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Pós-Graduação

“Educação a distância é uma tendência do século XXI”

Publicado: Segunda, 07 de Dezembro de 2020, 21h39 | Última atualização em Quarta, 20 de Janeiro de 2021, 19h33

A aula inaugural do curso de especialização Docente EPT discutiu os impactos da pandemia na educação brasileira

Maria Luísa Furlan Costa faz a palestra de abertura da aula inaugural da especialização
Maria Luísa Furlan Costa faz a palestra de abertura da aula inaugural da especialização

Estreou na manhã desse sábado o novo curso de pós-graduação lato sensu do Instituto Federal de Goiás (IFG): Docência para a Educação Profissional e Tecnológica (Docente EPT) SETEC/MEC, na modalidade a distância. A palestra "Educação a Distância no Brasil: desafios e oportunidades em tempos de pandemia", da professora Maria Luísa Furlan Costa, do Programa de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi transmitida pelo canal EaD/IFG, no Youtube, e assistida pelos alunos dos cinco polos goianos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), parceira do IFG na oferta desse curso juntamente com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), durante a aula inaugural.

Líder do Grupo de Pesquisas em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais (GPEaDTEC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da UEM na gestão 2020-2022, a professora Maria Luísa dialogou com conhecimento de causa sobre grandes temas que circulam entre as reflexões educacionais em tempos de pandemia. Preconceito com o trabalho remoto, dificuldade de acessos às tecnologias, excesso de trabalho, formação docente, ensino híbrido, vantagens e desvantagens da EaD foram alguns dos temas abordados.

A palestrante conduziu os ouvintes a muitas reflexões sobre os efeitos da pandemia na educação brasileira. “No momento da pandemia percebemos um desespero, porque os professores não se sentiam preparados para dar continuidade ao uso das tecnologias”. O cursista Fabiano Souza relatou que teve que se adaptar. “Tive que me preparar digitalmente (trocar notebook, comprar acessórios eletrônicos). Fico imaginando a dificuldade dos professores e alunos”. Fabiane Alves lembrou a dificuldade de acesso às tecnologias que muitas pessoas enfrentam: “Temos problemas ainda com as redes de internet, central de energia...são muitos desafios”. Conforme a palestrante, “a educação a distância tem a vantagem por atender muita gente, mas uma educação a distância de qualidade requer mais investimento”. “É obrigação do governo assistir as comunidades”, opinou.

“Temos que aproveitar a oportunidade para valorizar as novas formas de aprender” – Maria Luísa Furlan Costa.

“O Brasil está vivendo um momento muito difícil, o Brasil e o mundo. (...) Percebemos como a educação a distância ainda é tratada com muito preconceito”. Segundo a análise da educadora, a sociedade precisou encontrar um novo termo – Ensino Remoto Emergencial – para fugir do preconceito que a EaD ainda carrega, e mesmo assim, o prejulgamento continua. “Passamos a ser tachados como aqueles que ganham salário sem trabalho”, declarou. De acordo com ela, as pessoas não percebem que “o público invadiu o privado” e que “estamos nas nossas casas, usando a nossa internet, tendo que achar um ‘cantinho’ na casa”, explicou a coordenadora da UEM. Patrícia Mota Milhomem concorda: “Nunca trabalhei tanto...Tive que me digitalizar da noite para o dia.”

As reflexões propostas pela professora Maria Luísa causaram boa impressão nos pós-graduandos. “Estou maravilhado com toda essa fala, me sinto abraçado, acolhido...O desejo pela educação só aumenta. Quero a cada dia estar mais preparado para ser um mediador assertivo”, declarou Rafael N. da Silva. Vanessa Marques também se mostrou satisfeita com a aula. “Amei a professora Maria Luísa, muito boas as reflexões trazidas. (...) A tecnologia nos proporciona oportunidades como essa”.

 

Abertura

Ao som de flauta e violão, Cláudio Gomes e Thiago Cazarim introduziram o evento, com execução das músicas “Canto de Oxum”, de Maria Bethânia, e “Água de Beber”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. A apresentação levou às boas-vindas da pró-reitora de Ensino, professora Oneida Cristina Barcelos Irigon, que abriu a solenidade, sob a perspectiva da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN) e representando o reitor do IFG, Jerônimo Rodrigues da Silva. Ela discorreu sobre a finalidade da Instituição e expectativas na formação dos educadores de todas as redes.

Pró-reitora Oneida Irigon abre a aula inaugural
Pró-reitora Oneida Irigon abre a aula inaugural

 

Oneida convidou os participantes a ajudarem a construir “mais uma história formativa qualificada no IFG” e creditou essa oportunidade à parceria firmada entre IFG, Capes e UAB. “Acreditamos que essa parceria, ao integrarem-se para garantir essa oferta de curso que foi proposta, ela se constitui como uma estratégia muito significativa para uma articulação mais eficaz no avanço de uma educação pública, laica, gratuita e de qualidade”, declarou a pró-reitora.

O pró-reitor de Pós-Graduação, professor Paulo Francinete da Silva Junior, ao citar dados do Censo da Educação Básica, justificou a necessidade de formação dos docentes para a atuação na educação profissional e tecnológica. “Nesse sentido, o curso buscar atender as diversidades das demandas formativas para os professores da educação profissional, desde a formação inicial, à qualificação profissional, à certificação dos saberes e à formação continuada, até a produção de soluções e inovações educacionais”, explicou.

Além deles, também participaram da solenidade a diretora de Educação a Distância do IFG, Helen Betane Ferreira Pereira; o coordenador-geral da UAB, Welington Cardoso de Oliveira; e a coordenadora do curso, Aleir Ferraz Tenório.

 

Curso Docente EPT

 “A EaD é uma modalidade que pode contribuir de forma significativa para melhorar a atividade do ensino presencial”, esclareceu a educadora.

Os alunos mostraram entusiasmo com o curso. Fernanda Oliveira se disse grata por participar: “Era um sonho antigo meu”. Meire Ferreira declarou estar com bastante expectativas: “Vai ser bênção! Só podemos melhorar nosso país através da educação!”. Monizy Silva enfatizou a necessidade de boas capacitações em EaD, como a que é ofertada pelo IFG. “Estou muito grata em participar. Pois ao meu redor vejo uma falsa EaD, e não uma voltada para o protagonismo e emancipação do aluno”, disse a aluna.

Os estudantes acompanharão, durante 12 meses, aulas a distância por meio do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA) oficial do IFG, o Moodle, sob supervisão da Diretoria de Educação a Distância da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN) do IFG. No Polo Formosa estão matriculados 57 alunos no curso, dentre os 350 que estudam também em outros polos da UAB: Goiânia, Jataí, Luziânia e Senador Canedo.  

 

Assista aqui a Aula Inaugural do curso de especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica, no canal EaD IFG, no Youtube.

 

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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