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Libras

Aluna do Câmpus é aprovada em Banca de Proficiência em Libras com a nota mais alta

Publicado: Sexta, 22 de Novembro de 2019, 09h54 | Última atualização em Quarta, 04 de Dezembro de 2019, 10h36

Alto desempenho garantiu a ela vaga de intérprete na rede pública de ensino por cinco anos

A nota 8,7 garantiu à estudante uma vaga de intérprete por cinco anos na Rede Pública de ensino
A nota 8,7 garantiu à estudante uma vaga de intérprete por cinco anos na Rede Pública de ensino

 

A talentosa aluna do Curso Intermediário de Libras, Adrinny Rodrigues Faria, recentemente teve sua habilidade como intérprete reconhecida e atestada por uma Banca de Proficiência em Libras. A jovem foi a única candidata a obter nota 8,7, (a mais alta entre os candidatos) e tal feito garantiu a ela a vaga de tradutora na Rede Pública de ensino por cinco anos. 

A seletiva para novos intérpretes ocorreu em Goiânia no mês passado, e foi organizada pelo Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS). Além da estudante do Instituto Federal, os outros candidatos da banca eram profissionais que já atuam como tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, porém nenhum deles foi aprovado.

No processo seletivo da CAS a Adrinny enfrentou três etapas: prova escrita sobre legislação e conhecimentos específicos da área; entrevista acerca do interesse dela pelo universo de Libras e uma prova prática onde era exigido adaptar o conteúdo de um vídeo em Libras para Língua Portuguesa e vice-versa.


Motivação e Qualificação

A primeira motivação em aprender a Língua Brasileira de Sinais se manifestou quando Adrinny sentiu o desejo de conversar com uma prima surda. A estudante conta que até então ninguém na família sabia Libras, e por isso procurou aprender algumas palavras para se comunicar com a parente. Além desse convívio familiar, Adrinny fez amizades com outros surdos e à medida que foi adquirindo habilidades de tradutora, aproveitou oportunidades para interpretar a Língua de Sinais em eventos empresariais e encontros religiosos.

“É muito importante você ter contato com os surdos para você entender como eles agem, pensam, se expressam”, afirma Adrinny.

 

Quanto à qualificação, a tradutora conta que a história dela com o Câmpus Itumbiara começou há alguns anos quando ingressou no Curso Básico de Libras, à época ofertado pelo Pronatec. Posteriormente, ela se matriculou na graduação em Engenharia de Controle e Automação (atualmente sua matrícula está trancada) e depois optou por frequentar as aulas do Curso Intermediário de Libras (projeto este que teve início em abril deste ano e está previsto para encerrar em dezembro).

Adrinny ainda revela que o contato dela com as professoras Jacqueline Soares e Jaliane Soares (a ex e atual docente responsável pelo curso de Libras do IFG, respectivamente) provocou nela o interesse de buscar o aperfeiçoamento na área. “Achava lindo, maravilhoso quando via Jaliane na igreja”, relembra.

Por sua vez, a docente e intérprete de Libras, Jaliane, comenta que Adrinny é uma aluna maravilhosa que “sempre realiza todas as atividades presenciais e extraclasse com louvor e êxito”, e completa dizendo que a estudante “tem nos trazido muito orgulho”. Não somente ela, como as demais alunas do curso, destaca Jaliane.

A professora ainda menciona que busca sempre trazer ao Instituto pessoas surdas para que os alunos do curso tenham a oportunidade de aprender mais sobre a cultura deles e que isso agrega muito valor a todos. “Vale a pena ressaltar também que sendo uma ação de extensão, a gente vê esse trabalho tendo esse efeito na sociedade, a gente comprova que o nosso papel de efetivar a comunicação entre surdos e ouvintes está sendo cumprido” e que também estamos contribuindo com a “quebra da barreira da acessibilidade”, completa a professora.

Sobre suas professoras de Libras, Adrianny manifesta muito carinho, admiração e diz ser eternamente grata a elas pela dedicação e incentivo à qualificação.

 

Trabalho na Rede Pública
Sobre sua mais recente conquista, a vaga de tradutora e intérprete da Rede Pública de Ensino, Adrinny revela que já começou a trabalhar na Escola Estadual Homero Orlando Ribeiro, onde se dedica em tempo integral a uma aluna surda do 8º ano que até então não era alfabetizada em Libras, e se limitava a copiar as informações do quadro. “A experiência é nova, é muito boa, não dá pra falar que tem uma rotina, porque todo dia é uma novidade”. Ainda sobre essa nova experiência, e com muita alegria estampada no rosto, Adrinny diz o quanto é gratificante perceber nos olhos da aluna que ela está compreendendo o que é ensinado em sala de aula.

 Adrinny (direita) junto aos colegas surdos durante atividade de integralização com a sociedade

Adrinny (direita) junto aos colegas surdos durante atividade de integralização com a sociedade


Setor de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Itumbiara.

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