eles já têm esse contato. Aí eu fiz contato com o diretor e propus a ele modificar um ambiente de convívio das crianças. E ele falou que tinha uma sala que estava um pouco abandonada”, disse Mariana.
Depois, de acordo com a estudante, a equipe pensou em criar um ambiente de lazer, uma vez que a escola em que as crianças estudam tem a proposta de período integral. Mariana também esclareceu que elas não tinham um lugar com aquelas características para brincar, razão pela qual o grupo pensou em construir uma brinquedoteca cujo espaço seria dividido entre brinquedos e livros.
A iniciativa recebeu apoio de outros alunos, a exemplo do grupo que cursa a oitava fase do curso técnico de saneamento, no Instituto Federal catarinense, que se dedicou a explorar o espaço e a arrecadar material para a criação da brinquedoteca. “Conhecemos o espaço, os materiais que eles já tinham, como um sofá velho, aqueles de criança, já tinham mesas e alguns livros, uma estante também, mas todo esse material era do depósito. Então, era o que estava quebrado. Daí pensamos o que poderíamos construir com o que temos em casa, com o que produzimos de lixo, e juntar tudo isso”, declarou Mariana.
Resultado – Todo o movimento despertou a curiosidade das crianças da escola. Os pequenos acabaram botando a mão na massa, auxiliando na criação de cada novo item que ia surgindo a partir de garrafas pet, palitos de madeira e outros materiais recicláveis. Mariana lembrou que quando estavam criando os produtos as crianças quiseram participar porque sentiram que aquilo era para elas e queriam fazer parte daquela mudança.
“Daí elas viram que o pneu virou um pufe, que a gente fez brinquedo com garrafas pet, com caixas de sapato e foi bem legal. Teve até uma menina que falou ‘Ah, esse brinquedo aí é o que a menina do YouTube mostra de um personagem do filme que estava tendo’ e a gente fez ele todo em garrafa pet, em palito de churrasco, com tampinha. Então, pegar o que a gente tem em casa e transformar, para ela foi incrível poder vivenciar aquilo”, disse a estudante.
Hoje, o espaço é utilizado pelos alunos e professores do primeiro ao nono ano do curso regular e também pelo projeto de apoio pedagógico da escola, que ensina de forma lúdica crianças que têm dificuldades de aprendizagem. Para o professor Ricardo Clemente de Lima, que orientou os alunos durante todo o processo, o resultado foi excepcional. “Foi muito bacana, eles tiveram um dia lá com as crianças mesmo. E as crianças, claro, adoraram o espaço novo delas. E acho que a sensação, principalmente para eles, foi muito gratificante, eles verem o fruto do trabalho deles sendo reconhecido como algo útil para a sociedade o que eles estavam fazendo, para aquelas crianças e para aquela escola lá”, pontuou.
Assessoria de Comunicação Social
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BANCO DE AVALIADORES
Inep seleciona docentes para compor sistema de avaliação
Um novo processo seletivo para o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASIs) foi anunciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 23, em Edital de Chamada Pública publicado no Diário Oficial da União. Docentes da educação superior que se enquadrem em algum dos perfis constantes no edital podem se inscrever de 23 de agosto a 2 de setembro pelo Sistema e-MEC. O resultado da seleção será divulgado a partir de 13 de setembro.
São vagas para docentes graduados em cursos de artes, artes cênicas, artes plásticas, artes visuais, cinema, dança, design, fotografia, música, musicoterapia, biomedicina, biotecnologia, enfermagem, estética e cosmetologia, farmácia, física médica, interdisciplinar em saúde, medicina, odontologia, saúde coletiva, serviço social, antropologia, arquivologia. Há vagas para avaliação de curso a distância, avaliação de curso presencial, avaliação de curso superior de tecnologia a distância e avaliação de curso superior de tecnologia presencial. Os requisitos e a experiência exigida para cada perfil estão detalhados no edital.
Independentemente desses perfis, o BASis tem requisitos básicos exigidos para todos os candidatos. São eles: ser docente da educação superior com vínculo atual e em pleno exercício de suas funções em instituição de educação superior; possuir titulação universitária, reconhecida pelo Ministério da Educação, compatível com o perfil necessário para que seja suprida a demanda por avaliadores a partir das avaliações in loco a serem realizadas pelo Inep; possuir a experiência necessária à composição das Comissões Avaliadoras; não pertencer ao quadro de servidores efetivos ou comissionados do MEC, Inep, FNDE ou Capes; não ter pendências junto às autoridades tributárias e previdenciárias; ter reputação ilibada; não exercer atividade de consultoria educacional enquanto estiver vinculado ao BASis; não possuir participação acionária ou societária em mantenedora de instituição de educação superior ou em instituição isolada enquanto estiver vinculado ao BASis; possuir conhecimentos de informática sobre editores de texto e sobre navegação na internet.
Os docentes que cumprirem as condições para ingresso no BASis e obtiverem aproveitamento no curso de capacitação poderão integrar comissões de avaliação externa in loco para avaliar cursos de graduação. O trabalho é remunerado por meio de Auxílio de Avaliação Educacional (AAE). Cabe ao Inep, de acordo com as suas necessidades e considerando o planejamento e as demandas da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (DAES), definir a vinculação do ingressante no BASis aos instrumentos de avaliação e respectivos atos autorizativos.
BASis– O Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) é um cadastro nacional e único de avaliadores selecionados pelo Inep para realizar as avaliações in loco nas instituições de educação superior. Os docentes são selecionados de acordo com a demanda de avaliações do Instituto. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) – responsável pela avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes – avalia todos os aspectos em torno desses três eixos, principalmente o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente e as instalações. Os principais objetivos da avaliação envolvem melhorar o mérito e o valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação; melhorar a qualidade da educação superior e orientar a expansão da oferta, além de promover a responsabilidade social das instituições, respeitando a identidade institucional e a autonomia de cada organização.
Assessoria de Comunicação Social
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PESQUISA
Capes concederá bolsas para o Programa Antártico Brasileiro
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação, agora faz parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que promove o desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e de inovação na região. A Capes investirá R$ 5,7 milhões no programa por meio de uma chamada pública para projetos na área. Serão 75 bolsas de estudo financiadas: 30 de mestrado, com duração de 24 meses, 30 de doutorado, com 48 meses, e 15 de pós-doutorado, com 24 meses.
As pesquisas deverão seguir nove eixos temáticos: o papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul; a dinâmica da alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e conexões com a América do Sul; mudanças climáticas e o Oceano Austral; biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e mudanças climáticas; geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul; química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha; ciências humanas e sociais; biologia humana e medicina polar e inovação em novas tecnologias.
Para Priscila Lelis Cagni, coordenadora de Programas de Indução e Inovação, o apoio da Capes significa um salto no desenvolvimento de pesquisas na Antártica. “É um estímulo para a formação de recursos humanos para a pesquisa em ciência na Antártica. Um dos grandes gargalos identificados no programa é a formação de uma nova geração de cientistas brasileiros para atuação no programa nos próximos anos. Além do desenvolvimento brasileiro, o programa auxilia na interação com as bases de diversos países e favorece a internacionalização da pesquisa brasileira.”
As propostas devem ser apresentadas até 8 de outubro. O resultado final será divulgado em 30 de novembro deste ano. Participam da chamada pública o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O investimento total será R$ 18 milhões.
Criado em 1982, o Proantar incluiu o Brasil no grupo de 29 países que definem o futuro da Antártica e do Oceano Austral. O objetivo do programa é ampliar o conhecimento científico no continente gelado para compreender os fenômenos que ali ocorrem e a influência deles sobre o território brasileiro.
Assessoria de Comunicação Social
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CALOURO DESTAQUE
Inep abre novas inscrições para prêmio a partir desta sexta, 24
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, receberá novas inscrições para o Prêmio Calouro Destaque a partir desta sexta-feira, 24. Os interessados poderão se inscrever entre 10h, horário de Brasília, e 23h59 do dia 2 de setembro, exclusivamente pela internet, na página do prêmio. Os participantes inscritos até 19 de agosto ficam dispensados de realizar nova inscrição. O Inep anunciou a nova etapa e as novidades em regulamento publicado nesta quinta-feira, 23, no Diário Oficial da União.
A data da prova também foi alterada para não coincidir com o tradicional feriado do calendário escolar. A aplicação do Prêmio Calouro Destaque agora será em 21 de outubro. O critério de distribuição de prêmios também foi aprimorado, mantendo o equilíbrio regional. A principal mudança, entretanto, foi a inclusão dos estudantes de instituições de ensino superior privadas atendendo à solicitação de centenas de estudantes recém-chegados ao ensino superior.
O Inep ampliou o universo de estudantes aptos a participarem do prêmio, iniciativa para valorizar aqueles com destacado grau de desenvolvimento de competências cognitivas e para subsidiar estudos e pesquisas quantitativas e qualitativas do Instituto. O prêmio é uma parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Serão distribuídos prêmios de R$ 5 mil para mil estudantes que obtiverem os melhores resultados em uma prova de conhecimentos gerais de 80 questões, por Unidade da Federação, de modo que estudantes de todo Brasil sejam reconhecidos pelo seu desempenho.
Pode participar o estudante que cumprir, concomitantemente, três requisitos: ter concluído o Ensino Médio, ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e ser estudante brasileiro ingressante no Ensino Superior no ano letivo de 2018, regularmente matriculado em curso de graduação vinculado a qualquer área do conhecimento, na modalidade presencial, em Instituição de Ensino Superior pública ou privada.
Prova – Com quatro horas de duração, a prova de conhecimento gerais será aplicada em 21 de outubro, domingo, das 14h30 às 18h30 (horário de Brasília – DF), em 60 cidades do país. A Política de Acessibilidade do Inep garantirá a realização dos testes com os seguintes recursos de acessibilidade: prova ampliada; auxílio na leitura da prova (ledor); intérprete de Libras; sala de fácil acesso e sala para amamentação.
Assessoria de Comunicação Social
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UOL EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
Número de brasileiros estudando no exterior bate recorde
Depois de uma década de crescimento praticamente estável, o número de brasileiros estudando no exterior atingiu o seu pico em 2017 – um recorde de 302.000 pessoas, representando um aumento de 23% em relação a 2016 e de incríveis 40 % em relação a 2015.
Estas médias foram identificadas pela mais recente pesquisa da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association) que contou com a participação de mais de 6.100 respondentes em todo o país e, como nas edições anteriores, apontam o que os brasileiros estão procurando quando o assunto é estudar no exterior.
A Belta avalia o mercado de saída em US$ 3 bilhões em 2017, o que significa que cada brasileiro investiu uma média de US$ 9.989. Este valor também é maior do que o identificado em 2016 em 12%.
O que o estudante brasileiro procura no exterior?
1. Destino de estudo
Pelo terceiro ano consecutivo, o Canadá aparece como o destino de estudo mais popular entre os brasileiros. Uma alteração foi o Reino Unido assumindo o terceiro lugar, na frente de Austrália e Irlanda. Segundo a Belta, isso se deve principalmente pelas taxas de conversão mais favoráveis entre a libra esterlina e o real em 2017. Os países mais populares continuam sendo anglófonos em sua grande maioria.
Veja os dez países mais procurados pelos brasileiros que já estudaram ou querem estudar no exterior:
1. Canadá
2. Estados Unidos
3. Reino Unido
4. Austrália
5. Irlanda
6. Nova Zelândia
7. Malta
8. África do Sul
9. Espanha
10. França
Os principais fatores para a escolha do destino são taxa de câmbio da moeda estrangeira, qualidade de vida, suporte ao estudante internacional e oportunidades de combinar estudos e trabalho.
2. Tipo de estudos
O tipo de programa de estudos mais procurado continua sendo o curso de idioma, seguido de curso de idioma com trabalho temporário, o mesmo que em 2016. Inglês e espanhol ainda são as línguas mais procuradas, mas a recente pesquisa relatou um aumento de interesse em outros idiomas como alemão, francês, italiano, mandarim e japonês.
Mesmo com os estudos de um idioma estrangeiro ainda no topo da lista, os brasileiros se mostram cada vez mais interessados em cursos acadêmicos no exterior. Pela primeira vez, os programas de pós-graduação, englobando mestrados e doutorados, apareceram entre as dez primeiras posições da pesquisa. A demanda por graduações também cresceu, subindo de sétima para sexta esse ano.
A Belta acredita que este crescimento no interesse por uma formação acadêmica no exterior tem a ver com a flexibilidade na hora de pagar pelas taxas de ensino de graduações no exterior, além da oferta de bolsas de estudo parciais para estudantes brasileiros.
Veja quais são os dez programas de estudo ou de intercâmbio mais procurados pelos brasileiros no exterior:
1. Curso de idioma
2. Curso de idioma com trabalho temporário
3. Programa de férias para jovens (verão/inverno)
4. Curso profissional, diploma ou certificado
5. High school (ensino médio)
6. Graduação
7. Trabalho voluntário
8. Estágio (experiência de trabalho)
9. Pós-graduação – lato sensu (MBA ou mestrado)
10. Pós-graduação – stricto sensu (mestrado ou doutorado)
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INTERCÂMBIO
Como conseguir uma bolsa de estudo esportiva nos Estados Unidos
Os Estados Unidos valorizam imensamente a prática de esportes e também a competição saudável entre as pessoas. Prova disso são os times e equipes atléticas que representam escolas de ensino médio e instituições de ensino superior do país e as ligas regionais e nacionais para competições interescolares. E também existem diferentes bolsas de estudo para estudantes atletas interessados em uma formação acadêmica que os permita continuar a aperfeiçoar suas habilidades em algum esporte específico.
Estas são as bolsas esportivas e já falamos um pouco sobre elas aqui. Neste artigo, vamos explorar mais o passo a passo para conseguir a sua bolsa atlética nos Estados Unidos.
Como são concedidas as bolsas de estudo esportivas?
De maneira geral, a decisão de quem ganhará as bolsas para atletas é feita pelos treinadores e coaches das universidades de acordo com a necessidade do programa esportivo. Saber disso lhe ajudará a aprender como ser recrutado.
A instituição de ensino superior terá o papel de analisar a sua inscrição no curso acadêmico, verificar os seus documentos de suporte e admiti-lo em uma graduação. No entanto, a palavra final para a seleção na bolsa de estudo costuma vir do treinador.
O essencial
Não vamos nem listar este item entre as nossas dicas abaixo porque ele é tão fundamental que necessita de destaque: para conseguir a sua bolsa de estudo esportiva no exterior você já precisa ter um histórico de prática e aptidão em algum esporte.
1. Crie uma lista de universidades
O primeiro passo é criar uma lista de universidades dos Estados Unidos nas quais você gostaria de estudar e que oferecem bolsas de estudo para atletas. Selecione opções de acordo com o seu nível escolar, talento atlético e preferências de cursos para encontrar as instituições que se encaixem no seu perfil, e não vice-versa.
Comece sempre com uma lista ampla de opções e depois diminua o número para quatro ou três escolhas principais. Em contrapartida, se a sua lista for muito pequena, as suas chances de conseguir uma bolsa serão baixas.
Antes de seguir para os passos seguintes, verifique com cada uma das universidades se você precisa primeiramente passar pelo processo seletivo geral da graduação previamente a fim de concorrer a uma bolsa de estudo esportiva. Em muitos casos, a inscrição deve ser simultânea e isso varia de acordo com a instituição.
2. Reúna informações de contato
Depois de se decidir pelas universidades norte-americanas às quais você gostaria de se candidatar, encontre a página sobre esportes ou bolsas de estudo no site oficial de cada uma delas e reúna todas as informações de contato dos treinadores e coaches, como email e telefone.
3. Envie um email com suas informações
Uma vez coletados os endereços eletrônicos dos treinadores, prepare um email incluindo:
Um currículo profissional com todos os detalhes da sua carreira no esporte e também histórico escolar e/ou acadêmico;
Um vídeo de alta qualidade mostrando o seu desempenho no esporte, podendo conter também o depoimento do seu treinador. Se você já tiver algum tipo de vídeo como esse publicado online, acrescente o link para ele no seu currículo.
Não se esqueça de fazer uma introdução bem escrita no email para se apresentar, informando alguns dados pessoais e demonstrando o seu interesse na bolsa de estudo esportiva.
4. Mantenha a comunicação
Tendo em mente que estes recrutadores recebem inúmeros emails de interessados, é natural que demorem um pouco para dar uma resposta. Espere pelo menos duas semanas e, se não obtiver nenhum feedback, ligue para o número disponível no site da universidade e expresse o seu interesse pela bolsa de estudo.
Responda a todos os treinadores que entrarem em contato com você. Se você conseguir marcar uma conversa por telefone, informe-se sobre o programa esportivo da universidade, a equipe da qual você fará parte, as competições internas e interuniversitárias, os benefícios da bolsa de estudo, os resultados nos jogos da última temporada, etc. Isto será importante para fazer perguntas certeiras na hora da entrevista e também comprovar o seu interesse pela bolsa, curso e universidade.
5. Saiba as regras da NCAA e NAIA
Os Estados Unidos têm algumas associações oficiais de competições atléticas universitárias:
National Collegiate Athletic Association (NCAA): A Associação Atlética Universitária Nacional é formada por mais de 1.200 instituições, conferências, organizações e indivíduos que organizam competições de esportes universitários no país em diversas categorias, as mais famosas sendo basquete, futebol americano, softball, baseball e lacrosse.
National Association of Intercollegiate Athletics (NAIA): A Associação Atlética Nacional Interuniversitária é composta por mais de 250 escolas dos EUA, Canadá e Bahamas. É parecida com a NCAA, porém um pouco menor, e também tem como intuito integrar esportes à vida acadêmica com competições interuniversitárias.
Estas são as associações mais famosas, mas existem outras, como a USCAA e a NJCAA. Uma vez admitido em uma bolsa de estudo esportiva nos Estados Unidos, estas organizações terão uma grande importância na sua rotina diária, portanto, é interessante ter certo conhecimento prévio sobre elas para conversar com os treinadores.
6. Saiba quais são os requisitos acadêmicos
Os requisitos acadêmicos são tão importantes quanto os atléticos. Quase sempre, os candidatos só são selecionados nas bolsas esportivas se tiverem um bom desempenho escolar e forem capazes de ser admitidos em um curso de graduação da universidade – ou seja, capazes de atender a todos os requisitos obrigatórios, inclusive histórico escolar, notas mínimas no boletim, provas padrões de seleção (como ACT e SAT) e proficiência no inglês.
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PROUNI
inscrições para bolsas remanescentes do 2º semestre estão abertas
O Ministério da Educação (MEC) abriu nesta segunda-feira, 20 de agosto, as inscrições para as bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (ProUni) 2018/2. Serão oferecidas 106.252 bolsas, sendo 18.070 integrais e 88.182 parciais.
O prazo para cadastro vai até sexta-feira, dia 24, para não matriculados no ensino superior, e até 28 de setembro, para matriculados. As inscrições são gratuitas.
As bolsas integrais e parciais são exclusivas para quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, sem obter zero na redação. Além de ter feito o Enem, o candidato deve:
- Ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsista integral; ou
- Possuir alguma deficiência; ou
- Ser professor da rede pública.
Quem tem renda familiar mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa pode concorrer às bolsas integrais. Participantes com renda entre 1,5 e 3 salários mínimos por pessoa podem se inscrever para as bolsas parciais de 50%.
Caso o candidato consiga a bolsa, deve comparecer em até dois dias úteis à instituição de ensino para a qual foi pré-selecionado, para comprovar as informações.
ProUni 2018/2
O ProUni 2018/2 ofereceu 174.289 bolsas de estudo, sendo 68.884 integrais e 105.405 parciais, em 1.460 instituições de ensino superior. Entre a oferta, houve um percentual destinado aos cotistas autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, independente da renda.
O resultado do ProUni do segundo semestre foi divulgado no dia 2 de julho, e houve uma segunda chamada no dia 16 seguinte. Entre os dias 30 de julho e 2 de agosto, os candidatos puderam se inscrever na lista de espera.
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CORREIO BRAZILIENSE
EDUCAÇÃO
Inscrições para o campeonato de mecatrônica estão abertas
A Competição Festo de Mecatrônica ocorrerá de 24 a 28 de setembro, em São Paulo. Para participar, as equipes que são formadas por uma dupla de alunos mais um professor, devem preencher o formulário de inscrição on-line através do link até 14 de setembro. Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
O time vencedor ganhará uma viagem totalmente paga para ir até a Alemanha conhecer a sede da empresa Festo, organizadora da competição. Além da possibilidade de participar do evento, os inscritos ainda tem a oportunidade de sair da competição diretamente para o mercado de trabalho, porque profissionais experientes responsáveis por avaliar a prova observam de perto as habilidades individuais de cada um dos candidatos.
Além da competição o evento também contará com um ciclo de palestras de profissionais da área para os alunos que marcarem presença torcendo pelas equipes de suas instituições.
Conheça a Festo, empresa de automação industrial
A Festo Brasil é uma empresa de automação industrial nos segmentos de automotivo, alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, químico, petroquímica, tratamento de águas e efluentes. Com matriz em São Paulo, a empresa conta com uma equipe de 500 funcionários e um parque fabril de 43 mil m², que além de atender o mercado brasileiro, exporta seus produtos para outras filiais e para a matriz.
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EDUCAÇÃO
Inscrições abertas para formação de doulas no IFB até 29 de agosto
O Instituto Federal de Brasília (IFB) abre as inscrições para o curso de formação de doulas, profissionais que ajudam as gestantes dando suporte físico e emocional durante a gestação, parto e pós-parto. O prazo termina em 29 de agosto e as incrições podem ser realizadas no site.
Para poder se inscrever é necessário ter, no mínimo, o ensino fundamental e ter mais de 18 anos. O curso é exclusivo para pessoas do gênero feminino. Serão ofertadas 35 vagas que em previsão de início em 4 de outubro com aulas nas terças, quartas e quintas-feiras no período da vespertino, das 13h30 às 18h.
Com duração de um semestre letivo, o curso terá a seleção por meio de sorteio eletrônico. O resultado será divulgado em 10 de setembro e as matrículas das selecionadas serão realizadas de 12 a 14 de setembro.
Conhecendo o curso de doulas
As doulas são profissionais que auxiliam as grávidas - dando suporte físico e emocional - na gestação, parto e pós-parto. São mulheres com um objetivo em comum: ajudar gestantes a ter momentos tranquilos, respeitosos e de comunhão com o seu próprio corpo, potencializando a força feminina de trazer um ser humano ao mundo.
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EDUCAÇÃO
IFB abre vagas para curso gratuito de espanhol
O Instituto Federal de Brasília (IFB) está com inscrições abertas até segunda-feira (27) para o curso de formação em espanhol. Ao todo, são ofertadas 100 vagas e as inscrições são por meio do site. Para concorrer a uma das vagas, o candidato deve apresentar a documentação exigida na matrícula e ter o ensino médio completo.
O mesmo será ministrado presencialmente no câmpus Brasília e a previsão para o início da aulas é em 17 de setembro. O curso tem carga horária de 300 horas, divididas em seis semestres de 50 horas, nos turnos vespertino e noturno. Ao todo, serão quatro turmas, com 25 vagas para cada uma delas. A seleção será feita por meio de sorteio eletrônico e a convocação para matrícula será divulgada em 31 de agosto no site do IFB.
Para a efetivação da matrícula, todos os candidatos deverão apresentar original e cópia dos seguintes documentos: carteira de identidade ou carteira de registro profissional ou carteira de identidade; comprovante de escolaridade; duas fotos 3x4; Cadastro de Pessoa Física (CPF); e comprovante de residência ou declaração de próprio punho.
As matrículas em 1ª chamada dos candidatos selecionados no processo seletivo, dentro do número de vagas, serão realizadas no registro acadêmico do câmpus Brasília na data provável de 3 a 5 de setembro.
Anote aí!
Curso gratuito de espanhol no IFB
Inscrições: até segunda-feira (27), por meio do site: processoseletivo.ifb.edu.br
Requisito: ter ensino médio completo
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GLOBO.COM
EDUCAÇÃO
Verba para crianças e adolescentes cai 10 pontos percentuais no Orçamento entre 2011 e 2016, diz relatório
Políticas públicas voltadas aos cuidados com as crianças e os adolescentes ocuparam um menor percentual do Orçamento federal, e acumulam queda de 10 pontos percentuais no período entre 2011 e 2016, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira (23).
Os dados constam no relatório “Um Brasil para as Crianças e os Adolescentes – Avaliação da Gestão 2015-2018”, da Fundação Abrinq, em parceria com a Rede de Monitoramento Amiga da Criança. A avaliação é parte das ações do programa Presidente Amigo da Criança, que monitora indicadores sociais e políticas implementadas na gestão federal nas áreas da saúde, educação e proteção.
O relatório analisa resultados em saúde, educação, proteção e orçamento. Neste último item aponta que os números absolutos podem até ter crescido, mas não representam valorização das áreas ligadas às crianças e aos adolescentes. Em 2015, o setor recebeu R$ 137,03 bilhões, passando para R$ 146,56 bilhões no ano seguinte, mas a participação no total do Orçamento caiu de 5,95% para 5,66%. Em 2011, o percentual foi de 15,90%.
A gerente executiva da Fundação Abrinq, Denise Cesário diz que o relatório mostra um cenário “preocupante e desafiador”. A análise mostra que as três gestões federais anteriores (2003 a 2014) consolidaram uma tendência de ampliação dos gastos públicos com o desenvolvimento social, especialmente com políticas relacionadas a crianças e adolescentes.
“Na atual gestão federal houve acentuado desinvestimento, sem a reposição das perdas relativas à inflação do período, com menos recursos para as áreas de educação, assistência e saúde” - Denise Cesário, gerente executiva da Fundação Abrinq
De acordo com o relatório, em termos percentuais, a participação desses gastos no orçamento federal caiu de 15% (gestão 2011-2014) para 5% (gestão 2015-2018).
Segundo a Fundação Abrinq, o levantamento adota uma metodologia para desagregar os investimentos direcionados direta ou indiretamente para políticas que beneficiam crianças e adolescentes, chamada de metodologia Orçamento Criança e Adolescente – OCA.
A pesquisa mostra o Programa Brasil Carinhoso como um exemplo de cortes orçamentários. O programa repassa recursos aos municípios para construção e manutenção de creches. “No ano de 2015, foram destinados mais de 640 milhões de reais ao programa, enquanto, em 2018, esse número é de 6,5 milhões de reais, representando uma queda de 99%”, aponta a apresentação do relatório.
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PESQUISA
40% dos professores dizem já ter ajudado alunos a lidar com bullying na internet
A necessidade de usar a internet com responsabilidade está cada vez mais presente nas escolas. Quatro em cada dez professores brasileiros já ajudaram pelo menos um de seus alunos ou alunas do ensino básico que estavam sofrendo bullying pela internet, segundo dados da pesquisa TIC Educação 2017, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada na manhã desta quarta-feira (22).
Além disso, 56% deles já promoveram debates entre os alunos sobre o uso seguro da internet, e dois terços dizem que estimulam os alunos a falarem sobre os problemas que enfrentam na web.
Porém, só em 41% das escolas particulares e em 18% das públicas
Pesquisa nacional anual
A pesquisa, que tem abrangência nacional, ouviu durante os meses de agosto e dezembro de 2017 um total de 1.015 professores de 957 escolas públicas e particulares em áreas urbanas, além de fazer entrevitas com 957 diretores, 884 coordenadores pedagógicos e 10.866 alunos do 5º e do 9º ano do ensino fundamental ou do 2º ano do ensino médio.
Pela primeira vez, a pesquisa também chegou a escolas rurais, e foram feitas 1.481 entrevista com diretores ou responsáveis.
Problemas na internet
Os pesquisadores perguntaram aos professores se eles haviam ajudado algum aluno a enfrentar problemas como “bullying, discriminação, assédio, disseminação de imagens sem consentimento”, e 40% dos professores que responderam afirmaram que sim.
Entre as professoras mulheres, esse número foi mais alto: 42%, comparado com 34% dos homens.
No caso dos professores que dão aula na rede pública, 39% deles disseram que já prestaram essa ajuda, enquanto essa porcentagem subiu para 44% nas escolas particulares.
Os professores que mais dizem oferecer esse tipo de apoio a seus estudantes são os que têm entre 31 e 45 anos; nesse caso, 45% responderam afirmativamente à pergunta.
Entre os professores do 5º ano, 41% disseram que já prestaram auxílio desse tipo, contra 44% dos professores do 9º ano do fundamental. Já os professores de ensino médio são os que menos disseram que sim para esses casos (36%).
Debates em sala de aula
Além de aparecer na hora de lidar com problemas específicos dos adolescentes, o bullying na internet também virou tema na sala de aula. A maior parte dos professores diz que já promoveu um debate com os alunos sobre como usar a Internet de forma segura.
Além disso, 66% deles disseram que estimulam seus alunos a conversarem sobre os problemas que eles enfrentam na internet.
A pesquisa comparou as respostas dos professores de língua portuguesa, de matemática e das múltiplas disciplinas (caso dos professores do 5º ano do fundamental). Entre esses últimos, 73% disseram que estimulam esse debate, enquanto a porcentagem foi de 70% entre os professores de português, e de 56% entre os de matemática.
Entre os professores de escola particular, essa porcentagem sobe para 79%, já na rede pública, ela foi de 63%.
Na rede particular, 96% dos coordenadores pedagógicos afirmaram que dão orientação aos alunos para enfrentar situações ocorridas na Internet (bullying, discriminação, assédio, disseminaçãode imagens sem consentimento) e 80% disseram que promovem atividades de capacitação para que os professores saibam orientar seus alunos a usar a internet com segurança.
Na rede privada, essas porcentagens caem para 76% e 57%, respectivamente.
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FOLHA.COM
REDE PÚBLICA
Só 4 em 10 estudantes da rede pública miram diploma universitário
Apenas 4 em cada 10 alunos brasileiros de 15 ou 16 anos que frequentam escolas públicas esperam concluir um dia o ensino superior convencional —com, no mínimo, quatro anos de duração— ou uma pós-graduação. Entre os estudantes da rede privada, a relação salta para quase 7 em 10.
Esse retrato emerge dos questionários que os adolescentes do país preencheram ao realizar o último Pisa, teste internacional de aprendizagem, em 2015, segundo levantamento inédito do Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional).
Diferenças de oportunidades ao longo da infância e da adolescência levam os jovens brasileiros a desenvolverem níveis distintos de aspiração. Isso ajuda a criar um hiato de expectativas em relação à formação educacional.
Entre os alunos de escolas públicas, 38% se consideram ambiciosos. Nas particulares, o percentual sobe para 55%. As informações de 17.523 alunos colhidas pelo Iede na base de dados da OCDE (organização responsável pelo Pisa) mostram a cadeia de fatores que explicam esse quadro. O nível socioeconômico da família de uma criança costuma ter grande influência sobre seu futuro. Pesquisas mostram que a escolaridade dos pais é um dos determinantes da aprendizagem dos filhos.
Entre os brasileiros de escolas particulares que fizeram o último Pisa, 42,7% tinham mães com ensino superior completo. No universo dos estudantes das instituições públicas, essa fatia era de 11,5%.
“Tudo começa na primeira infância. O cérebro é desenvolvido a partir da interação com o meio”, diz o economista Naercio Menezes Filho, professor do Insper e da USP. “As crianças nascidas em famílias mais pobres recebem menos estímulos. Quando chegam à escola, já estão defasadas”, completa o especialista.
O ideal é que os pais menos favorecidos recebam orientação e apoio para estimular corretamente seus filhos desde a gestação. Mas iniciativas nessa direção ainda engatinham no Brasil. Além disso, as vagas em creches são insuficientes.
Caberia então à escola reduzir significativamente ou eliminar essa defasagem. O problema é que, no Brasil, isso também não ocorre.
Um exemplo dessa fronteira é a universitária Rubia Muniz Arruda, 18, que sempre acreditou que chegaria ao ensino superior embora tenha feito todo o ensino básico em escolas públicas.
Em 2017, ingressou na faculdade, fronteira que nem o pai, taxista, nem a mãe, cabeleireira, haviam cruzado.
Depois de fazer um cursinho dos alunos do Insper para jovens de baixa renda, passou no vestibular da própria instituição. Com bolsa integral, estuda administração de empresas na faculdade privada.
Estudos mostram, por exemplo, que uma boa gestão escolar é crucial para a aprendizagem adequada. Mas a distância entre o universo público e o privado é significativo.
Os dados analisados pelo Iede revelam que 41% dos alunos da rede pública brasileira não conseguem ouvir o que o professor fala na maioria ou em todas as aulas de ciências —disciplina foco do último Pisa.
Esse percentual é mais do que o dobro dos 21% registrados entre os estudantes de unidades privadas. Entre aqueles que frequentam escolas particulares, mas têm nível socioeconômico próximo à média da rede pública, essa fatia é de 27%.
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EDUCAÇÃO
Alunas se mobilizam para denunciar assédio em colégio do Rio
Um grupo de alunas do Colégio Pensi, instituição de ensino com unidades no estado do Rio de Janeiro, mobilizou o Twitter durante toda a sexta-feira (17) com uma campanha de denúncia de assédios por parte de professores, outros funcionários e alunos da escola.
Com a hashtag #AssedioÉHabitoNoPensi, as estudantes conseguiram chamar a atenção de personalidades como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça, que aderiram à mobilização.
O assunto ficou entre os mais comentados da rede social e, até a noite de sexta, chegou a 45 mil tweets.
Além das alunas, ex-estudantes do colégio também relataram casos de assédio e acusaram a direção da escola de afastar uma professora que denunciou os casos.
Segundo os relatos, um dos professores teria afirmado a uma aluna que gostaria de fazer massagem tântrica nela. Outro teria chamado uma estudante de gostosa e pedido uma recompensa por ela sair da sala várias vezes. Professores e inspetores teriam, ainda segundo os relatos, apalpado estudantes.
“Quando eu estudava no Pensi fui tirar uma dúvida com um professor e, quando ia voltar para minha cadeira, ele me puxou para bem perto dele segurando na minha nuca e cochichou no meu ouvido: 'Você é uma aluna muito boa, você não tem noção do quanto é boa'”, contou uma das ex-estudantes.
Outra aluna escreveu: “Ano passado um aluno apertou meus peitos, fiquei sem reação com a falta de respeito, fui reclamar e falaram para eu mudar de unidade esse ano. Estavam arrecadando dinheiro para o garoto ir ao Egito fazer olimpíada de matemática, passam a mão na cabeça de assediador”.
As estudantes relataram também pressão psicológica e cenas de humilhação nas salas de aula. Diante da repercussão, alunas e alunos de outras escolas do Rio contaram que os assédios acontecem também nas instituições em que estudam.
Em nota, a rede de ensino Pensi afirma que "repudia qualquer tipo de assédio e discriminação", apura internamente as denúncias e que ações "firmes" já foram tomadas, como a criação de uma canal confidencial (helloethics.com/pensi) para relatos de assédio e discriminação, que ficará a cargo de uma empresa externa especializada em situações com esse tipo de gravidade para relatos anônimos.
Segundo o colégio, será também criado um comitê de ética, incluindo agentes externos e composto em sua maioria por mulheres, e que esse será responsável pela “imediata apuração dos fatos”. Toda denúncia, diz a nota, será avaliada individualmente pelo comitê que, após escutar todas as partes, tomará as atitudes necessárias, que podem ter como consequências desde advertência até demissão.
A rede Pensi fala ainda em intensificar os treinamentos relacionados às questões éticas, com foco especial na temática assédio e discriminação, ressaltando a intolerância a situações dessa natureza, além de ampliar os atendimentos já existentes nas unidades dedicados ao acolhimento de alunos e responsáveis, com o apoio de psicólogos externos.
“O Pensi reafirma que trabalha diariamente em suas unidades e salas de aula o respeito em qualquer nível de relação e que tais condutas não refletem nem a cultura da escola tampouco representam o corpo docente. A situação está sendo tratada com a devida responsabilidade e seriedade para que casos dessa magnitude sejam banidos do ambiente escolar. A direção está disposta a liderar a discussão com a sociedade”, completa a nota da rede de ensino.
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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.
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