Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Eventos em Andamento > IFG > Câmpus > Goiânia > Notícias do Câmpus Goiânia > Estudo apresenta resultados sobre a poluição sonora no Setor Marechal Rondon em Goiânia
Início do conteúdo da página
Pesquisa

Estudo apresenta resultados sobre a poluição sonora no Setor Marechal Rondon em Goiânia

Publicado: Terça, 05 de Setembro de 2017, 09h57 | Última atualização em Quinta, 21 de Setembro de 2017, 12h11

A pesquisa investigou o impacto do tráfego de veículos para o aumento dos níveis sonoros em 67 pontos observados no setor

Para a pesquisa, foram instalados medidores de pressão sonora em 67 pontos do setor Marechal Rondon, em Goiânia.

Dissertação defendida pelo estudante, Felipe Luz de Oliveira, do Mestrado Profissional em Tecnologia de Processos Sustentáveis do Instituto Federal de Goiás (IFG), apresenta resultados sobre a poluição sonora em Goiânia. No estudo, a investigação concentrou-se na análise dos impactos do tráfego de veículos nos níveis sonoros do Setor Marechal Rondon.

Na pesquisa, identificou-se que a Avenida Leste Oeste, no Setor Marechal Rondon, apresentou os maiores níveis sonoros, acima do estabelecido pela legislação municipal.

 

O objetivo da pesquisa de título Mapeamento Acústico e Avaliação de Ruído Urbano no Setor Marechal Rondon em Goiânia – GO foi comparar os resultados obtidos, com os níveis indicados na legislação estabelecida pela Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). Além disso, foi criado um mapeamento de níveis de ruído, com simulações para os próximos 5, 10 e 20 anos, com intuito de analisar e comparar as projeções futuras de níveis sonoros com os índices atualmente encontrados no setor.

Os resultados da dissertação foram apresentados durante banca de defesa realizada no dia 25 de agosto, no Câmpus Goiânia, com a presença do orientador da pesquisa, professor Lucas Nonato de Oliveira (IFG) e participação da professora Warde Antonieta da Fonseca-Zang (IFG) e do professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Sílvio Leão Vieira. O trabalho contou também com a parceria e coorientação do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paulo Henrique Trombetta Zannin.

Professor Sílvio Vieira (UFG), Warde da Fonseca - Zang (IFG), o estudante Felipe de Oliveira, e o professor Lucas Nonato (IFG).

Elevados níveis sonoros

No estudo, foram executados o levantamento e o mapeamento acústico do Setor Marechal Rondon, com a verificação de 67 pontos na região durante os horários comuns, ou seja, períodos do dia em que o tráfego de veículos é menos intenso. Em cada um desses pontos, o pesquisador instalou medidores de pressão sonora e utilizou também um calibrador acústico. No setor, as medições foram distribuídas nas zonas classificadas como centro da capital (comercial), residencial urbana e hospitalar. “O Setor Marechal Rondon é um setor de regiões comerciais importantes da cidade, tem em sua composição uma maternidade e é em sua grande maioria uma área residencial, o que o tornou ideal para meu estudo”, explica Felipe de Oliveira.

Os dados coletados revelaram que 61 dos 67 pontos mensurados na pesquisa, ou seja, 91,04%, apresentaram valores elevados de pressão sonora, excedendo os limites recomendados na instrução normativa da AMMA nº 26 de agosto de 2008, que estabelece os índices legais de níveis sonoros no município de Goiânia. Segundo as Normas de Critérios de Avaliação (NCA) previstas na legislação, os limites em decibéis (dB) para cada zona são: zona de hospitais (50 dB – diurno e 45 dB – noturno), zona residencial urbana (55 dB – diurno e 50 dB – noturno) e centro da capital (65 dB – diurno e 55 dB – noturno) e zona predominante industrial (70 dB– diurno e 60 – dB noturno).

Na área classificada como centro da capital (comercial) no Setor Marechal Rondon, que reúne importantes vias de tráfego de veículos, Felipe de Oliveira afirma que foram detectados na pesquisa elevados índices sonoros nas avenidas Leste Oeste, Bernardo Sayão, Marechal Rondon, Alameda Capim Puba, sendo a Leste Oeste a mais ruidosa.

Nessas vias, a legislação permite até no máximo 65 decibéis. Sobre isso, Felipe explica: “Estas avenidas fazem parte da classificação de ‘Centro da Capital’ (Área Comercial), que são trechos onde o a legislação permite até 65 dB, por se entender que não é uma zona residencial.O que não é verdade, em alguns casos, pois em muitas destas avenidas se encontram residências. Estas avenidas apresentaram 100% dos valores acima dos permitidos pela legislação”.

Nos pontos referentes à zona hospitalar também foram encontradas as maiores diferenças entre os valores medidos e os níveis de critérios de avaliação. Houve pontos em que os menores valores de intensidade sonora obtidos na zona hospitalar se encontravam quatro vezes maiores que o permitido pela legislação. Para mensurar o impacto do tráfego de veículos no aumento da pressão sonora no setor, o pesquisador realizou também a contagem dos veículos na região, mostrando o número de veículos que trafega por hora em cada um dos 67 pontos observados. Categorizando os veículos observados entre pesados, leves e motocicletas. Os dados foram coletados em 2016.

As simulações feitas no estudo para o futuro da região preveem que o Setor Marechal Rondon será cada vez mais impactado pela poluição sonora, de modo que, com o passar dos anos, os níveis sonoros estejam bem acima do estabelecido pela legislação municipal. Podendo chegar até mesmo a valores 256 vezes maiores do que o permitido por lei, considera o estudante Felipe de Oliveira. Isso devido principalmente ao aumento de veículos em Goiânia, associado ao envelhecimento da frota em circulação, fatores que tendem a elevar os níveis de pressão sonora nos próximos anos, caso não seja tomada nenhuma medida de proteção acústica ou renovação da frota.

O orientador da pesquisa e professor do Câmpus Goiânia do IFG, Lucas Nonato, alerta os malefícios que a poluição sonora pode causar, como: dificuldades de concentração nas pessoas e ainda colaborar para o surgimento de distúrbios do sistema nervoso, podendo causar o aumento, por exemplo, do estresse e doenças cardíacas.

O docente sugere uma solução para mitigar o problema dos elevados níveis sonoros causados pelo tráfego de veículos na capital. “Em um primeiro momento, seria a utilização do asfalto emborrachado, devido à redução de níveis de pressão sonora, fornecendo a menores índices de pressão sonora em relação ao asfalto comum, quando atritado por pneus”.

Mapa do setor Marechal Rondon, em Goiânia, com destaque para as áreas e os níveis sonoros analisados.


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

Fim do conteúdo da página