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Ciência

IFG cumpre primeiros passos para formação de rede internacional de pesquisa

Visitas de campo e outras atividades foram realizadas em diferentes locais da Chapada dos Veadeiros

  • Publicado: Quinta, 08 de Março de 2018, 15h48
  • Última atualização em Quarta, 28 de Março de 2018, 10h15

As atividades de trabalho do professor Joaquín Paredes-Labra, da Universidade Autônoma de Madri (Espanha), foram encerradas com sucesso na última terça-feira, 6. A convite do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Anápolis, ele chegou ao Brasil no dia 26 de fevereiro e, durante o período de visitação, ministrou conferência sobre novas tecnologias e educação, participou de reunião com pesquisadores de instituições diversas e fez visitas de campo a diferentes localidades na região da Chapada dos Veadeiros. Todas as ações tiveram como objetivo principal dar início à formação de uma rede internacional de pesquisas sobre o uso de agrotóxicos.

Paredes-Labra participou das visitas de campo acompanhado pelo professor Alessandro Oliveira, Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do IFG-Câmpus Anápolis e por estudantes pesquisadores do Núcleo de Pesquisas e Estudos na Formação Docente e Educação Ambiental (NUPEDEA). No dia 01 de março o grupo reuniu-se com os Núcleos de Pesquisas em Agroecologia (NEPA) e pesquisadores da UnB Cerrado para a definição das ações em campo na região da Chapada dos Veadeiros. A primeira ação aconteceu na Escola Municipal da Pedra de Amolar, em São João d’Aliança. Desta reunião participaram os pesquisadores do IFG, Cirat, UnB, UAM, vereadores, professores da escola e membros da comunidade. A área da instituição de ensino faz divisa com uma plantação de soja e a problemática consiste na dispersão aleatória de agrotóxicos nas suas proximidades, que ocasiona situações de intoxicação nos alunos.

Outra atividade aconteceu no dia 03 de março com a visita e registros de relatos do Povoado do Engenho, também em São João d’Aliança. Este povoado foi cercado pela plantação de soja e constantemente sofre com as pulverizações aéreas de glifosato que acontecem também logo acima deles. No mesmo dia, foi realizada a visita ao Assentamento Sílvio Rodrigues em Alto Paraíso, no qual constatou-se a realidade vivida da relação entre produtores agroecológicos e do agronegócio. No dia 4 de março, os trabalhos foram realizados na comunidade Quilombola do Engenho com o registro dos relatos dos moradores e professores da comunidade sobre as situações vivenciadas de exposição aos agrotóxicos.

 

CONTEXTOS VARIADOS

“Os contextos são bastantes variados, mas o que podemos constatar em comum entre todos os locais que visitamos foi o avanço do agronegócios sobre as comunidades, evidências de contaminação das pessoas e falta de informações sobre os agrotóxicos. Frente a isto decidimos uma série de ações a serem desenvolvidas nos locais pela colaboração entre os pesquisadores do Brasil e da Espanha", ressaltou o professor Alessandro Oliveira.

Todas as intervenções foram compartilhadas em reunião realizada no dia 05 de março na UnB Cerrado. Nela foram propostas ações educativas, de análises e biorremediação, bem como de empoderamento comunitário. Assim, as atividades foram as primeiras da Rede Internacional de Pesquisas que está sendo constituída com a liderança do IFG-Câmpus Anápolis.

 

Confira galeria de fotos das visitas de campo aqui

Confira vídeo das visitas de campo produzido pela equipe Ducerrado (Eduardo Carmo) aqui

 

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Anápolis

 

 

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